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Variedades clonais de café Conilon para o Estado do Espírito Santo

Clonal varieties of Conilon coffee for the Espírito Santo State, Brazil

Resumos

O objetivo deste trabalho foi selecionar e multiplicar clones de café Conilon (Coffea canephora Pierre ex Froehner) para obtenção de variedades clonais mais produtivas e de melhor qualidade. Foram selecionadas 267 plantas matrizes cujos parâmetros de seleção foram: produtividade, incidência de ferrugem (Hemileia vastatrix Berk et Br.) e mancha manteigosa (Colletotrichum sp.), arquitetura e vigor das plantas, tamanho e época da maturação dos frutos. Os clones selecionados foram avaliados em quatro experimentos, na Fazenda Experimental de Marilândia, pertencente ao INCAPER, em Marilândia, ES. O ensaio foi instalado em Latossolo Vermelho-Amarelo, no espaçamento de 3,5 m entre linhas e 1,5 m entre covas. Utilizou-se o delineamento de blocos casualizados, com quatro repetições e seis plantas por parcela. Dos clones selecionados, numa primeira fase, foram lançadas as primeiras variedades clonais de café Conilon, para o Estado do Espírito Santo, denominadas EMCAPA 8111, EMCAPA 8121 e, EMCAPA 8131, de ciclo de maturação precoce, médio e tardio, respectivamente, e com produtividades média de quatro colheitas oscilando entre 58 e 60 sacas de 60 kg, superando em até 33% a produtividade da testemunha.

Coffea canephora; clones; propagação vegetativa; produtividade; melhoramento vegetal


The objective of this study was to select and to multiply clones of Conilon coffee (Coffea canephora Pierre ex Froehner) to obtain clonal varieties with improved yield and quality. Two hundred and sixty seven mother plants were selected based on coffee grain yield, rust (Hemilea vastatrix) resistance, brown blight (Colletotrichum sp.) resistance, plant architecture, plant vigor, fruit size and time to fruit maturity. The selected clones were evaluated in four field experiments conducted on a Dark Yellow Latosol (Oxisol) at Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (INCAPER), in Marilândia, ES, Brazil. Coffee trees were planted in rows 3.5 m apart with 1.5 m between plants in the rows. A randomized block design with four replications and six plants per plot was used. The selected clones, EMCAPA 8111, EMCAPA 8121, and EMCAPA 8131, early, medium and late maturity, respectively, were released for the State of Espírito Santo, Brazil. The productivity varied from 58 to 60 bags of 60 kg and was 33% greater than the control variety.

Coffea canephora; clones; plant propagation; productivity; plant breeding


Variedades clonais de café Conilon para o Estado do Espírito Santo(1 (1 ) Aceito para publicação em 7 de agosto de 2000. )

Scheilla Marina Bragança(2 (2 ) Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (INCAPER), Caixa Postal 62, CEP 29900970 Linhares, ES. Email: bragancasm@tdnet.com.br, aymbire@incaper.es.gov.br ), Carlos Henrique Siqueira de Carvalho(3 (3 ) Embrapa-Centro Nacional de Pesquisa de Milho e Sorgo (CNPMS), Caixa Postal 151, CEP 35970701 Sete Lagoas, MG. Email: henrique@cnpms.embrapa.br ), Aymbiré Francisco Almeida da Fonseca(2 (2 ) Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (INCAPER), Caixa Postal 62, CEP 29900970 Linhares, ES. Email: bragancasm@tdnet.com.br, aymbire@incaper.es.gov.br ) e Romário Gava Ferrão(2 (2 ) Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (INCAPER), Caixa Postal 62, CEP 29900970 Linhares, ES. Email: bragancasm@tdnet.com.br, aymbire@incaper.es.gov.br )

Resumo ¾ O objetivo deste trabalho foi selecionar e multiplicar clones de café Conilon (Coffea canephora Pierre ex Froehner) para obtenção de variedades clonais mais produtivas e de melhor qualidade. Foram selecionadas 267 plantas matrizes cujos parâmetros de seleção foram: produtividade, incidência de ferrugem (Hemileia vastatrix Berk et Br.) e mancha manteigosa (Colletotrichum sp.), arquitetura e vigor das plantas, tamanho e época da maturação dos frutos. Os clones selecionados foram avaliados em quatro experimentos, na Fazenda Experimental de Marilândia, pertencente ao INCAPER, em Marilândia, ES. O ensaio foi instalado em Latossolo Vermelho-Amarelo, no espaçamento de 3,5 m entre linhas e 1,5 m entre covas. Utilizou-se o delineamento de blocos casualizados, com quatro repetições e seis plantas por parcela. Dos clones selecionados, numa primeira fase, foram lançadas as primeiras variedades clonais de café Conilon, para o Estado do Espírito Santo, denominadas EMCAPA 8111, EMCAPA 8121 e, EMCAPA 8131, de ciclo de maturação precoce, médio e tardio, respectivamente, e com produtividades média de quatro colheitas oscilando entre 58 e 60 sacas de 60 kg, superando em até 33% a produtividade da testemunha.

Termos para indexação: Coffea canephora, clones, propagação vegetativa, produtividade, melhoramento vegetal.

Clonal varieties of Conilon coffee for the Espírito Santo State, Brazil

Abstract ¾ The objective of this study was to select and to multiply clones of Conilon coffee (Coffea canephora Pierre ex Froehner) to obtain clonal varieties with improved yield and quality. Two hundred and sixty seven mother plants were selected based on coffee grain yield, rust (Hemilea vastatrix) resistance, brown blight (Colletotrichum sp.) resistance, plant architecture, plant vigor, fruit size and time to fruit maturity. The selected clones were evaluated in four field experiments conducted on a Dark Yellow Latosol (Oxisol) at Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (INCAPER), in Marilândia, ES, Brazil. Coffee trees were planted in rows 3.5 m apart with 1.5 m between plants in the rows. A randomized block design with four replications and six plants per plot was used. The selected clones, EMCAPA 8111, EMCAPA 8121, and EMCAPA 8131, early, medium and late maturity, respectively, were released for the State of Espírito Santo, Brazil. The productivity varied from 58 to 60 bags of 60 kg and was 33% greater than the control variety.

Index terms: Coffea canephora, clones, plant propagation, productivity, plant breeding.

Introdução

A espécie Coffea canephora Pierre ex Froehner, possui ampla distribuição geográfica, ocorrendo em uma faixa ocidental e central tropical e subtropical do continente africano, da República da Guiné e Libéria ao Sudão e Uganda, com elevada concentração de tipos na República do Zaire (Chevalier, 1947, citado por Fazuoli, 1986). Segundo este mesmo autor, 30% da oferta de café comercializado no mercado internacional é proveniente desta espécie.

A oferta mundial de cafés robustas é proveniente principalmente da Indonésia, Costa do Marfim, Brasil, Uganda, Vietnã, Java e Índia. Segundo dados do Anuário Estatístico do Café (1998), na safra 1997/1998, a produção mundial de robusta foi de 31,04 milhões de sacas beneficiadas. No Brasil, a quase-totalidade das lavouras de café, genericamente conhecido por Robusta, é da cultivar Conilon (C. canephora), e o Espírito Santo é o maior produtor nacional, destacando-se ainda os estados de Rondônia, Minas Gerais, Mato Grosso, Bahia e Rio de Janeiro. Atualmente, mais de 60% do café produzido no Espírito Santo se origina desta cultivar, e responde por cerca de 70% da produção brasileira. Apesar de sua importância sócio-econômica para o Estado, a produtividade do café Conilon é baixa, isto é, aquém do potencial desta cultivar.

O café Conilon (C. canephora) é diplóide com 2n = 22 cromossomos, e auto-incompatível, multiplicando-se através de fecundação cruzada. Esta incompatibilidade é do tipo gametofítica, e é ligada aos alelos S1, S2 e S3 (Conagin & Mendes, 1961; Berthaud, 1980). Devido à alogamia da espécie, observa-se grande heterogeneidade entre plantas de uma mesma lavoura, pois, as sementes obtidas não reproduzem necessariamente as características da planta-matriz. Esta variabilidade, que dificulta os tratos culturais e reduz a produtividade e a qualidade do café Conilon pode ser diminuída com a utilização da propagação assexuada de plantas-matrizes selecionadas.

A propagação assexuada por meio da multiplicação por estaquia foi estudada em alguns países da África, e sua viabilidade foi comprovada. Vallaeys (1952), citado por Dublin (1964), testou este método com o C. canephora, cultivar Robusta, e Dublin (1964), com o Coffea excelsa, encontrando resultados positivos. Em Madagascar, utilizando-se da seleção individual de plantas matrizes em lavouras comerciais, foi possível, através da propagação assexuada, a obtenção de um significativo aumento da produtividade das lavouras formadas (Snoeck, 1968).

Paulino et al. (1984), no Brasil, confirmaram estes resultados em C. canephora, cultivar Conilon, salientando que a mesma é particularmente adequada a este tipo de propagação, pois apresenta a vantagem de ser multicaule, permitindo a obtenção de grande número de estacas por planta, que são de fácil enraizamento.

No Brasil, Paulino (1980), com o objetivo de obter linhagens de café Conilon (C. canephora) com estabilidade de caracteres, avaliou 120 progênies desta cultivar, selecionadas em diversas lavouras do norte do Espírito Santo. Após seis produções, selecionaram-se as 30 melhores progênies, com produtividades que variaram de 11,95 sacas beneficiadas/1.000 covas a 45,02 sacas beneficiadas/1.000 covas; as progênies 63 e 160 foram consideradas as mais produtivas. Neste trabalho, as progênies foram classificadas quanto a época de maturação dos frutos, encontrando-se 49%, 29% e 22% de plantas de maturação precoce, média e tardia, respectivamente. Entretanto estas plantas não foram agrupadas por ciclo de maturação dos frutos.

O objetivo deste trabalho foi selecionar e multiplicar plantas matrizes de café Conilon (C. canephora) para a obtenção de variedades clonais que possibilitem a melhoria da produtividade e qualidade do café produzido.

Material e Métodos

Selecionaram-se 267 plantas matrizes em várias propriedades localizadas nos principais municípios produtores de café Conilon, no norte do Estado do Espírito Santo.

Para a seleção, adotaram-se os seguintes parâmetros das plantas matrizes: produtividade, incidência de ferrugem (Hemilea vastatrix Berk et Br.) e mancha-manteigosa (Colletotrichum sp.), arquitetura e vigor das plantas, tamanho, e época de maturação dos frutos.

Das plantas selecionadas no campo, foram retiradas as estacas, originando os clones, os quais foram multiplicados e reavaliados no viveiro da Fazenda Experimental de Marilândia, do INCAPER, em Marilândia, ES.

Os clones selecionados foram avaliados em quatro ensaios de competição, denominados Marilândia 86, Marilândia 87/1, Marilândia 87/2 e, Marilândia 88, instalados na Fazenda Experimental de Marilândia, ES. Os ensaios foram instalados em Latossolo Vermelho-Amarelo, textura argilo-arenosa, com as seguintes características químicas, à profundidade de 20 cm: pH 4,2; Al, 1,4 me/100 cm3; Ca, 0,4 me/100 cm3; Mg, 0,4 me/100 cm3; K, 64 ppm; P, 4 ppm e matéria orgânica, 1,7%.

As adubações e os tratos culturais foram feitos de acordo com as necessidades da cultura, e no plantio as mudas receberam 10 g/cova de N e K2O, 40 g/cova de P2O5, 0,5 g/cova de B, 2 g/cova de Zn e 10 L/cova de esterco de boi, além da calagem na área total e correção na cova. Na fase de produção, as plantas receberam, em média, 120 g/cova de N e K2O, anualmente, e 30 g/cova de P2O5,em anos alternados, além das pulverizações com ZnSO4 (0,6%) e ácido bórico (0,3%).

As capinas foram feitas somente nas linhas, com roçagens nas entre linhas (ruas). Os experimentos não foram irrigados.

De acordo com a Carta Agroclimática do Estado do Espírito Santo, o Município de Marilândia é caracterizado como tendo os meses de janeiro, novembro e dezembro úmidos; os meses de fevereiro, março, abril e outubro parcialmente úmidos, e maio, junho, julho, agosto e setembro, secos. A temperatura média das máximas é de 33,5oC, e a temperatura média das mínimas, de 13,9oC. O município está situado à uma altitude de 150 m, latitude de 19º24' e longitude de 40º31'34" (Feitosa, 1986).

Neste trabalho serão enfocados os resultados do experimento Marilândia/86, no qual foram testados 77 clones, tendo-se como testemunha seis variedades de sementes. O delineamento experimental foi de blocos casualizados, com quatro repetições. A parcela experimental foi constituída por seis plantas, plantadas no espaçamento de 3,5 m entre linhas e 1,5 m entre covas.

Os clones foram avaliados durante seis anos (quatro produções), levando-se em consideração os seguintes parâmetros: produção, rendimento industrial (relação peso café maduro e café beneficiado), época de maturação dos frutos, altura e diâmetro da copa, peneira média, peneira maior que 13, porcentagem de grãos chatos, moca e concha.

Após quatro produções, os clones selecionados foram agrupados, por ciclo de maturação dos frutos, em precoce, médio e tardio, para a formação das variedades. A compatibilidade entre os clones foi determinada efetuando-se o cruzamento artificial entre os clones de cada variedade.

A análise de variância anual e conjunta foi feita em cada variedade clonal, e as médias foram comparadas pelo teste de Duncan, a 1% de probabilidade.

Resultados e Discussão

A análise de variância conjunta apresentou diferença significativa (P<0,01) em relação a tratamento, ano, e interação tratamento x ano nos grupos de clones de maturação precoce, média e tardia (Tabela 1).

Observa-se, nas Tabelas 2, 3 e 4, que as produtividades médias do 1o, 2o, 3o e 4o ano foram de 19,73, 41,95, 75,17 e 72,64 sacas beneficiadas/ha com relação aos clones de ciclo de maturação precoce; 17,98, 42,46, 75,25 e 64,99 sacas beneficiadas/ha, com relação aos clones de ciclo de maturação médio, e 18,44, 43,27, 76,02 e 76,09 sacas beneficiadas/ha, com relação aos clones de ciclo de maturação tardio, respectivamente. Esta interação significativa dos clones x anos mostra que a produção foi crescente até a quarta colheita.

A análise de variância anual apresentou diferença altamente significativa (P<0,01) entre os tratamentos estudados, e evidenciou uma variabilidade acentuada, na produção, entre os clones de ciclo de maturação precoce, médio e tardio (Tabela 1). Observou-se que a produtividade média de quatro colheitas variou de 21,51 sacas beneficiadas/ha a 71,99 sacas beneficiadas/ha, e 40 clones apresentaram produtividades abaixo daquela apresentada pela testemunha (Tabelas 2, 3 e 4), o que evidencia a importância do trabalho de seleção no programa de melhoramento do café Conilon.

Estes resultados confirmam os encontrados por Paulino (1980), mostrando, assim, a acentuada variabilidade genética desta variedade, com reflexos na capacidade produtiva e nas características agronômicas.

Os clones que mais se destacaram na média de quatro colheitas foram: 02, 03, 112, 129, 26, 154, 104a, 104b, 29 e 36, de ciclo de maturação precoce; 16, 128, 132, 07, 149, 11, 148, 116, 14, 109a, 19, 110b, 120,110a e 201, de ciclo de maturação médio; e 99,143,46, 135, 100, 106, 144, 39 139, 32, 45, 49, 153 e 31, de ciclo de maturação tardio. Esses clones geraram as variedades clonais EMCAPA 8111, EMCAPA 8121 e EMCAPA 8131, respectivamente (Tabela 5).

A variedade clonal EMCAPA 8111, constituída de dez clones, apresentou, na média de quatro colheitas, produtividade de 58 sacas beneficiadas/ha, com uma amplitude de variação de 49 a 64 sacas beneficiadas/ha; o rendimento industrial médio foi de 4,03, e o de peneira média, de 14 (Tabela 5). Os dez clones testados foram compatíveis entre si.

A variedade clonal EMCAPA 8121, constituída de 15 clones, apresentou produtividade média de 60 sacas beneficiadas/ha, com uma amplitude de variação de 52 a 72 sacas beneficiadas/ha; o rendimento industrial médio foi de 3,96, e o de peneira média, de 15 (Tabela 5). Verificou-se, também, compatibilidade entre os 15 clones.

A variedade clonal EMCAPA 8131, constituída de 14 clones, apresentou produtividade média de 62 sacas beneficiadas/ha, com amplitude de variação de 51 a 72 sacas beneficiadas/ha; o rendimento industrial médio foi de 3,76, e o de peneira média, de 14 (Tabela 5). Os 14 clones foram compatíveis entre si.

As variedades clonais apresentaram alta produtividade, maior uniformidade de maturação, e frutos de maior tamanho. Na média das quatro produções EMCAPA 8111, EMCAPA 8121 e EMCAPA 8131 foram 29%, 33% e 33%, respectivamente, mais produtivas que a testemunha, superando em até 857% a produtividade média do Estado do Espírito Santo (Tabela 5).

Estes resultados evidenciam a alta capacidade produtiva da cultivar Conilon, confirmando-se, assim, os resultados obtidos por Snoeck (1968) e Paulino et al. (1984).

Além disso, o método de propagação vegetativa utilizado neste trabalho, possibilitou a obtenção da primeira colheita comercial aos 24 meses de idade, superando em até 210% as variedades de sementes (testemunha). Este comportamento, também verificado em outras espécies, é inerente ao método de propagação assexuada, que determina uma diminuição no período de juvenilidade das plantas (Leopold & Kriedemann, 1978). Isto ocorre porque a muda clonal de café Conilon é formada a partir de tecido diferenciado fisiologicamente, o que ocasiona a emissão dos ramos plagiotrópicos no início do seu desenvolvimento. Ao contrário, a muda formada a partir de sementes somente emitirá os ramos plagiotrópicos ou produtivos, na nona, décima e undécima axila foliar, determinando uma colheita comercial mais tardia.

Quando se comparou a produtividade entre as três variedades clonais, verificou-se que não houve diferença significativa. Entretanto, houve uma variabilidade acentuada na época de maturação dos frutos das variedades clonais avaliadas, com um diferencial de até três meses em relação à época de colheita. Esta característica das variedades clonais permitirá ao produtor programar a sua colheita, com uma melhor utilização da mão-de-obra na propriedade. Além disto, evitar-se-á a colheita antecipada do café ainda verde, prática às vezes adotada na tentativa de evitar o ataque da broca (Hypothenemus hampei), mas que contribui para diminuir o peso e a qualidade do café, com reflexos na rentabilidade da lavoura.

Conclusões

1. A seleção de clones por propagação assexuada permite aumentar a produtividade e melhorar a qualidade do café Conilon (Coffea canephora Pierre ex Froehner).

2. As variedades clonais EMCAPA 8111, EMCAPA 8121 e EMCAPA 8131 são 29%, 33% e 33%, respectivamente, mais produtivas que variedades formadas a partir de sementes.

3. As variedades clonais EMCAPA 8111, EMCAPA 8121 e EMCAPA 8131 apresentam ciclo de maturação precoce, médio e tardio, respectivamente.

4. A obtenção de variedades clonais, com ciclo diferenciado de maturação dos frutos, melhora a qualidade do café.

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  • (1
    ) Aceito para publicação em 7 de agosto de 2000.
  • (2
    ) Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (INCAPER), Caixa Postal 62, CEP 29900970 Linhares, ES. Email:
  • (3
    ) Embrapa-Centro Nacional de Pesquisa de Milho e Sorgo (CNPMS), Caixa Postal 151, CEP 35970701 Sete Lagoas, MG. Email:
  • Datas de Publicação

    • Publicação nesta coleção
      13 Set 2001
    • Data do Fascículo
      Maio 2001

    Histórico

    • Aceito
      07 Ago 2000
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