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Amamentação em emergências e desastres naturais: o que os profissionais de saúde precisam saber

Prezados Editores-Chefes,

Gostaríamos de expressar nosso profundo interesse e preocupação com o tema crucial da amamentação em emergências e desastres naturais. Este é um assunto que merece atenção cuidadosa e urgente, à medida que enfrentamos um mundo cada vez mais suscetível a eventos extremos e imprevisíveis, como o ciclone extratropical que atingiu o Vale do Taquari no Rio Grande do Sul, inundações no Leste da Líbia, o recente terremoto na cordilheira do Alto Atlas em Marrocos e o furacão Idalia que atingiu a Flórida, nos Estados Unidos (EUA). Esses eventos podem impactar diretamente na maneira como os pais/cuidadores alimentam as crianças de forma segura e adequada.

Como destacado pelo Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) dos EUA, "durante um desastre natural, a maneira mais segura de alimentar um bebê é por meio da amamentação"11. CDC. Infant and Young Child Feeding in Emergencies (IYCF-E) Toolkit. [accessed set 2023]. Available at: https://www.cdc.gov/nutrition/emergencies-infant-feeding/downloads/IYCF-E-Toolkit-H.pdf
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. É imperativo reconhecer que mesmo em meio ao caos de desastres naturais, a amamentação desempenha um papel fundamental na proteção da saúde infantil, o que se torna ainda mais crítico quando se considera que as condições de higiene podem ser precárias durante uma crise.

A Divisão de Nutrição, Atividade Física e Obesidade (DNPAO) do CDC desenvolveu um kit de ferramentas denominado “Infant and Young Child Feeding in Emergencies (IYCF-E)”11. CDC. Infant and Young Child Feeding in Emergencies (IYCF-E) Toolkit. [accessed set 2023]. Available at: https://www.cdc.gov/nutrition/emergencies-infant-feeding/downloads/IYCF-E-Toolkit-H.pdf
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, oferecendo dados e materiais para equipes de preparação e resposta a emergências, bem como para famílias e o público em geral. O objetivo é garantir que as crianças sejam adequadamente alimentadas durante a ocorrência de um desastre11. CDC. Infant and Young Child Feeding in Emergencies (IYCF-E) Toolkit. [accessed set 2023]. Available at: https://www.cdc.gov/nutrition/emergencies-infant-feeding/downloads/IYCF-E-Toolkit-H.pdf
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. Além do CDC, outras instituições e órgãos internacionais como Academia Americana de Pediatria (AAP), a International Lactation Consultant Association (ILCA) e a Organização Mundial de Saúde (OMS), também publicaram informações sobre como proteger a amamentação em emergências e desastres22. American Academy of Pediatrics [homepage on the internet]. 2020. Disaster Fact Sheet 6: Infant Feeding in Disasters. [accessed set 2023]. Available at: https://downloads.aap.org/AAP/PDF/DisasterFactSheet6-2020.pdf
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3. Carothers C, Gribble K. Infant and young child feeding in emergencies. J Hum Lact. 2014;30(3):272-5.
-44. WHO. Infant feeding in emergencies: a guide for mothers. Nutrition Unit, WHO Regional Office for Europe, Copenhagen 1997..

O IYCF-E reforça a importância de manter a amamentação como estratégia primordial e fonte de alimentação para as crianças durante situações emergenciais, uma vez que o leite humano não requer preparo e está prontamente disponível, além do que oferece a alimentação e hidratação essenciais, protege contra doenças infecciosas e crônicas e estabelece um avançado sistema de comunicação entre mãe e filho55. Pérez-Escamilla R, Tomori C, Hernández-Cordero S, Baker P, Barros AJ, Begin F et al. Breastfeeding: crucially important, but increasingly challenged in a market-driven world. Lancet. 2023 fev 11;401:472-85.,66. Kouadio IK, Aljunid S, Kamigaki T, Hammad K, Oshitani H. Infectious diseases following natural disasters: prevention and control measures. Expert Rev Anti Infect Ther. 2012;10(1):95-104.. Vale ressaltar que, mesmo em situações de estresse e/ou trauma decorrentes desses desastres, a mãe/pessoa que amamenta, pode amamentar sem risco para o bebê.

A proteção imunológica e o valor nutricional do leite humano precisam ser reforçados durante momentos catastróficos. Nessas situações, é essencial evitar o uso de fórmulas infantis, uma vez que estas podem ser suscetíveis à contaminação caso sejam preparadas com água não potável, armazenadas em recipientes não esterilizados ou sem acesso à refrigeração para conservação adequada11. CDC. Infant and Young Child Feeding in Emergencies (IYCF-E) Toolkit. [accessed set 2023]. Available at: https://www.cdc.gov/nutrition/emergencies-infant-feeding/downloads/IYCF-E-Toolkit-H.pdf
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,77. Gribble KD, Berry NJ. Emergency preparedness for those who care for infants in developed country contexts. Int Breastfeed J. 2011;6(1):16.. Um estudo cita o impacto negativo da distribuição descontrolada e inadequada de fórmulas infantis durante o terremoto de L'Aquila, Itália, que prejudicou as práticas recomendadas pela IYCF-E e a continuação da amamentação88. Giusti A, Marchetti F, Zambri F, Pro E, Brillo E, Colaceci S. Breastfeeding and humanitarian emergencies: the experiences of pregnant and lactating women during the earthquake in Abruzzo, Italy. Int Breastfeed J. 2022;17(1):45.. A amamentação proporciona um vínculo vital entre a díade, oferecendo conforto emocional e segurança em situações traumáticas99. Gribble K, Marinelli KA, Tomori C, Gross MS. Implications of the COVID-19 pandemic response for breastfeeding, maternal caregiving capacity and infant mental health. J Hum Lact. 2020;36(4):591-603.. Como reforçado por diversos estudos1010. Sankar MJ, Sinha B, Chowdhury R, Bhandari N, Taneja S, Martines J et al. Optimal breastfeeding practices and infant and child mortality: a systematic review and meta-analysis. Acta Paediatr. 2015;104(467):3-13.

11. Horta BL, Loret de Mola C, Victora CG. Long-term consequences of breastfeeding on cholesterol, obesity, systolic blood pressure and type 2 diabetes: a systematic review and meta-analysis. Acta Paediatr. 2015;104:30-7.

12. Gribble KD, Palmquist AEL. 'We make a mistake with shoes [that's no problem] but... not with baby milk': facilitators of good and poor practice in distribution of infant formula in the 2014-2016 refugee crisis in Europe. Matern Child Nutr. 2022;18(1):e13282.
-1313. Horwood C, Luthuli S, Pereira-Kotze C, Haskins L, Kingston G, Dlamini-Nqeketo S et al. An exploration of pregnant women and mothers' attitudes, perceptions and experiences of formula feeding and formula marketing, and the factors that influence decision-making about infant feeding in South Africa. BMC Public Health. 2022;22(1):393., os benefícios da amamentação são inúmeros durante momentos de crise, sendo importante ressaltá-los em um plano estratégico nessas situações.

No entanto, é essencial que a pessoa que amamenta, familiares e profissionais de saúde, incluindo o fonoaudiólogo, estejam bem-informados sobre como proteger e promover a lactação em circunstâncias desafiadoras. O Grupo Central de Alimentação Infantil em Emergências (AIE) em seu Guia Operacional para Profissionais de Apoio e Administradores de Programas nas Situações de Emergências1414. IFE Core Group. Home | ENN [homepage on the internet]. Operational Guidance on Infant Feeding in Emergencies (OG-IFE) version 3.0 (Oct 2017) | ENN; out 2017 [accessed set 2023]. Available at: https://www.ennonline.net/resources/operationalguidancev32017
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, cita a necessidade de capacitação pessoal para funcionários do Estado, Organizações Não Governamentais (ONGs) e voluntários que prestam serviços de saúde e nutrição, além do apoio da comunidade. Dessa forma, busca-se proteger, promover e apoiar a alimentação ótima para lactentes e crianças pequenas com intervenções multissetoriais integradas durante emergências1414. IFE Core Group. Home | ENN [homepage on the internet]. Operational Guidance on Infant Feeding in Emergencies (OG-IFE) version 3.0 (Oct 2017) | ENN; out 2017 [accessed set 2023]. Available at: https://www.ennonline.net/resources/operationalguidancev32017
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,1515. Colameo AJ. Alimentação de lactentes e crianças pequenas em situações de emergência: manual de orientações para a comunidade, profissionais de saúde e gestores de programas de assistência humanitária. Organizado por Divittis RMPF, editor. 1ª ed. São Paulo: IBFAN Brasil e Senac São Paulo; 2009.. A disseminação de informações claras e acessíveis, desempenha um papel vital, na garantia de que as mães possam continuar a amamentar com confiança e segurança.

Uma revisão abrangente da literatura publicada em 2021 descreveu um grande desafio enfrentado pelas organizações que estabelecem programas de alimentação infantil em emergências, que é a violação do Código Internacional de Comercialização de Substitutos do Leite Humano1616. World Health Organization (WHO). International code of marketing of breast-milk substitutes. WHO Chron. 1981;35(4):112-7. por outras organizações de ajuda e governos, como a aceitação de fórmulas infantis doadas e sua distribuição não direcionada1717. Hwang CH, Iellamo A, Ververs M. Barriers and challenges of infant feeding in disasters in middle- and high-income countries. Int Breastfeed J. 2021;16(1):62.. Outros estudos também ressaltam que poucos profissionais de saúde ou respondentes foram treinados para oferecer aconselhamento sobre amamentação e manejo da alimentação infantil, bem como apoiar essa prática1212. Gribble KD, Palmquist AEL. 'We make a mistake with shoes [that's no problem] but... not with baby milk': facilitators of good and poor practice in distribution of infant formula in the 2014-2016 refugee crisis in Europe. Matern Child Nutr. 2022;18(1):e13282.,1818. Hongo H. Breastfeeding support after the Great East Japan earthquake [Homepage on the internet]. WABA MSTF E-newsletter. 2012 [accessed set 2023]. p. 5-6. Available at: http://www.waba.org.my/pdf/mstfnl_v10n1_eng.pdf [Ref list]
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,1919. Gribble K, Fernandes C. Considerations regarding the use of infant formula products in infant and young child feeding in emergencies (IYCF-E) programs. WPHNA. 2018;9(3):261-83..

Para facilitar a amamentação durante emergências, é essencial criar espaços seguros e adequados onde as mães/pessoas que amamentam possam se alimentar e nutrir seus bebês, garantindo privacidade e apoio durante os momentos críticos. Esses locais podem ser estabelecidos em abrigos temporários e centros de assistência. O CDC traz estratégias, como o uso de placas de sinalização, como “a amamentação é bem-vinda aqui”, “área de amamentação e extração”, “lave e limpe os suprimentos de alimentação infantil aqui”, “armazenamento de leite humano”, “eliminação de resíduos e fraldas”, que podem ser importantes para orientar pessoas que amamentam11. CDC. Infant and Young Child Feeding in Emergencies (IYCF-E) Toolkit. [accessed set 2023]. Available at: https://www.cdc.gov/nutrition/emergencies-infant-feeding/downloads/IYCF-E-Toolkit-H.pdf
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.

Devemos também considerar as barreiras logísticas que as mães podem enfrentar em situações de crise. Famílias que estavam alimentando o bebê com leite ordenhado precisam de apoio para a extração e oferta desse leite. É fundamental fornecer orientações sobre extração manual11. CDC. Infant and Young Child Feeding in Emergencies (IYCF-E) Toolkit. [accessed set 2023]. Available at: https://www.cdc.gov/nutrition/emergencies-infant-feeding/downloads/IYCF-E-Toolkit-H.pdf
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,2020. Merewood A, Morton JA. Using your hands to express your milk. J Hum Lact. 2013;29(4):635-6., pois o acesso a uma bomba extratora pode não ser possível devido à escassez de condições de higiene. O uso do copo descartável é colocado como sugestão pelo CDC11. CDC. Infant and Young Child Feeding in Emergencies (IYCF-E) Toolkit. [accessed set 2023]. Available at: https://www.cdc.gov/nutrition/emergencies-infant-feeding/downloads/IYCF-E-Toolkit-H.pdf
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, como método alternativo para alimentar esse bebê, uma vez que o acesso a água limpa e sabão pode ser restrito, impossibilitando o uso de bicos artificiais que requerem higienização adequada e, quando não realizada, podem proliferar infecções. Por meio de estratégias que protejam a continuidade da amamentação, é possível assegurar que as mães ou pessoas que amamentam possam continuar a fornecer leite humano, mesmo quando a amamentação direta não é uma opção viável (consulte o Quadro 1 para mais informações).

Quadro 1
Estratégias para proteger a amamentação de bebês e crianças pequenas em emergências e desastres naturais11. CDC. Infant and Young Child Feeding in Emergencies (IYCF-E) Toolkit. [accessed set 2023]. Available at: https://www.cdc.gov/nutrition/emergencies-infant-feeding/downloads/IYCF-E-Toolkit-H.pdf
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2. American Academy of Pediatrics [homepage on the internet]. 2020. Disaster Fact Sheet 6: Infant Feeding in Disasters. [accessed set 2023]. Available at: https://downloads.aap.org/AAP/PDF/DisasterFactSheet6-2020.pdf
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3. Carothers C, Gribble K. Infant and young child feeding in emergencies. J Hum Lact. 2014;30(3):272-5.
-44. WHO. Infant feeding in emergencies: a guide for mothers. Nutrition Unit, WHO Regional Office for Europe, Copenhagen 1997.,1414. IFE Core Group. Home | ENN [homepage on the internet]. Operational Guidance on Infant Feeding in Emergencies (OG-IFE) version 3.0 (Oct 2017) | ENN; out 2017 [accessed set 2023]. Available at: https://www.ennonline.net/resources/operationalguidancev32017
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,1515. Colameo AJ. Alimentação de lactentes e crianças pequenas em situações de emergência: manual de orientações para a comunidade, profissionais de saúde e gestores de programas de assistência humanitária. Organizado por Divittis RMPF, editor. 1ª ed. São Paulo: IBFAN Brasil e Senac São Paulo; 2009.

Compreendemos plenamente a relevância e a urgência do trabalho incansável desempenhado por profissionais de saúde, organizações humanitárias e famílias que enfrentam desastres naturais e emergências. Entretanto, é crucial chamar a atenção para um aspecto frequentemente subestimado durante essas crises: a importância da amamentação em emergências e desastres naturais. Neste momento desafiador, a distribuição de leite artificial pela indústria produtora de fórmulas suscita preocupações em relação à conformidade com a Norma Brasileira de Comercialização de Alimentos para Lactentes e Crianças de Primeira Infância, Bicos, Chupetas e Mamadeiras (NBCAL)2121. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Resolução RDC nº 221 de 5 de agosto de 2002. Diário Oficial da União, Brasília (DF), 6 ago 2002.,2222. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Resolução RDC nº 222 de 5 de agosto de 2002. Diário Oficial da União, Brasília (DF), 6 ago 2002. e o Código Internacional1616. World Health Organization (WHO). International code of marketing of breast-milk substitutes. WHO Chron. 1981;35(4):112-7.. Garantir que bebês e crianças recebam alimentação segura em meio a contextos caóticos é essencial para a preservação de suas vidas e bem-estar.

Em suma, a amamentação em emergências e desastres naturais é um assunto de extrema importância que requer atenção imediata e ação coordenada. Devemos reconhecer o valor inestimável da amamentação na proteção da saúde infantil e no fornecimento de apoio emocional e nutricional adequado durante momentos de crise. Além disso, é fundamental fornecer informações, espaços seguros e suprimentos essenciais para garantir que as mães/pessoas que amamentam possam continuar a amamentar com confiança, mesmo nas circunstâncias mais adversas.

Acreditamos que é imperativo que as entidades científicas, conselhos de classe e o Governo intensifiquem seus esforços na promoção de treinamentos especializados destinados aos profissionais que desempenham um papel crucial na assistência a lactentes e crianças durante emergências e desastres naturais. Ao investir em capacitação e conscientização, estaremos melhor preparados para enfrentar tais desafios de forma eficaz, garantindo o bem-estar e a saúde das populações mais vulneráveis.

REFERENCES

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  • Trabalho desenvolvido no Instituto de Medicina Integral Professor Fernando Figueira (IMIP), Recife, Pernambuco, Brasil.
  • Fonte de financiamento: Nada a declarar.

Datas de Publicação

  • Publicação nesta coleção
    27 Nov 2023
  • Data do Fascículo
    2023

Histórico

  • Recebido
    25 Set 2023
  • Aceito
    23 Out 2023
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