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Trabalhos Científicos em Enfermagem: Posters

Scientific Works in nursing: Posters

Trabalhos Científicos em Enfermagem - Posters

Scientific Works in nursing - Posters

EP-01

A EXPERIÊNCIA ASSISTENCIAL DE ENFERMAGEM NA UNIDADE DE TRANSPLANTE DE MEDULA ÓSSEA DO HOSPITAL DAS CLÍNICAS DE RIBEIRÃO PRETO-USP

Soller, V. M; Santos, EC; Simoes, B.P; Voltarelli, J.C.

Unidade de Transplante de Medula Óssea do HCFMRP-USP .

O objetivo do trabalho e destacar a importancia assistencial da equipe e as inovações no campo de trabalho da enfermagem em Transplante de Medula Óssea, na Unidade do Hospital das Clínicas de Ribeirão Preto USP (UTMO). Esse trabalho é desenvolvido junto à equipe multidisciplinar em uma Unidade com quatro leitos em funcionamento desde 1992. Nesse período 131 pacientes foram admitidos e tratados por diferentes protocolos para TMO, alogênicos e autólogos, 58 desses sobreviveram. Através de um trabalho assistencial especializado a equipe de enfermagem está adquirindo uma importância e um espaço cada vez maiores. O uso de protocolos para condicionamentos agressivos e a imunosupressão associados a alta complexidade dos procedimentos expõem o paciente a riscos significativos exigindo portanto que o enfermeiro da UTMO tenha conhecimentos específicos ampliados em relação ao convencional. A preocupação com a especialização nas áreas de hematologia e oncologia através de cursos de pós-graduação e outros com o objetivo de aperfeiçoamento profissional fazem com que o comportamento e o perfil da equipe de enfermagem nesta unidade seja altamente diferenciado. Diversos trabalhos científicos foram desenvolvidos e publicados em nível nacional e internacional. Atualmente, Soler & Carvalho estão desenvolvendo em nível de mestrado na área comunicacional um trabalho voltado ao cuidado a mucosite para a pessoa submetida ao TMO de modo a oferecer a estes pacientes assistência de enfermagem altamente qualificada uma vez que o processo de mucosite interfere e diminui a qualidade de vida expondo o paciente a uma serie de complicações e até infecções. Melhorar a compreensão o entendimento não só do ponto de vista bio-psico-espiritual e social, mas buscando uma interação efetiva na maneira de relacionar-se e de cuidar bem para conhecer a realidade do paciente frente ao complexo processo do TMO são a nossa meta e o que nos impulsiona a buscar e a melhorar cada dia a qualidade na assistência de enfermagem.

EP-02

MANIFESTAÇÕES DE TRANSTORNOS PSIQUIÁTRICOS NO ISOLAMENTO PROTETOR DE UMA UNIDADE DE TRANSPLANTE DE MEDULA ÓSSEA

Oliveira, EA.; Mastropietro, AP.; Santos, M.A; Sponholz Jr., A; Voltarelli, J.C.

Unidade de Transplante de Medula Óssea - FMRP - USP

A alta complexidade envolvida no Transplante de Medula Óssea (TMO) produz diversos efeitos psicológicos no paciente. Durante o isolamento protetor da enfermaria de uma Unidade de Transplante de Medula Óssea (UTMO), muitas são as reações psicopatológicas que os pacientes podem apresentar no período de adaptação ao tratamento, dentre alas: reações de ajustamento, distúrbios alimentares, estados de ansiedade, transtornos depressivos, irritabilidade, perda da motivação, medo de morrer, desorientação, sentimento de tédio, dificuldade de concentração, dificuldade em estruturar e manter suas atividades diárias. Com o intuito de auxiliar o paciente durante essa fase, a equipe de saúde mental fixa da Unidade (terapeuta ocupacional e psicóloga) recebem o apoio do profissional interconsultor da psiquiatria. O objetivo desse trabalho é o de descrever as intercorrências psiquiátricas e as condutas adotadas durante o isolamento protetor da enfermaria da Unidade de Transplante de Medula Óssea (UTMO) do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto. A amostra foi composta por 42 pacientes (25 homens e 17 mulheres), submetidos ao transplante no período de março de 1999 a maio de 2001. O diagnóstico mais freqüente foi o de leucemia, sendo que 45% dos pacientes eram portadores de Leucemia Mielóide Crônica (n=19) e 19% de Leucemia Mielóide Aguda (n=8). Foram analisadas as anotações contidas nos prontuários médicos, verificando-se a freqüência de solicitação de avaliação dirigida ao serviço de psiquiatria, bem como as condutas que foram adotadas em cada caso. Detectou-se a ocorrência de transtornos psiquiátricos em 38% dos pacientes no período investigado (n=16), sendo que o diagnóstico mais freqüente foi o de reação de ajustamento com sintomas ansiosos e/ou depressivos. Esses pacientes encontravam-se em seguimento regular com as profissionais da psicologia e terapia ocupacional, e passaram a ser também acompanhados pela psiquiatria. Todos os sujeitos receberam intervenção medicamentosa, sendo na maioria das vezes de natureza ansiolítica. Pôde-se constatar, portanto, que existe uma alta incidência de transtornos psiquiátricos no isolamento do TMO, dado este corroborado por achados da literatura internacional, evidenciando assim a necessidade de um trabalho integrado dos profissionais da área de saúde mental em uma Unidade de Transplante de Medula Óssea, considerado um processo complexo não apenas do ponto de vista físico, mas também do ponto de vista psicológico.

EP-03

ASPECTOS PSICOSSOCIAIS DA DOAÇÃO DA MEDULA ÓSSEA NOS DOADORES RELACIONADOS.

Oliveira, EA.; Santos, M.A.; Voltarelli, J.C.

Unidade de Transplante de Medula Óssea-FMRP-USP

O transplante de medula óssea (TMO) e constituído por diversas fases potencialmente estressoras, que incidem não apenas sobre o paciente, como também sobre os familiares. Dentre os tipos de transplante atualmente realizados, o transplante alogênico exige a participação ativa de um membro familiar, em geral o irmão, que fica com o encargo de doação da medula óssea (doador relacionado). O objetivo do presente estudo é analisar o impacto psicossocial dessa doação nos doadores relacionados. A amostra foi composta por dez sujeitos, vinculados a Unidade de TMO, do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto - Universidade de São Paulo. O instrumento utilizado foi uma entrevista semi-estruturada, aplicada individualmente, em situação face-a-face, com duração média de uma hora. As entrevistas foram gravadas em áudio e posteriormente transcritas literal mente e na Integra. O material coligido foi submetido a um procedimento de analise de conteudo tematica, que permitiu identificar as seguintes categorias analíticas: rapport, atitude do sujeito frente a entrevista, história pessoal, perdas significativas, história familiar, relacionamento com o irmão doente, adoecimento do irmão, causa da doença, reação ao diagnóstico, decisão de fazer o transplante, doação da medula, "fantasias" acerca do processo de doação, escolha do doador, motivação para a doação e, finalmente, os planos futuros do sujeito. A maioria dos entrevistados não chegou a notar nada de errado com a saúde do irmão e, diante do diagnóstico da enfermidade, reagiu com perplexidade ("susto") e angustia ("desespero"). O adoecimento do irmão é vista como um fatorr de reaproximação familiar. Nunca haviam ouvido falar sobre o transplante, e essa possibilidade terapêutica aparece para alguns como fator tranqüilizante e, para outros, como desencadeador de ansiedade. Apesar disso, é vista como a possibilidade de cura, como a chance da retomada da vida cotidiana pelo irmão. Em geral, possuem informações básicas sobre o procedimento de doação da medula óssea, sendo que o maior medo verbalizado é o da anestesia geral. Na concepção de quem acreditavam que seria o doador selecionado pesam tanto características físicas (serem fenotipicamente parecidos), como psicológicas (serem afetivamente mais próximos). Ao se descobrirem como os escolhidos, a reação inicial mais citada é o apavoramento. O motivo maior da decisão de doar a medula é a possibilidade, e a conseqüente responsabilidade, de salvar a vida do irmão. Ao se referirem ao futuro, a doença do irmão e a doação da medula óssea são os eventos que mais os preocupam no momento. Através dos dados da entrevista, observa-se que os eventos: adoecimento do irmão, decisão pela realização do transplante e escolha do doador aparecem potencialmente como desencadeadores de estresse. Desse modo, percebe-se a necessidade de um suporte psicológico a esses familiares, uma vez que o processo de doação de medula óssea, apesar de relativamente simples do ponto de vista medico, mostra-se bastante complexo do ponto de vista psicológico. (Trabalho subvencionado com o apoio da FAPESP)

EP-04

CONSTRUINDO UMA REDE DE APOIO EM SAÚDE MENTAL AO PACIENTE DE UMA UNIDADE DE ELEVADO ESTRESSE PSICOSSOCIAL.

Oliveira, EA; Mastropietro, AP.; Santos, M.A.; Voltarelli, J.C.

Unidade de Transplante de Medula Óssea-FMRP-USP

Devido à complexidade do Transplante de Medula Óssea, a UTMO do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo conta com o apoio de uma equipe multiprofissional. A equipe de saúde mental e constituída por uma terapeuta ocupacional, uma psicóloga e um interconsultor da psiquiatria que oferece suporte a equipe fixa. O objetivo do presente estudo é o de relatar a atuação desses profissionais de saúde mental junto a um caso de um paciente portador de Leucemia Mielóide Crônica (LMC), submetido ao TMO. O material a ser apresentado e produto da análise das transcrições de 44 sessões de intervenções, conduzidas separadamente, para psicóloga e terapeuta ocupacional, ocorridas durante o período de 30 dias em que o paciente ficou internado no isolamento da enfermaria. Foram utilizados ainda, como fonte subsidiária de obtenção de dados complementares da evolução do paciente, os registros sistematizados no prontuário médico pelo profissional da psiquiatria. A avaliação psiquiátrica foi solicitada no D+ 10 (décimo dia após a infusão da medula). O paciente é um rapaz de 19 anos, procedente da região sul do país, solteiro, evangélico, filho mais novo de uma prole de oito irmãos. Como estratégia metodológica, foi utilizada no presente estudo uma abordagem qualitativa dos dados, através de uma análise de conteúdo temática aplicada sobre o material coletado. A atuação da psicologia nesse caso específico foi focal, baseada no modelo de intervenção em crise, objetivando a diminuição da ansiedade basal do paciente, através de um trabalho de psicoterapia focal e de apoio, fazendo-se uso, em vários momentos, de técnicas de relaxamento. A intenção era de fornecer ao paciente apoio para que ele pudesse suportar de forma integrada todas as dificuldades do TMO. No decorrer da intervenção fez-se necessário o recurso à intervenção medicamentosa da psiquiatria para o controle dos sintomas psicóticos e ansiosos que emergiram. O trabalho da terapeuta ocupacional objetivou proporcionar ao paciente uma nova construção da relação com seu fazer cotidiano, através das experiências vivenciadas na relação triádica (terapeuta ocupacional-atividades-paciente), fazendo uso de procedimentos derivados do método de terapia ocupacional dinâmica. Pôde-se constatar que, com o auxílio de tais intervenções, o paciente pôde aproveitar melhor suas potencialidades e desenvolver recursos adaptativos, que se mostraram fundamentais para a sua adesão ao tratamento médico preconizado. Cinqüenta dias após o TMO o paciente encontrava-se livre de sintomas psiquiátricos e teve suspenso o apoio medicamentoso, mantendo-se o acompanhamento pela psicologia e terapia ocupacional. Verificou-se que um apoio multiprofissional em saúde mental ao paciente em uma Unidade como a de TMO é fundamental para o enfrentamento das situações estressoras impostas pelo tratamento. Na ausência de mecanismos adaptativos que favoreçam o reajustamento psicológico, essas situações de elevado estresse podem comprometer a evolução psicossocial do paciente.

EP-05

ESTRUTURAÇÃO DE UM SERVIÇO DE SAÚDE MENTAL EM UMA UNIDADE DE TRANSPLANTE DE MEDULA ÓSSEA

Mastropietro, A.P.; Oliveira, EA.; Santos, M.A.; Sponholz Jr., A; Voltarelli, J.C.

Unidade de Transplante de Medula Óssea-FMRP-USP

Os pacientes submetidos ao Transplante de Medula Óssea (TMO), bem como seus familiares, vivenciam seus primeiros momentos de conflitos psicológicos bem antes do transplante propriamente dito, no momento da tomada de consciência do diagnóstico da enfermidade e da decisão da realização ou não do TMO. Nesse momento são obrigados a enfrentar a perda da vida "normal", tal como era antes do diagnóstico, sendo levados a fazerem o luto antecipado pela perda da vida costumeira que tinham antes da doença, além do luto da perda dos sonhos e esperanças futuras projetados sobre o familiar acometido de uma doença potencialmente letal. Levando-se em consideração tal fato, constata-se a importância de um acompanhamento psicológico não restrito somente ao período de internação, mas abrangendo o momento anterior e também o posterior a realização do TMO. Além disso, reconhece-se a necessidade de se implementar um programa de intervenção junto aos familiares de tais pacientes. Levando-se em consideração tais necessidades, foi estruturado o serviço de Saúde Mental da Unidade de Transplante de Medula óssea (UTMO) do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto, da Universidade de São Paulo. O objetivo do presente trabalho consiste em descrever a estruturação atual deste serviço. Na fase anterior ao transplante, em que pesa o impacto do diagnóstico e a decisão de se realizar o TMO, é efetuada a avaliação psicológica e ocupacional do paciente e do doador. De acordo com os resultados de tal avaliação, são indicados atendimentos individuais e/ou familiares nessa etapa. Durante a internação, atendimentos individuais diários nos quartos são efetuados visando auxiliar o paciente a lidar com as diversas repercussões psicológicas que cada estágio do TMO desencadeia. Busca-se nessa fase oferecer condições para que o paciente desenvolva recursos e construa uma possibilidade de adaptação no cotidiano hospitalar. Nessa etapa da enfermaria são freqüentes as manifestações de distúrbios psiquiátricos (aproximadamente 38% dos pacientes internados apresentam tais manifestações), sendo necessária à intervenção do profissional da psiquiatria. Esse psiquiatra atua em um esquema de interconsulta, atendendo as solicitações dos membros fixos da equipe. Seu trabalho junto à UTMO visa oferecer um diagnóstico diferencial e um acompanhamento focal e psicofarmacológico. Finalmente, após a alta da enfermaria, os pacientes e seus familiares são acompanhados em seus retornos ambulatoriais. Desse modo, no planejamento e estruturação do programa de intervenção voltado aos familiares, procurou-se valorizar a necessidade de um acompanhamento psicológico que não se restringisse somente ao paciente e ao período de internação. Para tanto, a atuação do profissional de saúde mental tem início no momento que antecede a internação e se prolonga após a alta da enfermaria, sendo de fundamental importância o trabalho integrado e multidisciplinar dos profissionais de saúde mental (psicólogo, terapeuta ocupacional e médico psiquiatra).

EP-06

TOXICIDADE CUTÂNEA RELACIONADA AO CURATIVO DO CATETER VENOSO CENTRAL EM TRANSPLANTE DE MEDULA ÓSSEA - DADOS PRELIMINARES

Pinho. V.F.S., CEMO -INCA, Rio de Janeiro - RJ

O surgimento freqüente de lesões cutâneas na área do curativo do cateter venoso central (CVC) em indivíduos submetidos a transplante de medula óssea (TMO) não é uma simples questão de hipersensibilidade a adesivos ou anti-sépticos. Trata-se principalmente da intensificação da toxicidade cutânea as altas doses de quimioterapia, que tem os curativos oclusivos como fator de risco. Infelizmente, esta correlação é raramente apresentada na literatura pertinente, e embora lesões cutâneas afetem a auto-imagem, sejam dolorosas e potenciais portas de entrada para infecções em imunodeprimidos, o problema não tem sido devidamente valorizado. Em vista disto, este estudo está sendo desenvolvido com o objetivo de acompanhar sistematicamente a evolução de lesões cutâneas na área do curativo do CVC, a fim de determinar o percentual de sujeitos acometidos e comparar suas características com alterações da pele no restante do corpo. Atualmente, o curativo do CVC é renovado todos os dias com álcool a 70% e coberto com gaze estéril e seca, fixada com adesivos hipo-alérgicos. A pele está sendo avaliada e classificada num escore de 0 a 4, através de uma adaptação das graduações de toxicidade cutânea, estabelecidas pela Organização Mundial de Saúde e Instituto Nacional de Câncer Norte-americano (NCI). Ate o momento, 10 pacientes foram estudados, e todos tiveram algum grau de lesão cutânea ao redor do CVC, sendo que 6 apresentaram grau 3 ou 4.0 mesmo não aconteceu com a pele no restante do corpo. Esta, quando se alterou, apresentou graus mais leves. Nossa impressão inicial é a de que o curativo do CVC em TMO requer uma conduta diferenciada dos padrões já estabelecidos, tanto em relação a anti-sépticos como coberturas, e estes conhecimentos então, poderão fundamentar a pesquisa de curativos alternativos que venham prevenir e/ou minimizar este problema.

EP-07

ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM AO PRIMEIRO TRANSPLANTE DE MEDULA ÓSSEA AMBULATORIAL (TMO AMB) DO NORDESTE

Souto Maior P., Dias E., Matias K., Florêncio R., Lins M., Tagliari C., Ostronoff M.

Recife, Serviço de Transplante de Medula Óssea do Real Hospital Português. .

O TMO AMB tem como vantagens teóricas um atendimento ao pt onco-hematológico de forma mais humanizada, uma diminuição dos custos do procedimento e diminuição do risco de infecção hospitalar. Acreditamos que os casos mais simples de quimioterapia intensiva com suporte de células tronco hematopoeticas periféricas (CTHP) são os que mais se beneficiam dessa técnica. Para sua realização o pt deve recebe todas as orientações prévias necessárias sobre o programa de TMO e suas diferentes etapas, principalmente no que diz respeito ao auto cuidado (catetér, alimentação e higiene), através da equipe e do manual do pt. Além do pt os seus familiares também são orientados. Uma ficha de vigilância deve ser preenchida diariamente pelo pt para monitorizar os SSVV e qualquer anormalidade observada nos horários em que o pt não estiver no hospital. Descrevemos nosso 1º TMO AMB: A.J.Q.M., 38 anos, Mieloma múltiplo, estadio-Ill-A. VAD x 4 + Ciclosfamida 120mg/kg, coleta de CTHP e nesta ocasião em bom estado geral propusemos TMO AMB. Levamos em consideração sua boa compreensão do tratamento, o apoio familiar, e condições de domicilio, além da relativa simplicidade da estratégia terapêutica: Melfalano 100mg/m2/d par 2 dias (D-2/D-1) sob cobertura de hiperhidratação, dexametasona e antagonista H-3 de longa duração seguido da infusão de CTHP (7.0x 106CD34)Dzero. Vigilância clinico-Iaboratorial e cuidados do catetér eram realizados diariamente. Suporte com G-CSF 10mcg/kg/d (SC) , transfusões de hemáceas e plaquetas por aférese irradiadas e filtradas, cefepima + teicoplanina + ambisomeÒ + aciclovir (VO) foram administrados durante a aplasia, além de hidratação e cuidados contra mucosite durante as 9 horas de permanência diária do pt no hospital dia (8-17h). A tolerância ao tratamento foi excelente apesar de mucosite grau-2 e náuseas/vômitos após condicionamento. Utilizou 18 transfusões de plaquetas, 04 transfusões de hemáceas e 11 dias de antibióticos. A recuperação (>500PMN) ocorreu no dia D12 e plaquetas acima de 20.000 no dia D21. Um hospital dia de onco-hematologia e TMO com certa experiência pode começar a realizar TMO AMB principalmente em situações simples e bem selecionadas.

EP-08

CRIAÇÃO DA UNIDADE DE HOSPITAL DIA DO PROGRAMA DE TRANSPLANTE DE MEDULA ÓSSEA (TMO) DE PERNAMBUCO

Souto Maior P., Matias K., Florencio R., Dias E., Lins M., Tagliari C., Ostronoff M.

Recife, Serviço de Transplante de Medula Óssea do Real Hospital Português

Um serviço moderno de hematologia e TMO necessita para o atendimento de seus pacientes uma estrutura de hospital dia a fim de realizar as consultas pré e pós TMO. Recentemente inauguramos a unidade de hospital dia de TMO do Real Hospital Português de Recife que está localizado em uma área histórica do hospital que foi criada para combater o cólera há 150 anos. 0 antigo sítio de arquitetura portuguesa abriga hoje o ambulatório e hospital dia do programa de TMO. Suas paredes foram decoradas com fotos que mostram o Recife de antigamente do acervo da Fundação Joaquim Nabuco, guardiã da cultura nordestina. A unidade está localizada dentro de um hospital geral de grande porte e a pouca distância encontramos o banco de sangue, o laboratório central, a farmácia central, o serviço de imagens, a radioterapia, a central de quimioterapia, o serviço de emergência e as unidades de terapia intensiva. A estrutura do hospital dia inclui: 01 recepção, 02 consultórios, 09 leitos dia, sendo: 03 apartamentos e 06 poltronas. Além disto dispomos de 01 posto de enfermagem, 01 sala de coleta de células tronco hematopoeticas periféricas (CTHP) e pequenos procedimentos cirúrgicos além de uma biblioteca com acesso a Internet onde realizamos reuniões clinicas diárias. Atendemos em média 20 pacientes por dia no período das 8 as 18 horas. São realizadas consultas hematológicas, pré TMO e seguimento pós TMO, além de vários tipos de quimioterapias e tratamento de suporte: antibióticos, antifúngicos, antivirais, suporte hidro-eletrolítico, transfusões, vigilância clinico-laboratorial e cuidados de catetér. Fizemos até o momento 20 coletas de CTHP no hospital dia. Há 2 meses realizamos com sucesso nosso 1º TMO autólogo ambulatorial em paciente portados de Mieloma múltiplo. O hospital dia é uma estrutura fundamental dentro de um programa de TMO, pois permite ao paciente um atendimento humanizado e confortável do ponto de vista bio-psico-social, reintegrando o indivíduo ao convívio social com segurança e mais precocemente. Fotos de nossas instalações, pessoal e materiais serão expostas.

EP-09

TERAPIA OCUPACIONAL EM CRIANÇA EM ATENDIMENTO AMBULATORIAL NO Serviço de Transplante de Medula Óssea (STMO) do Hospital de Clínicas (HC) da Universidade Federal do Paraná (UFPR). Sperandio. R, Veran, M.P., Dias, M. Curitiba-Paraná. Serviço de Transplante de Medula Óssea do Hospital de Clínicas da Universidade Federal do Paraná.

Introdução: No STMO/HC/UFPR já foram tratados mais de 1.500 pacientes, 25% dos quais crianças com até 14 anos. Os pacientes são atendidos no período pré e pós transplante e também os que estão em protocolos alternativos de tratamento. Permanecem de 4 a 12 horas por dia, aguardando consulta médica e de enfermagem, recebendo medicamentos, infundindo hemoderivados e/ou submetidos a exames, dos quais alguns invasivos (punção lombar, aspirado e biopsia de medula óssea e biopsia de pele). Aproximadamente são atendidas 15 crianças/dia. Tal demanda implica em planejamento conjunto e abordagem multidisciplinar, envolvendo terapeuta ocupacional, enfermagem e assistente social.

Objetivos: Realizar atividades recreativas e expressivas enquanto aguardam e ou realizam os procedimentos, favorecer a sua integração com o Serviço e a Equipe; proporcionar espaço para que se expressem através destas atividades e promover a socialização.

Material e Méetodo: Foram analisados os comportamentos das crianças no período de Janeiro de 1998 a Julho de 2001 no desempenho de suas atividades de entretenimento (jogos, passatempo, livros, teatro de fantoche), atividades expressivas (desenho, pintura em gesso, atividades manuais, bordado, crochê, tricô).

Conclusão: Observou-se uma rápida socialização e adaptação das crianças, facilitando o manejo e promovendo uma permanência mais tranqüila durante o tratamento. Notou-se também uma melhora no nível de ansiedade da criança e conseqüentemente da família.

EP-10

A IMPORTÂNCIA DA HIGIENE ORAL EM CLIENTES SUBMETIDOS À TRANSPLANTE DE MEDULA ÓSSEA . Meyer, K. L., Reis Dias, T.R., Curitiba - Serviço de Transplante de Medula Óssea - HC - UFPR.

Foram acompanhadas as condições de 45 clientes no período de abril/99 à maio/2000, visando melhoria das condições da cavidade oral e higiene pré, trans e pós TMO. Não foram incluídos todos os clientes internados; desconsideradas as reinternações e crianças com idade inferior a 7 anos. Cabe enfatizar que algumas crianças realizam bem os procedimentos pela compreensão individual, independente do apoio e auxilio dos pais. Para obtenção destes resultados consideramos apenas a evolução clínica e condições de cavidade oral no momento da alta hospitalar. Ressaltamos que o esforço na higienização e em grande parte individual, porém, a equipe de enfermagem deve insistir nos cuidados, frisando constantemente a importância da boa higiene, mas, há sempre que se respeitar a condição do paciente e a fase do tratamento em que se encontra.

Datas de Publicação

  • Publicação nesta coleção
    12 Ago 2002
  • Data do Fascículo
    Set 2001
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