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Trabalhos Científicos em TMO: Posters

Scientific works in BMT: Posters

Trabalhos Científicos em TMO - Posters

Scientific works in BMT - Posters

TP-O1

TÉCNICA DE IMPLANTE DE CATETER (KT) TUNELIZADO EM MEMBROS SUPERIORES (MMSS) PARA PACIENTES (PTS) COM URGÊNCIA HEMATOLÓGICA

Souto Maior P. ,Lins M., Malavolta L, Dias E, Florencio R, Tagliari C., Matias K., Ostronoff M., Recife, Serviço de Hematologia e Transplante de Medula Óssea do Real Hospital Português

O kt semi-implantável de longa permanência (LP) é colocado nas veias jugulares e subclavias e esta região pode representar um risco em pts onco-hematológicos. Abordar um território mais fácil pode diminuir a morbidade e a mortalidade relacionada ao kt. Em pts fragilizados por câncer não controlado, quadros infecciosos, tendências hemorrágicas, trombo-embólicas ou citopenias temos abordado as veias braquiais evitando dissecção ou punção na base do pescoço. De 6/99 a 5/01 implantamos 22 kts braquiais, em 14 pts. 0 acesso venoso foi realizado em ambiente cirúrgico, sob anestesia local, com radioscopia per-operatória. A veia cefálica foi a mais abordada, seguida da basilica. Todos os kts foram tunelizados sendo fixados na pele com fio mononylon 3-0. Utilizamos Hydrocathâ dupla via, 7.5 FR.30cm. Os pts tinham M 40 anos (9-69) , 8 fem., 6 masc., 4- LMC, 5- LMA, 4- DH, 1- MM, 43% dos pts eram portadores de doença avançada e resistente. Consideramos risco para intervenção toracica: 7% neutropenias, 21 % tendências hemorrágicas, 36% febre/infecções, 36% tendências trombo-embolicas incluindo câncer rapidamente evolutivo. Não houveram complicações no implante cirúrgico do kt, nem acidentes (quebra, tração ,etc.) durante seu período de permanência, sendo possível manter acesso venosa central por uma M de 4 mesas (1-7). As complicações foram: 3 oclusões parciais reversíveis (14%) e 4 infecções (18%) com retirada de kt (2-Candida,1-S.aureus,1-E. Cloacae ). Todos os outros kts foram trocados eletivamente (23%) ou retirados por fim de tratamento. 1 caso de DH refrataria ao tratamento convencional, em SARA no D+12 pós-TMO Autologo teve TVP de subclavia direita associada a embolia de pulmão. O kt foi retirado e fraxiparinaâ foi iniciada sem sucesso. Em 2 casos foram coletados CTHP por este acesso, porem foi necessária uma punção contra lateral para retorno sangüíneo. Esta mesma técnica também permitiu a realização de TMO Alogênico e Autólogo. A abordagem de veias braquiais com Kits LP é factível como demonstram 0 tempo de permanência e a baixa taxa de complicações tanto no implante cirúrgico quanto ao longo de sua utilização. Os pts 0 consideraram confortável para sua vida rotineira internados e ambulatorialmente.

TP-O2

CORRELAÇÃO DA CULTURA MISTA DE LINFÓCITOS COM A DOENÇA DO ENXERTO CONTRA 0 HOSPEDEIRO APÓS TRANSPLANTE "DE MEDULA ÓSSEA ENTRE IRMÃOS HLA-IDÊNTICOS.

Visentainer. J.E.L: Lieber, S.R.; Batista, S.C.; Persoli, LB.L; Vigorito, A.C.; Aranha, F.J.P.; Eid, K.A.B.; Oliveira, G.B.; Miranda, E.C.M. e de Souza, C.A. HEMOCENTRO, Universidade Estadual de Campinas, SP.

Este estudo teve por objetivo avaliar o poder de previsão da doença do enxerto versus hospedeiro (GVHD) , utilizando-se a cultura mista de linfócitos (CML) entre o paciente e o doador. GVHD aguda foi observada em 26 de 128 (20,3%) pacientes e GVHD crônica em 54 de 114 (47,4%) pacientes avaliados, que receberam um primeiro transplante de medula óssea de irmãos HLA-idênticos. Resultados da CML foram expressos usando-se a resposta relativa (RR) do doador contra células de indivíduos não aparentados tratadas com Mitomicina-C. As respostas variaram de -47,0 a 40,7%, com uma mediana de 0,50%. Levando-se em consideração a máxima de sensibilidade e especificidade, foi determinado como CML positiva valores de RR³5% para GVHD aguda e RR³4,5% para crônica. A probabilidade de desenvolver GVHD aguda e crônica, segundo o método de Kaplan-Meier, foi determinada para pacientes com CML positivas e negativas. Não foi observada diferença estatisticamente significante na incidência de GVHD aguda entre os grupos analisados. Contudo, a incidência de GVHD crônica foi major em receptores com RR³4,5% que naqueles com RR<4,5% (p=0,006). A analise de riscos proporcionais de Cox foi usada para examinar 0 efeito das respostas em CML na incidência de GVHD crônica, fazendo-se um ajustamento para 0 efeito de outros possíveis fatores de risco. 0 risco relativo de GVHD crônica para pacientes com CML positiva foi de 2,54 (p=0,002); para aqueles que receberam células progenitoras do sangue periférico (CPP) como enxerto, 0 risco foi de 2,92 (p=0,0002) e para aqueles que desenvolveram GVHD aguda prévia, 0 risco foi de 2,28 (p=0,036). A análise mostrou que a CML não prevê GVHD aguda, mas pode ser útil em relação a crônica, pais CML com RR³4,5% foi considerado um fator de risco. Desta forma, a análise do nível de reatividade da CML e de outros fatores de risco poderia auxiliar na prevenção e ou tratamento de GVHD crônica.

TP-03

ASSOCIATION OF THE HLA-DRB1 *07 AND HLA-DQB1 *06 GENES WITH ACUTE MYELOID LEUKEMIA IN THE POPULATION FROM CAMPINAS - BRAZIL.

Fukai, R; Souza, C A; Magna, LA; & Kraemer, M H S ;

School of Medical Science, Immunogenetics Transplant Laboratory, Campinas State University, Campinas, SP, BR.

It has been suggested that Acute Myeloid Leukemia (AML) is a form of cancer that affects the cells producing myeloid blood cells in the bone marrow. Although many associations have been found between specific HLA antigens and an increased susceptibility to various diseases, previous attempts to associate class l and II antigens with acute myeloid leukemia (AML) have been inconclusive, probably due in part to the heterogeneity of AML. We have compared the HLA-DRB1,- DRB3,-DRB4, -DRB5 and HLA-DQB1 alleles in 21 adults patients with AML (14 males, 07 females) and 80 healthy unrelated individuals. We performed HLA class II typing using PCR - SSP technique identifying 16 HLA - DRB1, -DRB3, -DRB4, -DRB5 specifities and 5 HLA -DQB1. The results revealed a higher frequency of HLA -DRB1*07 ( chi-square = 8.05, p < 0.05), and HLA -DQB1 *06 (chi-square = 4.91, p<0.05 ) in AML patients compared with adults controls - 95% confidence interval. These results indicated that both of HLA -DRB1*07 and HLA -DQBF06 contribute to the susceptibility to AML.

TP-04

Genetic Susceptibility to Psoriasis Vulgaris is associated with HLA class II in Brazilian Campinas patients. Cardoso, C.B.; Uthida-Tanaka, A.M.; Magalhães, R.F.; Magna, L.A & Kraemer, M.H.S.;. School of Medicai Science, ImmunogeneticsTransplant Laboratory, Campinas State University, Campinas, SP, BR.

Psoriasis Vulgaris (PV) is a chronic hiperproliferative inflammatory disease in which several reports suggest the presence of a susceptibility gene or in the proximity of the human leukocyte antigen complex in chromosome 6p. Previous studies have demonstrated that HLA-DRB1 and DQB1 molecules are associated with the early-onset (< 40 years) of different clinical forms of Psoriasis. The current analysis includes only a group of patients with well diagnosed Psoriasis Vulgaris and the aim of the work was to analyze HLA-class II genes (-DRB1, -DQB1) which contribute to susceptibility of this form (Pv) of disease in Brazilian subjects. We studied 60 patients and 80 healthy individuals, all of them of Campinas population. A significant increase in the number of the following alleles were found in 10,0% of patients expressed HLA-DRB1*0102 (p<0.05, chi-square=3.84, Fisher, s exact test=0.04). These results suggest that HLA-DRB1*0102 is strongly associated with PV in Campinas population rather than HLA-DQB1.

TP-05

HLA CLASS II HAPLOTYPES: OIVERSITY IN A MIXED POPULATION OF THE SOUTHEAST OF BRAZIL.

Marques, S.B.; Persoli, L.B.L.; Volpini, W.; Lieber, S.R.; de Souza, C.A. Laborat6rio de Histocompatibilidade do HEMOCENTRO, Universidade Estadual de Campinas, Campinas, SP, Brasil.

The distribution of HLA class II haplotypes in the heterogeneous Brazilian population has not been extensively studied yet. The aim of this study was to determinate the genotype and phenotype frequencies of DRB1 and DQB1 alleles and the DRB1-DQB1 haplotype associations in a population of bone marrow donors. They were residents of Campinas and the surrounding region in the state of Sao Paulo and had a mixed genetic background of European Caucasians, African and Amerindian. Generic HLA DRB1-DQB1 PCR/SSP typing was performed in 106 individuals and the haplotype association was defined by linkage desequilibrium. The more frequent DRB1 alleles found were: 04, 11, 13,07 and 03 (genotype frequencies: 0.1533, 0.1367, 0.1258, 0.1098 and.0993, respectively). The more frequent DQB1 alleles found were: 03, 06 and 02 (genotype frequencies: 0.2879, 0.2218 and 0.1951, respectively). These results were similar to two another studies realized in different regions of Brazil. The analysis of DRB1-DQB1 haplotype showed that the more frequent associations were similar when compared with the study among Brazilians living in Rio de Janeiro. Nevertheless our data revealed unusual DRB1-DQB1 associations among the 34 haplotypes identified: DRB1*01 with DQB1*02 and 06, DRB1*15 with DQB1*03, DRB1*16 with DQB1*02, DRB1*03 with DQB1*03, DRB1*04 with DQB1*05 and 06, DRB1*13 with DQB1*04, DRB1*07 with DQB1*05 and 06, DRB1*08 with DQB1*02 and DRB1*09 with DQB1*06. This study contributes to the difficult characterization of HLA class II genes in the Brazilian population due to the racial admixture and territorial extension in the country.

TP-06

IMPLANTACÃO DE UM PROGRAMA DE TRANSPLANTE DE MEDULA ÓSSEA NO NORDESTE DO BRASIL.

Matias K., Tagliari C., Souto Maior P., Lins M., Ostronoff M .

Recife, Serviço de Transplante de Medula Óssea do Real Hospital Português. Iniciamos em Julho de 99 a implantação de um programa de Transplante de Medula Óssea na cidade do Recife- PE e dois meses após realizamos o primeiro Transplante Alogênico de Medula Óssea do Norte e Nordeste brasileiro. A iniciativa teve como parceiros um hospital geral privado da cidade, Real Hospital Português de Beneficência em Pernambuco, um dos maiores e mais bem aparelhados hospitais da região e a participação efetiva de um banco de sangue privado. O Instituto de Hematologia do Nordeste (IHENE) que nos garantiu o fornecimento de hemoderivados irradiados e filtrados, plaquetas por aférese, coleta de medula óssea e criopreservação do material coletado. Formamos uma equipe multidisciplinar inicialmente com quatro médicos, duas enfermeiras, quatorze auxiliares de enfermagem, um cirurgião geral, um hemoterapeuta, psicólogo, dentista e um terapeuta ocupacional. Contamos ainda com a sólida estrutura do Real Hospital Português em relação a UTI, bloco cirúrgico, laboratório de analises clinicas alem do setor de quimioterapia e radioterapia. Realizamos ate o momento quarenta e três transplantes, sendo treze alogênicos e trinta autólogos, com resultados superponíveis aos encontrados na literatura. Concluímos pela viabilidade da implantação de outros programas de transplantes de medula óssea nas demais capitais do Nordeste.

TP-07

SUPORTE TRANSFUSIONAL EM CUIDADOS INTENSIVOS HEMATOLÓGICOS E TMO.

Araújo A., Tagliari C., Almeida P., Cavalcanti P., Queiroz S., Simões R., Souto Maior P., Florêncio R., Dias E., Lins M., Matias K., Ostronoff M. IHENE-REAL TMO - Recife/PE.

Idealmente a hemoterapia de suporte em programa de onco-hematologia e TMO deve oferecer produtos sangüíneos sofisticados incluindo aférese de plaquetas, assim como irradiação e depleção linfocitária com filtro. Estamos auto-avaliando os resultados de um dos poucos serviços que realizam por enquanto este trabalho no NE/Brasil. No nosso programa de TMO os critérios transfusionais são: Hb<10g/dl p/(crianças 8g) e plaquetas<30.000/mm3. A aférese de plaquetas deve conter o equivalente a 10-14 unid. irradiadas e filtradas (p/ crianças 05-07). A irradiação é de 25 Gy e a deleucotização é realizada através de filtros PalIâ. A coleta de plaquetas é realizada em equipamento COBE Sprectra LRS Turboâ com fluxo 50-60 ml/min, o controle de qualidade das plaquetas incluem: ctg.plaquetas, ctg.leucócitos, hemolisina, Hb, bacteriologia, além das normas do Ministério da saúde. Realizamos suporte transfusional em 32 pcts portadores de neopíasias malignas hematológicas, a maioria muítitratados previamente submetidos a quimioterapia aplasiante ou TMO nos últimos 11 meses. O rendimento pós-transfusional foi bom em 90% dos nossos pcts. Em 04 pcts encontramos refratariedade: Imunização-HLA (01); Hemorragia-pós-toracotomia (01); Espíenomegalia (01), Infecção (01), nestas situações mencionadas realizávamos contagem 01 hora pós-transfusão e aumentávamos o ritmo transfusional 02-04 vezes se tendência hemorrágica severa persistente. Observamos em 04% das transfusões realizadas, reações do tipo alérgica (prurido, urticária e eritema) ou febril leve/moderada. Não houve reação do tipo grave, nem do tipo hemolítica. O suporte hemoterápico em onco-hematologia e TMO exige grandes esforços de mudanças no perfil do atendimento realizado no NE/Brasil. Os nossos resultados iniciais são compatíveis com os de centros de referência. Produtos sangüíneos transfundidos:

TP-O8

QUALIDADE DE VIDA (QV) EM TMO: ESTUDO COMPARATIVO, RANDOMIZADO QUANTO AO TIPO DE FONTE DE CÉLULAS PROGENITORAS (CPP X MO) EM PACIENTES COM NEOPLASIAS HEMATOLÓGICAS.

Duraes, M.I.C; Botega, N.J.; Vigorito, A C, Aranha, F.J.P., Eid K.A B., Oliveira G.B., Zuíli, R, Miranda,E.C.M; De Souza, C.A.

Universidade Estadual de Campinas, Hemocentro, Unidade de TMO; Campinas

A QV tem se apresentado como um aspecto relevante no seguimento tardio das doenças malignas hematológicas tratadas com transplante alogênico. No período de 1995 a 1999, 60 pacientes com neoplasias hematológicas foram transplantados e randomizados quanto ao tipo de fonte células (CPP x MO). Destes, 30 (50%) sobreviveram e 26/30 (86,6%) foram incluídos no estudo da QV. 13/26 (50%) receberam CPP e 13/26 (50%) MO, sendo 07 (54%) do sexo masculino e 06 (46%) do feminino, em ambos os grupos. A mediana de idade foi de 34 anos (20-53) e 36 (19-61) e o tempo de sobrevida foi de 1123 dias (451-1977) e 1297 (444-1942), nos grupos CPP e MO, respectivamente. Para a mensuração da QV foram utilizados 4 instrumentos específicos: QV da OMS (WHOQL-100), escala de ansiedade e depressão (HAD), questionário sócio-clínico demográfico (QSCD) e QV de recuperação a longo prazo. Os pacientes apresentaram maiores dificuldades de ajuste à rotina diária (p=0.0005) elou de alterações do humor (p=0.02), numa mediana de até 704 dias pós TMO, independente do grupo. Os que apresentaram dificuldade em retomar à rotina diária estavam em tratamento de GVHDc extenso (p=0.04). A QV foi pior em 8/26 (30,7%) pacientes e 7/8 (87,5%) tinham GVHDc extenso (p=0.02). O GVHDC extenso ocorreu em 10/10 (100%) e 5/9 (56%), nos grupos CPP e MO, respectivamente (p=0.03). Os seguintes dominios e facetas do WHOQOL foram desfavoráveis ao grupo CPP: Domínio Físico (p=0.08), na faceta Dor e Desconforto (p=0.04); Domínio nível de Independência (p=0.04), facetas, Mobilidade (p=0.02) e Atividades de Vida Diária (p=0.02); faceta Atividade Sexual (p=0.08) e faceta Cuidados de saúde e sociais (p=0.07). Nenhum Domínio ou faceta foi desfavorável ao método MO. Os dados sugerem que o enxerto CPP parece comprometer mais os aspectos fisicos do restabelecimento da vida diária; o tempo pós-TMO tende a minimizar os efeitos do procedimento; o GVHDc extenso está relacionado com a piora da QV.

TP-09

ESTUDO MULTICÊNTRICO RANDOMIZADO COMPARANDO O USO DA FILGRASTIMA (G-CSF) A PARTIR DO DIA +1 OU DIA +5 APÓS AUTOTRANSPLANTE DE CÉLULAS PROGENITORAS DE SANGUE PERIFÉRICO (TCPSP) .

de Azevedo. A.M., Nucci, M., Maiolino, A, Vigorito, AC., Simões, B.P., Aranha, F.J.P., Tabak, D.G., Voltarelli, J., Souza, CA. CEMO - INCA, Rio de Janeiro - RJ

0 G-CSF é rotineiramente administrado após TCPSP a partir do 0+1, para acelerar a recuperação neutrofilica. Estudos tem sugerido que o início do tratamento pode ser adiado até D+5, sem perda de eficácia. De Jan/99 a Mai/00, 86 receptores de TCPSP de 4 centros foram randomizados para receber G-CSF 5 mg/kg/d a partir de D+1 (grupo A, n=44) ou de D+5 (grupo B, n=42) até atingir neutrófilos ³ 1500/ml por 3 dias. Os grupos foram bem balanceados com relação a idade, sexo, score de Karnofsky, diagnóstico [LNH (32), LH (26), mieloma (24), Ca testicular (2), LMC e amiloidose (1 cada)], dose de celulas CD34+, condicionamento [CBV (27), BEAM (30), melfalano 200 mg/m2 (25), Outros (4)], uso de antibióticos profiláticos e tipo de catéter venoso. A duração da neutropenia <500/ml foi de 7 dias em A, vs 8 dias em B (p=0,02). Em análise multivariada, este beneficio esteve restrito a pacientes condicionados com melfalano e/ou mais de 3 x 106 células CD34+/kg. 0 tempo para recuperação dos neutrófilos a 500/ml foi semelhante (10 vs 11 dias; p=0, 11). 0 uso de melfalano e doses de CD34+ > 1 0 x 106/kg estiveram associados a discreta aceleração da recuperação. A recuperação das plaquetas a 50.000/ml foi semelhante (19 vs 18 dias; p=0,33). Não houve diferença com relação a incidência ou duração de febre neutropênica. A incidencia de bacteremia foi maior em B, apesar de não ter significância estatística (33% vs 44%; p=0,2). A duração da antibioticoterapia foi maior em B (vs 10,5 dias; p=0,01), e correlacionada a ocorrência de bacteremia. 0 uso e duração de anfotericina empírica foram semelhantes. Um paciente morreu por infecção, e a mortalidade foi semelhante nos grupos (4% vs 2%; p=1,0). Pacientes no grupo A tiveram alta 2 dias antes (13 vs 15 dias; p=0,02). 0 usado G-CSF em 0+1 associa-se a uma discreta redução da duração da neutropenia em pacientes que recebem condicionamentos que produzem neutropenia mais tardiamente, e naqueles que recebem mais de 3 x 106 CD34+/kg. 0 tempo para a recuperação, no entanto, não é afetado pelo uso tardio do G-CSF.

TP-10

TRANSPLANTE DE MEDULA ÓSSEA ALOGÊNICO PARA LEUCEMIA LlNFÓIDE AGUDA: 15 ANOS DE EXPERIÊNCIA NO CEMO - INCa, Rio de Janeiro.

Hassan R , Byington R, Xavier SG, Zalcberg IR, Tabak DG. CEMO. INCa. Rio de Janeiro.

No período entre 03/1985 e O5/2001 foram realizados 51 TMO com doador histocompatível, em 48 pacientes portadores de LLA (idades 7m a 42 anos, mediana 15 anos; 30M/18F). Em relação ao histórico pré - TMO, a resposta á indução foi completa em 35 pacientes, parcial em 5, falha em 4 e em 4 casos esta informação não estava disponível (ND). A duração da primeira remissão variou de 2 a 81 meses (mediana=23 meses). A época do transplante apenas 8 pacientes encontravam-se em 1º remissão completa (1 RC), 5 em 1º recaída (1 Rec), 12 em 2º RC (2RC), 14 em 2º recaída (2Rec), 7 em 3º/4º remissão completa (3/4RC), 1 com falha na indução primária, 1 com informação ND. Três pacientes, que receberam o primeiro transplante em 2Rec, 1 RC e 2RC, recaíram e receberam um segundo transplante. Em 43 casos, 0 enxerto foi MO de doador irmão HLA - idêntico; em 3, MO de doador gêmeo idêntico; em 1 caso, SP de doador não aparentado e, em 4 casos, SP de irmão HLA idêntico. Os regimes de condicionamento utilizados foram: TBI/Cy (n=11 transplantes), TBI/CyVP16 (n=24), CyVP16 (n=2), Fludara/Mel (n=4), e outros regimes (n=9). Dos 48 pacientes transplantados, 15 (31%) recaíram em um período de 2½ meses a 4 anos (mediana 7 meses). Foram observados 32 óbitos. A Sobrevida Global mediana (SGmed) observada foi de cerca de 1 ana (SGmed=400 dias; IC95%=193-2029 dias) e a Sobrevida Livre de Doença mediana (SLDmed) foi de 7 meses (SLDmed=212 dias; IC95%=143-945 dias). Quinze entre 41 pacientes (37%) apresentaram SLD entre 1 e 14 anos, sendo que 6/24 pacientes analisáveis (25%) apresentaram SLD ³ 5 anos. Foi achada uma associação estatisticamente significativa entre fase da doença ao TMO (1 RC e 2Rec) com SGmed/SLDmed (P 0.05,95%). As demais variáveis não foram significativas, nem foi encontrada uma associação estatística entre ocorrência de DECH aguda ou crônica e recaída. A análise destes dados permite caracterizar este grupo como tendo doença avançada. Isto indica a necessidade de um encaminhamento mais precoce aos centros de referência para que se obtenha os resultados desejados com o transplante. Acreditamos que o cumprimento das diretrizes nacionais para o transplante de portadores de LLA, poderá fornecer melhores perspectivas para a sobrevida destes pacientes.

TP-11

TRANSPLANTE ALOGÊNICO COM CÉLULA PROGENITORA PERIFÉRICA EM LEUCEMIA MIELÓIDE CRÔNICA

AUTORES: Vigorito, A C., Aranha F.J.P., Eid K. A B., Traina F., Oliveira G.B., Marques Jr. J.F.C., De Souza C.A. - Unicamp - Campinas .

A proposta deste estudo retrospectivo foi estudar a evolução dos pacientes com diagnóstico de Leucemia Mielóide Crônica (LMC) submetidos a um Transplante Alogênico com Célula Progenitora Periférica (CPP). No período de 10/94 a 11/2000, 34 pacientes, mediana de 34 anos (9-54), todos com doadores irmãos HLA - idêntico, foram incluídos no estudo. Na ocasião do transplante, 29 (85%) dos pacientes estavam em primeira fase crônica; 4 (12%), em fase acelerada e 1, (3%), em segunda fase crônica. O regime de condicionamento utilizado foi Bussulfan (16mg/kg) Ciclosfosfamida (120mg/kg); e a profilaxia do GVHD localizado com ciclosporina - Methotrexate. A mediana entre a data do diagnóstico e o dia de TMO foi 1.2 ano (0.3-4.4). As CPP foram coletadas após 5 dias de G-CSF (10mg/kg/d) e a mediana de CD34+ foi 4.98x106/kg do receptor (1.88-20.78 x 106. A mediana de dias entre a infusão de CPP e a pega de granulócitos (>0.5 x 109/L), e plaquetas (>20 x 1 09/L) , foi de 16 dias (12-25) e 13 dias (10-36), respectivamente. A GVHD aguda, ³ grau 2, ocorreu em 11/31 (35%) pacientes. 0 GVHD crônico ocorreu em 22/24 (92%), sendo 4/22 (18%) na forma localizada e 18/22 (82%) na forma extensa. Até o momento, 18/34 (53%) dos pacientes encontram-se vivos. A causa de óbito mais freqüente foi GVHD agudo (15%), seguida de GVHD crônico (12%). A probabilidade de ocorrer GVHD crônico extenso foi de 83% (n=24). Apenas 1 paciente apresentou recidiva. A mediana de sobrevida global foi de 364 dias (15-2223) e a mediana de sobrevida para os pacientes vivos foi de 1116 dias (224-2223). A sobrevida global, avaliada pelo método de Kaplan-Meier, foi de 50% (n=34) e a sobrevida livre de doença foi de 54% (n=31). Em nossa análise, não houve diferença na sobrevida global em relação ao tempo de diagnóstico (> ou £ 1 ano). Em conclusão, nosso estudo demonstrou a factibilidade do transplante de CPP na LMC do adulto, com boa cinética de "pega", baixo índice de recidiva, e, ainda, freqüência e severidade de GVHD aguda semelhante ao transplante com MO. Entretanto, a alta severidade da GVHD– crônico permanece o grande problema a ser transposto.

TP-12

TRANSPLANTE AUTÓLOGO PARA DOENÇA DE HODGKIN (DH) EM RECAÍDA OU REFRATÁRIA UTILIZANDO CICLOFOSFAMIDA, BCNU, VP-16 (CBV)

Lerner. D., Tavares, RC.B., Colares, M., Maradei, S.C., de Azevedo, AM., Byington, M.R, da Matta, J.L, Bouzas, LF., Tabak, D.G. CEMO -INCA, Rio de Janeiro - RJ

Pacientes com DH primariamente refratária ou em recaída precoce após quimioterapia (QT) tem prognóstico ruim com QT ou radioterapia (RT) de resgate. Na maioria, há indicação para altas doses de QT e resgate com células hematopoéticas. Trinta e seis pacientes com doença refratária ou em recaída receberam, de jan/89 a fev/01, ciclofosfarnida 7,2 g/m2, BCNU 0,45 g/m2 e VP-16 2,4 g/m2. Dois pacientes receberam BCNU 0,65 g/m2 e 12 receberam também cisplatina 0,15 g/m2. Vinte e três (64%) eram homens. A idade mediana foi 23 (6-51) anos. Todos haviam sido tratados com os esquemas C-MOPP, ABVD ou híbrido. Quinze haviam recebido QT e RT. O estadio foi a 1ª recaída em 18 (50%) (13 precoces); DH primariamente progressiva ou resposta parcial < 2 meses em 13 (36%); 2ª recaída em 3 (8%); 3ª remissão e 3ª recaída em 1 cada. Na recaída, 19 tinham DH extranodal e 17 tinham sintomas B. Onze (33%) tinham 3 fatores de mau prognóstico (recaída <1 ano ou primariamente refratário, sintomas B na recaída e DH extranodal na recaída). Dezoito de 31 avaliados (50%) foram considerados quimiorresistentes. Quinze receberam medula óssea, e 21 células progenitoras periféricas. G-CSF foi usado após o transplante em 34 (94%). A recuperação de neutrófilos >500/ml e plaquetas >20.000/ml ocorreram em 13 (8-24) dias e 18 (8-38) dias, respectivamente. Seis (16%) morreram de complicações ligadas ao transplante: 3 por injúria pulmonar, 1 por hemorragia pulmonar, 1 por choque séptico e 1 por síndrome hemolitico-uremica. Destes óbitos, 5 ocorreram antes de 1996. Dos 30 avaliáveis, 17 (56%) recaíram na mediana de 5 (2-12) meses e 13 morreram. Doze (33%) permanecem vivos sem evidencia de DH, com acompanhamento mediano de 27 (4-108) meses. 0 esquema CBV parece ser eficaz neste grupo de pacientes, com sobrevida semelhante a da literatura. A redução da dose de BCNU de 0,65 g/m2 para 0,45 g/m2, a melhora das medidas de suporte, e a experiência do serviço com o regime de condicionamento parecem ser as razões para a redução da mortalidade ligada ao procedimento, verificada nos últimos 5 anos.

TP-13

MINI-TRANSPLANTE DE CÉLULAS PROGENITORAS DE SANGUE PERIFÉRICO (m-TCPSP) EM LEUCEMIAS AGUDAS AVANÇADAS

Lerner. D., Tavares, RC., Colares, M., Maradei, S.C., Matta, J.L., Bouzas LF., de Azevedo, AM., Byington, M.R, Tabak, D.G. CEMO - INCA, Rio de Janeiro - RJ

Pacientes com leucemias agudas (LA) avançadas ou em recaída após TMO alogênico convencional apresentam prognóstico ruim, com sobrevida de poucos meses. O objetivo deste estudo foi avaliar a eficácia do m- TCPSP HLA-idêntico aparentado em LA avançadas, utilizando imunossupressão curta e infusão de linfócitos do doador (ILD) visando ao efeito "GVL". De set/1998 a set/2000, 10 pacientes com LA avançadas foram submetidos ao regime com fluradabina 30 mg/m2 x 4d e melfalano 70 mg/m2 x 2d. Foram utilizadas CPSP mobilizadas com GCSF e coletadas após 1 ou 2 dias de aférese (mínima: 2 x 106CD34+/kg). Todos os pacientes receberam G-CSF 5 mg/kg após o transplante. A profilaxia para a DECH foi feita com CSP na dose inicial de 2 mg/kg em 5 pacientes e CSP e MTX em doses baixas (10 mg/m2 em D+1, 5 mg/m2 e D+3 e 0+6) nos demais. A CSP foi suspensa até D+30. Pacientes que não apresentaram DECH aguda de grau ³ II receberam ILD na dose de 1 x 107 CD3+/kg em D+30 e D+60. A idade mediana foi 14 anos (9-52). Cinco pacientes foram do sexo masculino. Os diagnósticos foram: LLA (5) e LMA (5). O estado da doença foi: recaída após TMO alogênico (4), 1ª recaída (2), 2ª recaída (3), doença refrataria (1). Cinco pacientes receberam ILD. Todos apresentaram pega. A recuperação de neut >500 ocorreu em 12 dias (11-15) e de plaq >20.000 em 15 dias (13-18). Em 5 pacientes avaliados por VNTR-PCR em 0+21, 4 apresentaram quimerismo total e 1 misto (completo após ILD). Em D+21, 9 pacientes apresentaram resposta hematológica completa, e 1 parcial. A toxicidade não-hematológica foi muito baixa. Não houve casos de VOD. Seis pacientes apresentaram DECH aguda de grau³ II. Cinco de 8 pacientes avaliáveis apresentaram OECH crônica (4 extensa, 1 limitada). Todos os pacientes foram a óbito (2 OECH aguda, 2 OECH crônica, 6 recaída). A sobrevida global e livre de doença foram 150 dias e 90 dias, respectivamente. O tempo mediano para a recaída foi 120 dias. 0 regime não-mieloablativo e a utilização de CPSP permitiram uma rápida recuperação hematopoética e pouca toxicidade. A incidência de DECH aguda e crônica extensa foram elevadas. Apesar do quimerismo total e da remissão completa obtidas na maioria dos pacientes, as recidivas persistem como a principal causa de morte nesta população.

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0 TRANSPLANTE DE CÉLULAS HEMATOPOÉTICAS DE DOADOR NÃO CONSANGÜINEO (TCHDNC) NO TRATAMENTO (TX) DAS LEUCEMIAS.

Zanis-Neto, J., de Medeiros, C.R., Bitencourt M.A., Bontim, C.M., Farah, N., Moreira V.A., Silva, LL, Pasquini, R. Serviço de TMO - HC - UFPR - Curitiba, PR.

Introdução: quando um doador consangüíneo não é disponível e o TX sem transplante não é eficaz, o TCHDNC é indicado como método de cura para um grupo selecionado de pts.

Material e métodos: de 02/95 a 12/00, 55 pts com leucemia receberam TCHDNC, localizadas através do NMDP (National Marrow Donor Program). Idade: 2 a 49 anos(M:24 a). Sexo M/F: 40/15. 27 pts possuiam Doença Inicial-DI- (LMC em FC1, LMA e LLA em RC1 e RC2), e 28 pois Doença Avançada -DA- (LMC em FC1, LMA e LLA em RC2 ou refratária e SMD) 37 pts eram compatíveis(COM) e 18 pts tinham mismatch-MIS- (locus A 8 pis e B 10 pis). Condicionamento: Todos com RCT hiperfracionada (1320 fads) e Ciclofosfamida (120 mg/kg). Profilaxia de DECH: pts com LLA, LMA e SMD: CSA e MTX. Os com LMC, Prednisona associada a estas 2 drogas. Resultados: 22 pts estão vivos entre 23 e 2004 dias (M:975 d), e a SV atuarial pelo KM é 28% aos 2000 dias. Pts com D1 tiveram melhor .SV que os com DA (53% versus 22%, respectivamente, p: 0.03). Ao comparar os grupos de pts quanto a compatibilidade (COM versus MIS), a analise univariada mostrou significância apenas na comparação entre os grupos DI-COM versus DA-MIS(p:0.005, figura) . OECH aguda: em 31pts de 53 avaliáveis (58%). DECH crônica: em 22 pis de 33 avaliáveis (70%). A incidência de DECH entre os grupos COM e MIS foi similar (sem significado estatístico). Causas de morte: infecção: 23 pts (bactérias: 11 pts, fungos: 8 pts, vírus: 3 pts, taxa: 1 pt); recidiva: 7 pis, falha de pega; 2 pts, sangramento em SNC: 1 pt. Conclusões: 1) os melhores resultados são encontrados em pts com Dl-COM (KM: 65% aos 2000 dias); 2) MIS em 1 locus não deve ser considerado fator de mau prognóstico em pts com D1 (KM: 40% aos 1600 dias); 3) DECH aguda e crônica e elevada mesmo em pis compatíveis; 4) o maior fator de risco é a fase da doença ao procedimento.

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UNRELATED BONE MARROW TRANSPLANTATION (BMT) FOR CHRONIC MYELOID LEUKeMIA (CML) THE BRAZILIAN EXPERIENCE.

Authors: Zanis, N. J.; Pereira, N.F.,; Medeiros C.R.; Bitencourt, M.A.; Bonfim, C.; Moreira, V.; Pasquini R.

Material and methods: the BMT team from Curitiba, Brazil. did 75 unrelated transplants from 02/95 until 01/2001. A group of 31 patients had CML The age range is 9y - 47y (median=30y), 21 males, 10 females. 19 were in first chronic phase (CF), 2 were in second CF, 4 in accelerated phase and 6 in blastic phase. The time range from diagnosis to BMT is 11 months to 135 months (medians: 35). The source of stem cells was bone marrow for 30 transplants and cord blood for 1 transplant. The donor was HLA full matched in 21 transplants and 1 antigen mismatched in 10 transplants. The bone marrow donors were identified by de NMDP (National Marrow Donor Program), NYBCB (New York Blood Cord Bank) and by the CRIR (Caitlin Raymond International Registry). The conditioning regimens utilized were: cyclophosphamide (CPA) 120mglKg body weight + hyperfractionated total body irradiation (TBI)13.2 - 14.4 Gy in all patients. GVHD prophylaxis was the association of two drugs: cyclosporin and methotrexate short course in 5 patients and both drugs plus prednisone in 25 patients, 1 patient did not receive any prophylaxis.

Results: the major complications were: acute graft versus host disease (GVHD) grades II -IV in 47% of available patients, chronic GVHD in 63% of available patients, rejection in 1 patient. relapse in 13%. Underwent a second unrelated BMT one patient: because of rejection. According to HLA compatibility acute GHVD occurred in 55% of the available patients and chronic GVHD in 71 % of the available patients with full matched donors. In the mismatched group acute GVHD occurrrd in 50% and chronic GVHD in 40%.

The survival of the patients in first CF is 47% and the survival of group with more advanced disease is 10%.

The survival of the 21 patients receiving a full HLA matched transplant is 40% and 20% in the group receiving marrow with 1 antigen mismatch.

The survival of the group of 12 patients with CML in first CP and receiving marrow from full matched donor is 58%.

The causes of death is GVHD in 6 patients, infection in 10 patients, relapse in 3 and rejection in 1.

Conclusion: is still a small and very heterogeneous group of patients and no significant statistical analysis may be done, in the future better results are expected in patients with more recently diagnosed CML.

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CRIOPRESERVAÇÃO DE CÉLULA PROGENITORA DE SANGUE PERIFÉRICO (CPSP): COMPARAÇÃO ENTRE CONGELAMENTO PROGRAMADO E MECÂNICO UTILIZANDO O MESMO PROTOCOLO

Leal.G.M.; Poli, M.C.; Murad, Y.; Colella, R. São Paulo. Departamento de Hemoterapia e Hematologia do H. Câncer A. C. Camargo

Introdução: Dimethyl sulfoxide (DMSO) e hydroxyethyl starch (HES) são crioprotetores intracelular e extracelular, respectivamente (Stiff e col. 1983), utilizados em congelamento mecânico (-3 ºC/minuto). Esta combinação também pode ser utilizada em congelamento programado (-1 ºC/minuto) com resultados similares ao mecânico. Material e métodos: Foram realizados 35 congelamentos de CPSP, para transplante autólogo em 7 pacientes e 9 mobilizações. Destes, 12 foram mecânicos (34,2 %) e 23 foram programados (65,8%). A mobilização foi realizada com fator de crescimento, com intervalo de 12 horas, durante 5 dias. Dois pacientes receberam quimioterapia para a mobilização, além do fator de crescimento. A média de idade foi de 24 anos (8-44) e os diagnósticos foram: rabdomiossarcoma (1), glioblastoma (1), mieloma (2) e linfoma de Hodgkin (3). As coletas foram realizadas nas processadoras Baxter CS-3000 (33) e Cobe Spectra (2). A mesma solução crioprotetora foi utilizada nos dois tipos de congelamento, com concentrações iniciais de 10 % de DMSO e 6% de HES. A viabilidade celular foi analisada pelo Trypan Blue (Sigma), 24 horas após a criopreservação, e em 20 % dos casos, foi repetida após 15 dias. Resultado: Tabela 1. Estudo de viabilidade celular (%) pelo Trypan Blue, 24 horas após a criopreservação.

Conclusão: Utilização de formas diferentes de congelamento (programado e mecânico) não interfere na viabilidade celular, independente do protocolo utilizado, como evidenciada pelo Trypan Blue.

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"PEGA" DE TMO ALOGÊNICO UTILIZANDO ENXERTO OBTIDO POR COLETA CONVENCIONAL COM DOADORES ESTIMULADOS COM G-CSF

Dias E., Matias C., Barros A, Matias K., Florencio R, Souto Maior P., Queiroz S., Cavalcanti P., Silva R, Cintra M., Tagliari C., Lins Mx, Almeida P.T., Osronoff M.

Recife, Serviço de Transplante de Medula óssea do Real Hospital Português

Esta bem estabelecido que a estimulação com G-CSF para coleta de células tronco hematopoiéticas no sangue periférico (CTHP) obtém contagens mais altas de células CD34+ e "pega" mais rápida do enxerto em comparação com TMO convencional (TMOc), porém, ainda é necessário determinar se o maior número de linfócitos T na coleta de CTHP seria o responsável por uma maior incidência de GVHD crônico. Algumas poucas equipes estão tentando obter a melhor "pega" do CTHP e a menor incidência de GVHD observada no TMOc, administrando G-CSF ao doador seguido de aspiração convencional de MO. Iniciamos em janeiro de 2001 um programa de TMO alogênico com MO obtida por aspiração estimulada com G-CSF (MOE). Os doadores, após consentimento esclarecido, receberam G-CSF 5mg/kg/d SC durante 5 dias {D-4 a DO). Foi utilizado G-CSF 10 mg/kg/d durante 0 TMO até recuperação granulocitaria. A profilaxia para GVHD foi realizada com Ciclosporina a partir de D-1 e Metotrexate 15 mg/m2 D1 e 10mg/m2 0 3,6 e 11. A evolução clínica durante o transplante foi favorável e sem complicações. Abaixo as características dos TMO realizados:

Apesar do maior número de CD34+ no enxerto, a precocidade do estudo não permite conclusões, porém nos pacientes II e V e observada uma "pega" muito rápida, semelhante ao observado em transplante de CTPH

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COLETA POR ASPIRAÇÃO DE MEDULA ÓSSEA APÓS ESTIMULAÇÃO COM G-CSF EM DOADORES DE TMO ALOGÊNICO: RESULTADOS INICIAIS

Matias C, Dias E, Barros A, Matias K, Florencio R, Souto Maior P., Cavalcanti P., Queiroz S., Silva R, Cintra Mo, Tagliari C., Lins M, Almeida P.T, Ostronoff M.

Recife, Serviço de Transplante de Medula Óssea do Real Hospital Português

A medula óssea (MO) tem sido a fonte mais aceita de coleta de células progenitoras para o TMO alogênico nas últimas décadas. Foi demonstrado que a coleta de células tronco hematopoiéticas no sangue periférico (CTHP) após estimulação com fatores de crescimento (G-CSF) pode aumentar o número de células CD34+ no enxerto e encurtar o tempo de "pega" , porém existe ainda um temor em relação a um possível aumento na incidência de GVHD crônico, devido ao maior número de linfócitos T encontrado neste tipo de coleta. Algumas poucas equipes estão iniciando coleta, por aspiração convencional, de medula óssea estimulada com G-CSF (MOE), em doadores para TMO alogênico objetivando maiores contagens de CD34+ e menor número de linfócitos T no enxerto. Realizamos 5 coletas de MOE de jan. a maio de 2001. Os doadores eram irmãos HLA compatíveis e, após consentimento esclarecido, receberam G-CSF 5 mg/kg/d SC durante 5 dias (0-4 a DO). Foram aspirados através de punções nas cristas ilíacas posteriores 10-15 ml de MO/kg de peso do receptor, seguido de infusão imediata. Nenhuma medula foi congelada e uma foi desplasmatizada. Foram realizadas contagens de linfócitos, mononucleares e também de CD34+, CD3+, CD8+ par citometria de fluxo.

Comparamos estes valores com dados da literatura de coleta par aspiração de MO não estimulada (MONE) e coleta de CTHP e observamos que a contagem de células CD34+ obtida teve valores intermediários entre MONE e coleta de CTHP. A contagem de células mononucleares teve padrão semelhante e o número de Iinfócitos CD3+ e CD8+ foi bem mais próximo do observado na MONE.

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TÉCNICA DE CRIOPRESERVAÇÃO E AVALIAÇÃO DA "PEGA" DE CÉLULAS TRONCO HEMATOPOIETICAS PERIFÉRICAS ( CTHP ) EM FASE INICIAL DE PROGRAMA TMO.

Araujo A Tagliari C, Almeida P., Wendel S., Simões R, Cavalcanti P, Queiroz S.,Souto Maior P, Florencio R, Dias E., Lins M., Matias K, Ostronoff M. IHENE-INSTITUTO DE HEMATOLOGIA DO NORDESTE-REAL TMO - Serviço de Hematologia e TMO - Real Hospital Português Recife - PE.

Nos últimos 6 meses realizamos 77 Coletas e Congelamentos de CTHP para 16 pts submetidos a TMO autólogo. Todos os pts foram estimulados com Qt + G-CSF. As coletas foram realizadas com o equipamento CS3000 BAXTERâ. Foram processadas 3 volumes por coleta, em tempo médio de 3:30 horas, sendo o fluxo entre 40-60ml/min. Realizamos em todos os casos dosagem de CD34+, células mononucleares e controles bacteriológico. Quando possível iniciávamos a citaferese com 10 cel/ml no sangue periférico objetivando coletar no mínimo 5.0x106CD34+. O congelamento destas células foi realizado com DMSO 5%, hidroxietilstarch 6% e albumina humana adicionados a solução crioprotetora. Logo após as células eram congeladas e conservadas em freezer Indrelâ a -80ºC. Dispomos de um sistema automático de back-up com gerador para casos de falta de energia. Os descongelamentos foram realizados em banho-maria a 37ºC ao lado do leito do pct. Após preparar e com monitorização, hidratação e sintomáticos as células eram infundidas. O tempo de criopreservação foi em média 65 dias (45-123). Foram realizados 20 transplantes autólogos, com administração média de 02 bolsas ( 01/04). A infusão em geral aconteceu sem maiores intercorrências: 02 pcts apresentaram náuseas e vômitos intensos; 03 pts com calafrios foram medicados com meperidina e 01 pct com hipertensão arterial foi tratado com nifedipina. O enxerto continha = 2.75x106(0.47-17.0x106) ceLCD34+ e =5.67x108( 2.4-17.05x108 )ceL mononucleares. Os pcts, 07 fem e 09 masc, Idade =50 anos (20-70), com diagnósticos: 05 mieloma mútiplo; 03 leucemia mielóide aguda ;03 leucemia mielóide crônica; 02 linfoma; 02 doença de Hodgkin; 01 síndrome de Richter. Mais da metade desta população foi multitratada previamente com vários esquemas radio-quimioterapicos. Todos os pcts receberam G-CSF 5 mg//Kg/d SC a partir do dia +1 até recuperação granulocitaria. Todos os pcts obtiveram a "pega" medular com =11 dias(09-13) para> 500 PMN e =18 dias(16-21) >20.000 plaquetas e = 30 dias(20-53) >50.000 plaquetas. Estes resultados são comparáveis aos obtidos em Centros de Referência.

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COLETA DE CÉLULAS PROGENITORAS HEMATOPOÉTICAS PERIFÉRICAS (CPHP) EM CRIANÇAS COM NEUROBLASTOMA ESTADIO 4 APÓS ³ 5 CICLOS DE QUIMIOTERAPIA

Seber A, Ginani V.C., Cecyn K., Morais M.F., Luppi LAG.S., Seixas M.T., Toledo S.R, Gonçalves AV., Petrilli AS., Rizzo M.F., Caran EM., São Paulo, Brasil.

O transplante autólogo de células progenitoras é utilizado no tratamento de neuroblastoma estágio 4. Sucessivos ciclos de quimioterapia (QT) diminuem a carga tumoral, mas podem comprometer a mobilização das células CD34+. A coleta de CPHP é geralmente realizada após 2 a 3 ciclos de QT e as CPHP são tratadas com anticorpos monoclonais para reduzir a contaminaçãoo tumoral. Entretanto, as técnicas de tratamento "ex vivo" tem um custo muito elevado, inviabilizando o seu uso em nosso meio. Os pacientes receberam 5 ciclos de QT intensa [CAP-(CTX 2,1 mg/m2, adria 30mg/m2, CDDP 50mg/m2 D1 e 2), alternado com ICE (ifo 3g/m2 e VP-16 150mg/m2 D1-3 e carbo 500mg/m2 D1)], seguidos de cirurgia e outro ciclo de QT com G-CSF 10mcg/kg/d. No dia posterior ao CD34 ³10 as CPHP foram coletadas através de cateter de hemodiálise pela COBE Spectra, processando 7-8 volumes/dia para coletar 5x106 CD34+/kg. As crianças foram monitoradas continuamente. Distúrbios metabólicos (Ca/K) foram corrigidos segundo ECG e dosagens laboratoriais. 14 pacientes (8M) , 29-136 meses de idade (mediana 58) e 9-26Kg (mediana 15) foram mobilizados. Nove receberam 5-8 ciclos de CAP-ICE antes da mobilização. Quatro vieram encaminhados de outras instituições tendo recebido 6 a 27 ciclos de QT. O exame imunocitomorfológico da medula óssea foi negativo imediatamente antes do último ciclo de QT, antes da aferese. Foram realizadas 28 coletas de CPHP em 14 crianças. A mediana de ciclos de QT foi 7,5 (7-17); do nº de aféreses foi 2 (1-3); de CD34 5,5x106/kg (3-15). Nove pacientes foram transplantados com melfalano-VP-carbo. A recuperação hematopoietica ocorreu entre D+8 e +11 (mediana +9). Cinco tiveram recidivas ósseas em locais previamente acometidos pela doença. Não houve nenhuma recidiva pulmonar. 8/9 estão vivos, sendo 4 livres de doença no D+229-472 (mediana 342) após transplante. A coleta de CPHP e viável em crianças com neuroblastoma avançado após ³ 5 ciclos de QT, se um grande volume de sangue e processado e se a reposição de eletrócitos é feita continuamente. Esta estratégia permite prevenir a contaminação do CPHP.

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Autotransplante em LMA utilizando células tronco de medula óssea e sangue periférico tratadas com mafosfamida.

Nelson Hamerschlak, Euripides Ferreira, JUlia Pedro Takatu, Luciana Marti,Leonel Szterling, Yana N S Zogbi, Marisete Popovici, Kelen Alvarez, Julia Fukushima, Cleide Borovik, Nydia Bacal, Jairo J N Sobrinho, Jacyr Pasternak, Joao Guerra, Jose M Kutner, Andreza F Ribeiro, Sergio Simon, Jacques Tabacow, Rene Gansl.

Hospital Israelita Albert Einstein

Os transplantes autólogos de medula óssea em LMA apresentam como Iimitação a potencial contaminação do enxerto com células leucêmicas. O tratamento das células com anticorpos monoclonais e/ou quimioterapia ("purging") tem por objetivo evitar este risco mas ocasionam um atraso de "pega". Estudamos 23 pacientes,12 (52,2%) homens, 11 (47,8%) mulheres, idade média de 33+/-14 anos, com tempo médio de seguimento de 4 anos (mínimo de 1 mês e máxima de 9 anos), nos quais as células tronco periféricas e de medula óssea, coletadas após indução e intensificação quimioterapica com altas doses de Aracytin, foram tratadas com mafosfamida . A média de células transplantadas de MO foi e de sangue periférico foram respectivamente de 3,6 e 3,7 x10E8/kg. Após condicionamento dos pacientes com BU-Cy e transplante das células, a pega de granulócitos ocorreu em 14,8+/-4,5 dias e a independência de plaquetas em media no dia 19,4+/ - 6,7 dias. A probabilidade de sobrevida foi de 58% e a de recidiva 38% sendo estatisticamente diferente, tendo probabilidade de sobrevida menor e recidiva maior nos de mal prognóstico (p=0,01 e p=0,02, respectivamente). Concluímos que o auto TMO com células de MO e periférico purgadas e uma abordagem útil pois permite uma mais rápida recuperação da medula óssea e, eventualmente poderia propiciar menor chance de contaminação do enxerto.

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DETECCÃO MOLECULAR DE POPULAÇÕES CLONAIS NAS COLETAS DE CÉLULAS TRONCO DE SANGUE PERIFÉRICO PARA TRANSPLANTE AUTÓLOGO DE MIELOMA MÚLTIPLO (MM).

Braggio E1.2, Hassan R1.2, Stefanoff CG\ Diamond HR1, Byington R\ Seuanez H1.2, Tabak DG1, Zalcberg IRHCEMO. INCa. 2PG Genetica, UFRJ. Rio de Janeiro.

Os protocolos envolvendo quimioterapias de altas doses, seguidas de transplante autólogo (TA), tem se tornado o tratamento de escolha para pacientes jovens com MM. Ainda é controverso 0 papel da reinfusão de células neoplasicas residuais, assim como de populações de Iinfócitos B clonais, na recaída pós- TMO da doença. São apresentados resultados preliminares da detecção molecular de populações clonais nas coletas de células tronco de sangue periférico (C-CTSP) para TA em pacientes com MM. Foram analisadas 30 C-CTSP de 16 pacientes com MM, após mobilização com G-CSF e condicionamento com MEL. Os métodos moleculares se basearam em PCR-Heteroduplex (HX), para amplificação dos rearranjos do locus da cadeia pesada da imunoglobulina nas regiões CDRII e CDRIII. Em 10 pacientes foram detectados rearranjos monoclonais em pelo menos 1 coleta. Os padrões observados foram caracterizados como alta carga tumoral, ACT (positividade forte ou em mais de uma coleta) e baixa carga tumoral, BCT (positividade só esclarecida com HX ou em somente uma coleta), observados em 5 e 5 pacientes respectivamente. Dois dos pacientes com ACT foram a óbito por doença progressiva, um se encontra com doença ativa, um em RP e um sem evidências de doença (SED). Dos pacientes que receberam coletas com BCT, um se encontra em RP e o resto, SED. Nos pacientes que apresentaram negatividade, não foi possível definir se devida a não contaminação do enxerto ou a falta de marcadores moleculares. Embora preliminares, os resultados da monitorização da presença de populações clonais nas C-CTSPs associados aos níveis de CD34 do enxerto, podem servir como base para o desenvolvimento de parâmetros de avaliação dos enxertos autólogos, na busca de limiares com valor prognóstico.

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IFOSFAMIDA, CARBOPLATINA E ETOPOSIDE (ICE) SEGUIDO DE G-CSF ISOLADO: UM REGIME AMBULATORIAL EFICAZ PARA CITORREDUÇÃO E MOBILlZAÇÃO DE CÉLULAS PROGENITORAS PERIFÉRICAS EM PACIENTES COM LlNFOMAS ELEGÍVEIS PARA TRANSPLANTE

Lerner. D., Tavares, RC.B., Colares, M.N., Byington, M.R, de Azevedo, AM., Maradei, S.C., da Matta, J:L, Bouzas, LF., Vasconcelos, Z., Diamond, H, Tabak, D.G. CEMO -INCA, Rio de Janeiro - RJ.

Nos transplantes autólogos em pacientes com linfomas, utilizam-se varies esquemas de resgate e coleta de células progenitoras (CPSP), de acordo com a experiência das instituições e sua disponibilidade de leitos para esquemas que necessitem internação hospitalar. 0 objetivo do estudo foi avaliar a toxicidade e eficácia do esquema ICE (ifosfamida, carboplatina e etoposide) a nível ambulatorial, seguido de G-CSF isolado, para citorredução e coleta de CPSP. De mar/99 a fev/01, 18 pacientes com linfomas (Hodgkin=7; LNH difuso de grandes células=11) receberam quimioterapia ambulatorial de resgate com ICE a cada 21 dias. Doze pacientes receberam G-CSF profilaticamente por 5 dias após cada ciclo de ICE. A idade mediana foi 34 (17-58) anos. O nº mediano de ciclos de ICE foi 2 (2-4). A toxicidade hematológica foi pequena. Nenhum paciente necessitou de transfusão de plaquetas ou internação per leucopenia e febre. Não houve toxicidade neurológica ou genitourinaria. Dez pacientes tiveram resposta parcial, 5 resposta completa, e 3 doença progressiva. Após mediana de 37 (26-56) dias a partir do termino do ICE, todos receberam G-CSF 10 mcg/kg/d até o último dia da coleta, para mobilização. No 5º dia de G-CSF os pacientes iniciaram as aféreses para obter ³1 x 106 CD34+/kg. O nº mediano de CD34+ coletadas foi 2,2 (0,4-3,6) x 106/kg, com mediana de 3 (2-5) aféreses. Dois pacientes (11,1 %) coletaram <1 x 106 CD34+/kg e foram considerados falhas de mobilização. O efeito adverso mais freqüente foi dor óssea. Após o transplante, utilizando o regime CBV seguido de G-CSF 5 mcg/kg/d, o período mediano para atingir 500 neutrófilos foi 9 (7-11) dias, e para 20.000 plaquetas foi 11 (6-17) dias. Concluímos que o ICE, seguido de G-CSF a nível ambulatorial, é um bom regime citorredutor, com baixa toxicidade. O uso isolado de G-CSF para mobilização, apesar de produzir nº menor de CD34+ quando comparado a esquemas de quimioterapia e G-CSF, produziu recuperação hematopoética semelhante, com a vantagem de podermos programar o dia para início da aférese.

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BANCO DE SANGUE DE CORDÃO UMBILICAL E PLACENTÁRIO - ANÁLISE DA POPULAÇÃO COM POTENCIAL PARA DOAÇÃO

Oliveira. D.L, Pinheiro, E.S.C., da Cruz, A.F., Izu, M., Mello, T.S., Torres, RC., Bouzas, LF. BSCUP-CEMO-INCA, Rio de Janeiro - RJ

O INCA inaugurou em fev/2001 0 primeiro banco de sangue de cordão umbilical e placentário (BSCUP) do país, com o apoio do Ministério da Saúde e convênio com a Maternidade Municipal Carmela Dutra. A portaria 903/GM-16.08.2000 regulamenta as normas de funcionamento e cadastramento dos BSCUP e estabelece critérios para seleção de doadoras. Este estudo tem por finalidade tratar o perfil das gestantes com potencial para doação de SCUP, identificando aquelas que apresentam critérios de exclusão. Foram realizadas entrevistas individuais por enfermeiras do BSCUP, utilizando questionário com perguntas relacionadas a captação da gestante/doadora. Cento e quatro gestantes foram entrevistadas no ambulatório de pré-natal e postos de saúde satélite da Maternidade, no periodo de abr-jun/2001. De acordo com as informações obtidas identificamos as gestantes que não estariam aptas para a doação. A faixa etária (FE) predominante foi de 19 a 24 anos (37,5%). Vinte e quatro (23%) gestantes na FE < 18 anos e 4 (14%) na FE > 37 anos seriam excluídas. Quanto as síndromes genéticas, apenas uma gestante (0,96%) relatou história familiar de anemia falciforme. No item sorologia encontramos duas gestantes positivas (1,92%), sendo uma para hepatite B e outra para sífilis. As sorologias para sífilis, hepatite e HIV das gestantes estavam indisponíveis no momento da entrevista, respectivamente, em 35 (33,6%), 92 (88,4%) e 55 (52,9%). Quanto aos fatores de risco para doenças infecciosas, 25 (24%) gestantes relataram comportamento de risco. Apenas 1/104 gestantes se recusou a participar do programa de doação por motivos religiosos. O perfil das gestantes candidatas a doação para 0 BSCUP pode ser traçado utilizando-se o questionário proposto e entrevista individual. Estas informações são fundamentais para a estratégia adotada pelo programa, em especial quanta a seleção da maternidade e o número de gestantes necessárias para atingir as metas do BSCUP.

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BANCO DE SANGUE DE CORDÃO UMBILICAL: PADRONIZAÇÃO DE CULTIVO DE PROGENITORES HEMATOPOIÉTICOS IN VITRO (CFU)

Paraguassú-Braga. F. H., Bouzas, LF.S., Maciel, C.M., Paiva, T.M., Barone. B., Tabak, D.G. BSCUP-CEMO-INCA, Rio de Janeiro-RJ .

Uma das limitações do transplante alogênico não-aparentado e a escassez de doadores HLAcompatíveis. 0 uso de células-tronco do sangue de cordão umbilical e placentário (SCUP) pode vir a suprir esta necessidade e adquirir importância crescente com a implantação de bancos de SCUP nacionais e internacionais. Para isso, São necessárias técnicas adequadas de criopreservação e controle de qualidade de progenitores hematopoéticos (PH). A avaliação de PH pode ser realizada in vitro por ensaios clorogênicos em matrizes semisólidas, com fatores de crescimento hematopoéticos e/ou meio condicionado de linhagens celulares. Células de SCUP foram processadas para criopreservação e analisadas para CFU-GM em meio 199/agar 0,375% (4 unidades) ou metilcelulose (MethocultÒ, Stem Cell, Canada - 2 unidades). Colônias CFU-GM (>50 células, incolores, compactas e/ou difusas) foram quantificadas em função do número de células plaqueadas e expressas em CFU/105 células totais e por unidades de SCUP. Em média, cada unidade criopreservada continha 6,0 x 105 CFU-GM totais. A sensibilidade da análise variou segundo o método utilizado, sendo os ensaios realizados em metilcelulose 10 vezes mais sensíveis (0,01% vs 0,001% de progenitores). A metilcelulose possibilitou o uso de um número 50 vezes menor de células para realização do ensaio (1 x 104 vs 5 x 105 células/placa). Ambas as técnicas são utilizáveis para controle da unidade criopreservada. Contudo, a metilcelulose parece mais compatível com as características do SCUP, tais como volume de coleta e celularidade média reduzidos. Com o devido tratamento, amostras pós congelamento podem ser aproveitadas para o mesmo ensaio, como controle de viabilidade e de recuperação de PH viáveis. Nessa abordagem, novos procedimentos deverão ser investigados para controle de qualidade das unidades de SCUP criopreservadas.

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ESTRATÉGIA PARA IMPLANTAÇÃO DO BANCO DE SANGUE DE CORDÃO UMBILICAL E PLACENTÁRlO VOLUNTÁRlO: CENTRO DE TRANSPLANTE DE MEDULA ÓSSEA - INCA

Bouzas. L.F.. Barone, B., Maciel, C.C., Paiva, T., Paraguassu-Braga, F.H., Melo, T, Vasconcelos, Z., Tabak, D.G. BSCUP - CEMO - INCA, Rio de Janeiro - RJ

Uma das principais limitações no tratamento do câncer se deve a toxicidade a medula óssea pela terapêutica quimioterápica ou quimioradioterápica. O transplante de células-tronco hematopoéticas possibilitou superar esta barreira. Um fator importante para o transplante e a existência de um doador compatível. Daí a necessidade do estabelecimento de Bancos de Sangue de Cordão Umbilical e Placentário (BSCUPs) a fim de ampliar esta possibilidade de tratamento aos pacientes sem doador familiar. Desenvolvemos uma análise de cenários envolvidos na iniciação de um BSCUP como: geral, na área de saúde, do ramo de negócio, otimista e pessimista. Desta análise foram levantados os recursos necessários (modelo Greenwood), plano de contingência e possíveis competidores. Utilizando ferramentas empresariais, aplicamos a análise FOFA, que levantou pontes fortes e fracas deste projeto, ameaças e oportunidades. Pelo modelo Tiles verificamos a consistência interna com o ambiente, adequação face aos recursos disponíveis, grau de risco satisfatório e horizonte de tempo apropriado para o projeto. A criação do BSCUP no Brasil aumentará o número de pacientes beneficiados com o transplante de células-tronco hematopoéticas, reduzirá o custo do procedimento baseado na busca de doadores no exterior e proporcionara o desenvolvimento de uma área de pesquisa no país. São pontos fortes identificados a utilização de capacidade instalada de Hemocentros e Serviços de transplante, grande diversidade étnica das unidades coletadas, economia de recursos e possibilidade de auto-sustentação ao programa.

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SANGUE DE CORDÃO UMBILICAL E PLACENTÁRIO APARENTADO: NOVE ANOS DE EXPERIÊNCIA DO CEMO/INCA

Bouzas. L.F., Barone, B., Maciel, C.C., Paiva, T., Paraguassu-Braga, F.H., Melo, T., Vasconcelos, Z:, Diamond, H.R., Tabak, D.G. BSCUP - CEMO - INCA, Rio de Janeiro - RJ

Na última década, vários estudos demonstraram o potencial das células-tronco obtidas do sangue de cordão umbilical e placentário (SCUP) como fonte para reconstituição hematopoética. O SCUP de irmão idêntico, de gestação programada ou não, tem sido utilizado em centros especializados como alternativa para pacientes com indicação de realizar um transplante de células hematopoéticas. Descrevemos a experiência do CEMO/INCA com o programa de doador aparentado. No período de Fev/1992 a Fev/2001 foram coletadas, processadas e criopreservadas 39 unidades de SCUP aparentado. As principais indicações para coleta foram: leucemias agudas e crônicas, falência medular e talassemia maior. O método de coleta e processamento com sistema aberto foi o utilizado. A criopreservação em freezer programado ocorreu em 9 unidades, gerando 19 bolsas. Foram criopreservadas 73 bolsas sem manipulação para retirada de hemácias, sendo 19 pelo método programado. O volume mediano das unidades foi 102 ml (35-200 ml) com nº de células totais (x108) de 11,0 (0,4 - 50,0). As unidades que ultrapassaram o período de 4 anos, não foram utilizadas e não apresentaram compatibilidade foram descongeladas e analisadas quanto a viabilidade. No período de 1992 a 1996, 9 unidades (19 bolsas) descongeladas demonstraram viabilidade mediana de 94,2 % (89,9 - 101,39) por citometria de fluxo. Destas, 6 foram compatíveis, 1 foi descartada por contaminação e 1 transplante foi realizado. A partir de 1997, todas as unidades foram avaliadas quanto ao nº de CD45+/CD34+ (x106), com mediana de 4,0 (0,2 - 55,0). 0 SCUP aparentado é alternativa importante para pacientes que tem indicação de transplante e sem doador de medula óssea. O aproveitamento das unidades quanto ao volume, nº de células totais e percentual de CD34+ é elevado quando comparado com coletas de SCUP para bancos. A compatibilidade HLA, no entanto, foi menos freqüente, 6/39 unidades do que o esperado.

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AVALIAÇÃO POR PCR DA PRESENÇA DE CÉLULAS NEOPLÁSICAS NAS COLETAS DE PROGENITORES HEMATOPOIETICOS PARA TRANSPLANTE AUTÓLOGO EM PACIENTES COM LlNFOMA NÃO HODGKIN

Stefanoff CG1,3, Hassan R1.2, Gonzalez AC1 Diamond HR1 Bouzas IF1 Andrade LA3, TabakDG1 Zalcberg IR1. 1CEMO-INCa, 2PG Genética UFRJ, Rio de Janeiro; 3Inst. de Biologia UFF, Niterói.

A utilização de sangue periférico como fonte de células progenitoras hematopoieticas (CPHs) tem contribuído para o desenvolvimento de protocolos envolvendo quimioterapias de altas doses, seguidas de transplante autólogo (TA), em pacientes com linfomas não-Hodgkin (lNH) e mieloma múltiplo (MM). Um dos riscos do T A é a reinfusão de células neoplasicas residuais, cujos níveis poderiam ter um papel crucial na recaída da doença. O objetivo do presente trabalho é apresentar resultados preliminares da estratégia molecular de detecção de populações clonais, indicativas de contaminação com células tumorais, nas coletas de SP para T A em pacientes com LNH. Foram analisados por PCR os DNAs obtidos a partir de tumores fixados e impregnados em parafina (FIP) e de 40 coletas-CPHs de 10 pacientes com LNH difuso de células grandes B. Foram amplificados os rearranjos do locus da cadeia pesada da imunoglobulina nas regiões CDRII (FR2-PCR) e CDRIII (FR3-PCR) e o equivalente molecular da t(14;18) (PCR BcI2/JH) para ambos os pontos de quebra (MBR e mcr). Rearranjos monoclonais B ou Bcl2/JH foram detectados em 7 dos tumores FIP (70%) com DNA comprovadamente amplificável. Estes rearranjos foram utilizados como marcadores moleculares na avaliação das respectivas coletas. Foram detectadas populações clonais nas coletas de três pacientes (5 coletas de um paciente e 2 dos outros dois), com os mesmos marcadores do diagnostico. Estes resultados preliminares mostram a factibilidade da monitorização de células neoplásicas residuais em coletas-CPHs para T A, como base para o desenvolvimento de métodos moleculares de quantificação, visando a avaliação e otimização de protocolos quimio e imunoterápicos e regimes de mobilização de CPHs.

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INFECÇÃO POR VÍRUS HERPES - 6 APÓS TRANSPLANTE DE MEDULA ÓSSEA AUTÓLOGA.

Goncalves. A.V.; Ginani, V.C.; Cruz, G.; Pereira, C.; Lazar, A.; Sabino, E.C., Moraes, M.F.C., Petrilli, A.S.; Seber, A. Institute de Oncologia Pediátrica - GRAACC - UNIFESP, Fundação Pró-Sangue, Hospital Sírio Libanês, São Paulo, S.P.

O objetivo deste trabalho é descrever dois casos de infecção pelo vírus herpes 6 (HHV-6) em pacientes submetidos a transplante autólogo. As manifestações clinicas maiores nestes casos foram síndroma hemolitico-uremica e convulsão. O primeiro caso é de um paciente com idade de dois anos, portador de neuroblastoma estágio 4, que desenvolveu no quarto mês após transplante um quadro de febre baixa, tosse e taquipneia, sem alterações ao raio X. Após 10 dias apresentou anemia hemolítica, plaquetopenia, hematúria, hipertensão arterial e insuficiência renal caracterizando a síndrome hemolítica-uremica. Todas as culturas foram negativas para bactérias e fungos e o nested - PCR foi positivo para HHV-6 no sangue periférico. Posteriormente, esta paciente desenvolveu crise convulsiva, sendo isolado HHV-6 no liquor (LCR). 0 segundo caso foi de um paciente com 18 anos, portador de Doença de Hodgkin refratária, que apresentou a partir do 16º dia após transplante cefaléia e convulsão. A tomografia do crânio, LCR e EEG foram normais. O PCR para HHV-6 foi positivo em sangue periférico e LCR. Ambos os pacientes foram tratados inicialmente com ganciclovir, sendo que no segundo paciente a medicação foi substituída por foscarnet por reações adversas a medicação anterior. Nó s concluímos que o HHV-6 pede causar manifestações clínicas diversas desde encefalite. até síndrome hemolítica-uremica nos pacientes imunossuprimidos, e que dentre as causas de infecção viral é um agente que deve ser pesquisado.

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EPIDEMIOLOGIA DE INFECÇÃO PELO VIRUS VARICELA-ZOSTER (VZV) EM PACIENTES SUBMETIDOS A TRANSPLANTE AUTÓLOGO DE CÉLULAS PROGENITORAS (TAMO)

Urago KP, Portugal ACD, Maiolino A, Nucci M

HUCFF - Universidade Federal do Rio de janeiro

Com o objetivo de caracterizar a epidemiologia de infecção por VZV em paciente submetidos a TAMO, foi feito um estudo retrospectivo. Os prontuários e fichas clínicas de todos os pacientes submetidos a TAMO entre junho de 1994 e maio de 2001 foram revistos. Foram observados 21 casos de infecção por VZV em 135 pacientes (16%). A prevalência foi semelhante nas diferentes doenças de base (19% em linfoma não-Hodgkin, 16% em doença de Hodgkin e 15% em mieloma múltiplo). A maioria das infecções (71%) ocorreu nos 6 primeiros meses pós TAMO e só 3 casos ocorreram após o 1º ano. A probabilidade atuarial em 60 meses de desenvolver infecção par VZV foi de 41%. A maioria dos pacientes (67%) estava em remissão completa de sua doença de base no momento da infecção. 71 % das infecções ocorreram na primavera ou verão. Houve 2 casos de varicela e 19 de herpes zoster, nos seguintes dermátomos: lombar (7 casos) , torácico (6), cefálico (4), cervical (1), não determinado (1). Disseminação cutânea ocorreu em 3 casos, e nenhum desenvolveu disseminação visceral. Nevralgia pós-herpética ocorreu em 31%. Todos os pacientes receberam aciclovir, na maioria das vezes IV. Não houve nenhum óbito relacionado a infecção. Infecção par VZV é freqüente após TAMO, especialmente nos primeiros 6 meses, e na maioria das vezes não dissemina, apesar da baixa imunidade dos pacientes.

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PROFILAXIA ANTIFUNGICA COM BAIXA DOSE DE ANFOTERICINA - B LlPOSOMAL (AMBISOMEâ)EM PACIENTES (PTS) GRANULOCITOPÉNICOS

Ostronoff M., Souto Maior Po, Florencio R, Dias E., Lins M., Tagliari C., Matias K.

Recife, Serviço de Transplante de Medula óssea do Real Hospital Português .

O AmbisomeÒ tem eficácia demonstrada em doses elevadas >3mg/kg/d para Candida e 5mg/kg/d para Aspergilus. Em uma série prévia de 20 pts submetidos a quimioterapia (aT) aplasiante ou TMO, em doenças onco-hematologicas com uma mediana(M) de neutropenia (<500 PMN) de 10 dias utilizamos a dose média de 1 mg/kg/d EV a partir do início da aplasia. Em 04 pts (20%) tivemos episódios documentados por hemoculturas ou cultura de ponta de cateter a Candida. Em todos os casos os pts evoluíram bem com a retirada do cateter e 10 dias de fungizonâ 0,6mg/kg/d EV em SG5%. Tendo em vista estes resultados decidimos aumentar a dose profilática para 1,5-2,0mg/kg/d de Ambisomeâ Entre 9/99 e 5/01 tratamos 14 pts, M de 41 anos (9 - 66), 6 masc. e 8 fem., LMC-3, MM-3,LMA-3,LLA-1,DH2,Richter-1 ,Ca.mama-1.0s 27 episódios de aplasia foram decorrentes de TMO Alogênico em 04 casos, TMO Autólogo em 05 casos e aT em 18 casos. Utilizamos como proteção do pt isolamento reverso simples e lavagem cirúrgica das mãos. Os pts eram portadores de catéter de longa permanência semiimplantável. A neutropenia durou M 10 dias (6-40). Antibioticoterapia sistemica e AmbisomeÒ foram iniciados desde o início da neutropenia até recuperação(>500PMN). A tolerância ao tratamento foi em geral boa, mas utilizamos rotineiramente difenidramina e dolantina antes da administração do AmbisomeÒ .Toxicidade renal leve ou pequenas alterações dos níveis de potássio e magnésio foram esporadicamente observados (20% dos casos). Tivemos 1 caso de Candida parapsilosis identificado por hemocultura de vigilância de catéter rotineira na ausência de manifestações clínicas 10 dias após saída da aplasia e a alta da pt. o catéter foi retirado e a pt recebeu fungizonÒ com evolução favorável. Nenhum abcesso foi evidenciado tomográficamente. Concluímos que a dose profilática de 1,5-2,0mg/kg/d é aparentemente eficaz tendo em vista a baixa freqüência (2,7%) de complicações fúngicas encontradas nesta série de pts multitratados par doenças onco-hematológicas. Um estudo ramdomizado seria necessário para confirmar a segurança de utilizar baixas doses de AmbisomeÒ profilaticamente neste contexto e o patamar inferior de dose nos parece estar situado entre 1,5-2,0mg/kg/d.

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ESTUDO EPIDEMIOLÓGICO MULTICENTRICO DE INFECÇÃO POR FUSARIUM SP. PACIENTES COM LEUCEMIA E TRANSPLANTE DE MEDULA ÓSSEA (TMO)

Nucci, M.; Queiroz-Telles, F; Martins, C.A.; Trabasso, P.; Simoes, B.; Mangini, C.; Solza, C.; Fonseca, M.S.; Moreira, C.A.; Nascimento, C.R.; Souza, C.; Voltarelli, C.; Pasquini, R.

Univ. Fed. Rio de Janeiro, Univ. Fed. Paraná, Hosp. Câncer, Rio de Janeiro, Univ. Estadual de Campinas, Univ. São Paulo, Ribeirão Preto, Hosp. Câncer, São Paulo, Univ. Estado do Rio de Janeiro.

A fim de avaliar a epidemiologia, achados clínicos, práticas terapêuticas, e a evolução de infecção sistemica por Fusarium sp. no Brasil, 7 instituições de 5 cidades participaram deste estudo retrospectivo. 43 casos foram identificados, sendo 15 (39%) em TMO: alogênico aparentado em 10, não aparentado em 4 e de sangue de cordão em 1. A incidência foi de 1 caso/100 episódios de neutropenia febril, 0,9 casas por 100 TMO e 1 caso por 100 TMO alogênicos. As doenças mais freqüentes foram leucemia mielóide aguda (34%), Iinfóide aguda (21%) e mielóide crônica (14%). 0 tempo mediano entre 0 TMO e a infecção foi de 22 dias (61017), e houve uma distribuição bimodal (1 pica de incidência no D+30 e outro no D+90). 80% eram neutropênicos, 40% usavam corticóide, e 5 pacientes tinham doença do enxerto contra o hospedeiro aguda (4 casos) ou crônica (1 caso). Febre (93%), lesões cutâneas (67%) e infiltrados pulmonares (47%) foram as manifestações clínicas mais encontradas. 93% receberam anfotericina B convencional e 37% receberam fatores de crescimento. A mortalidade em 30 dias foi de 51%, a sobrevida atuarial foi de 25% e a sobrevida mediana foi de 28 dias. Neutropenia persistente foi o único fator de risco para óbito em analise multivariada. Estes dados confirmam a fusariose como uma doença muito grave, com incidência de 1 % em TMO alogênico.

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Autores: Clóvis Arns da Cunha, Elaine Coutinho, Rodney Frare e Silva, Carlos Roberto de Medeiros, Ricardo Pasquini

Unidade de Transplante de Medula Óssea/Hospital de Clinicas-Universidade Federal do Paraná

Pneumonia por Vírus Sincicial Respiratório Pós-Transplante de Medula Óssea: Experiência do Hospital de Clinicas da Universidade Federal do Paraná

Introdução: O vírus sincicial respirat6rio (VSR) representa a mais freqüente das infecções virais respiratórias adquiridas na comunidade em pacientes submetidos a transplante de medula óssea (TMO). Cerca de 70-80% dos pacientes infectados desenvolvem pneumonia, se estiverem na fase neutropenica. enquanto que a incidência cai para 25-40% na fase não neutropenica (> 1 mês pós- TMO). Quando ocorre pneumonia. porém a mortalidade parece ser a mesma nos dois grupos: 50 a 80% dos casos. A ribavirina administrada precocemente por via aerosol parece ser efetiva.

Material e Métodos: Revisando os dados estatísticos de todos pacientes submetidos a transplante de medula óssea no Hospital de Clinicas da Universidade Federal do Paraná (HC/UFPR). identificaram-se 12 casos de pneumonia por RSV tratados por ribavirina aerosol. Considerou-se como pneumonia por RSV. quando a pesquisa de antígeno para RSV por imunofluorescencia indireta (IFI) foi positiva no lavado broncoalveolar ou na secreção de nasofaringe + RX de tórax ou tomografia de tórax demonstrando infiltrado pulmonar. Ribavirina aerosol foi administrada através de aparelho inalatório próprio. 6g/dia. por 12-18h/dia, por 7 a 10 dias.

Resultados: Dos 12 pacientes que receberam ribavirina aerosol, 4 (um terço) faleceram pela infecção. Apenas durante o ano de 2000. 25 pacientes apresentaram diagnóstico de infecção por VSR. a maioria destes na fase não-neutropenica (> 1 mês pós-TMO) e com infecção apenas de vias aéreas superiores. A maioria não evoluiu para pneumonia. mesmo sem tratamento.

Conclusões:

I. VSR deve ser sempre considerado no diagnóstico diferencial de pacientes com sintomas respiratórios submetidos a TMO. principalmente em surtos comunitários pediátricos. 2. Medidas precoces de isolamento respiratório são essenciais para o controle do surto.

3. O diagnóstico precoce na fase neutropênica. antes do paciente desenvolver insuficiência respiratória e mesmo antes do aparecimento de alterações no RX de tórax. através da identificação viral e tomografia de tórax. é de vital importância para o controle do surto e inicio da terapêutica.

4. O uso precoce de ribavirina aerosol parece ter impacto significativo na sobrevida desta infecção que apresenta alta mortalidade.

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INFECÇÕES VIRAIS APÓS TRANSPLANTE DE MEDULA ÓSSEA EM PACIENTES PEDIÁTRICOS.

Ginani. V.C.; Gonçalves, AV.; Pereira, C.; Cruz, G.AL.; Petrilli, AS.; Seber, A; Instituto de Oncologia Pediatrica - GRAACC/UNIFESP, São Paulo, SP.

As infecções virais são uma complicação importante no período pós TMO. A prevenção e o tratamento de citomegalovirus (CMV) e herpes simplex (HSV) revolucionaram o tratamento de suporte para os transplantes. No tratamento de doenças causadas por vírus respiratórios novos antivirais e imunoglobulinas específicas, medicações de custo bastante elevado, estão ainda em fase de investigação clínica. Estudamos 28 pacientes submetidos a TMO para avaliação da incidência, tratamento e prognóstico de infecções virais agudas sintomáticas. Culturas de vigilância não foram realizadas nesses pacientes. Aciclovir profilático endovenoso foi utilizado em pacientes com sorologia positiva (lgG) para HSV (250 mg/m2 8/8 h) ou CMV (500 mg/m2 8/8 h) até o D+30. Todos os hemoderivados foram filtrados e irradiados. No período de maio de 1999 a abril de 2001, 28 pacientes foram submetidos a TMO (16 do sexo masculino) com idades de 2 a 21 anos (mediana 8), sendo que 16 realizaram TMO autólogo. Os diagnósticos foram leucemias aguda (9), leucemia mielóide crônica (2). Hodgkin (2), aplasia (2), neuroblastoma estadio 4 (9) e outros (2). 16 pacientes (9 TMO alogênico e 7 autólogo) apresentaram 34 episódios de infecção aguda sintomatica, 1-6 episódios/paciente (mediana 2), entre os dias -6 a+639 após TMO (mediana 0+87). As infecções virais observadas foram: HSV, VZV, CMV, HHV-6, adenovirus, virus sincicial respiratório (VSR), influenza A e B, parainfluenza tipo 3 e virus BK. O tratamento para CMV e HHV-6 foi realizado com ganciclovir havendo boa resposta. Os pacientes com HSV ou VZV receberam aciclovir não apresentando complicações. Pacientes com IVAS foram isolados dos demais e receberam uma dose de imunoglobulina "standard" 0,5 g/kg e ribavirina (5 mg/kg 12/12 h) e amantadina (2,5 mg/kg 12/12 h) ambas por via oral. Com o resultado do lavado nasal, ribavirina foi mantida para VSR ou parainfluenza e amantadina para influenza. A por pelo menos 10 dias ou até os sintomas tivessem desaparecido e o resultado do lavado nasal fosse negativo. Nenhum paciente desenvolveu pneumonia. Concluímos que os pacientes com sintomas respiratórios o início imediato de ribavirina e amantadina associadas a imunoglobulina endovenosa pode prevenir complicações respiratórias.

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CONFIRMACIÓN DE QUIMERISMO POST TRASPLANTE ALOGÉNICO MEDIANTE ANÁLISIS DE MICROSATÉLITES DEL DNA

Mosso C1., Palma J1., De La Barra P2., Jorquera H3.

1. Unidad transplante Medula Ósea. Hospital Luis Calvo Mackenna. 2. Medico residente, Servicio Pediatrfa. Hospital Luis Calvo Mackenna. 3. Jefe laboratorio biologfa molecular. Instituto Medico Legal.

El trasplante de médula ósea alogénico es una alternativa terapéutica para un grupo muy seleccionado de pacientes pediátricos con patología oncológica, como también para resolver algunas enfermedades no oncológicas no tratables con estrategias térapeuticas convencionales. Las fuentes de precursores hematopoyéticos para el trasplante son variados (médula ósea, sangre de cordón umbilical y sangre periferica ).El resultado del procedimiento, depende del implante de las celulas progenitoras infundidas. Existen numerosas estrategias para definir este implante, basadas fundamentalmente en parámetros hematológicos en sangre periférica. El problema es que esta forma de evaluar el resultado del transplante no permite reconocer si las células corresponden a implante alogénico o recuperación autologa post transplante. Este no es un tema menor al evaluar el resultado del procedimiento, ya que la presencia de recuperación autologa o quimerismo mixto (presencia de celulas de origen de donante y de receptor) se asocia a recaída de la enfermedad en patología oncológica o perdida de implante en los pacientes con patología no oncologica. Par esta razón es fundamental contar con un método de detección de quimerismo. Para su evaluación se puede utilizar la presencia de diferencias celulares cuantificables entre donante y receptor, tales como diferencia grupo sanguíneo, sexo genético, diferencias HLA o alteraciones citogenéticas marcadoras de la enfermedad de base, todas estas formas de evaluación tienen la limitante de ser tardías y no estar disponibles en todos los pacientes. Sin embargo, existe la posibilidad de conocer el quimerismo a través de la evaluación de secuencias de ADN polimorfico ( STR ) por reacción de polimerasa en cadena PCR ), con este método es posible determinar el quimerismo y el implante en forma muy precoz, incluso antes de que exista implante hematológico. El objetivo de este reporte, es mostrar los resultados de una evaluación transversal del quimerismo a traves del estudio de ADN altamente polimorfico. Nuestro programa de Transplante de medula ósea, que se encuentra en funcionamiento desde Octubre 1999 y que hasta el momenta ha realizado 20 procedimientos ( 17 aloTMO y 3 autoTMO), en un primer momenta, no contaba con este estudio, par 10 que la evaluacion inicial del quimerismo se realizaba a través de los otros metodos descritos. En noviembre 2000 se realize un estudio transversal a los pacientes sometidos a TMO alogenico hasta ese momenta ( n = 7, estudio a través de deteccion de ADN altamente polimorfico ). En todos ellos se encontro quimera completa del donante. Con este resultado se ha disenado un estudio prospectivo de la quimera a través de este metodo con el objetivo de evaluar precozmente la presencia de implante molecular y el estado de esta misma con la idea de tomar decisiones terapéuticas basadas en sus resultados, el que será motivo de una próxima comunicación.

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ACOMPANHAMENTO CITOGENÉTICO DE PACIENTES COM LEUCEMIA MIELÓIDE CRÔNICA PÓS-TRANSPLANTE DE MEDULA ÓSSEA QUE RECEBERAM INFUSÃO DE LlNFÓCITOS DO DOADOR.

Otero. L; Fernandez, T.; Silva, M.LM..; Colares, M.; Lerner, D.; Tavares, R.; Tabak, D. Rio de Janeiro, Centro de Transplante de Medula Óssea/lNCA

A leucemia mielóide crônica é uma neoplasia que acomete a medula óssea, sendo caracterizada pela alta proliferação de células maduras ou diferenciadas. O transplante de medula óssea (TMO) ainda é a conduta terapêutica mais adotada, principalmente nos casos em que o paciente tenha um doador HLA-idêntico. Entretanto, em alguns dos casos transplantados podem haver recaídas da doença de forma clínica, hematológica, molecular elou citogenética. Como opções terapêuticas para as recaídas, tem-se a redução ou suspensão da imunossupressão, tratamento com hidroxiureia ou interferon-a, segundo TMO ou a infusão de linfócitos do doador (DLI). A DLI constitui-se numa efetiva opção de tratamento para recaída pós- TMO em pacientes com LMC, com taxas de resposta variando entre 64% e 86%, associadas a alta incidência de doença enxerto-contra-o-hospedeiro. Nesse trabalho, foram monitorados citogeneticamente 15 pacientes com LMC que recaíram em variados períodos pós-TMO e que receberam a DLI como tratamento para esta recaída. Do total de pacientes, 11 (73,3%) obtiveram resposta citogenética completa, sendo que destes, 3 pacientes recaíram novamente após DLI. Um paciente obteve resposta citogenética parcial e 2 pacientes não responderam a DLI. Desta forma, a DLI parece ser uma boa opção nos casos de recaída pós- TMO para LMC. Par outro lado, 0 acompanhamento citogenético, juntamente com técnicas moleculares, constitui-se numa importante ferramenta na detecção da recaída da doença, bem como na monitorização após DLI.

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INFUSÃO DE LlNFÓCITOS DE DOADOR (ILD) EM RECIDIVAS DE LEUCEMIA MIELÓIDE CRÔNICA (LMC) APÓS TRANSPLANTE DE MEDULA ÓSSEA (TMO) - ANALISE DE 15 CASOS

Tavares. RC.B.. Lerner, D., Maradei, S.P., Byington, M.R, Ferreira, J.L, de Azevedo, A.M., Colares, M.N., Diamond, H.R, Otero, L, Pires, V., Zalcberg, I.R, Mattos, M., Bouzas, LF., da Matta, J.L, Tabak, D.G. CEMO - INCA, Rio de Janeiro - RJ

A ILD é opção terapêutica eficaz para LMC em recidiva após TMO. A taxa de remissão citogenética varia de 64% a 87%, com incidência de doença enxerto-contra-o-hospedeiro (DECH) superior a 50% em ILD não-manipulada. De jan/97 a mar/01, 15 pacientes (10 homens) com idade mediana de 38 (853) anos receberam 21 ILD HLA-idêntico e aparentado como tratamento de recidiva de LMC. Seis pacientes receberam ILD mais de 1 vez, par falta de resposta (3) ou 2ª recidiva (3). Doze pacientes apresentaram recidiva hematológica (9 FC, 1 FA e 2 CB) e 3 recidiva citogenética. A imunossupressão foi suspensa na detecção da recidiva nos 8 que faziam usa de CSA e/ou prednisona. Doze pacientes usaram IFN (pré ou pós-ILD), 1 deles recebeu ainda Iinfócitos estimulados com IL-2. 0 nº mediano de células CD3+ infundidas foi 2,4 x 108 (0,48 - 4,8 x 108) e de CD8+ foi 0,55 x 108 (0,12 - 2,3 x 108). Dez pacientes atingiram remissão citogenética e 6 atingiram remissão molecular; 4 não responderam. Resposta citogenética parcial associada a remissão hematológica e DECH ocorreram em 1, que não pede ser avaliado (óbito par toxicidade cardíaca). DECH crônica ocorreu em 8 (53,3%), que necessitaram de imunossupressão sistêmica. Cinco apresentaram aplasia pós-ILD, dos quais 4 responderam ao G-CSF e 1 necessitou de infusão de células-tronco periféricas. Até o momento, 9 permanecem vivos (1 com STI571 , 6 em remissão sem imunossupressão, 2 em remissão com imunossupressão). A taxa de resposta a ILD foi de 53%. Os resultados são comparáveis aos da literatura, considerando que 80% dez pacientes foram tratados em recidiva hematológica e sem depleção de células T. A DECH pós-ILD e mais freqüente entre os respondedores, mas induz morbidade. O uso de doses escalonadas de LD em estágio mais precoce da recidiva provavelmente melhorara a resposta e reduzira complicações como aplasia e DECH.

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REVERSÃO DA RECAÍDA MOLECULAR E CITOGENÉTICA DA LLA APÓS ALO-TMO, EM PRESENÇA DE UM ENXERTO IMUNOLOGICAMENTE COMPETENTE

Hassan R1,2 Bonamino MH1Arruda M1 ,Stefanoff CG1 Otero L 1, Seuanez H12, Tabak DG 1, Zalcberg IR11CEMO. INCa. 2PG Genetica,, UFRJ. Rio de Janeiro.

A recaída constitui a causa mais freqüente de falha do TMO nas LLAs, tendo sido associada a detecção de altos níveis de doença residual mínima (DRM). São apresentados 2 pacientes com LLA, com reversão da recaída molecular e citogenética no primeiro ano após o TMO. Paciente 1 (18/F, 2ºRC). Nos primeiros 6m pós-TMO foi detectada DRM por PCR para rearranjos clonais do gene da Imunoglobulina (sens. 10-2 a 10-3), com padrão de oligoclonalidade e evolução clonal. O enxerto foi avaliado por PCR (VNTR/STR) mostrando evolução de um padrão do doador (QT) para um de quimerismo misto (QM) predomínio doador. Um ano após o TMO, foi caracterizada recaída citogenética, com 20% de células da paciente e QM. A paciente apresentou DECH aguda GII. As dosagens de CSA e PDN foram reduzidas até suspensão 6m e 10m pós- TMO. Atualmente, 2 anos pós-TMO, a paciente se encontra em remissão clinica, com DECH resolvida, enxerto com QM predomínio doador, sem DRM detectável. Paciente 2 (131M, 2º Recaída). Nos primeiros 6 meses pós-TMO, detectada DRM por PCR para rearranjo clonal do gene TCRg. A citogenética mostrou células leucêmicas em níveis de 7 e 2% nos primeiros 100 dias. O enxerto evoluiu para consolidação a partir do 0+100. Foi diagnosticada DECH aguda. A dosagem de CSA foi reduzida ate suspensão no 0+90. O paciente se encontra em remissão clinica e a situação do enxerto a 1 a 6m do TMO e estável, sem DRM detectável. A evolução destes pacientes representa um evento mediado par um efeito enxerto-contra-leucemia, associado ao DECH e manipulação da imunossupressão nos primeiros meses do TMO, sugerindo uma re-significação da detecção de DRM em altos níveis, em presença de um enxerto imunologicamente competente , nesta etapa do pós-TMO. No entanto, precisa-se de um tempo maior de acompanhamento para analisar a implicância deste evento precoce na evolução e desfecho da doença a longo prazo.

TP-39

MONITORIZAÇÃO MOLECULAR DA LEUCEMIA LlNFÓIDE AGUDA APÓS TRANSPLANTE ALOGÊNICO DE MEDULA ÓSSEA

Hassan R1,2; Bonamino MH1, Stefanoff CG1 Xavier SG1 Seuanez H12, Tabak DG\1 Zalcberg IR1. 1CEMO. INCa. 2PG Genética, UFRJ, Rio de Janeiro.

Foram utilizados métodos moleculares para caracterizar a dinâmica leucemia/enxerto pós-TMO, em 21 pacientes com LLA (M:F 1.6; 11 adultos, 5 adolescentes e 6 crianças). Quatro pacientes não puderam ser estudados, devido a óbito precoce (1-3m) por complicações do TMO. Os 17 restantes foram monitorados entre 2 e 36m (mediana 10m). Destes, 4 receberam transplante de células tronco não mieloablativo (miniT). Foram analisadas 85 amostras de MO ou SP, antes e em diferentes intervalos após o TMO. A doença residual mínima (DRM) foi avaliada por PCR para os rearranjos dos genes de Imunoglobulina (lgH) e Receptor de Células T g e d, (sensibilidades entre 10-2 e 10-3). Dois casos foram também estudados por nested RT-PCR para detecção da expressão do gene Bcrabl. 0 estado de quimerismo foi determinado por PCR para mini e microsatélites (VNTR e STR quantitativo utilizando primers fluorescentes). Os 4 pacientes submetidos ao miniT foram a óbito, 3 por recaída da doença e um por toxicidade. Em 3 deles foi possível observar resposta molecular de duração variável após as infusões, sendo que um paciente permaneceu 11 meses em remissão molecular e com enxerto estável. Dos 13 pacientes restantes, 3 recaíram, um com DRM persistente e quimerismo misto (QM) em evolução, um com recaída molecular e aparecimento de QM abruptos e um sofreu recaída testicular sem DRM na MO e com enxerto consolidado. Nos pacientes em remissão, níveis baixos de Bcr-abl (dois casos) coexistiram com padrão de VNTR/STR do doador. Em dois casos, a recaída molecular e citogenética precoce em presença de QM foi revertida por intervenção clínica. Apesar do valor prognóstico da detecção de DRM no pós-TMO não estar completamente esclarecido, a associação da monitorização da DRM e do enxerto por métodos moleculares fornece valiosas informações para subsidiar a tomada de decisões terapêuticas, frente as diversas situações caracterizadas no pós-TMO das leucemias linfóides agudas.

TP-40

ESTRATÉGIA DE MONITORAMENTO MOLECULAR NO DIAGNÓSTICO E DURANTE O ACOMPANHAMENTO DO PACIENTE COM LMC APÓS ALO-TMO

Pires V, Siqueira PR, Bonamino MH, Otazu IB, Hassan R, Xavier SG, Tavares R, Byington R, Tabak DG, Zalcberg. IR. CEMO -INCA, Rio de Janeiro.

O gene de fusão BCR-ABL está presente em virtualmente 100% dos pacientes com LMC. Detecção dos transcritos BCR-ABL por RT-PCR, em conjunto com a determinação do estado de quimerismo do compartimento hematopoético, podem ser aplicados durante o período de pósTMO para criação de uma janela de intervenção clínica. Uma estratégia molecular rápida e sensível foi desenvolvida para estabelecimento precoce de um limiar correlacionado com a evolução da doença. Pacientes (n= 50) com diagnóstico presuntivo de LMC foram avaliados par RT-PCR Multiplex e Nested com sensibilidade de 10-3 e 10-6, respectivamente, para o gen de fusão P210 bcr-abl. Quantificação de carga tumoral por RT-PCR competitivo foi realizada em 24 pacientes BCRABL positivos pós-TMO. Avaliação de "pega do enxerto" e quimerismo misto (QM) foi realizada pela amplificação de regiões de VNTR/STR quantitativo em 12 casos informativos. Nossa análise mostra que positividade somente em Nested RT-PCR para P210 bcr-abl ao diagnóstico deve ser reavaliada em amostras seriadas do paciente antes do estabelecimento do diagnóstico de LMC. Em contraste, no pós-TMO, resultados positivos do Nested RT-PCR se correlaciona com níveis de BCR-ABL/ABL de até 10%, compatíveis com boa evolução da doença, associados com estados de predominância do padrão do doador (QT) na avaliação do enxerto. Além disso, presença de positividade precoce (até 6 meses pós transplante) par Multiplex RT-PCR deve indicar seguimento freqüente do paciente, e avaliação quantitativa do quimerismo misto nas sub-populações hematopoéticas, granulocíticas e mononucleares. A presença de QM esteve geralmente associada com evoluções desfavoráveis. A presença de níveis detectáveis do transcrito P190 antecipou em três meses a recaída de um paciente pós-TMO, enquanto em um paciente recém diagnosticado observou-se uma evolução cariotípica de t(9;22) para t(6;9;22).

TP-41

TOXICIDADE HEMATOLÓGICA INDUZIDA POR INFUSÃO DE LlNFÓCITOS DO DOADOR (ILD) EM PACIENTES COM LMC EM RECAÍDA APÓS TMO

Ferreira. J.L., Tavares, R.B., Diamond, H.R., de Azevedo, A.M., Maradei, S.C., Lerner, D., Colares, M., Byington, M.R., da Matta, J.R., Tabak, D.G. CEMO - INCA, Rio de Janeiro - RJ

A ILD é utilizada no tratamento de recidivas de leucemias após transplante alogênico de células hematopoéticas. A aplasia medular pós-ILD pode ocorrer em ate 50% dos pacientes. A ausência de hematopoese residual do doador no momento da recaída associa-se a maior risco de aplasia. Assim, pacientes com doença avançada apresentam risco maior do que aqueles em recaída citogenética ou molecular. A aplasia e usualmente transitória, mas pode necessitar de tratamento específico, como o uso de fatores de crescimento hematopoético ou a infusão de células-tronco hematopoéticas. Quinze pacientes com recidiva de LMC após TMO receberam ILD no período de jan/97 a abril/01. Destes, 5 apresentaram aplasia definida por contagem de neutrófilos < 500/ml e plaquetas < 20.000/ml. Todos encontravam-se em recaída hematológica (fase crônica) e receberam IFN-a associado a ILD. Os pacientes receberam mediana de 3 (2 - 7) infusões, com dose mediana de células CD3+ de 1,8 x 108/kg (1,1 a 2,7). Os pacientes foram acompanhados por citogenética, RT-PCR para bcr-abl e análise do quimerismo por VNTR na recaída e após a ILD. O intervalo mediano entre a ILD e o desenvolvimento de aplasia foi de 63 (49 - 90) dias. Quatro dos 5 pacientes apresentaram redução da aplasia após tratamento com G-CSF, e apenas um paciente necessitou de infusão de células-tronco hematopoéticas do doador. O período mediano de aplasia foi de 35 (31– 60) dias, sem ocorrência de sepse grave ou óbito. Todos pacientes obtiveram remissão citogenética. A incidência de aplasia pós-ILD em nossa instituição foi compatível com os dados da literatura. Apesar da morbidade e da necessidade de hemotransfusões devido a aplasia, não houve casos de óbito na nossa população.

TP-42

INTESIFICAÇÃO DO EFEITO DO ENXERTO CONTRA A LEUCEMIA APÓS INFUSÃO DE LEUCÓCITOS DO DOADOR UTILIZANDO INTERLEUCINA-2 E ALFA-INTERFERON.

Seber. A: Ginani, V.C.; Cecyn, K.; Morais, M.F.C.; Luppi, LAG.S; Oliveira, O.M.W.; Seixas, M.T.; Toledo, S.RC.; Cruz, G.AL; Lee, M.LM.; Petrilli, AS.; Instituto de Oncologia Pediatrica - GRAACC, UNIFESP, São Paulo, SP.

As recaídas das leucemias após transplante de medula óssea (TMO) alogênico podem ser tratadas com infusão de leucócitos do sangue periférico do doador, com o objetivo de induzir o efeito do enxerto contra a leucemia(ECL). O objetivo foi avaliar se a utilização da interleucina-2 (IL-2) e alfainterferon (IFN) pode intensificar o efeito do ECL após infusão de leucócitos do doador (ILD) em crianças com recidiva da leucemia após TMO. Com isto, o doador pediátrico poderá ser submetido a menos procedimentos de aférese. Os pacientes receberam ILD (1-5x 108 linfócitos/kg) seguidos da administração SC de IL-2 (6 milhões U/m2/d por 3 dias) e IFN (5 milhões U/m2/dia) até o paciente apresentar remissão ou desenvolver doença do enxerto contra o hospedeiro (DECH). Foram incluídos três pacientes o perfil: LLA em 2º remissão com 5 anos que apresentou recaída em medula óssea dois meses após o transplante; LMA refratária com 11 anos que apresenta recaída em pele apesar do TMO; e LMC pós crise blastica linfóide com 16 anos e recaída em pele 6 meses após TMO. Os pacientes receberam uma média de 1-5 infusões de leucócitos seguidas par IL-2 e IFN. Todos pacientes apresentaram como efeito colateral do tratamento febre e mal-estar. O IFN foi interrompido após 2-3 meses devido ao inicio de DECH crônica e conforme a gravidade do quadro optou-se por tratamento com corticóides ou ciclosporina. O paciente com LMA apresentou recaída testicular e em SNC, tratadas com radioterapia. Todos os pacientes tiveram remissão completa 2-5 meses após a primeira ILD e atualmente tem um seguimento médio de 13 meses após TMO e 10 meses após ILD. A paciente com LMC apresentou recaída medular e esta em protocolo experimental de tratamento. IL-2 e IFN podem ser utilizados com segurança para intensificar o ECL após ILD nos pacientes pediátricos. Os efeitos colaterais mais importantes foram febre e DECH. IL-2 e IFN também podem reduzir o numero de aferéses a que o doador é submetido. Este trabalho contém dados iniciais, devendo ser realizados estudos clínicos prospectivos com maior numero de pacientes.

TP-43

ANÁLISE QUANTITATIVA DE QUIMERISMO EM PACIENTES DE AAS SUBMETIDOS A TRANSPLANTE ALOGÊNICO DE MEDULA ÓSSEA

Bonamino MH1,2; Hassan R1.2; Lobo A1; Yunes A3; Rumjanek F2;Tabak DG1; Zalcberg IR1. 1CEMO. INCa. 2UFRJ. Rio de Janeiro. 3 Centro Infantil Boldrini. Campinas, SP.

Um grupo de 8 pacientes com Anemia Aplastica Severa, com idades entre 14 e 38 anos (media 22 anos) , M/F=1.7, foi acompanhado após alo-TMO entre 6 e 36m (mediana 18m) mediante avaliação do estado de quimerismo hematopoético por PCR. Dos 8 pacientes, 4 foram condicionados com Cy e 4 com Cy/ATG. Todos os pacientes receberam a mesma profilaxia para DECH. A pega do enxerto aconteceu entre 14 e 35 dias após o TMO. Seis pacientes permanecem em remissão enquanto 2 evoluíram para óbito. O estado de quimerismo foi quantificado através de PCR com primers fluorescentes para os microssatelites D9S162, D9S171, D9S156 e D10S520, D17S691 seguido de detecção no seqüenciador ABIPrism 377 e análise com software GeneScan 2.1. Os padrões observados foram caracterizados como: Quimerimo Total (QT), Quimerismo Misto (QM) Persistente (2 ou mais amostras consecutivas com 2 ou mais meses de intervalo) e Quimerismo Misto Isolado (QMI). Em 3 pacientes foi observada a consolidação completa do enxerto (QT) em todas as amostras analisadas. Quatro pacientes apresentaram QM, 3 deles persistentes (entre 12 e 36m pós TMO) com valores variando entre 50 e 80% de células do doador e um paciente com QMI. A presença de QM foi maior no grupo condicionado somente com Cy (3 de 4 pacientes). No grupo tratado com Cy/ATG 3 de 4 pacientes apresentaram QT e um apresentou QMI. Em 2 de 8 pacientes foi verificada DECH. No paciente com QMI, a evolução do QM ao QT poderia estar associada ao aparecimento de DECH crônica um mês depois. Este paciente evoluiu para óbito. Nenhum dos pacientes com QM persistente apresentou DECH. Neste grupo estudado, a prevalência de QM em situações hematológicas estáveis foi alta, e a coexistência de células do paciente e doador não foi indicativa de mau prognóstico. Isto levanta a questão do papel do alo TMO em AAS não só como repositor de precursores saudáveis mas também sugerindo um papel imunológico como possível indutor da reconstituição autóloga.

TP-44

CEFEPIMA COMO MONOANTIBIOTICOTERAPIA PARA GRAM NEGATIVO EM CUIDADOS HEMA TOLÓGICOS INTENSIVOS E TRANSPLANTE DE MEDULA ÓSSEA (TMO). EFICÁClA E SEGURANÇA.

Florêncio R, Souto Maior P., Matias K., Dias E., Lins M., Tagliari C., Ostronoff M. Recife/Pe - Serviço de Transplante de Medula Óssea do Real Hospital Português

Usualmente a proteção anti-gram negativo em pacientes aplásicos e realizada com associação de cefalosporinas de terceira geração com aminoglicosideos. Monoantibioticoterapia com cefepima, cefalosporina de quarta geração é provavelmente eficaz e menos tóxica. Descrevemos o protocolo antiinfeccioso em nosso serviço. A partir de junho/2000 realizamos 28 TMO em 25 pacientes com mediana de idade de 40 anos (9 - 66 anos), 14 mulheres, 11 homens, sendo Leucemia Mielóide Crônica 6, Mieloma Múltiplo 5, Leucemia Mielóide Aguda 5, Leucemia Linfóide Aguda 1, Doença de Hodgkin 2, Linfoma 5 e Câncer de Mama 1. Metade dos pacientes eram previamente multitratados e com doença refratária e todos portadores de um catéter de longa permanência. A proteção dos pacientes foi com isolamento reverso simples e lavagem cirúrgicas das mãos. Foram realizados 20 TMO autólogos e 8 alogênicos. A mediana da neutropenia foi de dez dias (6-40 dias). Cefepima e teicoplanina foram iniciados no início da aplasia (< 500 PMN) profilaticamente até recuperação hematológica sob estimulação com G-CSF. Fungizonâ e Ambisomeâeram iniciados concomitantemente. Mucosite >= grau II foi observada em 70% dos casos. A tolerância clínica a cefepima foi excelente, porém realizamos sua perfusão em trinta minutos para evitar mal estar, náuseas ou lipotímia. A eficácia foi adequada. Somente em dais casos, 7,1% a cefepima foi substituída par gatifloxacina, meropenen e amicacina. Caso 1: TMO alogênico em criança com LMA M2 que no dia +24 apresentou septicemia a Agrobacterium radiobacter resistente a cefepima. Caso 2: Doença de Hodgkin 21 anos, TMO autólogo que no dia +14 apresentou septicemia com Escherichia coli resistente a cefepima e sensível aos antibióticos acima descritos. Ambos os pacientes evoluíram bem. Em conclusão a cefepima é uma cefalosporina de quarta geração de excelente tolerância e cuja eficácia é demonstrada nesta população multitratada previamente sob cuidados hematológicos intensivos.

TP-45

APRESENTAÇÃO CLÍNICA DE INFECÇÃO FÚNGICA SISTÊMICA COM DOR TORACICA RECORRENTE, ESOFAGITE E PANCREATITE AGUDA APÓS TRANSPLANTE DE CORDÃO NÃO APARENTADO

Seber, A.; Ginani, V.C.; Seixas, M.T.; Cruz, G.; Pereira, C.; Petrilli, A.S., Institute de Oncologia Pediátrica - GRAACC e departamento de Patologia - UNIFESP, São Paulo, S.P.

Este trabalho relata o caso de uma criança de 11 anos, masculino, que foi submetida a um transplante de cordão não aparentado para o tratamento de uma leucemia mielóide aguda refratária. Desde a entrada do paciente na unidade de transplante estava utilizando ceftazidime, vancomicina e anfotericina (0,5 mg/kg/d) como tratamento de febre de origem indeterminada. O condicionamento foi realizado com melfalano e irradiação corporal total e a profilaxia da doença do enxerto contra o hospedeiro com pulso de corticóide e ciclosporina A. A partir do D+6 iniciou quadro de dor toracica intermitente, disfagia e lipotimia. ECG, CK/CK-MB e fundo de olho foram persistentemente normais. No D+10 desenvolveu infiltrado pulmonar bilateral e a biópsia a céu aberto revelou hemorragia pulmonar. No D+14 apresentou síndrome hemolítica-urêmica e pancreatite aguda. Apesar da recuperação medular, da antibioticoterapia de largo espectro e utilização da anfotericina este paciente mantinha febre persistente, desenvolvendo choque séptico e evoluindo para óbito 32 dias após o transplante de medula. A autópsia revelou infiltração fúngica em cérebro, coração e pâncreas. Infelizmente, não foi possível realizar cultura deste agente, mas morfologicamente é sugestivo de Aspergillus sp.

TP-46

BACTEREMIA POR Neisseria subflava perflava EM PACIENTE SUBMETIDO A TRANSPLANTE AUTÓLOGO DE MEDULA ÓSSEA.

Gonçalves. A.V.; Ginani, V.C.; Cruz, G.; Pereira, C.; Petrilli, A.S.; Seber, A. Institute de Oncologia Pediatrica - GRAACC - UNIFESP, Sac Paulo, S.P.

O objetivo deste trabalho e relatar um caso de bacteremia por Neisseria subflava perflava em um paciente que realizou transplante de medula óssea autólogo. Este paciente com 17 anos, masculino teve indicação para transplante de medula óssea por ser portador de doença de Hodgkin refratária e o condicionamento consistiu de BCNU, etoposide, citarabina e melfalano (BEAM). No D+6 após infusão da medula óssea autóloga o paciente ainda se encontrava na fase de aplasia quando apresentou um quadro caracterizado par febre e tremores. Foram coletadas culturas das vias do cateter de duplo lúmen e periférica e iniciado empiricamente antibioticoterapia com ceftazidime e gentamicina. Além disto, este paciente estava recebendo, entre as medicações profiláticas, cobertura para gram positivo com vancomicina conforme previsto no protocolo vigente em nossa instituição. Foi isolada em todas as hemoculturas a bactéria Neisseria subflava perflava. O paciente foi tratado por 22 dias, permanecendo afebril a partir do segundo dia de tratamento. O cateter venoso central não foi removido. As neisserias não gonocócicas e não meningocócicas fazem parte da flora respiratória normal e raramente causam doença. Hemoculturas positivas para neisseria raramente estão associadas a infecções severas. Até o nosso conhecimento, este é o primeiro relato de bacteremia por Neisseria subflava perflava em pacientes submetidos a transplante de medula óssea.

TP-47

REJEITO IMUNOLÓGICO PRECOCE (RIP) EM TRANSPLANTE DE MEDULA ÓSSEA (TMO) ALOGÊNICO A PARTIR DE IRMÃ HLA COMPATÍVEL EM CRIANÇA PORTADORA DE LMA

Florêncio R, Matias K, Dias E., Souto Maior P., Tagliari C., Lins M., Ostronoff M.

Recife/PE - Serviço de Transplante de Medula Óssea do Real Hospital Português

O RIP é raro em TMO alogênico a partir de irmão HLA compatível quando realizado para tratar doenças malígnas (1%). Descrevemos uma paciente com RIP em quem o resgate com 2º TMO a partir da mesma doadora e com um novo condicionamento evoluiu favoravelmente (30%/casos). JNA, 9a, fem., LMA M2, JUN/99. Tratamento com protocolo Saint Jude: 2 CDA-Dauno+VP-16+Ara-c - HD Arac+Mitoxantrone-HD Ara-c+VP-16, entrando em RC. Recidiva após 6 meses. Resgate com FLAG, apresentando complicações hemorrágicas graves de TGI com choque, parada cardio-respiratória e reanimação em UTI. Seqüela com insuficiência cardíaca moderada pré-TMO. Politransfundida: 20 U hemácias e 300 U plaquetas randômicas ao longo de seu passado terapêutico. Indicado TMO alogênico com Bussulfano 16mglkg e Melfalano 140mg/m2. A profilaxia do GVHD, CSA e MTX. O enxerto foi obtido da doadora HLA compatível por aspiração convencional da MO sob G-CSF. O total de células infundidas foi de 7,9x106 CD34/Kg e MNC 11x108 células/Kg. Evoluiu clinicamente bem, sob G-CSF 15mg/Kg exceto pela refratariedade das transfusões plaquetárias, sem quadro infeccioso. Ausência de "pega" da medula no D+26. Nesta ocasião novo condicionamento foi realizado comportando: irradiação nodal total 40GY (duas frações)+ciclofosfamida 60mg/kg/dl2dias+fludarabina 30mg/m2/dl3dias, linfoglobulina 15mg/kg/d/3dias e metilprednisolona 2mg/kg/d. A profilaxia do GVHD foi realizada com CSA somente. O 2º TMO foi realizado a partir da mesma irmã estimulada com G-CSF e 5x106 CD34/Kg foram coletadas por citaférese. G-CSF 15mgKg/d foi usado para estimular a paciente. A partir do D+15 houve "pega" do TMO sem sinais de GVHD. O RIP, neste caso, foi ligado a enorme quantidade de hemotransfusões no período de quimioterapia, incluindo entre os doadores, o pai, induzindo refratariedade às transfusões plaquetárias por provável anticorpo anti-HLA. Este fato reforça indicações precoces para TMO alogênico quando um doador é disponível. Os condicionamentos para um 2º TMO após RIP não são bem estabelecidos pois a circunstância é rara em TMO aparentado e compatível em tratamento oncohematológico. Par esta razão exigem um julgamento caso por caso em contexto clínico dramático.

TP-48

SEPTICEMIA POR AGROBACTERIUM RADIOBACTER (AR) DURANTE TRANSPLANTE DE MEDULA ÓSSEA (TMO) ALOGÊNICO EM CRIANÇA COM LEUCEMIA AGUDA MIELÓIDE (LAM)

Florêncio R, Matias K., Souto Maior P., Henrique A, Lins M., Figueiredo C., Lins E.M., Dias E., Tagliari C., Ostronoff M.

Recife/PE - Serviço de Transplante de Medula Óssea do Real Hospital Português

O AR é um bacilo gram negativo de pequeno porte que provoca doenças em vegetais. Pouco conhecido em medicina humana, cerca de vinte casos foram até hoje descritos na literatura, geralmente em pacientes pediátricos e granulocitopênicos portadores de catéter de longa permanência. Descrevemos um caso: JNA, 9 anos, feminino, LAM M2 em 2ª remissão completa, foi submetida a TMO alogênico em 15 de março de 2001, a partir de sua irmã HLA compatível. Condicionamento com Bussulfano 16/mg/kg e Melfalano 140/mg/m2. Profilaxia do GVHD com MTX e CSA No dia +24 pas TMO apresentou após transfusão plaquetária reação tipo pirogênica, cuja gravidade necessitou a administração de Gatifloxacina, Meropenen e Amicacina. Neste momento, a paciente ainda estava em aplasia granulocitária sob Cefepima e Teicoplanina. Uma hemocultura de uma das vias do catéter de Hickman mostrou o AR 72 horas após a coleta (crescimento lento). A cultura da transfusão plaquetária não evidenciou nenhum agente infeccioso. Por questões de segurança no contexto julgamos prudente retirar o catéter como descrito na literatura. As hemoculturas subseqüentes e a cultura do catéter não revelaram crescimento bacteriano, assim como o ecocardiograma e tomografias de seios da face, tórax e abdomino-pélvicas não mostraram focos infecciosos. A paciente evolui bem 4 meses após o TMO. O antibiograma do AR é de realização difícil devido ao seu crescimento lento, porém e imperativo. O nosso antibiograma mostrou sensibilidade do AR ao Meropenen, Amicacina e Gatifloxacina e resistência ao Cefepima e Ceftazidime. A sensibilidade provável a partir da literatura e ao Imipenen, Gentamicina, Quinolonas e BactrinÒ e a resitência ao Ceftazidime e Cloranfenicol. A retirada do catéter não é claramente estabelecida e deve, por enquanto, ser julgada caso por caso com extrema atenção.

TP-49

A "PEGA" TARDIA DE MINI-TRANSPLANTE MEDULA ÓSSEA (MINI-TMO) ALOGÊNICO SUGERE PRUDÊNCIA NO DESMAME DA IMUNOSSUPRESSÃO PÓS-TMO

Florêncio R, Matias K., Dias E., Lins M., Tagliari C., Souto Maior P., Ostronoff M.

Recife/PE - ServiÇO de Transplante de Medula Óssea do Real Hospital Português.

A retirada da imunossupressão pós mini-TMO grave em caso de aparente não "pega" pode provocar GVHD grave. Relatamos um caso onde a "pega" da medula aconteceu 3 mesas pós-TMO e que a avaliação do quimerismo palo cariótipo sexual (Banda G) a cada 2 semanas não permitiu detectar antes da instalação do GVHD agudo a "pega" da medula. MIF, 67 anos, leucemia Iinfóide crônica há 7 anos, transformação S. Richter com linfoadenopatias volumosas, hepatoesplenomegalia e infiltração da MO. Biopsia de GG LNH 'G' - W.F. CD 20 +. Mielograma - LLC com Expressão FMC 7 = 83% (atípica). Resistente a CHOP, Fludarabina e Mabthera. Submetida a mini-TMO alogênico com Fludarabina 30mg/m2/dia/3 dias e Ciclofosfamida 300mg/m2/dia/3 dias. Mini-TMO 48 horas após, a partir do seu irmão HLA compatível de 72 anos. Um total de 2,5 x 106 CD 34/Kg obtidas per citaférese sob estimulação do doador com G-CSF foi infundido. As células tronco foram coletadas e congeladas um mês antes do mini-TMO (dificuldades sociais). A profilaxia do GVHD foi CSA 6mg/Kg/dia/V.O. Toxicidade hematológica foi leve, grau II da OMS e o seguimento do quimerismo foi feito a cada duas semanas pelo cariótipo sexual(CS). Usamos BactrinÒe Aciclovir. Retiramos a CSA ao longo de duas semanas após dois meses da ausência de sinais de "pega", quimerismo misto no cariótipo e GVHD. A partir do D+90 pós mini-TMO foi percebido simultaneamente GVHD agudo cutâneo e hepático grau III, aplasia medular e remissão completa tumoral clínica, tomográfica e no mielograma. Resposta parcial a 2mg/Kg Metilprednisolona e CSA. Faleceu em duas semanas por GVHD progressivo. Técnicas de avaliação do quimerismo por biologia molecular devem ser mais eficazes para o seguimento pós mini-TMO. O seguimento por CS não demonstrou o quimerismo misto ou "pega" da medula alogênica até 3º mês pós-TMO. Houve remissão completa tumoral e GVHD agudo-grave a partir do 3 mês pós TMO. Neste memento a paciente entrou em aplasia irreversível não permitindo evidenciar metáfases no cariótipo. A pulsoterapia com Solumedrol e Linfoglobulina não impediram o avanço do GVHD. Técnicas de biologia molecular para avaliação de quimerismo e prudência na retirada da imunossupressão são recomendadas.

TP-50

A IMPORTÂNCIA DA RESSONÂNCIA MAGNÉTICA (RM) NA AVALIAÇÃO ORTOPÉDICA DE PACIENTES COM MIELOMA MÚLTIPLO (MM) SUBMETIDOS A TRANSPLANTE DE MEDULA ÓSSEA (TMO) - PREOCUPACÕES COM A QUALIDADE DE VIDA (QV).

Florencio R.,Matias K.,Guedes P.,Cartaxo H.,Padilha S.,Dias E.,Souto Maior P.,Lins M.,Tagliari C.,Ostronoff M. Recife/PE - Serviço de Transplante de Medula Óssea do Real Hospital Português

O TMO transformou o prognóstico de portadores de MM, aumentando a preocupação com a QV. Um dos principais aspectos é evitar fraturas, principalmente de ossos de carga. Muitas equipes utilizam a Radiografia Simples de Esqueleto (RSE), avaliação do ortopedista e bifosfonatos como conduta. Em três casos clínicos a RM da coluna, bacia e fêmures contribuiu significativamente para a avaliação dos riscos de fraturas e condutas ortopédicas precoces. AJQM, 37a, MM III A, FEV/2001. Tratamento(TTO) com 4 ciclos de VAD e Enduxan em altas doses. Coleta de Stem Cell(SC) e duplo TMO Autólogo com Melfalano e Interferon de manutenção. Avaliação: RSE normal e RM com infiltração óssea difusa e lesões osteolíticas comprometendo toda a estrutura óssea do tórax, coluna vertebral, principalmente, T12 e bacia. Conduta ortopédica: alívio da carga, colete bivalvado e bifosfonatos. NBS, 62a, MM II A, SET/2000. TTO com Melfalano, Prednisona e Enduxan em altas doses. Em curso de coleta de SC aguardando TMO Autólogo. Avaliação: RSE com osteopenia difusa e RM com infiltração óssea difusa nos ossos da bacia e fêmures proximais com risco de fratura. Conduta ortopédica: alivio da carga, colete bivalvado, bifosfonatos e bengala. lAC, 64a, MM III A, MAR/2001. TTO com o protocolo M2 (safenado). Avaliação: RSE com osteopenia difusa e pequeno achatamento de corpos vertebrais. A RM apresentou infiltração difusa da medula óssea na coluna vertebral e nos ossos da bacia. Colapso parcial com fraturas patológicas comprometendo vários corpos vertebrais torácicos e lombares. Em fêmures proximais lesões líticas foram visualizadas. Conduta ortopédica: alívio dos ossos de carga, colete bivalvado, bifosfonatos e bengala. A discrepância encontrada entre os achados da RSE e da RM são de tal ordem que podem falsear a avaliação ortopédica, subestimando o risco de fraturas, principalmente, de coluna vertebral, bacia e fêmures. Radiologistas e Ortopedistas que interpretaram a RSE como normais ou apresentando pequenas alterações, ficaram surpresos com a gravidade das lesões exibidas na RM, modificando a conduta e o aconselhamento ortopédico para os pacientes.

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PIODERMA GANGRENOSO COMO COMPLICAÇÃO DE RECIDIVA DE LMA PÓS TMO AUTÓLOGO CONTROLE PARCIAL COM FLUDARABINA APÓS FALHA DA CORTICOTERAPIA

Dias E.. Matias C., Matias K, Souto Maior P., Florencio R, Tagliari C. , Lins M., Ostronoff M.

Recife, Serviço de Transplante de Medula Óssea do Real Hospital Português

O Pioderma Gangrenoso (PG) é uma doença cutânea geralmente associada a doenças sistêmicas que se caracteriza por lesões necrotizantes, com nódulos, pústulas ou bolhas hemorrágicas evoluindo para úlceras com bordas elevadas, dolorosas, que se expandem com certa rapidez. A histologia não é patognomônica, sendo mais comumente encontrado um infiltrado neutrofílico e, ocasionalmente, vasculite leucocitoclástica. Devido às lesões de pele, há predisposição a infecções secundárias e as queixas álgicas trazem um forte impacto na qualidade de vida dos pacientes. O tratamento clássico, inclusive nas formas disseminadas e mais agressivas se faz com prednisona. Na ausência de resposta, poucas soluções terapêuticas existem disponíveis. Passamos a descrever um caso onde a Fludarabina ajudou a controlar parcialmente o fenômeno. E.M.M., 38 anos, masculino, portador de LMA M4 refratária ao tratamento com Dauno e Ara-C 3/7 (2 ciclos). Conseguiu-se o resgate com FLAG obtendo remissão completa (RC), sendo realizado outro ciclo de consolidação e coleta de células tronco periféricas. Submeteu-se a TMO Autólogo (mar/2000) condicionado com Bussulfano + Melfalano. Quatro meses após TMO apresentou recidiva da LMA e subseqüentemente surgiram lesões cutâneas em vários estágios evolutivos (nódulos, pústulas e úlceras) disseminadas por todo o corpo, de efeito etético impressionante, com desenvolvimento de infecções secundárias, caquexia e dor intensa necessitando de morfina. A biópsia cutânea revelou vasculite leucocitoclástica. Foi diagnosticado PG e iniciado prednisona 2mg/kg/d durante 3 semanas sem melhora. Tendo em vista a progressão leucêmica decidimos associar Fludarabina 30 mg/m2/d 3 dias à cortisona com a dupla finalidade anti-leucêmica e imunossupressora. Houve redução de mais de 50% das lesões cutâneas e melhora significativa da dor. A resposta parcial durou 2 meses até o óbito do paciente por evolução leucêmica. Fludarabina provavelmente como imunossupressor foi parcialmente eficaz em associação com cortisona no controle deste episódio dramático de PG.

FOTOS DA HISTOLOGIA E EVOLUÇÃO DERMATOLÓGICA SERÃO EXPOSTAS NO PÔSTER

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"EVOLUÇÃO CITOLÓGICA E CITOQUÍMICA": DO DIAGNÓSTICO AO TRATAMENTO DAS LEUCEMIAS MIELOMONOCÍTICAS AGUDAS

Gobbo J.C.P., Pereira J.D., Aoki R.Y. São Paulo Universidade Presbiteriana Mackenzie e Laboratório BIESP-SP

As leucemias mielóides agudas (LMA) são doenças de natureza maligna, que compromete as células da linhagem granulocítica, com proliferação anômala na medula óssea acompanhada de parada na maturação. Seu diagnóstico é realizado através do mielograma (punção aspirativa da medula óssea) ou da biopsia de medula óssea, e são classificadas conforme o tipo de células comprometida. O grupo FAB classificou-as e este padrão tem sido utilizado universalmente. A leucemia mielomonocítica aguda (FAB-LAM M4) é bastante comum representando quase 30% do total; os mieloblastos e os monoblastos tendem a coexistir em proporções que variam de 20-80%. Este trabalho tem como objetivo estudar a citologia e a citoquímica de 4 casos de leucemia aguda mielomonocíticas (M4) dos arquivos do laboratorio BIESP-SP, no diagnóstico e no acompanhamento durante o tratamento quimioterápico. Foram utilizadas colorações panóticas para o estudo citológico e realizadas reações citoquímicas (PAS, Peroxidase, Sudam-Black e Esterase inespecífica) em todos os 4 casos, assim como nas amostras colhidas durante a evolução do tratamento. No diagnóstico todos os casos apresentavam reações com o PAS negativa, Sudam-Black + em 3 casos, Peroxidase + em 3 casos e Esterase inespecífica + em todos os casos. Após 1 mês de tratamento todos os 4 casos apresentaram remissão parcial, 2 meses após o início do tratamento quimioterápico todos se encontravam em remissão completa. Em apenas 1 caso pudemos observar a recaída medular após 4 meses do inicio do tratamento. Podemos concluir que apesar do prognóstico reservado deste subtipo de leucemias, a intensificação do tratamento tem reduzido a taxa de recaída.

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HANSENÍASE E TRANSPLANTE DE CÉLULAS PROGENITORAS HEMATOPOÉTICAS.

Paton, EJA *; Stracieri, ABPL *; Coutinho, MA *; Simões, BP*; Castro, N**; Barros, JC**; Vigorito, A ***; Trabasso, P***; Souza, CA***; Voltarelli, JC*.

*FMRP-USP Ribeirão Preto. **FM S. Casa de São Paulo. ***FM UNICAMP Campinas

Caso 1: paciente de 39 anos com LMC, com lesões cutâneas eritematosas disseminadas compatíveis histologicamente com lepra lepromatosa submetido a um TCPH de doador HLA idêntico. Foi tratado com Ofloxacin por 30 dias com regressão completa das lesões cutâneas. No dia + 110 o paciente apresentou uma reação reversa responsiva à corticoterapia. Atualmente ele está no dia + 1865 em remissão molecular da LMC, com lesões cutâneas discretas em tratamento específico e redução da dose de corticosteróides. Caso 2: paciente de 17 anos submetido a um TCPH de doador HLA idêntico desenvolveu um quadro de lepra lepromatosa no dia + 223, tratado com Rifampicina, Clofazimina e Dapsona. As lesões cutâneas melhoraram após 30 dias e o paciente está sob tratamento anti-hanseníase de manutenção. Caso 3: uma paciente de 36 anos com LMC com uma história previa de lepra lepromatosa diagnosticada 20 anos antes de um TCPH de sangue periférico de doador HLA idêntico sem lesões sugestivas de MH nesta época. No dia + 318 ela evoluiu com DECH crônica extensa e dor aguda e parestesia em membros superiores e inferiores tratada com CsA+Prednisona. Uma biopsia de nervo evidenciou uma neurite crônica com processo desmielinizante e atividade inflamatória relacionada à hanseníase prévia com baciloscopia negativa e sugestivo de uma doença provocada por complexo imune. Ela apresentou uma resposta parcial da DECH e dos sintomas neurológicos após tratamento com protocolo alternado com CsA+Prednisona e uma posterior resposta completa a MMF+Prednisona. Atualmente no dia + 900 com sintomas estáveis. Não existem relatos na literatura de associação de MH com TCPH. Esta associação pode ser decorrente da imunossupressão causando infecção oportunística pelo mycobacterium como mostrado nos casos 1 e 2 ou de uma reação mediada imunologicamente exacerbada para DECH como mostrado no caso 3. A Hanseníase deve ser considerada no diagnóstico diferencial de lesões cutâneas e neurológicas após TCPH.

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TRATAMENTO DE LEUCEMIA MIELOIDE AGUDA (LMA) REFRATARIA EM PACIENTE IDOSOS COM MYLOT ARGÒ

Dias E., Souto Maior P., Matias C., Florencio R. Matias K, Brito N., Lins M., Tagliari C., Ostronoff M. Recife, Serviço de Transplante de Medula Óssea do Real Hospital Português

Gentusumab - Ozogamicin (MylotargÒ) é um novo medicamento conjugando anticorpo Anti CD33 e uma antraciclina. A atividade clínica em idosos (>65 anos) com LMA refratárias em fase II proporciona até 40% de respostas (26% RC). A experiência clínica é restrita e por isso relatamos o caso: A.B.B., 65 anos, fem., LMA M1 em 09/2000 com MO hipercelular - 78% de blastos. Imunofenotipagem e citoquímica compatível com M1 e citogenética sem anomalias. CD33+ 77% em MO e 56 % em SP, CIVD moderada com TVP em mmii e EP. Recebeu FraxiparinaÒ e QT com Dauno e Ara-C (3/7) se mostrando refratária. Anticoagulante oral e ciclos paliativos de Etoposide 50mg VO/d/21 dias foram realizados durante 4 meses. Ao final do 4º ciclo, apresentou progressão da blastose e da CIVD e nova TVP e EP. FraxiparinaÒ e filtro de veia cava inferior foram utilizados. Avaliação mostrou: MO hipercelular - 90% de blastos,SP com 2.000 leuc., Hb 12,5g% e plaq. 92.000. MylotargÒ (9mg/m2 - dose total 20 mg EV 2h) foi iniciado sob hidratação alcalina, ZyloricÒ, Difenidramina, Ondasentron, Acetominofen e monitorização da paciente, que apresentou febre (38ºC), calafrios e vômitos que cederam com Dolantina. O nadir de leucócitos foi de 600 no D+6 e recuperação no D+11. O nadir plaquetário foi de 30.000 no D+7. Fez uso nesta fase de 3 transfusões de plaq. (CP) e 3 de hemácias(CH), antibióticos e antifúngicos. No D+14 a 2ª administração de MylotargÒ foi realizada (9mg/m2) com as mesmas proteções acrescidas de Dolantina e SolumedrolÒ. Não apresentou reações. O mielograma foi normocelular com número diminuído de megacariócitos e aparente RC - 2% de blastos, SP com 9.800 leuc. com diferencial normal e 33.000 plaquetas. O nadir de leuc. foi de 1.700 no D+7 e 30.000 plaquetas, recebendo nesta fase 6 CP e 7 CH, sem necessidade de cobertura antibiótica. No D+30 pós MylotargÒo SP mostrava 7.100 leuc., diferencial normal, 12,5g% de Hb e 81.000 plaq. e mielograma de RC. Esta situação se mantém 3 meses após final do tratamento e planejamos iniciar Ara-C em baixas doses para manutenção. MylotargÒ é de fácil administração e a eficácia é significativa porém efêmera a partir de estudos anteriores, devendo ser provavelmente utilizado um tratamento de manutenção.

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SÍNDROME DE RICHTER EM LEUCEMIA LlNFÓIDE CRÔNICA COM TRISSOMIA DO CROMOSSOMO 12 RESISTENTE A CHOP. NOVAS ARMAS TERAPÊUTICAS PODEM MELHORAR O PROGNÓSTICO

Dias E., Florêncio R., Matias K., Souto Maior P., Matias C., Lins M., Tagliari C., Ostronoff M.

Recife, Serviço de Transplante de Medula Óssea do Real Hospital Português

A trissomia do cromossomo 12 é associada a uma instabilidade genetica que favorece a transformação maligna tipo Síndrome de Richter da LLC que leva a uma evolução mais rápida e pejorativa principal mente se resistente a quimioterapia incluindo antraciclinas. Descrevemos a seguir um paciente onde a utilização de Rituximab + Fludarabina + DaunoxomeÒ e Transplante de Medula Óssea Autólogo obtiveram RC persistente. JPS, 65 anos, masculino, diagnóstico de LLC em março de 1999 apresentou 8 meses depois, transformação para Síndrome de Richter com insuficiência medular por infiltração da medula óssea (neutropenia - PMN<500 e anemia grave - Hb 5g/dl) associada a poliadenopatia volumosa disseminada, incluindo pescoço taurino e hepatoesplenomegalia. Índice de Karnofsky <50% e DHL elevado. O mielograma revelou citologia de LLC. Imunofenotipagem: LLC atípica (3 parâmetros de um escore de 4 para LLC) com evolução para Linfoma de grandes células. Cariótipo mostrava trissomia do cromossomo 12. SP com CD20+ em 65,59%. A biopsia de gânglio revelou um Linfoma Maligno "G" WF CD 20 positivo. Foi tratado com CHOP ao qual se mostrou resistente. Iniciamos o 2º cicio de CHOP (com DaunoxomeÒ substituindo Doxorrubicina) em associação com Rituximab 375mg/m2 uma vez por semana durante 4 semanas, sendo obtida remissão das massas tumorais e persistência da LLC no mielograma. Recebeu 6 ciclos de Fludarabina 30 mg/m2/d/5dias + DaunoxomeÒ 50 mg/m2 D1 com RC da LLC. Foi submetido a Ciclofosfamida 120mg/kg com coleta de células tronco periféricas, seguida de TMO Autólogo condicionado com CVB. Estamos atualmente 1 ano após TMO e 2 anos apos diagnóstico inicial e o paciente encontra-se em RC persistente incluindo desaparecimento da Trissomia do cromossomo 12. Novas armas terapêuticas (quimioterapia, anticorpos monoclonais e TMO) tem transformado situações de prognóstico até agora pejorativas no combate as linfo-proliferações malignas.

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TRASPLANTE DE MEDULA OSEA EN SINDROME DE OMENN: PRESENTACION DE UN CASO CLINICO.

Palma,J.; Mosso,C.; King,A; Gonzatez,B.; Olgufn,HEu.; VlVeros,P.Eu.; Segovia,LEu.; Rojas,LEu.; Gultierrez,D.; Beresi,V. Hospital Luis Calvo Mackenna, Santiago, Chile.

El Síndrome de Omenn es una forma rara de inmunodeficjencia severa combinada (IDSC) hereditaria que se caracteriza por Ia presencia de linfocitos T (L1) oIigoclonales activados y anérgicos. Recentemente, se ha demostrado que es causado por una mutación en los genes RAG1 y RAG2 que resulta en una actividad parcial de Ia recombinación V(D)J. Clínicamente los pctes presentan eritrodermia, hepatoesplenomegalia, linfoadenopatías, una gran susceptibilidad a infecciones severas, hipereosinofilia y niveles elevados de IgE. Los LT de sangre periférica en gral., se encuentran en niveles normales, pero con un patrón fenotípico de activación, secreción de citoquinas de tipo 1h2 Y respuestas proliferativas disminuidas a mitógenos. La única terapia efectiva hasta el momento es eI trasplante alogénico de precursores hematopoyetioos. Presentamos las características clínicas e inmunológicas de un pcte portador de esta patología sometido a trasplante de médula ósea: D.U es un pcte de 8 meses, tercer hijo con eI antecedente de un hermano falleddo par IDSC de tipo autosómica recesiva (T-, B- NK-) a los 14 meses luego de un trasplante de medula ósea (fMO) haploindéntico de Ia madre a los 11 meses de edad. AI momento de nacer se determinó que el pcte tenia una ausencia de LT CD3+(7%), CD4+ (4%), CD8+(3%), de LB Cd19+ (0.2%) y un elevado número de linfocitos NK (30%). La proliferación linfocitaria frante a PHA, Pokeweed y Concanavalina A se encontraba en niveles muy bajos (cercanos a las 2000 cpm con un valor normal cercano de 200000 cpm para cada uno). Sa diagnosticó IDSC T-B-NK+ y se realizó TMO hapIoidéntico con depleción de LT sin condicionamiento previo de la madre a los 15 días de vida. A los 2 meses presentó eritrodermia y descamación cutánea generalizada, linfoadenopatías generalizadas, hepatoesplenomegalia, leucocitosis (25000 mm3), eosinofilia (50%), IgE elevada (750 Ul/ml), LT elevados (CD3+ 85%, CD4+67%, CD8+ 15%), LB persistenternente bajos (0.5%). AI estudiar los LT CD4+ se demostró oligoclonalidad de elIos. Con estas caracterfsticas a los 3 meses se diagnostica S. de Omenn, el que fue posteriormente certificado por Ia detección a través de biología molecular de alteraciones en los genes RAG2. Sa trató con pulsos de corticoides y cicIosporina con 10 que la sintomatologfa remitió parcialmente. A los 4 meses se demuestra recuperación autóloga y patrón inmunológico sin cambios par 10 que se decide retrasplantar con condicionamiento previa y con MO del padre. Procedimiento se realizó a los 5 mesas de edad. Sa condici0nó con Busulfan 600 mg/m2 en 16 dosis (días-9 al -6), CFM 2Oomg/m2en 4 días(5 al-2) y linfoglobulina 30 mg/kg (días -2 y -1), se realizó profilaxis de EICH con cidosporina desde el días -3, y de enfelTTIedad veno-oclusiva con heparina (-7 al +28). La MO fue depletada de L T con doble roseteo con glóbulos rojos de cordero y leclina de soya Sa infundieron: 7,2x 106 CD34+A<g, 1, 7X 104 /KG CD3+ Y CFU GM 5,3x1 0 4I1<g. La recuperación de neutrófilos fue aI dfa +11 y de plaquetas aI +12. Como complicaciones presentó EICH agudo grado III (cutaneo e intestinal) aI dfa +6 se trat6 con corticoides en dosis aItas e infección de pericateter aI dfa +20 se trató con vancomicina y rneropenem. AI dfa +30 eI recuento de LT CD3+ era de 12%, CD4+ de 8% Y CD8+ de 5%, NK de 14% Y LB de 0.2%, con quimera paterna a 92%. AI dfa +60 aun presentaba el misrno patron de L T con 95% de quirnera patema y proliferación frente a PHA, PK Y Con A de 5OOOpm. A los 6 mesas post TPH ya se evidenciaba recuperación inmunológica CD3 53%, CD4 34%, COB 18%, CD 19 0,6%, NK 5% Y blastogenesis de 11.000 cpm con quimera total del padre. Actualmente a los 12 mesas post transplante el pete se encuentra libre de enfermedad de base Y de EICH Y con una recuperación hematológica completa. Su función inmunológica se encuentra en vías de recuperación: LT CD3 38%, CD4 22%, COB 14%, NK 8% Y CD19 3%, blastogenesis a PHA 57.000 cpm (N 120.000) Y con quimera total del padre.

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RECAÍDA TESTICULAR ISOLADA EM LEUCEMIA LINFOBLÁSTICA AGUDA (LLA) APÓS TRANSPLANTE DE MEDULA ÓSSEA (TMO)

Tavares, R.C.B., Lerner, D., de Azevedo A.M., Gaia, A.B.S., Colares, M.N., Maradei, S.C., da Matta, J.LR., Bouzas, LF.S., Tabak, D.G. CEMO-INCA, Rio de Janeiro - RJ.

A causa principal de falha no TMO para LLA é a recaída medular. A recaída testicular isolada pode acontecer em até 25% dos casos, apesar do uso de irradiação corporal total (lCT) com doses entre 12 e 15 Gy. Alguns centros adotam radiaÇão (RT) testicular adicional de 4 Gy durante a ICT para diminuir 0 risco de recidiva local, mas isto não é indicado nos pacientes maciçamente irradiados antes do TMO. DM, masculino, 11 anos, com LLA-T em 2a remissão completa, recebeu ciclofosfamida 120 mg/kg e ICT 10 Gy seguidos de TMO de doadora irmã HLA-idêntica. Para tratamento de recaídas anteriores ao TMO, o paciente já havia recebido RT testicular 2 vezes (total: 40 Gy). Desenvolveu doença enxerto-contra-o-hospedeiro (DECH) crônica mucocutânea extensa, e vinha em tratamento com ciclosporina e prednisona. Apresentou recaída testicular isolada 10 meses após o TMO, permanecendo em remissão medular com 100% de quimerismo e liquor normal. Foi submetido a orquiectomia bilateral e redução progressiva da imunossupressão. A biópsia testicular mostrou infiltração difusa bilateral, poupando a balsa escrotal. Não recebeu quimioterapia ou RT adicionais. Encontra-se em remissão completa 12 meses após o TMO, sem tratamento imunossupressor, em PUVA-terapia para controle da DECH. A ocorrência de DECH crônica e associada a redução do risco de recaída medular, porem não há evidência do mesmo efeito protetor em relação as recaídas extramedulares. Em pacientes que receberam altas doses de irradiação testicular previa, o tratamento local deve ser agressivo (orquiectomia), tendo em vista a possibilidade de resistência a irradiação par parte das células leucêmicas testiculares. 0 papel da quimioterapia sistêmica neste casos permanece indefinido, pois há relatos de casos de remissões duradouras após tratamento localizado do testículo. Acreditamos que, neste caso, a associação DECH/efeito "GVL" será suficiente para mantê-lo em remissão medular.

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IMPACTO DA PESQUISA DE HBV E HCV PELOS BANCOS DE SANGUE EM PACIENTES SUBMETIDOS A TRANSPLANTE DE MEDULA ÓSSEA (TMO)

Muzzillo.D.A.*, Nabhan, S.K., Medeiros, C.R., Bitencourt, M.A., Sales, C.M., Friedrich, M.L, Moreira, V.A., Neto, J.Z., Pasquini, R.. Curitiba. Serviço de TMO e *Seção de Hepatologia - UFPr

Introdução: A pesquisa de anti-HCV e anti-HBc pelos bancos de sangue passou a ser obrigatória por lei no Brasil apenas a partir de janeiro de 1994. Avaliamos o impacto exercido pelos testes realizados pelos bancos de sangue em população de TMO, já que são submetidos a múltiplas transfusões. Materiais e métodos: Foi realizado um estudo retrospectivo dos pacientes vivos pósTMO, em relação a positividade de sorologias para HBV e HCV. Incluíram-se os casos com anti-HCV e anti-HBc confirmados. Foi feita também a análise do tipo de doença que levou os pacientes ao TMO e do nº de transfusões recebidas pós-TMO. Resultados: o estudo incluiu 517 pacientes, 320 masculinos, 197 femininos, com idade na época do TMO de 0.2 a 54.1 anos (M: 22.6a). Período pósTMO foi de 0.4 a 18.6 anos (M: 6.3a). Foram administradas transfusões a 492 pacientes, máxima de 31 concentrados de hemácias e 311 unidades de plaquetas per paciente. Sessenta e sete pacientes apresentaram anti-HCV positivo, destes, 3 eram positivos no pré- TMO sendo que 1 foi submetido a TMO em 1993 e dois em 1994. Dentre os 65 pacientes anti-HCV positive no pós-TMO, 63 receberam o TMO antes de 1994 e apenas 2 em 1994. Havia 42 pacientes anti-HBc positive, 32 antes e 10 depois do TMO. Destes 42, 18 pacientes foram submetidos a TMO antes e 24 depois de 1994. Conclusões: 1. A prevalência de anti-HCV positivo foi de 13.15%. 2. A prevalência de anti-HBc positivo Pré-TMO foi de 8.12%. 3. A maioria dos casos de HCV foi provavelmente contaminada no período pós-TMO. 4. Todos os casos de HCV foram aparentemente contaminados na fase em que não era realizada dosagem de anti-HCV pelos bancos de sangue. 5. A identificação do anti-HCV no banco de sangue tornou o procedimento mais segura quanto a infecção pelo vírus C. 6. Pacientes com AAS recebem mais transfusões e provavelmente por esta razão são mais contaminados pelo HCV do que pacientes com outras etiologias. 7. A realização de testes pelos bancos de sangue não alterou a prevalência de infecção pelo HBV, devido, provavelmente ao contato comunitário e não só transfusional.

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EFECTOS SECUNDARIOS TARDIOS Y SECUELAS EN PACIENTES SOMETIDOS A TRANSPLANTE DE MEDULA ÓSEA ( TMO ) EN EDAD PEDIATRICA

Mosso,C*. Ortega,JJ**. Olive,T**. Diaz de Heredia,C**. Bone,M***. Albisu,M.***

*Servicio Oncología, Unidad Transplante Medula Ósea, Hospital Luis Calvo Mackenna . Stgo, Chile. .

** Servicio Hematologia Hospital Vall do Hebron, Barcelona, España.

*** Servicio Endocrinologia, Hospital Vall d' Hebron, Barcelona, España.

El Trasplante de Medula Osea (TMO) ha demostrado ser un tratamiento efectivo en distintas enfermedades neoplásicas y no neoplásicas, sin embargo, es un procedimiento que conlleva una morbimortalidad a corto plaza relativamente alta en particular en los TMO alogénicos ( alo TMO ). A largo plazo, pueden detectarse efectos secundáirios y secuelas de mayor 0 menor gravedad debidas al uso de quimio y radioterapia en el acondicionamiento y otros derivados de las alteraciones inmunológicas y de la enfermedad injerto contra huésped ( EICH ) Y su tratamiento. Durante el año 1999, se realize un estudio retrospectivo sobre efectos secundarios tardíos y secuelas en pacientes sometidos a TMO en el servicio de hematología del hospital Vall d' Hebron y que recibieron el TMO entre 1985 y 1995 (n = 160). El seguimiento mínima postTMO fue de 4 años. La edad media al TMO fue de 7,7 an os ( 0,25 a 17 años). La indicación fue patología oncológica en 79% de los pacientes. EI 56% recibió alo TMO y los restantes autólogo (ATMO). 76% recibió algún tipo de radiación como parte del acondicionamiento, siendo en un 90% Irradiación corporal total (ICT) fraccionada 12 a 14 Gy. La incidencia de EICH grade II a IV fue de 34%. Resultados: Se observe un descenso en el incremento de la talla que se hace manifiesto a partir del 3ª año, los factores que mas la influenciaron fueron la ICT y la presencia de EICH. En relación a la función endocrina, se observó en los varones prepuberales al memento del transplante un 33% de disfunción gonadal caracterizada per hipogonadismo hipergonadotrofico, en los peripuberales al TMO se observó un 54% de disfunciones hormonales. Las mujeres presentaron un 80% de hipogonadismo y casi todas ell as habían recibido ICT. Hipotiroidismo subclínico se encontro en 10% de los pacientes evaluados, en lodes los casos con antecedentes de ICT, el tiempo medic de aparición fue de 29 mesas post TMO (11 - 45 mesas). Se hallaron alteraciones en las pruebas funcionales respiratorias en 32% de los pacientes, siendo más frecuentes entre los pacientes que recibieron busulfan. Las alteraciones fueron limitación restrictiva en 31%, obstructiva en 355, mixta en 12% y en 23% se encontró bronquiolitis obliterante. Alteraciones en ecocardiograma se encontró en 7% de los pacientes. Cataratas se pesquizaron en el 21 %, todas alIas asociadas at use de ICT y 0 corticoides. Seis pacientes ( 3,75%) presentaron necrosis óseas en fémur, todas alIas asociadas al use de corticoides antes 0 luego del TMO. En cuanto a calidad de vida global, el 90% de los pacientes presentaba un Indica de Lanski 0 kasnofsky superior al 90%. Conclusiones. Los efectos secundarios del TMO a largo plaza son relativamente frecuentes; las alteraciones de la lalla y las disfunciones gonadales y tiroídeas se asocian al use de ICT, las pulmonares al use de busulfan y a EICH y las cataratas con el empleo de corticoides e ICT. Es necesario un programa de seguimiento protocolizado de los pacientes sometidos a TMO para la deteccion precoz y el tratamiento de este tipo de alteraciones.

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SINDROME DA PEGA (SP) APÓS TRANSPLANTE AUTÓLOGO DE CÉLULAS TRONCO HEMATOPOIÉTICAS (TAMO)

Maiolino A, Nucci M, FerreiraJ, Portugal AC, Biasoli I,Pulcheri W

HUCFF Universidade Federal do Rio de Janeiro

A fim de estabelecer critérios diagnósticos, verificar a prevalência e identificar fatores de risco para a SP, foram analisados 125 pacientes (pts) consecutivos submetidos a TAMO. SP foi definida inicialmente como febre não infecciosa + rash cutâneo tipo doença do enxerto contra o hospedeiro aguda, ocorrendo nas 24 h após o aparecimento de neutrófilos no sangue periférico. A seguir, verificamos a freqüencia de infiltrados pulmonares, alterações neurológicas e ganho de peso em pts com ou sem febre e rash cutâneo. pts com ou sem SP foram comparados em relação a demografia, doença de base, quimioterapia, fonte de células progenitoras, nº de CD34 infundido, tempo de administração de G-CSF, documentação de infecção, duração da neutropenia, tempo para a pega dos neutrófilos, uso de anfotericina B (AmB), nº de unidades de plaquetas e hemácias transfundidas, duração da hospitalização, uso de antibióticos e mortalidade. Nove pts (7,2%) apresentaram febre + rash cutâneo. Quando comparados com os outros 116 pts, as seguintes manifestações foram mais freqüentes neste grupo: infiltrados pulmonares (p 0,001), manifestações neurológicas (p 0,001) e ganho de peso (p=0,002). SP foi então definida como febre não infecciosa + pelo menos 1 destes achados, e a prevalência foi de 20% (25/125). pts com SP tinham idade maior que pts sem SP, e este foi o único fator de risco identificado. SP esteve associado com maior uso de AmB (52% x 19%, p=0,0007) maior duração de hospitalização, terapia antibiótica e de uso de hemoderivados. A mortalidade foi semelhante nos 2 grupos. A SP é uma entidade freqüente, e deve ser reconhecida precocemente.

TP -61

ALTERAÇÕES HEPÁTICAS APÓS TRANSPLANTE DE MEDULA ÓSSEA

Seber. A: Ginani, V.C.; Gonçlves, AV.; Seixas, M.T.; Cruz, G.AL.; Petrilli, AS.; Azevedo, RA; Institute de Oncologia Pediatrica - GRAACC, UNIFESP, São Paulo, SP.

No período de Maio/99 a Abril/01, 28 pacientes foram submetidos a transplante de medula na nossa instituição. A mediana de idade foi de 8 anos (2-21), 16 do sexo masculino, 13 alogênicos e 15 autólogos. Quatro pacientes apresentaram anormalidades em enzimas hepáticas, fosfatase alcalina, GGT e/ou bilirrubinas após o transplante que justificaram a realização de biópsia hepática. As sorologias para hepatites A. B, C, HIV I/II, HTLV I/II , EBV, toxoplasmose, antigenemia para CMV, hemocultura para bactérias e fungos foram negativas. Ultra-som de fígado e vias biliares foi normal em todos os pacientes. A biópsia hepática foi indicada para o diagnóstico diferencial entre hepatites infecciosas (HSV, EBVe CMV), por drogas, siderose e doença do enxerto contra o hospedeiro (DECH - transplantes alogenicos). Todos os pacientes tinham ferritina sérica >1500 ng/ml. O paciente nº14 apresentou aumento flutuante em transaminases após transplante de medula autólogo para o tratamento de leucemia mielóide aguda (LMA). A biópsia realizada 270 dias após o transplante evidenciou siderose maciça e ausência de infiltrado inflamatório. Os três outros pacientes (nº 2, 8, 10) foram submetidos a transplante de medula alogênico para o tratamento de leucemias e apresentaram recidiva da doença de base 31 a 211 dias após o transplante, sendo tratados com infusão de leucócitos do doador, a-IFN e interleucina-2. Todos apresentavam DECH crônica em pele e mucosa oral no momenta em que foram observadas anormalidades nas enzimas hepáticas (n=3) e/ou bilirrubinas (n=1). A biópsia demonstrou siderose grau II a IV (3), infiltrado inflamatório periportal (3), ductopenia (1), abscesso eosinofilico (1). Com o resultado das biópsias, todos os pacientes foram incluidos em programas de sangria apresentando melhora progressiva das enzimas hepáticas. Os pacientes com DECH hepática (nº8 e 10) foram tratados com imunossupressão com ciclosporina e corticóide, alem da sangria, também com boa evolução.

TP-62

BRONQUIOLITE OBLITERANTE PÓS-TMO - AVALlAÇÃO CLÍNICA E FUNCIONAL DE 18 CASOS

Frare e Silva RC, Medeiros CR; Zanis Netto J; Bittencourt M; Bonfim Sales CM; Moreira, VA; Pasquini R. Curitiba / Paraná - Serviço de Transplante de Medula Óssea

Introdução: Entre as complicações pulmonares não infecciosas pós-TMO destaca-se a Bronquiolite Obliterante(BO) a qual costuma cursar junto à Doença do Enxerto Contra o Hospedeiro(DECH) determinando severa obstrução bronquiolar. Material e Métodos: Entre 1979 a 1999 foram realizados 961 transplantes de medula óssea no Hospital de Clínicas da Universidade Federal do Paraná. Entre os pacientes com sobrevida maior que 100 dias foram analisados 18 pacientes com sintomas e sinais de doença de pequena via aérea com significativas alterações nas provas funcionais respiratórias, comparados com os realizados no período pré-transplante, caracterizando clínica e funcionalmente BO.. O trabalho objetiva enfatizar os aspectos clínicos e funcionais da BO, correlacionando-a com DECH, conforme dados da literatura. Onze (61%) eram masculinos e 7 (39%) femininos. A idade variou entre 11 e 49 anos com média de 28 anos. Onze (56%) eram portadores de Leucemia Mielóide Crônica; 4 (22%) Leucemias Agudas; 2 (11%) Mielodisplasia; 1 (5,5%) Anemia de Fanconi e 1 (5,5%) Mieloma Múltiplo. Todos os pacientes desenvolveram DECH (pele isolada 44,5% - fígado isolada 11%, pele e fígado 44,5%). No condicionamento 100% usou ciclofosfamida, 66% bussulfan e 16% irradiação corporal total. Na imunoprofilaxia 100% usou ciclosporina-A e 61% o methotrexate. Os sintomas respiratórias foram tardios, média dia +213 (+45, +610) identificados par tosse e dispnéia. O achado mais significativo foi a deterioração progressiva da função pulmonar; especialmente do VEF1 e FEF 25-75%. Conclusão: Conclui-se que há relação entre DECH e BO em pacientes submetidos a transplante de medula óssea. As alterações clínicas e funcionais complementadas pela tomografia computadorizada de tórax permitem a sustentação do diagnóstico de BO em pacientes submetidos a transplante de medula óssea com DECH crônica.

TP- 63

Análise Comparativa das Características Microscópicas da Lesão Liquenóide na cGVHD e no Líquen Plano de Boca

CC Villar*; MEP Correa**; OP de Almeida*; ML Cintra*** .

* Dep. Diagnóstico Oral - Faculdade de Odontologia; **Unidade de TMO; ***Dep. de Anatomia Patológica - Unicamp

Líquen Plano (LP) e uma doença mucocutânea de etiologia desconhecida e relativamente freqüente na cavidade oral. Microscopicamente é caracterizada por áreas de atrofia, acantose, com desorganização da camada basal e por um infiltrado inflamatório mononuclear subepitelial muito semelhante ao encontrado na GVHD crônica (cGVHD). O objetivo desse trabalho foi o de comparar as características microscópicas do líquen plano e da cGVHD oral. Foram avaliados as alterações em epitélio e tecido conjuntivo, a presença de mastócitos, células de Langherans e macrófagos de 40 casos de LP e 31 de cGVHD. As principais diferenças encontradas foram na junção derme-epitelial. Na cGVHD a desorganização da camada basal, assim como a presença de vacuolização foram os achados mais significantes. Os mastócitos foram mais numerosos no LP. Frente a esses achados foi possível concluir que a cGVHD difere da LP oral devido aos achados encontrados na junção derme-epitelial, da menor intensidade do infiltrado inflamatório, mas com uma maior expressão antigênica que no LP, levando a maiores alterações celulares.

TP-64

A TOXICIDADE DA INFUSÃO DE CÉLULAS PROGENITORAS HEMATOPOÉTICAS (CPH) PODE SER EVITADA ATRAVÉS DA REMOÇÃO DO DMSO DO PRODUTO APÓS O DEGELO

Luppi LAG.S., Morais M.F.C., Oliveira O.M.W., Ginani V.C., Gonçalves AV., Petrilli A.S.. Seber A Instituto de Oncologia Pediatrica - GRAACC - UNIFESP, São Paulo

O dimetilsulfóxido (DMSO) é o agente mais utilizado na criopreservasão de CPH. A infusão das CPH após o degelo leva a toxicidades associadas à quantidade de DMSO infundido, incluindo náuseas, vômitos, dor abdominal, hipotensão ou hipertensão, bradicardia e insuficiência renal aguda. Para reduzir a toxicidade da infusão, passamos a retirar o DMSO do produto imediatamente após o degelo em pacientes com peso entre 15-25kg ou dose de DMSO ³ 1 g/kg/dia. O objetivo do trabalho é comparar os efeitos da infusão da CPH em 4 pacientes nos quais foi retirado o DMSO antes da infusão, com 4 pacientes sem a retirada. No Grupo com a retirada de DMSO, 2 eram portadores de neuroblastoma, 1 LMA e 1 sarcoma alveolar; a mediana de idade foi de 5 anos (2-10) e de peso foi de 20 Kg (11-23). No Grupo sem a retirada de DMSO, todos eram portadores de neuroblastoma. Neste, a mediana de idade foi de 3 anos (2-4) e de peso 15 kg (8-17). No Grupo sem retirar o DMSO, as bolsas com as CPH foram descongeladas em banho-maria 37-40ºC e infundidas. Para a retirada do DMSO. as bolsas foram descongeladas da mesma maneira e divididas em tubos estéreis de 50ml. Solução 5% de albumina em Dextrano 40 foi adicionada aos tubos já com 20ml com o produto descongelado na proporção de 1:1. Os tubos foram centrifugados a 800g por 20 min a 4ºC. Após nova lavagem, o botão de células foi ressuspenso na mesma solução, colocado em bolsas de transferência e infundidos nos pacientes com equipo simples de transfusão de glóbulos. A recuperação celular foi de 75%, com 85% de viabilidade final (vs. 82% sem a retirada de DMSO). Todos tiveram a recuperação hematopoiética adequada. Em relação a toxicidade, no Grupo com a retirada de DMSO não houve nenhuma reação adversa. Sem a retirada de DMSO, um paciente apresentou convulsão, um hipervolemia e insuficiência cardíaca e os demais apresentaram náusea, vômito e desconforto abdominal. Não foi observada contaminação bacteriana nos produtos. Concluímos que a retirada de DMSO do produto, reduz a toxicidade da infusão de células progenitoras hematopoéticas em pacientes pediátricos.

TP-65

CORRELAÇÃO ENTRE QUALIDADE DAS CÉLULAS INFUNDIDAS (AVALIADA POR ANALISE DE CFU-GM, CD 34 E CELULAS NUCLEADAS) E PEGA APOS TRANSPLANTE ALOGENICO DE CELULAS PRECURSORAS EM PORTADORES DE ANEMIA APLASTICA SEVERA. Medeiros, C.R .; Silva, L.C.L.; Pasquini, R Curitiba - PR. Hospital de Clinicas da Universidade Fajerm do Paraná.

Introdução: em terapia celular, número e qualidade das células infunddas tem papeI preponderante na pega e manutenção no enxerto. Quantidade de CFU-GM, de células CD34+ e nucleadas são, usados para avaliar o inóculo. Estudamos retrospectivamente 22 alo TMOs em portadores de AAS, quanto á característica do inóculo, buscando a influência destes fatores na pega e manutenção do enxerto.

Material e métodos: de 11/98 a 09/2000, 20 pts com MS e doador idêntico receberam 21 aloTMOs. 17 pts tinham mais de 15 transfusões previamente ao procedimento. O condicionamento foi com Ciclofosfamida (200 mg/kg/peso) ou Bussulfan (12 mg/kg/peso) + ciclofosfamida (120 mg/kg/peso). Profilaxia para DECH foi Ciclosporina e MTX para todos pacientes. Após coleta da medula óssea do doador e adequada homogeneização, eram enviadas amostras de 10 ml para realização de ensaios clonogênicos e identilicação de CFU-GM, contagem de células CD34+ e células nucleadas. Os pacientes transplantados eram avaliados quanto a pega do enxerto nos dias +50, +100 e +150, com contagem de células de sangue periférico e aspirado de medula óssea (+100).

Resultados: CFU-GM: variou de 0,106 a 8,4x105 (M: 1,30 x 105). CD34+: 0.164 a 7,59 x 106 kg (M: 1,83 x 106 kg) e células nucleadas 1,63 a 4,94 x 108 kg (M: 2,91 x 108 kg). Em todos os pacientes ocorreu pega no enxerto, granulócitos >500 entre os das 17 a 52 (M: 25). Nos pacientes sobreviventes, todos mantiveram pega adequada nas análises dos dias +50, +100 e +150. Comparamos a pega e manutenção do enxerto quanto a CFU-GM (< 1,31 versus >1,31 X105), CD34+ (<1,83 versus >1,83 X106 kg) e células nucleadas (<2,9 versus >2,9 x 108 kg), e não houve diferenças estatisticamente significativas entre os grupos (P: 0,4; 0,6; 0,3, respectivamente). 2 Pts morreram de infcção 1 destes também apresentava DECH, entre os dias 89 e 730. A sobrevida global é 70%

Conclusões: a quantidade de céls CD34+, CFU-GM e céls mononucleares infundidas foram suficientes para garantir a pega da medula óssea em todos os pacientes de nossa instituição. Nos pac. em que foi infundido mais que 2,5 x 108 céls. mononucleares apresentaram uma sobrevida menor (p= 0,048), isto pode estar relacionado a um maior número de Iinfócitos entre estas céls.

TP-66

TRANSPLANTE DE MEDULA ÓSSEA (TMO) Não APARENTADO EM LEUCEMIA MIELÓIDE AGUDA (LMA). A EXPERIÊNCIA BRASILEIRA. Zanis, N. J.; Pereira, N.F.; Medeiros CR.; Bitencourt, M.A.; Bonfim, C.; Moreira, V.; Silva, LC.L; Pasquini R. Serviço de Transplante de Medula Óssea (STMO). Hospital de Clínicas - UFPR - Curitiba.PR.

Material e métodos: A equipe do STMO realizou 75 transplantes não aparentados no período de 07/1997 a 01/2001. Um grupo de nove pacientes (pac.) tinham LMA. A idade variou de 1 a 35 anos (mediana: 9 a), 5 pac. masculinos e 4 femininos. Um pac. estava em primeira remissão completa (RC1), 4 em primeira recidiva, 1 em segunda recidiva, 1 em terceira recidiva e 2 com doença refratária. A origem das células tronco foi medula óssea em 8 TMO e sangue de cordão em 1. O doador foi HLA totalmente idêntico em 5 TMO e 4 com 1 antígeno HLA incompatível. Os doadores foram identificados pelo NMDP (National Marrow Donor Program) e pelo CRIR (Caitlin Raymond International Registry) e pelo NYBCB (New York Blood Cord Bank). O regime de condicionamento utilizado foi: ciclofosfamida (CFA) 120mg/Kg de peso + irradiação corporal total 13.2 - 14.4 Gy em 8 pac. e bussulfan 16 mg/Kg + CFA 120 mg/Kg em 1 pac. Profilaxia para doença do enxerto contra hospedeiro (DECH) foi associação de duas drogas: ciclosporina e methotrexate quatro doses em 7 pac., estas duas drogas associadas com corticosteróides em 1 e apenas corticosteróides e ciclosporina em 1.

Resultados: As principais complicações foram: DECH aguda graus II -IV em 63% dos pac. avaliáveis, DECH crônica 67%, rejeição em 2 e recidiva em 3. Foram submetidos a um segundo transplante não aparentado dois pacientes De acordo com a compatibilidade HLA DECH agudos ocorreram em 75% e crônica em 75% com doadores tolamente compativeis. No grupo com incompatibilidade DECH aguda ocorreu em 50% e DECH crônica em 50%.

A sobrevida global dog 9 pac. é 34%. A sobrevida do grupo de 5 pac. recebendo TMO de doador totalmente idêntico foi 52%, no grupo com incompatibilidade HLA foi 0. As causas de morte foram DECH em 1 pac, infecção em 1, recidiva em 1, sangramento em 1 toxicidade do regime de condicionamento em 1.

Conclusão: Neste grupo pequeno e heterogêneo, sem possibilidade de análise estatística, parace que o baixo percentual de sobrevida deve-se ao estádio muito avançado da doença.

TP-67

TRANSPLANTE DE MEDULA ÓSSEA (TMO) NÃO APARENTADO EM LEUCEMIA MIELÓIDE CRÔNICA. (LMC). A EXPERIÊNCIA BRASILEIRA. Zanis, N. J.; Pereira, N.F.; Medeiros C.R.; Bitencourt, M.A.; Bonfim, C.; Moreira, V.; Silva, C.L.S., Pasquini R. Serviço de Transplante de Medula Óssea (STMO) - HospitaI de Clinicas - UFPR - Curitiba-PR .

Material e métodos: A equipe do STMO realizou 75 TMO's com doadores não aparentados no período de 02/1995 a 01/2001. Um grupo de 31 pacientes (pac.) tinha LMC. A idade variou de 9 a 47 anos (mediana 30), 21 pac. masculinos e 10 femininos. 19 pac. Estavam em primeira fase crônica (FC1), dois em FC2, quatro em fase acelerada (FA) e seis em crise blástica (CB). O tempo entre o diagnóstico e o transplante variou de 11 a 135 meses (mediana 35). A origem das células tronco foi medula óssea em 30 e sangue de cordão em 1. 0 doador foi HLA totalmente idêntico em 21 e 10 com um antígeno HLA incompatível. Os doadores foram identificados pelo NMDP (National Marrow Donor Program) e palo CRIR (Caitlin Raymond International Registry) e palo NYBCB (New York Blood Cord Bank). O regime de condicionamento utilizado foi ciclofosfamida (CFA) 120mg/Kg de peso + irradiação corporal total 13.2 - 14.4 Gy em todos os pac. Profilaxia para doença do enxerto contra hospedeiro (DECH) foi associação de duas drogas ciclosporina e methotrexate quatro doses em 5 pac. e associadas com corticosteróides em 25 e 1 pac. não recebeu profilaxia.

Resultados: As principais complicações foram, DECH aguda graus II -IV em 47% dos pac. avaliáveis, DECH crônica 63%, rejeição em 1, recidiva em 13%. Foi submetido a um segundo transplante não aparentado apenas um paciente. De acordo com a compatibilidade HLA, DECH aguda ocorreu em 55% e crônica em 71% com doadores totalmente compatíveis. No grupo com incompatibilidade, DECH aguda ocorreu em 50% e DECH crônica em 40%.A sobrevida em FC1 foi 47% e a sobrevida no grupo com doença mais avançada foi 10%. A sobrevida do grupo de 21 pac. recebendo TMO de doador totalmente idêntico foi 40% e no grupo com incompatibilidade HLA foi 20%. A sobrevida do grupo de 12 pac., em FC1, recebendo TMO totalmente compatível foi de 58%. As causas de morte foram, DECH em 6 pac., infecção em 10, recidiva em 3 e rejeição em 1.

Conclusão: Apesar deste ser um grupo pequeno e heterogêneo, sem possibilidade de análise estatística, os resultados se assemelham aqueles vistas nas grandes séries.

TP-68

O TRANSPLANTE DE CÉLULAS TRONCO HEMATOPOÉTICAS (CTH ) NOS PACIENTES (Pts) PORTADORES DE IMUNODEFICIÊNCIA COMBINADA GRAVE (SCID): EXPERIÊNCIA DO GRUPO DE CURITIBA.Bonfim C.*, Kolinski A**, Cat I**, Bittencourt M.* , Moreira V.*, Lidice*, Neto Zanis,* Medeiros C*, Pasquini R* *Serviço de Transplante de Medula Óssea do HC-UFPR , ** Serviço de UTI Pediatrica do HC-UFPR

O Transplante de células tronco hematopoéticas e o único procedimento com potencial definitivo de cura para os pacientes portadores de SCID. Infelizmente , na maioria dos casos, o diagnóstico é tardio e o pct chega ao transplante com complicações infecciosas graves diminuindo a sua chance de sobrevida. MATERIAL E MÉTODOS: No período de 05/1998 até 12/2000, 5 pts do sexo masculino com diagnóstico confirmado de SCID foram submetidos a um transplante de CTH. Idade: 2 a 15meses (M:12m). 4 pts com T-B+ e 1 pt T-B-. Apenas 1 pt não apresentava complicações graves na época do transplante. Tipos de transplante: não aparentado: 3 pts, aparentado: 2 pts. Fonte de CTH: medula óssea: 3 pts cordão umbilical: 2pts. Regimes de condicionamento: BU(16)+CFA(200)/ATG : 2 pts, BU(8): 1 pt, nenhum: 2pts. Imunoprofilaxia para DECH : 4 dos 5 pts receberam ciclosporina (csa).RESULTADOS : Todos os 5 pts estão vivos e bem com uma sobrevida mediana de 18 meses pós transplante (variou de 6 a 39 meses). DECH-Aguda : grau II em 4/5 pts. DECH-Crônica: 2 pts sendo um extenso e moderado necessitando imunosupressão até hoje. Pega do enxerto: Todos tiveram pega de 100% de linfócitos T do doador e apenas 1 pt não depende da reposição de Imunoglobulinas até hoje. Complicações pós Transplante: Doença Veno oclusiva hepática:2 pts. Tuberculose óssea disseminada (1 pt) , infecção pelo EBV ( 2 pts) , infeções de repetição ( 5 pts). CONCLUSÕES: 1) Os pts com SCID devem ser transplantados o mais rápido possível após o diagnóstico. 2) A recuperação de células T do doador ocorreu em todos os pacientes porém a pega de células B foi mais tardia e ocorreu em apenas 1 pt até agora.

TP-69

TRANSPLANTE DE MEDULA ÓSSEA (TMO) EM ANEMIA DE FANCONI (AF) COM DOSES DECRESCENTES DE CICLOFOSFAMIDA (CFA) E SEM IRRADIAÇÃO. Zanis, N. J.; Medeiros, C.R.; Bitencourt, M.; Bonfim, C.; Moreira, V. A; Silva, LC.L., Pasquini, R. Serviço de Transplante de Medula Óssea (STMO) - Hospital de Clinicas - UFPR - Curitiba-PR. .

Material e métodos: A equipe do STMO transplantou 80 pacientes (pac.) com AF no período de Novembro de 1983 a Dezembro de 2000. Neste estudo selecionamos pac. em fase aplástica, sem mielodisplasia ou leucemia. Todos os doadores foram irmãos HLA totalmente idênticos para os 6 antígenos principais exceto no grupo de 140 mg onde dois doadores compatíveis foram um pai e uma mãe. A dose de CFA, dividida em 4 dias foi: 200mg/Kg de peso em 10 pac., 140 em 13, (8 receberam ATG 90mglKg em 3 dias, ou linfoglobulina ou timoglobulina em doses equivalentes) 120 em 8, 100 em 18, 80 em 6 e 60 em 7 pac. A imunoprofilaxia para doença enxerto contra hospedeiro (DECH) foi associação de ciclosporina (csa) e methotrexate (mtx) 4 doses. Todos receberam antibióticos profiláticos: fluconazol, norfloxacina, sulfametoxazol-trtmetropin e aciclovir. Resultados:

Estudo do quimerismo: todos os sobreviventes tem hemograma normal. Conclusão: a dose de CFA apresenta a melhor sobrevida, menor toxicidade, não houve morte por toxicidade, baixa incidência de DECH aguda e crônica, talvez pela possibilidade do usa de mais doses de mtx, não ocorreu nenhum episódio de rejeição e houve recuperação hematológica em todos com células do doador.

TP- 70

Título: Casuística do Serviço de TMO do Hospital Brigadeiro - SP.

Sztainbok. C.T.A.M; Camanho, D.; Colassantti, M.D.; Loterio. H.A.; Nicolau, J. E; Mangini, C.; Trigo, F.; Zanichelli, M.A.; HOSPITAL BRIGADEIRO - SÃO PAULO - SP

Introdução: O estudo objetiva expor a casuística do TMO do HB-SP. Atendemos a demandas interna do serviço, com alguns casos encaminhados de outros centros. Materiais e Métodos: Realizada análise retrospectiva dos transplantes realizados entre julho/1997 e março/2001. Resultados: Análise 45 transplantes/44 pacientes. (1)Sexo: 27 masc.(61%)+17 fem..(39%); (2)ldade média de 30,7 anos (variação:3,5 a 68); (3)Tipo de TMO: 13 autólogos em 12 pacientes. (todos de Stem Cell Periférica) e 32 alogênicos (1 SCP e 31 medula); (4) Diagnóstico: 13 LMC em 1ª FC (29,5%) - 7 LMA (15,9%), com 3 em 1ª RC e 4 em 2ª RC - 7 AAS (15,9%) - 5 LLA (11,4%) com 1 em 1ª RC, 2 em 2ª RC, 1 em 2ª recaída e 1 refratário - 5 Mielomas (11,4%) - 3 DH (6,8%) 2 LNH (4,5%) - 1 S. Ewing (2,3%) - 1 Tu Testicular (2 auto-TMO); (5) Condicionamento: Bu-CY (12); Bu-Mel (11); Ciclofosfamida (6); Melfalan (5); Ciclo +TBI (4); BEAM (3); Bu-Cy-VP (1); CarboVP-Mel (1); Carbo-VP (2); (6)lnfusão média de 4,07x106 CD34/kg (0,26 a 13,76) e média de 3,4x108 cels. nucleadas/kg (0,98 a 11,3); (7)Tempo até pega leuc.(>0,5 neutr x109/L) média de 14,6 dias (8 a 23), plaq.>20000 média de 17,4d (8 a 41), plaq. >50000 média de 28,6d (10 a 91), plaq. >100000 média de 40,3 (13 a 127); (8) Média de transfusão de glóbulos Vermelhos: 6,6 unidades (0 a 26); média de plaquetas 18,9 unidades (1 a 80); (9) Complicações: 1.VOD: 10 pcts (22,2%) com 3 graves, 5 moderados e 2 leves; 2. DEVH agudo:8 pcts (25% dos alo), com 2 Grau e 6 Grau I ou II; 3.DEVH crônico: 8 pcts (em 19 vivos = 42,1%); 4.Antigenemia + para CMV: 15 pcts (33,3%) com 2 óbitos; (10) Sobrevida total 63,7% (16 óbitos/44pcts), sendo auto 75% (3 óbitos por recidiva) e alo 59,4%; (11) Causas de óbitos: Atividade da Doença (6); Sepsis (4); VOD (2); CMV (2); DEVH agudo (2); (12) Situação atual: 28 pcts em seguimento (9 auto/19 alo). Conclusões: De uma maneira geral, embora ainda com número reduzido de casos, a análise dos pacientes vão de encontro aos dados de literatura.

TP-71

Título: Incompatibilidade ABO no TMO Alogênico: Análise Retrospectiva de Casas do Hospital Brigadeiro-SP. Autores: Trigo, F.; Camanho, D.; Colassantti, M.D.; Loterio. H.A.; Nicolau, J. E.; Mangini, C.; Sztajnbok, C.T.A.M.; Zanichelli, M.A.;

Introdução: A Incompatibilidade ABO no TMO e causa de reações hemolíticas agudas e tardias, de intensidade e gravidade variáveis, de acordo com sua classificação (Maior e Menor) e respectivo mecanismo fisiopatológico. Materiais e Métodos: Foi realizada análise retrospectiva de cinco casos de Incomp. ABO (4 Menor, 1 Maior/Menor) em TMO alogênico relacionado (HLA idêntico), quanto a enxertia de eritrócitos, necessidade transfusional imediata tardia e necessidade de utilização de Eritropoetina segundo protocolo. 0 grupo controle era comparável ao grupo estudado quanto a 1) Patologia Primária (2 AAG, 1 LMC, 1 LMA, 1 LLA); 2) Ocorrência de GVHD 3) ldade (grupo estudo média 24,4 anos e grupo controle médio 27,4); 4 ) número de celulas nucleadas/ CD 34+/kg infundidas (grupo estudo média 2,3x108/1,44x106; grupo controle média 3,Ox108/1 ,69x106) 5) lnfusão de MO (s/ tratamento prévio na Incomp.ABO Menor e grupo controle, com depleção de plasma na Incomp.ABO Maior). Estes casos foram atendidos no Hospital Brigadeiro/SP entre Julho/97 e Feveireiro/2001. Definições: enxertia de eritrócitos como o número de dias pós transplante ate a primeira transfusão de glóbulos, seguida par intervalo livre de transfusão de 30 dias; necessidade transfusional imediata como o número de bolsas de glóbulos transfundidas até a enxertia de eritrócitos, e tardia entre esta data e 120 dias pós transplante; a necessidade de utilização de EPO como o número de doses (10000 UI) de Eritropoetina utilizadas para manter a Hemoglobina >11,0 g/dl. Resultados: A média de dias para enxertia de eritrócitos para o grupo estudo e controle foi de 32 e 23 dias, respectivamente. A necessidade transfusional imediata média foi de 4,8 e 1,6 bolsas para os grupos estudo e controle; a necessidade transfusional tardia média foi de 0 (zero) bolsas para ambos os grupos. A necessidade média de utilização de EPO foi de 23,4 e 19 doses, respectivamente para os grupos estudo e controlee. Conclusões: o grupo estudado apresentou enxertia de eritrócitos mais lenta, maior necessidade transfusional imediata e maior necessidade de utilização de EPO. Isto esta provavelmente relacionado a Incompatibilidade ABO e deve refletir a ocorrência de hemólise imediata e tardia associadas.

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Título: Caracterização da Clientela da Unidade de Transplante de Medula Óssea Autores: Federico.(S).; Branco, R. O.; Camanho, D.; Colassantti, M.D.; Loterio. H.A.; Nicolau, J. E.; Mangini, C.; Sztajnbok, C.T.A.M.; Trigo, F.; Zanichelli, M.A.;

Introdução: Amostra de resultados de pesquisa realizada na clínica de Hematologia do Hospital Brigadeiro, na Unidade de Transplante de Medula Óssea, cujo objetivo foi o levantamento das características sociais e econômicas dos pacientes e seus familiares. Materiais e Métodos: Priorizou-se fontes primárias de coleta de dados, após a seleção por amostragem de um universo de 44 pacientes que realizaram TMO, no período de 11/05/97 a 20/03/2001. O procedimento empírico da indagações buscou recuperar através do estudo de caso do relatório social e das visitas domiciliares, os aspectos relevantes na construção da identidade dos sujeitos de nossa pesquisa. Resultados: Constou-se, que a população atendida constitui-se, em sua maioria, de usuários do sexo masculino, com idade entre 20 e 30 anos, solteiros. Quanto ao nível de escolaridade, há predominância de pacientes com primeiro grau completo, seguido de segundo grau completo. Quanto a procedência, a clientela e proveniente do estado de São Paulo, sendo que dos demais estados, a região Nordeste é a mais significativa. A maioria dos pacientes possuem casa própria de alvenaria, com vínculo empregatício, seguido de pacientes em auxílio-doença. A renda familiar apresentada e superior a 3 salários-mínimos. Quanto a habitação, no período pós TMO, ressalta-se a permanência do paciente em Casas de Apoio, sendo que a AMASF proporcionou o acolhimento de 60% da demanda. Conclusões: Constatou-se que o paciente submetido a TMO apresentou melhoria na habitação, melhoria no comportamento social, maior grau de independência para as atividade práticas da vida, ascensão profissional, e retorno aos estudos. Portanto, caracterizar a clientela da Unidade de TMO possibilitou uma visão mais ampla do homem no processo saúde x doença.

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PROGRAMA DE TRANSPLANTE DE MEDULA ÓSSEA COM DOADOR NÃO-CONSANGUINEO. Noemi F. Pereira, J. Zanis Neto, M. Bitencourt, C. S. Becker, L. R. E. Pangracio, M. Kleina, R. Pasquini. Serviço de Transplante de Medula Óssea do Hospital de Clínicas da Universidade Federal do Paraná. Curitiba-PR.

O Serviço de Transplante de Medula Óssea (STMO) da UFPR iniciou o programa de transplante com doador não consangüíneo em setembro de 1993. Até junho de 2001 foram inscritos 268 pacientes para a busca de doadores voluntários de M.O. Destes, 85 (31,7 %) ja foram transplantados, 7 (0,37%) tem data de transplante confirmada, 11 (4,1 %) tem doadores realizando avaliação clínica, 28 (10,4 %) pares de receptor / doador estão aguardando resultado confirmatório de tipificação HLA, 14 (5,2 %) estão aguardando resultado de tipificação DR, 3 (1,12%) estão sendo inscritos, 4 (1,5 %) ainda não encontraram doador compatível, 62 (23,1 %) tiveram suas buscas canceladas devido a progressão da doença ou outras razões e 60 (22,3 %) foram a óbito durante o processo de busca. O tempo decorrido entre a busca preliminar e a data do transplante variou de 26 a 1460 dias (M = 305). O número de doadores requisitados para DR e tipificação HLA confirmatória por paciente variou de 1 a 102 (M = 7,0). Dentre os 85 pacientes transplantados, 49 (57,7%) receberam células tronco hematopoeticas de doadores HLA-A, B e DRB1 idênticos e 36 (42,3%) de doadores com uma incompatibilidade de HLA-A ou B. O critério de compatibilidade HLA-A e B baseou-se em metodologia sorológica e de DRB1 em metodologia molecular. Quanto à procedência das células hematopoieticas, 57 pacientes receberam M.O. de doadores dos EUA, 5 da Alemanha, 3 da Inglaterra, 4 da França, 1 da Bélgica, 1 da Suíça, 1 de Barcelona, 1 da Itália, 1 da Áustria e 1 do Brasil e 6 receberam sangue de cordão umbilical dos EUA, 2 da Alemanha, 1 da Inglaterra e 1 de Barcelona. A idade dos pacientes transplantados variou de 10 meses a 48 anos (M = 16) e quanta ao sexo, a proporção foi de 52 homens para 33 mulheres (1,6). Dentre os pacientes transplantados até junho de 2001, 34 (40%) estão vivos, conforme relacionado a seguir: 13/33 dos diagnosticados com LMC, 0/1 dos diagnosticados com LMMC, 7/14 dos diagnosticados com LLA, 4/11 dog diagnosticados com Anemia de Fanconi, 6/13 dos diagnosticados com LMA, 1/3 dos diagnosticados com Mielodisplasia, 0/2 dos diagnosticados com Mucopolissacaridose, 0/1 dos diagnosticados com Anemia Aplastica Severa. 0/1 dos diagnosticados com Síndrome de Kostmann, 0/1 dos diagnosticados com Osteopetrose, 1/1 dos diagnosticados com Mielofibrose, 1/1 dos diagnosticados com Adrenoleucodistrofia e 3/3 dos diagnosticados com Imunodeficiência Severa Combinada Ligada ao X.

Datas de Publicação

  • Publicação nesta coleção
    12 Ago 2002
  • Data do Fascículo
    Set 2001
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