Resumos
Em tempos em que a inclusão escolar de crianças com necessidades educacionais especiais vem ocorrendo com maior frequência em idade pré-escolar, produzir dados sobre estes alunos possibilita uma atuação preventiva junto às famílias e às escolas. Além disso, existem evidências científicas de que uma relação parental próxima à escola seja efetiva para a construção de práticas de ensino adequadas a promoção do desenvolvimento da criança de modo geral. O objetivo deste estudo foi identificar a percepção dos participantes sobre a relação família-escola, considerando o processo de inclusão. Participaram do estudo 60 pais e 54 professores de crianças NEE, matriculados na pré-escola de uma cidade do interior do estado de São Paulo. Os dados foram coletados por meio de questionários, e analisados utilizando métodos descritivos e análise de conteúdo. Os dados indicam que os fatores importantes ao sucesso do aluno segundo professores seriam o apoio do profissional especializado, e o auxílio aos pais em tudo que envolvesse o desenvolvimento da criança; enquanto pais indicaram a importância de auxiliar alunos e professores na tarefa de casa. Os participantes afirmaram que uma boa relação família-escola seria aquela em que comunicação fosse eficiente. No que diz respeito à promoção da relação, professores afirmam a necessidade da escola ser mais atrativa e pais entendem a necessidade desta oferecer orientações sobre como participar. Embora os participantes compreendam a importância de uma relação parental próxima, existem lacunas sobre a melhor forma de realizar esse envolvimento, indicando a necessidade de ações que promovam o envolvimento parental.
Educação Especial; Atitudes dos pais; Educação Infantil; Inclusão Escolar
At a time when inclusion of children with special educational needs has been occurring most frequently at the early childhood education level, producing data on these students enables preventive measures to be taken with families and schools. There is scientific evidence that a close relationship between parents and school is effective for constructing appropriate teaching practices, so as to promote the conditions necessary for child development. The aim of this study was to identify the participants' perceptions about the family-school relationship, considering the inclusion process. The study included 60 parents and 54 teachers of children with special educational needs enrolled in preschool in a city in the state of São Paulo. Data were collected through questionnaires and analyzed using content analysis and descriptive methods. The data indicate that the important factors to student success in the opinion of teachers were the support of expert professionals, and assistance of parents in everything involving the child's development; the parents, in turn, stressed the importance of helping their children and the teachers with homework issues. The participants reported that a good family-school relationship would be one in which communication was efficient. Regarding improvement of the relationship, teachers stated that the school should be made more attractive, while parents suggested that the school needed to offer more guidance on how they could participate more fully. Although the participants understand the importance of a close parental relationship, there are gaps on the best way to accomplish this involvement, indicating the need for programs that promote parental involvement.
Special Education; Parental Attitudes; Early Childhood Education; School Inclusion
RELATO DE PESQUISA
O Envolvimento parental na visão de pais e professores de alunos com necessidades educacionais especiais1 1 Apoio financeiro: CNPq
Parental involvement from the point of view of parents and teachers of students with special educational needs
Ana Carolina Camargo ChristovamI; Fabiana CiaII
IPsicóloga, Mestre e Doutoranda em Educação Especial Programa de Pós-Graduação em Educação Especial da Universidade Federal de São Carlos, São Carlos, São Paulo, Brasil. Bolsista CAPES. carolchristovam@hotmail.com
IIProfessora Adjunta do Departamento de Psicologia e do Programa de Pós-Graduação em Educação Especial da Universidade Federal de São Carlos, São Paulo, Brasil. fabianacia@hotmail.com
RESUMO
Em tempos em que a inclusão escolar de crianças com necessidades educacionais especiais vem ocorrendo com maior frequência em idade pré-escolar, produzir dados sobre estes alunos possibilita uma atuação preventiva junto às famílias e às escolas. Além disso, existem evidências científicas de que uma relação parental próxima à escola seja efetiva para a construção de práticas de ensino adequadas a promoção do desenvolvimento da criança de modo geral. O objetivo deste estudo foi identificar a percepção dos participantes sobre a relação família-escola, considerando o processo de inclusão. Participaram do estudo 60 pais e 54 professores de crianças NEE, matriculados na pré-escola de uma cidade do interior do estado de São Paulo. Os dados foram coletados por meio de questionários, e analisados utilizando métodos descritivos e análise de conteúdo. Os dados indicam que os fatores importantes ao sucesso do aluno segundo professores seriam o apoio do profissional especializado, e o auxílio aos pais em tudo que envolvesse o desenvolvimento da criança; enquanto pais indicaram a importância de auxiliar alunos e professores na tarefa de casa. Os participantes afirmaram que uma boa relação família-escola seria aquela em que comunicação fosse eficiente. No que diz respeito à promoção da relação, professores afirmam a necessidade da escola ser mais atrativa e pais entendem a necessidade desta oferecer orientações sobre como participar. Embora os participantes compreendam a importância de uma relação parental próxima, existem lacunas sobre a melhor forma de realizar esse envolvimento, indicando a necessidade de ações que promovam o envolvimento parental.
Palavras-chave: Educação Especial. Atitudes dos pais. Educação Infantil. Inclusão Escolar.
ABSTRACT
At a time when inclusion of children with special educational needs has been occurring most frequently at the early childhood education level, producing data on these students enables preventive measures to be taken with families and schools. There is scientific evidence that a close relationship between parents and school is effective for constructing appropriate teaching practices, so as to promote the conditions necessary for child development. The aim of this study was to identify the participants' perceptions about the family-school relationship, considering the inclusion process. The study included 60 parents and 54 teachers of children with special educational needs enrolled in preschool in a city in the state of São Paulo. Data were collected through questionnaires and analyzed using content analysis and descriptive methods. The data indicate that the important factors to student success in the opinion of teachers were the support of expert professionals, and assistance of parents in everything involving the child's development; the parents, in turn, stressed the importance of helping their children and the teachers with homework issues. The participants reported that a good family-school relationship would be one in which communication was efficient. Regarding improvement of the relationship, teachers stated that the school should be made more attractive, while parents suggested that the school needed to offer more guidance on how they could participate more fully. Although the participants understand the importance of a close parental relationship, there are gaps on the best way to accomplish this involvement, indicating the need for programs that promote parental involvement.
Keywords: Special Education. Parental Attitudes. Early Childhood Education. School Inclusion.
1 INTRODUÇÃO
Embora a ideia da inclusão já esteja presente na Legislação Brasileira, na 1º Lei de Diretrizes e Bases (LDB, lei Nº 4.024/61)2 2 O Título X, Art. 88º da Lei 4.023/61 versa sobre a Educação de "Excepcionais" e estabelece que "A educação de excepcionais deve, no que for possível, enquadrar-se no sistema geral de educação, a fim de integrá-los na comunidade". (BRASIL, 1961), sabe-se que o atendimento ao deficiente no contexo educacional brasileiro era realizado seguindo os modelos de internatos ou escolas especiais da Europa, apartando o deficiente de sua sociedade e do direito ao desenvolvimento junto às crianças de sua idade (MAZOTTA, 1996).
Para transpor as barreiras existentes neste contexto e buscando práticas mais inclusivas, os movimentos de integração contribuíram pouco a pouco com a criação de serviços e classes especiais em escolas públicas (MARCHESI, 2004), que passaram a ser garantidas pela legislação brasileira, determinando que as escolas oferecessem serviços de apoio especializados nas escolas comuns, para atender as particularidades da clientela deficiente (BRASIL, 1996). Tais movimentos contribuíram para que práticas preconceituosas e segregacionistas fossem deixadas de lado em direção a uma postura mais inclusiva e igualitária.
Existem muitas indagações sobre os caminhos a serem seguidos nas práticas e implementações de um projeto de educação verdadeiramente inclusivo, sendo que os pressupostos imprescindíveis para o sucesso das políticas inclusivas estão no direito da educação e no exercício da cidadania, uma vez que apenas o acesso à escola não é suficiente para que seja considerada de fato inclusão (MENDES, 2006).
Nos Centros e Escolas de Educação Infantil a orientação para as crianças com Necessidades Educacionais Especiais (NEE) deve partir de programas de intervenção precoce para uma avaliação e identificação da dificuldade, que por meio de um atendimento adequado, pode desenvolver as potencialidades e aprendizagem da criança (BRASIL, 2006).
Para Durlak (1997), a intervenção precoce, ainda na educação infantil, permite a identificação de problemas e a intervenção antes que se tornem severos. Deste modo, produzir dados sobre a inclusão de alunos ainda na educação infantil possibilita uma atuação profilática, preventiva, junto às famílias e as escolas no momento em que as dificuldades da criança começam a emergir ou, antes mesmo que ocorram, de forma a combinar os achados científicos com a atuação prática (VALLE, 2002). Por isso, torna-se essencial que a criança com NEE inicie sua escolarização o mais cedo possível, contando sempre com o apoio da família, auxiliando amplamente nesse processo, relacionando-se de maneira positiva com a escola, proporcionando condições para um melhor aprendizado e desenvolvimento da criança (POLONIA; DESSEN, 2005).
De um modo geral, pesquisas apontam que os pais têm papéis importantes a desempenhar no desenvolvimento de seus filhos desde a mais tenra idade (BEE, 1996). Ao pensar em teorias que considerem a importância do ambiente, sobretudo o contexto famíliar no desenvolvimento das crianças, vários estudos desenvolvidos nesta perspectiva utilizam o referencial teórico de Bronfrenbrenner (1979) e sua perspectiva bioecológica para explicar o desenvolvimento infantil. Segundo o autor, para que a criança possa se desenvolver nos contextos intelectual, social e emocional é importante que esta participe de forma regular e contínua em atividades recíprocas e progressivamente complexas, sempre com uma ou mais pessoas que tenham forte ligação afetiva com a criança. Sigolo (2002) ao fazer uso da mesma teoria ressalta que, para Bronfrenbrenner, o desenvolvimento infantil só pode ser entendido ao se considerar integralmente os processos imediatos (físico e social) e distantes (histórico, cultura, social e ambiental), que influenciam o desenvolvimento da criança. A perspectiva de Bronfrenbrenner (1996) reforça a importância do envolvimento do adulto em todos os contextos em que a criança se insere, uma vez que tem consequências importantes no seu desenvolvimento do filho, em todas as áreas.
Quanto às teorias que versam sobre a importância do envolvimento parental nos mais diversos contextos da vida da criança, considera-se importante realizar uma investigação sobre o tema, identificando possíveis contribuições da relação mais próxima entre a escola e a família para o desenvolvimento do aluno e, sobretudo sobre a inclusão com aluno com NEE no ensino comum.
O interesse no envolvimento parental tem origem nas teorias sociológicas que notaram a importância das experiências familiares, tal como a educação dos pais como preditor de bons resultados escolares. A partir desses resultados, pesquisadores começaram a explorar processos em que experiências famíliares poderiam exercer efeitos na educação e no desenvolvimento das crianças, passando a ser entendido como a chave para melhorar os resultados das mesmas (GROLNICK; SLOWIACZEK, 1994).
Existem muitas definições para o termo "envolvimento parental", no entanto, para os fins desta pesquisa, o termo será utilizado para fazer referência à relação estabelecida entre a família e a escola, entendida como uma parceria efetiva com potencial para impactar positivamente na escolaridade de seus filhos. O termo parental será utilizado para se referir a toda e qualquer pessoa do núcleo famíliar do aluno disponível e que participe da vida escolar da criança.
Seguindo a linha de pesquisa internacional sobre envolvimento, vários pesquisadores brasileiros têm reproduzido em suas pesquisas a lógica da pesquisa e política educacional norte americana (EPSTEIN, 1995; SMITH, 1998) e portuguesa (DIAS, 1996; DUARTE, 2001; PEREIRA, 1996; ZENHAS, 2004) sobre as relações família-escola que acreditam que o envolvimento dos pais em casa tem como consequência melhoria do desempenho acadêmico e resulta em melhores práticas educativas, principalmente quando se trata de alunos com NEE (BHERING; DENEZ, 2002; CIA; D'AFFONSECA; BARHAM, 2004; CIA; PAMPLIN; WILLIAMS, 2008; CIA; PAMPLIN, DEL PRETTE, 2006; SOARES; SOUZA; MARINHO, 2004), evidenciando a importância do tema abordado também em nossa realiadade.
Os estudos apresentados ressaltam a importância do envolvimento do adulto para o desenvolvimento da criança, porém, o envolvimento parental é ainda mais importante para o sucesso das crianças com NEE ao serem inseridas em ambientes inclusivos (XU; FILLER, 2008). Ao mesmo tempo em que existem diversos estudos afirmando a importância deste envolvimento, não existe um consenso sobre como o envolvimento se torna uma força positiva no desempenho da criança ou quais fatores atuam para determinar o grau de benefício.
Segundo Pang (2008), envolver os pais na escolaridade dos filhos com deficiência pode ser muito positivo, pois ao conhecer os recursos e as necessidades das famílias, esses professores poderão auxiliar os familiares na redução do estresse sofrido e no desafio diário da escolarização, para estabelecer uma interação colaborativa que auxilie no processo de inclusão escolar.
Borges, Gualda e Cia (2011) realizaram estudo com objetivo de verificar a opinião de professores de crianças de educação infantil com NEE sobre a relação família-escola e os comportamentos que poderiam proporcionar uma relação mais próxima entre as duas instâncias. Os resultados evidenciaram que os professores entendem uma boa relação entre família-escola aquela que se dá por meio da troca de informações e diálogo e que a ajuda dos pais seria importante no processo de inclusão. Os professores consideram também que a escola tem políticas para promoção do envolvimento, mas salientam que muitas tentativas de promoção do envolvimento são desnecessárias frente à falta de interesse dos pais.
Tendo em vista a importância da inclusão do aluno deficiente ainda na educação infantil, e as evidências científicas de que uma relação parental mais próxima da escola é efetiva para a construção de práticas de ensino mais adequadas para a promoção das condições necessárias ao desenvolvimento da criança, sobretudo quando se trata de alunos com NEE, salienta-se a importância da continuidade de pesquisas nesta direção, para identificação da percepção de pais e professores sobre as práticas existentes em relação à inclusão do préescolar, identificando também, como se dá o envolvimento desses pais na escolaridade dos filhos. Diante do exposto, o objetivo deste estudo foi identificar como pais e professores de crianças pré-escolares avaliam a relação entre a família e a escola, considerando especificamente o processo de inclusão.
2 MÉTODO
2.1 PARTICIPANTES
Foram participantes da pesquisa 60 pais e 54 professores de crianças com NEE (deficiência física, deficiência visual, deficiência auditiva, autismo, deficiência intelectual, Síndrome de Down, atraso no desenvolvimento, diagnóstico não concluído, ou crianças que participavam do Atendimento Educacional Especializado), matriculadas na rede municipal de ensino, de uma cidade de médio porte do interior do estado de São Paulo.
Os professores participantes tinham em média 39 anos (variando entre 22 e 64 anos) e média de 13 anos de serviço na docência (com tempo de serviço variando entre um e 25 anos). Suas formações variavam em Pedagogia (55,6%) e Pedagogia com especializações (44,4%). Três professoras lecionavam para duas crianças com NEE. Os "pais"3 3 Este grupo de participantes composto por pais, mães e avós serão referenciados por "pais" ao longo deste. respondentes foram representados por 47 mães, nove pais e quatro avós, com média de idade de 32 anos (variando entre 20 e 54 anos). O grau de escolaridade dos pais participantes variou prioritariamente entre (21,6%) Fundamental Completo e (25%) Fundamental Incompleto.
2.2 LOCAL DE COLETA DE DADOS
A coleta de dados junto aos participantes ocorreu em uma sala reservada das Unidades escolares (EU) participantes.
2.3 INSTRUMENTOS
Para a realização da pesquisa foi utilizado o seguinte instrumento: "Questionário Sobre a Relação Família e Escola no Processo de Inclusão -versão para pais e versão para professores" (Adaptado de DIAS, 1996), cujo objetivo é verificar a opinião dos respondentes quanto à relação entre a escola e a família de crianças com necessidades educacionais especiais. Para a realização desta pesquisa serão consideradas quatro questões abertas do questionário versão para pais e quatro questões abertas da versão para professores.
2.4 PROCEDIMENTO DE COLETA E ANÁLISE DE DADOS
Para identificar os possíveis participantes foi enviado à Secretaria Municipal de Educação um ofício solicitando uma relação das escolas do município que tivessem matriculados na educação infantil4 4 Estes alunos podem estar matriculados em Centros Infantis (CI -Creches) como em Escolas de Educação Infantil (EMEI, EMEIEF, CI, e CEIEF). alunos com NEE. Após receber autorização, a pesquisadora contatou os responsáveis pelas UE e apresentou os objetivos da pesquisa e os procedimentos da coleta de dados.
Uma vez obtida à aprovação da direção da escola para realização da pesquisa, pais e professores foram contatados para verificar interesse em participar. Após os pais serem contatados e a coleta agendada, foi realizado contato com o professor da criança em questão e agendado encontro para realização dos procedimentos. O encontro com os participantes para coleta ocorreu nas UE, e seguiu o seguinte roteiro: apresentação da pesquisa, assinatura do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido, explicação e aplicação do questionário.
Quanto à análise de dados, os questionários foram tabulados e analisados por meio de análise de conteúdo e métodos descritivos (COZBY, 2006; SAMPIERI; COLLADO; LUCIO, 2006).
3 RESULTADOS E DISCUSSÃO
A Tabela 1 apresenta a opinião dos professores sobre os fatores da escola que podem ter influência no sucesso do aluno com NEE.
A maioria dos professores afirmou que o apoio dos profissionais especializados assessorando professores da sala comum pode ser fundamental para o sucesso do aluno com NEE. Esses resultados corroboram os achados de Borges (2012), que ao realizar pesquisa com o mesmo instrumento (DIAS, 1996), também identificou na resposta dos professores o contato com o especialista como fundamental ao sucesso do aluno com NEE.
Segundo os professores inquiridos, o contato com os especialistas seria fundamental para que o professor receba apoio e orientação sobre o problema da criança, podendo intervir de maneira adequada. Esse resultado reafirma a importância do papel do professor especialista, não só no atendimento complementar ao aluno por meio do Atendimento Educacional Especializado (AEE), mas também em seu caráter colaborativo, prestando assessoria aos professores e a comunidade escolar de modo geral, promovendo de fato a inclusão dos alunos com NEE (CAPELLINI; MENDES, 2007).
Outro fator apontado pelos professores como possível determinante do sucesso escolar do aluno com NEE foi o respeito à diversidade, expressado em forma de preocupação constante em oferecer oportunidades e condições iguais a todos os alunos independentemente de sua condição/dificuldade. Esses dados vêm ao encontro das propostas de educação inclusiva, atualmente em vigor em nosso país, que pode ser caracterizada como uma ação política, cultural, social e pedagógica, em defesa do direito de todos os alunos de estarem juntos, aprendendo e participando, sem nenhum tipo de discriminação, independente de suas condições, promovendo condições de ensino adequadas que favoreça o desenvolvimento de suas capacidades e potencialidades (BRASIL, 2008).
Fatores relacionados à acessibilidade arquitetônica, adequações no ambiente escolar e a adaptação do material didático também foram apontados como importantes para o sucesso do aluno com NEE. Por meio da fala dos professores foi possível identificar não só a adaptação do ambiente, mas a organização do espaço físico, para promover o desenvolvimento e a inclusão dos alunos deficientes são imprescindíveis para o sucesso do aluno. Corroborando com as determinações da LDB (BRASIL, 1996) que asseguram o acesso arquitetônico e a adaptação dos materiais.
A troca de informações entre a família e a escola também foi apontada pelos professores como fator de influência no sucesso da criança. A troca de informações entre as duas instâncias é normalmente apontada na literatura como uma das mais importantes formas de realização do envolvimento parental na escola, podendo ser fundamental para o desenvolvimento do aluno com NEE. Para Bhering e Siraj-Blatchford (1999) a comunicação entre a família e escola deve ser entendida como importante instrumento que efetiva a relação escola-família, agindo como um facilitador e promotor desta relação, podendo ter influências positivas no desenvolvimento da criança, corroborando com o apontado pelos professores.
A Tabela 2 apresenta a opinião dos pais sobre como sua colaboração pode influenciar o sucesso do filho.
No que diz respeito à opinião dos pais sobre como sua colaboração com a escola pode ser importante ao sucesso de seu filho, é possível identificar uma grande diversidade de respostas, indicando possívelmente a pouca clareza dos pais sobre como seu auxílio pode ter influências no desempenho da criança.
Os pais afirmam entender que auxiliar aluno na realização da tarefa de casa pode ser uma forma de colaboração importante à escola. Segundo estudo de Almeida e Christovam (2008) quanto melhores às condições dispostas pelos pais no ambiente doméstico de alunos em idade pré-escolar, melhor será o desempenho dessas crianças na tarefa de casa, e também a concepção do professor sobre a família, melhorando as chances de uma comunicação mais eficiente entre as duas partes, e melhora no desempenho da criança.
Os pais também responderam que sua ajuda pode ser importante Apoiando a criança, incentivando a independência, autonomia e socialização. Esses dados corroboram com Brazelton e Greenspan (2002) que afirmam que a família pode ser caracterizada como um excelente ambiente de desenvolvimento ao atender as necessidades da criança. Assim, ao apoiar a criança e suprir suas necessidades, a família estaria proporcionando melhora no desempenho da criança.
Respostas como Tudo pode influenciar o desempenho do meu filho e Valorizando a escola, mostram o reconhecimento dos pais, que sua atitude em relação à escola pode ser decisiva sobre o desempenho da criança na escola. No entanto, nota-se que podem ser falas genéricas dos pais, ou seja, que eles não têm uma precisão de quais comportamentos parentais podem ser importantes para o desempenho acadêmico e desenvolvimento do filho. Segundo Ferreira e Triches (2009), a principal forma de sensibilização dos pais sobre a importância do envolvimento parental é justamente entender o valor social de seu papel na educação dos filhos. Com isso, os pais podem compreender sua função no processo de desenvolvimento, acarretando também numa diminução do estresse decorrente de questões comuns do ínicio da escolarização infantil atuando de maneira positiva e aumentando as chances de sucesso da criança.
Quando perguntados sobre como entendem que sua ajuda pode ser válida, 15% pais apresentaram como resposta que gostariam de obter mais informações sobre como atuar de maneira positiva para ajudar a escola, sugerindo a importância de um programa de promoção do envolvimento parental. Esse interesse dos pais em conhecer mais sobre como promover a relação com a escola, corroboram com a pesquisa de Pamplin (2005), que concluiu que embora muitas vezes a Educação Especial do município considere positiva a participação dos pais na escolaridade, ela não dispõe de mecanismos para promoção do envolvimento, sugerindo a necessidade da implementação de programas de envolvimento.
A Tabela 3 apresenta a opinião dos professores sobre como deveria ser uma boa relação entre a família e a escola.
Os dados apresentados na Tabela 3, sobre a opinião dos professores de como se estabeleceria uma boa relação família-escola indica que: a Comunicação, Uma maior participação dos pais e Uma relação de parceria seriam os principais fatores para se estabelecer uma boa relação entre as duas instâncias. A Tabela 4 apresenta a opinião dos pais sobre como deveria ser uma boa relação entre a família e a escola.
Em relação à opinião dos pais sobre como se estabeleceria uma boa relação famíliaescola, é possível verificar que, assim como os professores, estes consideram a comunicação, uma relação de parceria e a maior participação dos pais, os principais fatores para se estabelecer de uma boa relação.
Os dados apresentados nas Tabelas 3 e 4 indicam que, tanto professores como pais, consideram a comunicação como uma das características mais importantes de uma boa relação família-escola. A comunicação pode ser entendida como a base de qualquer relação entre a família-escola, pois é o que permite tudo o que pode ser criado e desenvolvido entre os pais e a escola (BHERING; SIRAJ-BLATCHFORD, 1999).
Uma maior participação dos pais na escola também foi apontado por professores e pais e como indicativo de uma boa relação entre a família e a escola. Por meio das respostas dos participantes foi possível identificar, que segundo estes, é necessário que os pais apresentem mais interesse em participar da escolaridade dos filhos, pois muito pouco é feito, e o que se efetiva não resulta em melhorias no desempenho escolar das crianças.
Conforme Paniagua e Palácios (2007), muitas vezes, a escola diz que a família não participa da vida escolar dos filhos, mas ao verificar esta participação, identificava-se que a participação da família ocorria, porém não atendia as espectativas da escola. Muitas vezes, o que ocorre é que a escola espera que a família aja de uma determinada maneira, e esta maneira pode não ser a vivenciada pela família. Isso aponta para o fato de que para que uma maior participação dos pais ocorra seja necessário que ambas instâncias se comuniquem de maneira adequada, ouvindo um ao outro, e entendendo a contribuição possível.
Vilas Boas (2001) afirma que além dos pais quererem participar da vida escolar dos filhos, é necessário que os professores permitam o envolvimento parental porque, caso não o façam, estariam limitando o envolvimento dos pais. Neste sentido, a autora sugere alguns passos para operacionalizar essa permissão necessária por parte dos professores e contaria com: (a) compreender que a eficácia dos pais relativamente ao seu envolvimento individual no processo de ensino e aprendizagem depende de iniciativa e do convite dos professores; confirmar este envolvimento, lembrando aos pais os seus direitos e deveres; (c) facilitar este envolvimento, proporcionando aos pais as informações que necessitem de conhecer; (d) encorajar a colaboração, desenvolvendo atividades interativas; (e) reconhecer os resultados da participação, favorecendo uma informação adequada do desempenho dos alunos.
É importante notar também, que segundo a Tabela 4, 15% dos pais apontaram não saber informar o que seria uma boa relação família-escola. Este resultado indica que provavelmente o tipo de concepção que os pais têm sobre a relação família-escola é muito restrito, limitando sua ação dentro da escola. Aponta-se a necessidade de mudar a concepção destes pais para que possam participar ativamente da escolaridade, favorecendo processo de aprendizagem da criança.
A Tabela 5 apresenta a opinião dos professores sobre as situações que julga que sua ajuda seria importante aos pais.
Os dados da Tabela 5 indicam que os professores consideram que sua ajuda seria importante aos pais: Em tudo que envolva o desenvolvimento da criança, Melhorando a comunicação, Orientando os pais a realizar o envolvimento parental e Incentivando o aprendizado. A Tabela 6 apresenta a opinião dos pais sobre as situações que julga que sua ajuda seria importante aos professores.
Em relação à opinião dos pais sobre como sua ajuda seria importante ao professor estes consideram: o auxílio à tarefa de casa, em tudo que envolva o desenvolvimento da criança e incentivando o aprendizado, estes dois itens corroboram com a resposta dos professores na Tabela 6. Os pais também apresentaram como resposta, que gostariam de saber como sua ajuda pode ser importante ao professor.
Os dados apresentados nas Tabelas 5 e 6 indicam que as informações sobre tudo que envolva o desenvolvimento da criança são importantes, tanto a pais quanto a professores. Estas informações são importantes para as duas instâncias, pois elas poderão delinear o tipo do trabalho a ser realizado tanto em casa, como na escola. Esse dado corrobora com a afirmação de Xu e Filller (2008), que afirmam que a comunicação entre pais e professores deve ser implementada, priorizando informações sobre a criança nos dois contextos, de modo a proporcionar intervenções que levem em consideração o que ocorre nos dois ambientes, conduzindo atividades com maiores chances de alcançar o resultado esperado.
Pais e professores também concordam ao responder, que seria importante um ajudar o outro no que diz respeito ao incentivo a aprendizagem. Segundo Ferreira e Triches (2009), a valorização da escola e da aprendizagem seria a melhor maneira dos envolvidos na relação família-escola entenderem seu papel na educação dos filhos e desenvolverem em conjunto um trabalho positivo em relação à escolarização da criança.
Os professores apontaram também que sua ajuda poderia ser importante para melhorar a comunicação com os pais. Campos, Füllgraf e Winggers (2006) realizaram um levantamento bibliográfico, por meio da coleta de produções sobre a educação infantil no Brasil, e identificaram existir bloqueios na comunicação entre as famílias, tanto nas creches, quanto nas pré-escolas, que na maioria das vezes, era percebida pelas equipes escolares de forma negativa e preconceituosa. Cabe ao professor, enquanto participante desta relação, romper estas barreiras e auxiliar a família a realizar uma comunicação mais eficiente.
Os professores também relataram entender que sua ajuda pode ser importante aos pais oferecendo informações sobre como realizar o envolvimento e corroboram com o relato dos pais ao responderem que gostariam mais de saber como podem ser úteis. Ao assumir o seu papel no processo de envolvimento parental, os professores podem estabelecer condições adequadas para um envolvimento adequado e efetivo, trazendo benefícios a todos os envolvidos. Para Ferreira e Triches (2009), uma participação ativa dos pais na escola depende que os professores encontrem nas relações um equilíbrio, diversificando estratégias de participação dos pais, intencionalizando e mobilizando os pais para discutirem o assunto e para que possam assumir seus papéis nesta parceria.
Já, o desejo dos pais, em saber como podem ser úteis aos professores, volta a dizer da importância do preparo da escola ao lidar com os pais e promover o envolvimento adequado dos mesmos. Segundo Pereira (1996), o sucesso do trabalho com as crianças com NEE e suas famílias dependerá em parte, do grau de preparo dos profissionais envolvidos no trabalho. A autora apresenta como características importantes do profissional: capacidade em dar apoio emocional, fornecer informação adequada, garantir ajuda de outros pais e implementar programas adequados.
A Tabela 7 apresenta a opinião dos professores sobre o que a escola poderia fazer para aproximar os pais da escola.
Os dados da Tabela 7 indicam que, segundo os professores, para atrair os pais à escola seria necessário: A escola ser mais atrativa, Orientar sobre como realizar o envolvimento e Enviar tarefa pra casa. Os professores responderam também, que A escola já faz a parte dela, porém os pais são pouco participativos.
A Tabela 8 apresenta a opinião dos pais sobre o que a escola poderia fazer para aproximar os pais da escola.
Em relação à opinião dos pais sobre como a escola poderia ser mais atrativa, estes responderam: Orientando sobre como realizar o envolvimento, A escola já faz sua parte, e é suficiente, O problema reside nos pais, Enviando tarefas para casa e A escola ser mais atrativa. Estes resultados corroboram com as respostas dos professores sobre como a escola pode ser mais atrativa aos pais.
Como é possível identificar nos dados das Tabelas 7 e 8, professores e pais indicam que a escola precisa ser Mais atrativa para chamar os pais à escola. Alguns professores relataram que a abordagem da escola para tratar os pais de alunos com NEE nem sempre é adequada e convidativa. Este tipo de abordagem dificulta o contato com as famílias e promove o desinteresse dos pais. Segundo Oliveira e Marinho-Araújo (2010), o maior desafio dos profissionais da educação é justamente modificar a relação família-escola no sentido de que ela possa estar associada a situações agradáveis e ter impacto positivo o processo de aprendizado e desenvolvimento dos alunos.
Outra resposta comum para professores e pais foi à necessidade da escola Orientar sobre como realizar o envolvimento. Segundo esses participantes, muitas vezes, os pais até têm vontade de participar, mas não sabem exatamente como sua ajuda pode ser válida. Esse dado ressalta a importância de se investir em ações que promovam o envolvimento parental para que este ocorra de maneira mais eficiente. Essa necessidade pode ser identificada na literatura brasileira, que apresenta diversos estudos ressaltando a importância de promover o envolvimento, principalmente quando se trata de alunos com NEE (BHERING; DE NEZ, 2002; CIA; D'AFFONSECA; BARHAM, 2004; SOARES; SOUZA; MARINHO, 2004).
Professores e pais também salientaram que percebem que a escola muitas vezes faz sua parte, porém os pais são pouco participativos, e ainda na resposta dos pais foi possível identificar que alguns destes percebem que o problema reside nos pais. Este dado chama a atenção ao fato de que muitas vezes os professores podem desenvolver visões preconceituosas sobre a pouca participação dos pais, que considera o baixo envolvimento desinteresse (CAMPOS; FÜLLGRAF; WINGGERS, 2006). É importante salientar que não é possível generalizar e que muitas vezes esse baixo envolvimento se dê por razões diversas, sendo necessário analisar caso a caso para entender a pouca participação e atuar de maneira a aumentar o envolvimento considerando a realidade de cada família.
O Envio de tarefas para casa também foi identificado pelos participantes como forma de promover a aproximação dos pais à vida escolar dos filhos. Uma das formas mais comuns de se realizar o envolvimento parental seria por meio do suporte parental à aprendizagem em casa, podendo ocorrer de várias maneiras, mas a principal delas seria o apoio à realização da tarefa de casa (BROWN; BECKET, 2007; EPSTEIN, 1995; SMITH, 1998). Diante disto, a indicação de tarefas pela escola para serem realizadas em casa, podem de fato ser importantes e promover o envolvimento dos pais à vida escolar dos filhos.
4 CONCLUSÕES
Por meio desta pesquisa foi possível atingir os objetivos propostos de identificar e descrever a percepção de pais e professores sobre a relação família-escola no processo de inclusão. Os resultados indicaram que em relação aos aspectos das escolas que poderiam determinar o sucesso do aluno com NEE, segundo o professor seriam: apoio dos profissionais especializados assessorando professores da sala comum, o respeito à diversidade, a realização de adaptações ao espaço físico e aos materiais didáticos, e a troca de informações com a família. Esses aspectos apontados pelo professor expressam a preocupação em oferecer oportunidades e condições iguais e aquadas aos alunos com NEE, e estão em consonância com as políticas inclusivas atualmente em vigor em nosso país.
No que diz respeito à opinião dos pais sobre como sua colaboração com a escola pode ser importante ao sucesso de seu filho, os mesmos apresentaram uma grande diversidade de respostas, indicando possivelmente pouca clareza destes, sobre como seu auxílio pode ter influências no desempenho da criança. Em relação ao que consideravam uma boa relação família-escola, tanto professores como pais consideraram a comunicação e uma maior participação dos pais na escola, como características mais importantes de uma boa relação família-escola. Este resultado indica que provavelmente o tipo de concepção que os pais têm sobre a relação família-escola é muito restrita, limitando sua ação dentro da escola.
Os professores demonstraram entender que sua ajuda pode ser importante aos pais para transmitir informações sobre o desenvolvimento da criança, incentivando a aprendizagem e sobre como realizar o envolvimento. Os pais concordaram com os professores dizendo que podem ser úteis a estes, transmitindo informações sobre o desenvolvimento da criança e incentivando a aprendizagem. Pais e professores concordaram ao dizer que entendem ser necessário que a escola seja mais atrativa para promover a participação dos pais na escola. Alguns professores indicaram que entendem que a abordagem da escola para tratar os pais de alunos com NEE nem sempre é adequada e convidativa. Além disso, indicaram a necessidade de orientar sobre como realizar o envolvimento, embora os pais até tenham vontade de participar enfrentavam muitas dificuldades e dúvidas de como podem ser úteis, ressaltando a necessidade de promover ações em prol da relação.
Esses dados indicam que em relação ao processo de inclusão, os professores apresentaram uma percepção bastante diversificada do que seria importante ao sucesso do aluno com NEE. No que diz respeito à relação família-escola, é possível identificar que embora pais e professores reconhecam a importância de uma relação mais próxima, ainda existem lacunas na relação, que colocam em dúvida qual seria a melhor forma de agir, principalmente no que diz respeito ao papel dos pais. Por outro lado, os dados indicaram que os professores precisavam também repensar aspectos da relação estabelecida, compreendendo características individuais de cada família e da criança com NEE, para efetivar uma relação possível e positiva entre as duas instâncias.
Conforme afirma Pereira (1996), uma relação parental próxima à escola é positiva a todos os envolvidos, mais do que os alunos, as famílias também são beneficiadas pelas seguintes razões: possibilidade de conhecer seus direitos e responsabilidades; conhecer informações sobre a deficiência do filho, recebendo informações específicas sobre como a criança se desenvolve e sobre como poderá ajudar nesse processo; conhecer os tipos de atividade que pode realizar em casa; aprender como ensinar novas competências as crianças; e, conhecer outros recursos que possam ajudar no desenvolvimento da criança. Consequentemente, a escola, também seria benificiada, na medida em que os pais pudessem se envolver de maneira mais adequada na escolaridade como ações mais efetivas. Neste sentido, ações que implementam a comunicação entre as duas instâncias são necessárias, promovendo uma comunicação eficiente e contínua de modo a contribuir de maneira ininterrupta com o desenvolvimento tanto em casa, como na escola.
Segundo Bronfenbrenner (2011), uma comunicação efetiva deve ser estabelecida entre as instâncias, de modo que possam compreender as particularidades, tanto das famílias, quanto do que ocorre na escola. Havendo uma compreensão empática entre as duas partes, maior a possibilidade de contribuição e de diálogo entre as duas e colaboração entre os microssistemas, trazendo benefícios para todos os envolvidos, promovendo o desenvolvimento do aluno e dos processos que ocorrem em cada microssistema, permitindo a ocorrência de aprendizado entre ambos.
Espera-se assim, que esses dados possam ser empregados positivamente, podendo ser considerados como parte de criação de um plano de ação para as escolas participantes, de modo a promover a relação família-escola e o processo de inclusão dos alunos pré-escolares na rede municipal de educação, garantindo não apenas o acesso como também todos os serviços necessários para promover, não só a permanência, mas o aproveitamento pleno do aluno com NEE.
Recebido em: 07/02/2013
Reformulado em: 09/09/2013
Aprovado em: 21/09/2013
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Datas de Publicação
-
Publicação nesta coleção
07 Jan 2014 -
Data do Fascículo
Dez 2013
Histórico
-
Recebido
07 Fev 2013 -
Aceito
21 Set 2013 -
Revisado
09 Set 2013