No presente trabalho, foram avaliadas diferentes técnicas de coloração aplicadas a cortes histológicos para a identificação de Encephalitozoon cuniculi. Foram utilizados fragmentos hepáticos de camundongos Balb-c, imunossuprimidos com ciclofosfamida e inoculados com esporos de Encephalitozoon cuniculi. Os cortes histológicos incluídos em parafina foram corados pelas técnicas de hematoxilina-eosina (H-E), tricrômica modificada, Gram-Chromotrope, Giemsa, Brown-Hopps, PAS, Ziehl-Neelsen e Grocott, e ainda pela técnica de calcoflúor. As colorações azul de toluidina-fucsina e azul de toluidina foram utilizadas para os cortes incluídos em resina plástica. As técnicas de Gram-Chromotrope, Brown-Hopps e Ziehl-Neelsen foram as que permitiram melhor visualização dos esporos para o diagnóstico de E. cuniculi em cortes histológicos incluídos em parafina, uma vez que possibilitaram a clara diferenciação dos esporos de outras estruturas teciduais. Nos tecidos incluídos em resina plástica, as colorações de azul de toluidina-fucsina e azul de toluidina também facilitaram o encontro do agente. Por outro lado, a técnica tricrômica apresentou grande variabilidade nos resultados, sendo, portanto, pouco indicada para o diagnóstico em tecido. As demais técnicas - H-E, calcoflúor, Grocott, Giemsa e PAS - não permitiram a fácil identificação do E. cuniculi.
técnicas de coloração; cortes histológicos; Encephalitozoon cuniculi; microsporídios