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História digital do tráfico transatlântico de escravos: uma entrevista com David Eltis

Resumo:

Entrevista realizada com o historiador David Eltis, em 14 de junho de 2018, na cidade de Niterói.

Palavras-chave:
História digital; Tráfico transatlântico de escravos; Mundo atlântico

Abstract:

Interview with David Eltis conducted on June 14, 2018, in the city of Niterói.

Keywords:
Digital history; Transatlantic slave trade; Atlantic world

Poucas pessoas conhecem a história e a historiografia do tráfico transatlântico de escravos tão bem quanto o historiador David Eltis. Além de inúmeros artigos e coletâneas editadas, Eltis escreveu dois grandes livros sobre o tema: Economic growth and the ending of the transatlantic slave trade (1987), o estudo mais completo sobre a organização do comércio ilegal de escravos e suas transformações no século XIX, e The rise of African slavery in the Americas (2000ELTIS, David. The rise of African slavery in the Americas. Cambridge: Cambridge University Press, 2000.), no qual recua para a era colonial. Sua vasta produção exemplifica com maestria algumas das possibilidades oferecidas pela base de dados Voyages: the transatlantic slave trade database (disponível em: <www.slavevoyages.org>), da qual tem sido seu principal coordenador. É difícil pensar em iniciativas de história digital que tenham produzido impactos comparáveis na historiografia.

1. Leonardo Marques: Vamos começar com uma pergunta básica: por que você decidiu estudar história?

David Eltis: Era a única coisa na qual eu era bom. Quer dizer, eu não fui muito bem na escola, mas sempre soube escrever bem. Não sei de onde a coisa com os números veio. Meu mestrado foi sobre a carreira política de um reformista britânico liberal do século XIX, uma figura menos conhecida no movimento abolicionista, mas eu já tinha 27 anos àquela altura.

2.LM: E você publicou algo de seu mestrado?

DE: Um dos capítulos era sobre o papel dessa figura no movimento abolicionista. No contexto do movimento pelos direitos civis nos Estados Unidos, imaginei que alguém talvez pudesse se interessar em publicá-lo. Olhando em retrospecto, não consigo imaginar por que eu iria querer que alguém lesse aquilo. Mas, eventualmente, ele foi publicado no primeiro número do Journal of Caribbean History (Eltis, 1970ELTIS, David. Dr Stephen Lushington and the campaign to abolish slavery in the British Empire. Journal of Caribbean History, v. 1, pp. 41-56, 1970., p. 41-56).

3. LM: Essa foi sua primeira publicação acadêmica?

DE: Sim, eu tinha 30 anos de idade antes de publicar qualquer coisa. Depois disso, pensei: “opa, até que é fácil, talvez eu tente novamente”. Naquela época, o governo canadense tinha uma agência chamada Canada Council, que avaliava projetos de indivíduos fora da academia (que era o meu caso, então) e distribuía financiamentos de acordo com seus méritos, algo absolutamente impensável hoje. Escrevi um projeto para trabalhar com a documentação do FO841 1 Foreign Office: Slave Trade Department and successors: General Correspondence before 1906, documentação relacionada com o tráfico de escravos depositada no National Archives, na Inglaterra. na Grã-Bretanha, apoiado pelo artigo que publiquei no Journal of Caribbean History, e qual não foi minha surpresa quando percebi que teria financiamento para ir a Londres. Nesse meio-tempo, no entanto, escrevi para Philip Curtin, que havia acabado de publicar seu livro de 1969 sobre o tráfico de escravos, perguntando a respeito de suas fontes, em especial aquelas relacionadas com o século XIX (Curtin, 1972CURTIN, Philip D. The Atlantic slave trade: a census. Madison: University of Wisconsin Press, 1972.). Em seu livro, ele tem um capítulo baseado em documentos extraídos dos Parliamentary Papers de 1845. No fim das contas, havia “digitalizado” toda a série - ele tinha um cartão perfurado da IBM para cada expedição negreira conhecida pelo British Foreign Office entre 1817 e 1843. Existiam dados para 2.313 viagens. Dentro de algumas semanas, portanto, recebi pelo correio duas caixas enormes com todos os cartões.

4. LM: Curtin lhe enviou tudo. Incrível. Você já o conhecia?

DE: Não. Àquela altura, ele estava trabalhando em seu livro sobre a Senegâmbia (Curtin, 1975CURTIN, Philip D. Economic change in precolonial Africa: Senegambia in the era of the trade. Madison: University of Wisconsin Press, 1975.) e obviamente pronto para se livrar de todo esse outro material, ainda que tenha publicado uma revisão de seus dados em 1975. E há um ponto muito interessante aqui. Isso tudo foi antes de as diferentes bases de dados de Herbert Klein se tornarem disponíveis, e acredito que esses foram os únicos dados que podiam ser lidos por uma máquina e que Curtin usou em seu livro de 1969. Para as identidades das viagens, ele usou a mesma numeração dos Parliamentary Papers, de 1 a 2.313. E esses números ainda formam os primeiros 2.313 registros existentes na base de dados Voyages.2 2 Disponível em: <www.slavevoyages.org>. Curtin é a base da base de dados. Eu não sabia nada a respeito de computadores ou estatísticas, mas levei as duas caixas para a sala de computação do community college no qual trabalhava e eles me deram uma versão impressa dessas enormes folhas com buracos nas laterais. Se você olhar cuidadosamente a base de dados, verá que algumas das viagens não estão lá, porque haviam sido contadas duas vezes ou, em alguns casos, não eram expedições negreiras.

5. LM: Suas duas publicações seguintes foram baseadas nesse material?

DE: Não exatamente, pois acabei lendo um artigo de Eric Williams [risos]. Sem Curtin e Williams, eu não teria tido uma carreira… [mais risos].

6. LM: Você leu o artigo de Williams, e…?

DE: …e não era sobre nenhuma dessas grandes questões. Era um texto sobre o tráfico intercolonial de escravos. Os britânicos aboliram o tráfico de escravos entre as ilhas caribenhas em 1806, pouco antes de proibirem o tráfico transatlântico de escravos. Isso se deu porque eles haviam conquistado Trinidad e a Guiana Inglesa, e fazendeiros da Jamaica e do leste do Caribe começaram a migrar com seus escravos para essas ilhas virgens e ainda subdesenvolvidas, a despeito da possibilidade de que Trinidad e Guiana pudessem voltar para os espanhóis e holandeses, respectivamente, após o fim da guerra. Os britânicos restringiram, então, o trânsito entre as ilhas. E aí começou a erosão do direito de comercializar escravos, para além do Dolben’s Act.3 3 O Dolben’s Act, também conhecido como Slave Trade Act (1788), estabeleceu o número máximo de pessoas que podiam ser transportadas em navios negreiros de acordo com o tamanho da embarcação. O artigo de Williams dizia: “bem, isso não funcionou, pois entre 1806 e 1833 os fazendeiros estavam exportando escravos em grandes números”. Então, fui olhar a documentação e descobri que não foi exatamente assim. Meu segundo artigo, consequentemente, era sobre o comércio intercolonial de escravos e basicamente dizia que Williams não estava exatamente certo a esse respeito. Ele foi publicado em 1972 pela Economic History Review (Eltis, 1972ELTIS, David. The traffic in slaves between the British West Indian colonies, 1807-1833. The Economic History Review, v. 25, n. 1, pp. 55-64, 1972. ELTIS, David et al. The trans-atlantic slave trade: a database on CD-ROM. Cambridge; New York: Cambridge University Press, 1999., p. 55-64).

7. LM: E o terceiro artigo?

DE: O terceiro saiu no Journal of Maritime History e, de certa forma, explorava o oposto, pois o que fiz foi listar os navios britânicos que continuaram a comercializar escravos na costa da África depois do ato de 1807 abolindo o tráfico (Eltis, 1974ELTIS, David. The British trans-atlantic slave trade after 1807. Journal of Maritime History, v. 4, pp. 1-11, 1974., p. 1-11). Adicionei esses casos, então, à base de dados.

8. LM: E o que aconteceu depois disso?

DE: Muitas pessoas estavam fazendo o mesmo que eu, e eu não sabia. Era a revolução do computador. E não existiam laptops ou desktops, apenas um IBM mainframe, e muita gente usando os punch cards. Herb Klein começou antes de mim, evidentemente, e possivelmente antes mesmo de Curtin. Ele criou meia dúzia de bases de dados sobre Brasil, Angola, Cuba e Virgínia. Quando seu livro The middle passage foi publicado, ele colocou tudo isso no arquivo de Wisconsin para todos poderem usar (Klein, 1978KLEIN, Herbert S. The middle passage: comparative studies in the Atlantic slave trade. Princeton, N.J.: Princeton University Press, 1978.). Ao mesmo tempo, Postma estava estudando o tráfico holandês, David Richardson estava levantando as 2.200 viagens de Bristol (Richardson e Bristol Record Society, 1986RICHARDSON, David; BRISTOL RECORD SOCIETY. Bristol, Africa, and the eighteenth-century slave trade to America. Gloucester: Produced for the Bristol Record Society by ASutton Pub, 1986.), além de, junto com Maurice Schofield, coletar dados para o comércio de Liverpool e Whitehaven. Jean Mettas e Serge Daget estavam construindo seu monumental catálogo do tráfico francês (Mettas, 1978METTAS, Jean. Répertoire des expéditions négrières françaises au XVIII siècle. Paris: Société Française d’Histoire d’Outre-mer, 1978.).

9. LM: Foi nesse momento que você conheceu esse pessoal?

DE: Conheci David [Richardson] em 1975, na primeira conferência acadêmica da qual participei, no Colby College. Mas levou um tempo até as coisas acontecerem. Estávamos todos acumulando materiais, independentemente. Escrevi um artigo em 1977 para o Journal of Economic History sobre o século XIX (Eltis, 1977ELTIS, David. The export of slaves from Africa, 1821-1843. The Journal of Economic History, v. 37, n. 2, pp. 409-433, jun. 1977., p. 409-433), mas, nesse meio-tempo, na conferência de Colby de 1975, conheci Stan Engerman e lhe perguntei a respeito da possibilidade de fazer o doutorado com ele, e depois conversei com a minha esposa sobre a possibilidade de fazer um doutorado, o que era muito mais importante [risos]. E duas coisas tornaram o doutorado possível. Primeiro, ela tinha um emprego. Segundo, eu consegui uma dispensa temporária do meu emprego no community college com algo em torno de 75% de meu salário. Assim, consegui um ano para completar as disciplinas do doutorado.

10. LM: E ter aulas com Peter Linebaugh, Eugene Genovese…

DE: Não com o Genovese, pois ele estava em Cambridge na época. Só o conheci quando ele voltou para Rochester e eu estava concluindo o doutorado. Fiz apenas umas três ou quatro disciplinas e voltei para o Canadá para escrever a tese. Quando Genovese a leu, disse: “isso parece o apêndice de uma tese” [risos].

11. LM: Foi aí que você decidiu reescrever a tese?

DE: Isso. Ele estava certo. Ele tinha um bom faro para o que daria certo ou não. Provavelmente pensava o mesmo a respeito do meu livro de 1987 (Eltis, 1987ELTIS, David. Economic growth and the ending of the transatlantic slave trade. New York: Oxford University Press, 1987.), mas nunca chegou a dizê-lo.

12. LM: E de onde veio a ideia de tornar todo esse material que você vinha coletando disponível para o público?

DE: Nos anos 1980, saiu algo em torno de uma dúzia de catálogos sobre expedições negreiras, além do livro de Postma em 1990POSTMA, Johannes. The Dutch in the Atlantic slave trade, 1600-1815. Cambridge; New York: Cambridge University Press, 1990. (Postma, 1990). Conheci Steve Behrendt em Kew em torno de 1988-1989. Estávamos os dois na fila, esperando por documentos, e começamos a conversar. Então, ele disse que estava estudando o tráfico de escravos, e eu disse que também estava. Ele estava trabalhando em sua tese de doutorado e, como costuma ser com Steve, tinha simplesmente tudo que estava disponível nos arquivos. Então, concluímos que deveríamos juntar todo esse material. Junto com David Richardson e Herb Klein, juntamos os registros das 27 mil viagens e lançamos o CD-Rom de 1999 (Eltis et al., 1999GOULART, Maurício. Escravidão africana no Brasil (das origens à extinção do tráfico). São Paulo: Livraria Martins, 1949.).

13. LM: Como o tráfico de escravos para o Brasil aparecia nessa primeira leva?

DE: Estávamos conscientes do enorme papel dos portugueses, como Curtin já havia apontado com base no trabalho de Maurício Goulart (1949GOULART, Maurício. Escravidão africana no Brasil (das origens à extinção do tráfico). São Paulo: Livraria Martins, 1949.). O livro de Pierre Verger também já havia sido publicado naquele momento (e, em certo sentido, era também outro apêndice para uma tese) (Verger, 1968VERGER, Pierre. Flux et reflux de la traite des nègres entre le golfe de Bénin et Bahia de Todos os Santos, du XVIIe au XIXe siècle. Paris; The Hague: Mouton, 1968.). Então, não estávamos completamente perdidos. Mas tínhamos consciência da enorme ausência de registros, especialmente para a fase inicial do tráfico. Na verdade, ainda há uma enorme ausência de dados para essa parte inicial. De qualquer forma, esse era o momento em que a internet começava a decolar. Consequentemente, David e eu enviamos um projeto para uma agência britânica, o Arts and Humanities Research Council, e conseguimos a maior bolsa que o projeto já recebeu. Isso permitiu estabelecer bases no Rio de Janeiro e em Lisboa. Contratamos Jelmer Vos para ir a Lisboa e tivemos a sorte de nos conectarmos com Manolo Florentino no Rio de Janeiro. Sem o Manolo, nada disso teria acontecido. Ele foi absolutamente central para acessarmos o comércio do Atlântico Sul.

14. LM: Fantástico. Mudando um pouco de assunto agora: você disse em uma entrevista para Fraser Harbutt, há 10 anos, que o campo de história atlântica estava se voltando mais para a micro-história naquele momento.

DE: Eu disse isso? [risos]

15. LM: Sim. Você acha que ainda é o caso? Lembro-me de que, quando cheguei à [Universidade] Emory e comecei a fazer disciplinas com você, alguns importantes estudos micro-históricos sobre o tráfico estavam de fato saindo, e estávamos todos lendo e discutindo esses trabalhos em suas aulas.

DE: Eu acho que a base de dados tem, acima de tudo, auxiliado as análises micro-históricas. Pois as pessoas que fazem micro-história podem encontrar casos específicos e trajetórias. Não vejo, portanto, nenhuma tensão específica entre o que faço e a micro-história.

16. LM: Certamente, não há tensão aqui. Mas você deu a impressão de que as grandes questões não eram mais tão vibrantes quanto em outros tempos. Você acha que ainda é o caso?

DE: Se você limitar essa análise ao tráfico de escravos, certamente as conclusões daquela grande história quantitativa têm sido mais ou menos aceita por todos.

17. LM: E a história atlântica como campo?

DE: Acho que a história atlântica foi substituída pela história global.

18. LM: E a história global não está trazendo as antigas grandes questões de volta à tona?

DE: A grande questão agora é o Oriente e o Ocidente.

19. LM: Certo. O lugar da Ásia em dinâmicas globais. Mas há alguma forma de olhar o Atlântico como parte dessas dinâmicas globais sem diluí-lo por completo?

DE: O que determina essas coisas é o poder econômico dominante, e, obviamente que, com a ascensão da China, esses interesses inevitavelmente mudam. Assim como poucos escrevem história britânica fora da Grã-Bretanha ou aprendem russo. E o interesse no Atlântico coincidiu com o auge do poder norte-americano, que obviamente definiu um padrão em termos de atrair migrações de outras partes e que continua a fazer isso em termos globais ainda hoje. O que acontece a leste do cabo da Boa Esperança ainda está distante em termos de acumulação do mesmo volume de fontes que temos para a história atlântica. Então, em termos da sua carreira, e certamente em relação à minha, ainda estamos tranquilos.

20. LM: Uma última pergunta: qual é a importância da base de dados para o Brasil e do Brasil para a base de dados?

DE: Acho que uma das consequências da dominação dos Estados Unidos no último século foi que o resto das Américas foi deixado de lado. E, de fato, a dominação dos Estados Unidos é extremamente recente. Foi o mundo ibérico que realmente importou até 1800 e além. Na verdade, até o colapso do império espanhol nas Américas e o Brasil tornar-se independente. Acho, portanto, que é extremamente importante colocar o mundo ibérico no centro. E junto a isso estão os padrões de migração no Atlântico. A migração para as Américas era, acima de tudo, africana até muito depois de 1800. E, ainda que todos reconheçam isso, as implicações desse processo ainda não foram exploradas por completo. Então, não é apenas uma questão de trazer o mundo ibérico para o centro, mas de colocar a parte africana no centro do mundo atlântico. A base de dados ajuda a fazer isso.

Bibliography

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  • 1
    Foreign Office: Slave Trade Department and successors: General Correspondence before 1906, documentação relacionada com o tráfico de escravos depositada no National Archives, na Inglaterra.
  • 2
    Disponível em: <www.slavevoyages.org>.
  • 3
    O Dolben’s Act, também conhecido como Slave Trade Act (1788), estabeleceu o número máximo de pessoas que podiam ser transportadas em navios negreiros de acordo com o tamanho da embarcação.

Datas de Publicação

  • Publicação nesta coleção
    15 Jul 2019
  • Data do Fascículo
    May-Aug 2019

Histórico

  • Recebido
    15 Dez 2018
  • Aceito
    19 Dez 2018
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