Este estudo é parte do projeto "Avaliação da Estratégia da Saúde da Família no Município do Rio de Janeiro", desenvolvido na Universidade Estácio de Sá com apoio do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). Buscou identificar e analisar a percepção dos agentes comunitários de saúde (ACS) quanto aos seus principais interlocutores, o grau de impacto destes interlocutores e as formas de comunicação predominantes no seu processo de trabalho. É um estudo descritivo, de abordagem qualitativa, com base em categorias teórico-metodológicas da educação popular e do modelo de comunicação do mercado simbólico. Os dados foram coletados em quatro equipes, de duas unidades do Programa Saúde da Família. Os mapas de comunicação elaborados com os ACS identificam o grupo de apoio técnico, a equipe técnica, os próprios ACS e os moradores antigos da comunidade como seus principais interlocutores. A comunicação com os demais profissionais da equipe é percebida de forma predominantemente verticalizada e com traços de autoritarismo. Os resultados revelam a importância de ampliação do diálogo e da negociação na comunicação estabelecida no interior da equipe e com a comunidade.
Agente comunitário de saúde; Comunicação em saúde; Participação popular