Resumo
OBJETIVO
Identificar os métodos de adaptação transcultural de instrumentos mais utilizados na área da enfermagem.
MÉTODOS
Revisão integrativa, em fontes eletrônicas Medline via Pubmed, Cinahl, Lilacs, Scopus e Web of Science. Foram selecionados 96 artigos revisados por pares e publicados entre 2010 e 2015.
RESULTADOS
Os artigos que compuseram a amostra foram publicados em 59 periódicos diferentes, sendo 15,2% destes brasileiros. O maior número de publicações concentrou-se em 2015 (31,2%). Além disso, 28 países apareceram na lista liderada pelo Brasil (33,3%), seguido de China (10,4%). Utilizaram-se 27 modelos de adaptação transcultural diferentes. Entretanto, o proposto por Beaton e colaboradores foi citado em 47(49,0%) artigos, e o de Brislin em 12 (12,5%).
CONCLUSÕES
Não há consenso sobre adaptação transcultural, entretanto todos os métodos coincidiram na utilização da etapa de retrotradução. Além disso, diversos estudos em diferentes idiomas e países apontaram a aceitabilidade internacional do método desenvolvido por Beaton e colaboradores.
Palavras-chave:
Enfermagem; Comparação transcultural; Metodologia; Estudos de validação
Resumen
OBJETIVO
Analizar las publicaciones científicas para identificar los métodos de adaptación transcultural de instrumentos más aplicados en el campo de la enfermería.
MÉTODO
Revisión integrativa, en las fuentes electrónicas: Medline via Pubmed, Cinahl, Lilacs, Scopus y Web of Science. Fueron seleccionados 96 estudios revisados por pares, publicados desde 2010 hasta 2015.
RESULTADOS
Los artículos que compusieron la muestra eran de 59 periódicos diferentes, 15.2% eran brasileños. El mayor número de publicaciones fueran centradas en 2015 (31.2%), 28 países aparecieron en la lista que está encabezada por Brasil (33,3%), seguido por China (10,4%). 26 guidelines diferentes fueron utilizados, sin embargo, el propuesto por Beaton y sus colaboradores se ha citado en 49,0% y el de Brislin 12,5%.
CONCLUSIÓN
Esta revisión no permite definir un consenso del método más adecuado, sin embargo todos los métodos utilizados coinciden en el uso de back translation. Además, diversos estudios en distintos idiomas y países señalaron la aceptación internacional del método de Beaton et al.
Palabras clave:
Enfermería; Comparación transcultural; Metodología; Estudios de validación
Abstract
OBJECTIVE
To analyze scientific publications in order to identify the cross-cultural adaptation methods of instruments that are mainly applied in nursing.
METHOD
Integrative review, in the electronic sources Medline - Pubmed, Cinahl, Lilacs, Scopus and Web of Science. 96 peer-reviewed papers, published between 2010 and 2015 were selected.
RESULTS
The articles that composed the sample were published in 59 different journals, 15.2% were Brazilian. The largest number of publications was concentrated in 2015 (31.2%), 28 countries appeared on the list which is led by Brazil (33.3%), followed by China (10.4%). It was used 26 different guidelines, however the one proposed by Beaton and their collaborators was mentioned in 47 (49.0%) articles and the Brislin's in 12 (12.5%).
CONCLUSION
This review does not allow us to define the most appropriate method, however all methods applied agreed on the use of back translation. In addition, many studies in different languages and countries showed the international acceptability of the method developed by Beaton et al.
Keywords:
Nursing; Cross-cultural comparison; Methodology; Validation studies
INTRODUÇÃO
A adaptação de instrumentos de pesquisa e/ou escalas de medida na área da Enfermagem tem ganhado espaço, no âmbito da pesquisa científica atual, como ferramenta para o desenvolvimento da prática e da ciência na área(¹).
Esta tradução e adaptação de uma língua para outra requer rigor metodológico, ou seja, que os pesquisadores atuem com uniformidade, impessoalidade e obediência ao segmento metodológico que se propõem utilizar, sendo fieis ao passo-a-passo de tradução e adaptação transcultural de forma que os valores refletidos por um instrumento e os significados de seus componentes se mantenham equivalentes entre uma cultura e outra. Entretanto, o processo de tradução muitas vezes é uma reflexão tardia, tratada como uma parte pouco importante do protocolo de estudo e implementada sem atenção minuciosa às questões envolvidas22 Khalaila R. Translation of questionnaires into arabic in cross-cultural research: techniques and equivalence issues. J Transcult Nurs. 2015;24(4):363-70..
Uma quantidade substancial de trabalhos e publicações tem sido desenvolvida, envolvendo tradução e adaptação de instrumentos para diferentes idiomas e culturas. A partir disso, torna-se relevante pesquisar sobre as metodologias desse processo, assim como sobre a qualidade dos estudos. Tendo em vista essas considerações, o objetivo deste trabalho é identificar os modelos metodológicos de adaptação transcultural de instrumentos de pesquisa utilizados na área da enfermagem.
MÉTODO
A presente revisão integrativa cumpriu criteriosamente seis etapas propostas por Whittemore e Knafl: 1) seleção da questão norteadora; 2) definição das características das pesquisas primárias da amostra; 3) seleção, por pares, das pesquisas que compuseram a amostra da revisão; 4) análise dos achados dos artigos incluídos na revisão; 5) interpretação dos resultados; e 6) relato da revisão, proporcionando um exame crítico dos achados33 Whittemore R, Knafl K. The integrative review: updated methodology. J Adv Nurs. 2005;52(5):546-53.-44 Souza MT, Silva MD, Carvalho R. Revisão integrativa: o que é e como fazer. Einstein. 2010;8(1):102-6..
A pergunta do estudo foi: quais são os modelos metodológicos de adaptação transcultural de instrumentos de pesquisa utilizados na área da enfermagem? Para a busca e a seleção dos artigos consultaram-se as bases de dados: Literatura Latina Americana em Ciências da Saúde (Lilacs) via Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), Cumulative Index to Nursing and Allied Health Literature (Cinahl), Medline via Pubmed, Scopus e Web of Science via Portal de Periódicos Capes. O problema de pesquisa foi sintetizado na linguagem de indexação documental a partir dos descritores controlados encontrados nos Títulos Cinahl, no MeSH (Medical Subject Headings) e no DeCS (Descritores em Ciências da Saúde): Questionnaires, Scale, Validation Studies, Nursing Methodology Research, Nursing. Também foram utilizados os descritores não controlados: Instrument, Cross-cultural adaptation.
Os termos foram combinados empregando-se os operadores booleanos “OR” e “AND”. Após identificação dos estudos por meio da estratégia de busca e exclusão dos duplicados, utilizando o gerenciador de referências Endnote Online, deu-se início à triagem com leitura de títulos e resumos simultâneos. Selecionaram-se os estudos por meio da leitura dos textos completos e, por fim, indicaram-se aqueles incluídos na revisão (Figura 1).
A coleta dos dados se deu entre outubro de 2015 e março de 2016. Os critérios de elegibilidade foram: estudos originais em inglês, português e espanhol, conduzidos por enfermeiros(as) que tratem da aplicação de métodos de adaptação transcultural na área da enfermagem, publicados entre janeiro de 2010 e dezembro de 2015. Foram excluídos os artigos que não descreveram os passos da metodologia de adaptação transcultural, que apenas trouxeram a etapa de tradução, trabalhos que abordaram a construção ou desenvolvimento de escalas e artigos que abordaram somente a parte de validação de instrumentos adaptados.
Para extração de dados dos artigos incluídos na revisão integrativa, empregou-se um instrumento utilizado previamente que contempla os seguintes itens: identificação do artigo original, características metodológicas do estudo, avaliação do rigor metodológico, das intervenções mensuradas e dos resultados encontrados44 Souza MT, Silva MD, Carvalho R. Revisão integrativa: o que é e como fazer. Einstein. 2010;8(1):102-6..
Neste estudo, os procedimentos da adaptação transcultural foram avaliados utilizando-se uma estratégia desenvolvida e aplicada, em formato de quadro, por outros autores, a qual leva em consideração a adequação dos estudos ao modelo metodológico que referenciou55 Oliveira IS, Costa LCM, Fagundes FR, Cabral CM. Evaluation of cross-cultural adaptation and measurement properties of breast cancer-specific quality-of-life questionnaires: a systematic review. Qual Life Res. 2015;24(5):1179-95..
Para garantir a validade da revisão, assim como a precisão e a clarificação dos dados e discussão, os estudos foram selecionados e analisados detalhadamente, com foco na adequação da metodologia empregada, por quatro pesquisadoras (discentes do Programa de Pós-graduação em Enfermagem da UFPI e da disciplina que norteou o desenvolvimento deste artigo). Nessa fase, a experiência de cada autora contribuiu na apuração da validade dos métodos e dos resultados, além de auxiliar na determinação de sua utilidade na prática. A apresentação dos resultados e discussão dos dados obtidos foi feita de forma descritiva, possibilitando ao leitor a avaliação da aplicabilidade dos métodos descritos.
RESULTADOS
Os 96 artigos selecionados estão distribuídos em 59 diferentes periódicos, sendo que, destes, 9 (15,2%) eram brasileiros e concentraram 26,0% dos estudos. Em relação ao idioma, 92 (95,8 %) apresentaram ao menos uma versão em inglês, sendo que 16,5% também estavam em português e espanhol. Os instrumentos adaptados eram em sua maioria específicos para enfermagem 22 (21,9%). O segundo foco principal foi qualidade de vida 10 (10,4%). O maior número de publicações concentrou-se em 2015, com 30 (31,2%). 28 países apareceram na lista, que é liderada pelo Brasil 33 (33,3%), seguido da China 10 (10,4%) e Espanha 9 (9,4%).
Foram utilizados 27 diferentes guidelines, sendo a maioria destes produzida na década de 1990. Entretanto, Guillemin, Bombardier, Beaton e Beaton66 Guillemin F, Bombardier C, Beaton D. Cross-cultural adaptation of health-related quality of life measures: Literature review and proposed guidelines. J Clin Epidemiol. 1993;46(12):1417-32., Bombardier, Guillemin, Ferraz77 Beaton D, Bombardier C, Guillemin F, Ferraz MB. Guidelines for the process of cross-cultural adaptation of self-report measures. Spine (Phila Pa 1976). 2000;25(24):3186-91.-88 Beaton D, Bombardier C, Guillemin F, Ferraz MB. Recommendations for the cross-cultural adaptation of the DASH & QuickDASH outcome measures. Institute for Work & Health; 2007 [cited 2016 Jan 26]. Available from: Available from: http://www.dash.iwh.on.ca/sites/dash/files/downloads/cross_cultural_adaptation_2007.pdf
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foram citados em 47(49,0%) artigos; Brislin99 Brislin RW. Back-translation for cross-cultural research. J Cross-Cult Psychol. 1970;1(3):185-216.
10 Brislin RW, Lonner WJ, Thorndike RM. Cross-cultural research method. New York: Wiley; 1973.
11 Brislin RW. Handbook of cross-cultural psychology: methodology. Boston: Allyn and Bacon; 1980.-1212 Brislin RW. The wording and translation of research instruments. In: Berry JW. Field methods in cross-cultural research. Beverly Hills: Sage Publications; 1986. p. 137-64. em 12(12,5%); Herdman, Fox-Rushby, Badia e Reichenheim, Moraes1313 Herdman M, Fox-Rushby J, Badia X. A model of equivalence in the cultural adaptation of HRQoL instruments: the universalist approach. Qual Life Res. 1998;7(4):323-35.-1414 Reichenheim M, Moraes C. Operationalizing the cross-cultural adaptation of epidemological measurement instruments. Rev SaúdePública. 2007; 41(4):665-73.) aparecem em 6(6,2%); WHOQOL1515 Study protocol for the World Health Organisation project to develop a quality of life assessment instrument (WHOQOL). Qual Life Res. 1993;2(2):153-9. e WHO1616 World Health Organization (CH). Process of translation and adaptation of instruments. Geneva: WHO; 2007 [cited 2016 Jan 26]. Available from: Available from: http://www.who.int./substance-abuse/research--tools/translation/en
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) em 4(4,2%); Bullinger et al.1717 Bullinger M, Alonso J, Apolone G, Leplège A, Sullivan M, Wood-Dauphinee S, et al. Translating health status questionnaires and evaluating their quality: the IQOLA project approach. J Clin Epidemiol. 1998;51(11):913-23. em 3(3,1%), assim como Geisinger1818 Geisinger KF. Cross-cultural normative assessment: translation and adaptation issues influencing the normative interpretation of assessment instruments. Psychol Assess. 1994;6(4):304-12.) e Sousa, Rojjanasrirat1919 Sousa VD, Rojjanasrirat W. Translation, adaptation and validation of instruments or scales for use in cross cultural health care research: a clear and user friendly guideline. J Eval Clin Pract. 2011;17(2):268-74. ) foram citados como metodologia em 2 (2,1%). Outros 20 (20,8%) métodos foram citados apenas uma vez.
No Quadro 1, observa-se que, dentre os estudos que utilizaram 27 metodologias de adaptação transcultural66 Guillemin F, Bombardier C, Beaton D. Cross-cultural adaptation of health-related quality of life measures: Literature review and proposed guidelines. J Clin Epidemiol. 1993;46(12):1417-32.
7 Beaton D, Bombardier C, Guillemin F, Ferraz MB. Guidelines for the process of cross-cultural adaptation of self-report measures. Spine (Phila Pa 1976). 2000;25(24):3186-91.-88 Beaton D, Bombardier C, Guillemin F, Ferraz MB. Recommendations for the cross-cultural adaptation of the DASH & QuickDASH outcome measures. Institute for Work & Health; 2007 [cited 2016 Jan 26]. Available from: Available from: http://www.dash.iwh.on.ca/sites/dash/files/downloads/cross_cultural_adaptation_2007.pdf
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) encontradas nos artigos selecionados, houve uma predominância de publicações no ano de 2015 (12 artigos). Uma leitura minuciosa permitiu a identificação de estudos cujos processos de adaptação transcultural apresentaram-se claramente descritos nas etapas propostas por Beaton e colaboradores77 Beaton D, Bombardier C, Guillemin F, Ferraz MB. Guidelines for the process of cross-cultural adaptation of self-report measures. Spine (Phila Pa 1976). 2000;25(24):3186-91.-88 Beaton D, Bombardier C, Guillemin F, Ferraz MB. Recommendations for the cross-cultural adaptation of the DASH & QuickDASH outcome measures. Institute for Work & Health; 2007 [cited 2016 Jan 26]. Available from: Available from: http://www.dash.iwh.on.ca/sites/dash/files/downloads/cross_cultural_adaptation_2007.pdf
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(Tradução, Síntese das traduções, Retrotradução, Comitê de especialistas e Pré-teste), e cuja validade e confiabilidade têm sido comprovadas nos próprios artigos selecionados2020 Arias-Rivera S, Sánchez-Sánchez MM, Fraile-Gamo MP, Patiño-Freire S, Pinto-Rodríguez V, Conde-Alonso MP, et al. Transcultural adaptation into Spanish of the Nursing Activities Score. Enferm Intensiva. 2013;24(1):12-22.
21 Pasin S, Avila F, Cavatá T, Hunt A, Heldt E. Cross-cultural translation and adaptation to Brazilian Portuguese of the paediatric pain profile in children with severe cerebral palsy. J Pain Symptom Manage. 2013;45(1):120-8.
22 Sundborg E, Tornkvist L, Wandell P, Saleh-Stattin N. Cross-cultural adaptation of an intimate partner violence questionnaire. Clin Nurs Res. 2012;21(4):450-66.
23 Mota FRD, Victor JF, Silva MJ, Bessa MEP, Amorim VL, Cavalcante M, et al. Cross-cultural adaptation of the Caregiver Reaction Assessment for use in Brazil with informal caregivers of the elderly. Rev Esc Enferm USP. 2015;49(3):424-31.
24 Schardosim JM, Ruschel LM, da Motta GDP, Cunha MLC. Cross-cultural adaptation and clinical validation of the Neonatal Skin Condition Score to Brazilian Portuguese. Rev Latino-Am Enfermagem. 2014;22(5):834-41.
25 Dorigan GH, Guirardello ED. Translation and cross-cultural adaptation of the Newcastle Satisfaction with Nursing Scales into the Brazilian culture. Rev Esc Enferm USP. 2013;47(3):561-7.-2626 Limardi S, Rocco G, Stievano A, Vellone E, Valle A, Torino F, et al. Cultural adaptation and linguistic validation of the Family Decision Making Self Efficacy Scale (FDMSES). Ann Ig. 2014;26(4):355-66..
Avaliação do cumprimento das etapas metodológicas de Beaton77 Beaton D, Bombardier C, Guillemin F, Ferraz MB. Guidelines for the process of cross-cultural adaptation of self-report measures. Spine (Phila Pa 1976). 2000;25(24):3186-91.-88 Beaton D, Bombardier C, Guillemin F, Ferraz MB. Recommendations for the cross-cultural adaptation of the DASH & QuickDASH outcome measures. Institute for Work & Health; 2007 [cited 2016 Jan 26]. Available from: Available from: http://www.dash.iwh.on.ca/sites/dash/files/downloads/cross_cultural_adaptation_2007.pdf .
http://www.dash.iwh.on.ca/sites/dash/fil... e colaboradores nos estudos que utilizaram a adaptação transcultural.
Observam-se, no Quadro 2, a descrição e a avaliação dos estudos que utilizaram uma das versões do método de adaptação transcultural proposto por Brislin99 Brislin RW. Back-translation for cross-cultural research. J Cross-Cult Psychol. 1970;1(3):185-216.
10 Brislin RW, Lonner WJ, Thorndike RM. Cross-cultural research method. New York: Wiley; 1973.
11 Brislin RW. Handbook of cross-cultural psychology: methodology. Boston: Allyn and Bacon; 1980.-1212 Brislin RW. The wording and translation of research instruments. In: Berry JW. Field methods in cross-cultural research. Beverly Hills: Sage Publications; 1986. p. 137-64.. Quatro seguiram adequadamente as indicações do processo conforme estabelecido pelo autor nas etapas: Tradução, Retrotradução, Equivalência Semântica e Estudo Piloto.
Avaliação do cumprimento das etapas metodológicas de Brislin99 Brislin RW. Back-translation for cross-cultural research. J Cross-Cult Psychol. 1970;1(3):185-216.
10 Brislin RW, Lonner WJ, Thorndike RM. Cross-cultural research method. New York: Wiley; 1973.
11 Brislin RW. Handbook of cross-cultural psychology: methodology. Boston: Allyn and Bacon; 1980.-1212 Brislin RW. The wording and translation of research instruments. In: Berry JW. Field methods in cross-cultural research. Beverly Hills: Sage Publications; 1986. p. 137-64. e colaboradores nos estudos que utilizaram a adaptação transcultural.
O Quadro 3 apresenta os estudos na área da enfermagem que usaram modelos de adaptação transcultural desenvolvidos por diversos autores e que foram citados em ao menos dois artigos selecionados. Conforme proposta de adaptação transcultural, os autores1313 Herdman M, Fox-Rushby J, Badia X. A model of equivalence in the cultural adaptation of HRQoL instruments: the universalist approach. Qual Life Res. 1998;7(4):323-35.
14 Reichenheim M, Moraes C. Operationalizing the cross-cultural adaptation of epidemological measurement instruments. Rev SaúdePública. 2007; 41(4):665-73.
15 Study protocol for the World Health Organisation project to develop a quality of life assessment instrument (WHOQOL). Qual Life Res. 1993;2(2):153-9.
16 World Health Organization (CH). Process of translation and adaptation of instruments. Geneva: WHO; 2007 [cited 2016 Jan 26]. Available from: Available from: http://www.who.int./substance-abuse/research--tools/translation/en
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17 Bullinger M, Alonso J, Apolone G, Leplège A, Sullivan M, Wood-Dauphinee S, et al. Translating health status questionnaires and evaluating their quality: the IQOLA project approach. J Clin Epidemiol. 1998;51(11):913-23.
18 Geisinger KF. Cross-cultural normative assessment: translation and adaptation issues influencing the normative interpretation of assessment instruments. Psychol Assess. 1994;6(4):304-12.-1919 Sousa VD, Rojjanasrirat W. Translation, adaptation and validation of instruments or scales for use in cross cultural health care research: a clear and user friendly guideline. J Eval Clin Pract. 2011;17(2):268-74. em destaque propõem modelos cujas etapas metodológicas estão citadas no quadro. Os artigos selecionados, em sua maioria, atendem aos critérios estabelecidos pelos modelos destacados.
Avaliação do cumprimento das etapas metodológicas em destaque1313 Herdman M, Fox-Rushby J, Badia X. A model of equivalence in the cultural adaptation of HRQoL instruments: the universalist approach. Qual Life Res. 1998;7(4):323-35.
14 Reichenheim M, Moraes C. Operationalizing the cross-cultural adaptation of epidemological measurement instruments. Rev SaúdePública. 2007; 41(4):665-73.
15 Study protocol for the World Health Organisation project to develop a quality of life assessment instrument (WHOQOL). Qual Life Res. 1993;2(2):153-9.
16 World Health Organization (CH). Process of translation and adaptation of instruments. Geneva: WHO; 2007 [cited 2016 Jan 26]. Available from: Available from: http://www.who.int./substance-abuse/research--tools/translation/en .
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17 Bullinger M, Alonso J, Apolone G, Leplège A, Sullivan M, Wood-Dauphinee S, et al. Translating health status questionnaires and evaluating their quality: the IQOLA project approach. J Clin Epidemiol. 1998;51(11):913-23.
18 Geisinger KF. Cross-cultural normative assessment: translation and adaptation issues influencing the normative interpretation of assessment instruments. Psychol Assess. 1994;6(4):304-12.-1919 Sousa VD, Rojjanasrirat W. Translation, adaptation and validation of instruments or scales for use in cross cultural health care research: a clear and user friendly guideline. J Eval Clin Pract. 2011;17(2):268-74. ) nos estudos que utilizaram a adaptação transcultural.
DISCUSSÃO
Nos estudos avaliados da área de enfermagem, encontrou-se a aplicação de diferentes recomendações e metodologias de adaptação transcultural de instrumentos, que, apesar de convergirem em alguns aspectos, diferenciaram-se em outros (uso de tradução técnica, de grupos focais etc.). Entretanto, observou-se um predomínio da utilização de diferentes versões do método desenvolvido pelo grupo de estudos de Beaton e colaboradores nos anos de 1996, 2000 e 200766 Guillemin F, Bombardier C, Beaton D. Cross-cultural adaptation of health-related quality of life measures: Literature review and proposed guidelines. J Clin Epidemiol. 1993;46(12):1417-32.
7 Beaton D, Bombardier C, Guillemin F, Ferraz MB. Guidelines for the process of cross-cultural adaptation of self-report measures. Spine (Phila Pa 1976). 2000;25(24):3186-91.-88 Beaton D, Bombardier C, Guillemin F, Ferraz MB. Recommendations for the cross-cultural adaptation of the DASH & QuickDASH outcome measures. Institute for Work & Health; 2007 [cited 2016 Jan 26]. Available from: Available from: http://www.dash.iwh.on.ca/sites/dash/files/downloads/cross_cultural_adaptation_2007.pdf
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. Isso demonstrou sua aplicabilidade e facilidade de operacionalização, que o tornou referência de utilização nacional e internacional.
Considerando a relevância dos estudos metodológicos, uma vez que eles disponibilizaram instrumentos confiáveis e válidos de mensuração, fez-se imprescindível a utilização adequada do método escolhido para guiar todo o processo de adaptação transcultural. Assim, a equivalência transcultural de um instrumento foi proporcional à obediência do processo de adaptação transcultural de dado instrumento à metodologia que se propôs utilizar.
Em contraponto, alguns autores acrescentaram especificidades ao método, no sentido de aprimorar a adaptação transcultural do seu instrumento. Essas alterações consistiram no acréscimo de um tradutor2222 Sundborg E, Tornkvist L, Wandell P, Saleh-Stattin N. Cross-cultural adaptation of an intimate partner violence questionnaire. Clin Nurs Res. 2012;21(4):450-66.,6666 Peduzzi M, Norman I, Coster S, Meireles E. Cross-cultural adaptation of the Readiness for Interprofessional Learning Scale in Brazil. Rev Esc Enferm USP. 2015;49(spe2):7-14., na inserção da avaliação da síntese das traduções pelo autor original do instrumento3333 Sousa P, Gaspar P, Fonseca H, Hendricks C, Murdaugh C. Health promoting behaviors in adolescence: validation of the Portuguese version of the Adolescent Lifestyle Profile. J Pediatr (Rio J). 2015;91(4):358-65.) e na participação do autor original nos processos de tradução e retrotradução5858 Motta GDCP, Schardosim JM, Cunha MLC. Neonatal infant pain scale: cross-cultural adaptation and validation in Brazil. J Pain Symptom Manage. 2015;50(3):394-401.. Quanto a essa decisão, devem-se considerar as dificuldades linguísticas culturais do autor original para a compreensão e boa avaliação da versão traduzida inicial. Outros desenvolveram dois pré-testes e dois comitês de especialistas, a fim de aprimorar e qualificar a adaptação do instrumento2222 Sundborg E, Tornkvist L, Wandell P, Saleh-Stattin N. Cross-cultural adaptation of an intimate partner violence questionnaire. Clin Nurs Res. 2012;21(4):450-66.,4040 Klein C, Linch GFC, Souza EN, Mantovani VM, Goldmeier S, Rabelo R. [Cross-cultural adaptation and validation of a questionnaire on what nurses know of heart failure]. Rev Gaúcha Enferm. 2012;33(1):19-25. Portuguese.,6363 Cinar FI, Cinar M, Yilmaz S, Acikel C, Erdem H, Pay S, et al. Cross-Cultural adaptation, reliability, and validity of the Turkish Version of the Compliance Questionnaire on Rheumatology in patients with Behçet's disease. J Transcult Nurs. 2016;27(5):480-6.. Quanto ao pré-teste, houve aqueles que utilizaram amostra superior ao sugerido5858 Motta GDCP, Schardosim JM, Cunha MLC. Neonatal infant pain scale: cross-cultural adaptation and validation in Brazil. J Pain Symptom Manage. 2015;50(3):394-401.. Essas alterações nem sempre foram justificadas pelos autores, o que pode ser percebido como falha ou limitação dos estudos.
Considerando a superficialidade de informações sobre as etapas do processo de adaptação transcultural, em alguns artigos selecionados na amostra deste estudo houve incerteza quanto à adequada realização dos métodos que se propuseram realizar. Também houve artigos com inconsistência no cumprimento das etapas metodológicas orientados pelo modelo escolhido3131 Dahl O, Wickman M, Wengström Y. The cultural adaptation and validation of a Swedish version of the satisfaction with appearance scale (SWAP-Swe). Burns. 2014;40(4):598-605.-3232 Ndosi M, Tennant A, Bergsten U, Kukkurainen ML, Machado P, de la Torre-Aboki J, et al. Cross-cultural validation of the Educational Needs Assessment Tool in RA in 7 European countries. BMC Musculoskelet Disord. 2011;12:110.,4242 Avila CW, Riegel B, Pokorski SC, Camey S, Silveira LC, Rabelo-Silva ER. Cross-cultural adaptation and psychometric testing of the Brazilian version of the self-care of heart failure index version 6.2. Nurs Res Pract. 2013:178976.,4444 Ling-Juan Z, Jie C, Jian L, Xiao-Ying L, Ping F, Zhao-Fan X, et al. Development of quality of life scale in Chinese burn patients: cross-cultural adaptation process of burn-specific health scale - brief. Burns. 2012;38(8):1216-23.,5050 Paz EPA, Parreira P, Lobo ADS, Palasson RR, Farias SNP. Cross-cultural adaptation of the primary health care satisfaction questionnaire. Acta Paul Enferm. 2014;27(5):419-26.,5353 Gholizadeh L, Salamonson Y, Davidson PM, Parvan K, Frost SA, Chang S, et al. Cross-cultural validation of the Cardiac Depression Scale in Iran. Br J Clin Psychol. 2010;49(4):517-28.,6868 Baker DL, Melnikow J, Ly MY, Shoultz J, Niederhauser V, Diaz-Escamilla R. Translation of health surveys using mixed methods. J Nurs Scholarsh. 2010;42(4):430-8.,6969 Kim CJ, Chae SM, Too H. Psychometric testing of the Chronic Disease Self-Efficacy Scale-Korean Version (CDSES-K). J Transcult Nurs. 2012:23(2):173-80..
Por essa razão, houve métodos de adaptação transcultural que se destacaram quanto à clareza e à fidedignidade com que foram desenvolvidos nos artigos selecionados. São eles: Guillemin, Bombardier, Beaton e Beaton66 Guillemin F, Bombardier C, Beaton D. Cross-cultural adaptation of health-related quality of life measures: Literature review and proposed guidelines. J Clin Epidemiol. 1993;46(12):1417-32., Bombardier, Guillemin, Ferraz77 Beaton D, Bombardier C, Guillemin F, Ferraz MB. Guidelines for the process of cross-cultural adaptation of self-report measures. Spine (Phila Pa 1976). 2000;25(24):3186-91.-88 Beaton D, Bombardier C, Guillemin F, Ferraz MB. Recommendations for the cross-cultural adaptation of the DASH & QuickDASH outcome measures. Institute for Work & Health; 2007 [cited 2016 Jan 26]. Available from: Available from: http://www.dash.iwh.on.ca/sites/dash/files/downloads/cross_cultural_adaptation_2007.pdf
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foram citados em 47(49,0%) artigos; Brislin99 Brislin RW. Back-translation for cross-cultural research. J Cross-Cult Psychol. 1970;1(3):185-216.
10 Brislin RW, Lonner WJ, Thorndike RM. Cross-cultural research method. New York: Wiley; 1973.
11 Brislin RW. Handbook of cross-cultural psychology: methodology. Boston: Allyn and Bacon; 1980.-1212 Brislin RW. The wording and translation of research instruments. In: Berry JW. Field methods in cross-cultural research. Beverly Hills: Sage Publications; 1986. p. 137-64. em 12(12,5%); Herdman, Fox-Rushby, Badia e Reichenheim, Moraes1313 Herdman M, Fox-Rushby J, Badia X. A model of equivalence in the cultural adaptation of HRQoL instruments: the universalist approach. Qual Life Res. 1998;7(4):323-35.-1414 Reichenheim M, Moraes C. Operationalizing the cross-cultural adaptation of epidemological measurement instruments. Rev SaúdePública. 2007; 41(4):665-73.) aparecem em 6(6,2%); WHOQOL1515 Study protocol for the World Health Organisation project to develop a quality of life assessment instrument (WHOQOL). Qual Life Res. 1993;2(2):153-9. e WHO1616 World Health Organization (CH). Process of translation and adaptation of instruments. Geneva: WHO; 2007 [cited 2016 Jan 26]. Available from: Available from: http://www.who.int./substance-abuse/research--tools/translation/en
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) em 4(4,2%); Bullinger et al.1717 Bullinger M, Alonso J, Apolone G, Leplège A, Sullivan M, Wood-Dauphinee S, et al. Translating health status questionnaires and evaluating their quality: the IQOLA project approach. J Clin Epidemiol. 1998;51(11):913-23. em 3(3,1%), assim como Geisinger1818 Geisinger KF. Cross-cultural normative assessment: translation and adaptation issues influencing the normative interpretation of assessment instruments. Psychol Assess. 1994;6(4):304-12.) e Sousa, Rojjanasrirat1919 Sousa VD, Rojjanasrirat W. Translation, adaptation and validation of instruments or scales for use in cross cultural health care research: a clear and user friendly guideline. J Eval Clin Pract. 2011;17(2):268-74. .
Apesar de a fase da retrotradução não ser obrigatória, todos os principais guidelines66 Guillemin F, Bombardier C, Beaton D. Cross-cultural adaptation of health-related quality of life measures: Literature review and proposed guidelines. J Clin Epidemiol. 1993;46(12):1417-32.
7 Beaton D, Bombardier C, Guillemin F, Ferraz MB. Guidelines for the process of cross-cultural adaptation of self-report measures. Spine (Phila Pa 1976). 2000;25(24):3186-91.
8 Beaton D, Bombardier C, Guillemin F, Ferraz MB. Recommendations for the cross-cultural adaptation of the DASH & QuickDASH outcome measures. Institute for Work & Health; 2007 [cited 2016 Jan 26]. Available from: Available from: http://www.dash.iwh.on.ca/sites/dash/files/downloads/cross_cultural_adaptation_2007.pdf
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9 Brislin RW. Back-translation for cross-cultural research. J Cross-Cult Psychol. 1970;1(3):185-216.
10 Brislin RW, Lonner WJ, Thorndike RM. Cross-cultural research method. New York: Wiley; 1973.
11 Brislin RW. Handbook of cross-cultural psychology: methodology. Boston: Allyn and Bacon; 1980.-1212 Brislin RW. The wording and translation of research instruments. In: Berry JW. Field methods in cross-cultural research. Beverly Hills: Sage Publications; 1986. p. 137-64.,1515 Study protocol for the World Health Organisation project to develop a quality of life assessment instrument (WHOQOL). Qual Life Res. 1993;2(2):153-9.
16 World Health Organization (CH). Process of translation and adaptation of instruments. Geneva: WHO; 2007 [cited 2016 Jan 26]. Available from: Available from: http://www.who.int./substance-abuse/research--tools/translation/en
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17 Bullinger M, Alonso J, Apolone G, Leplège A, Sullivan M, Wood-Dauphinee S, et al. Translating health status questionnaires and evaluating their quality: the IQOLA project approach. J Clin Epidemiol. 1998;51(11):913-23.
18 Geisinger KF. Cross-cultural normative assessment: translation and adaptation issues influencing the normative interpretation of assessment instruments. Psychol Assess. 1994;6(4):304-12.-1919 Sousa VD, Rojjanasrirat W. Translation, adaptation and validation of instruments or scales for use in cross cultural health care research: a clear and user friendly guideline. J Eval Clin Pract. 2011;17(2):268-74. utilizados como modelo de adaptação transcultural identificaram-na como essencial. Ela se faz útil como uma ferramenta de comunicação com os autores da versão original e permite também identificar possíveis discrepâncias na tradução. A utilização de uma metodologia rigorosa no processo de adaptação contribui para alcançar as equivalências estrutural, linguística e cultural dos instrumentos9696 Epstein J, Santo RM, Guillemin F. A review of guidelines for cross-cultural adaptation of questionnaires could not bring out a consensus. J Clin Epidemiol. 2015;68(1):435-41..
O segundo guideline mais citado99 Brislin RW. Back-translation for cross-cultural research. J Cross-Cult Psychol. 1970;1(3):185-216.
10 Brislin RW, Lonner WJ, Thorndike RM. Cross-cultural research method. New York: Wiley; 1973.
11 Brislin RW. Handbook of cross-cultural psychology: methodology. Boston: Allyn and Bacon; 1980.-1212 Brislin RW. The wording and translation of research instruments. In: Berry JW. Field methods in cross-cultural research. Beverly Hills: Sage Publications; 1986. p. 137-64. se destaca por ter sido pioneiro no desenvolvimento de um guia metodológico de adaptação transcultural9696 Epstein J, Santo RM, Guillemin F. A review of guidelines for cross-cultural adaptation of questionnaires could not bring out a consensus. J Clin Epidemiol. 2015;68(1):435-41.. Esse processo envolve quatro passos: os três primeiros se referem à tradução, à retrotradução e à avaliação da equivalência semântica, e o quarto passo constitui o estudo-piloto.
Quanto às contribuições do uso destes guidelines99 Brislin RW. Back-translation for cross-cultural research. J Cross-Cult Psychol. 1970;1(3):185-216.
10 Brislin RW, Lonner WJ, Thorndike RM. Cross-cultural research method. New York: Wiley; 1973.
11 Brislin RW. Handbook of cross-cultural psychology: methodology. Boston: Allyn and Bacon; 1980.-1212 Brislin RW. The wording and translation of research instruments. In: Berry JW. Field methods in cross-cultural research. Beverly Hills: Sage Publications; 1986. p. 137-64., os pesquisadores concluíram que os instrumentos foram traduzidos e validados de forma adequada de acordo com o método utilizado. As limitações, quando citadas no corpo dos artigos, elencaram aspectos relacionados à amostra, como: quantidade baixa e generalização, amostragem por conveniência ou específica de uma determinada região geográfica7575 Chen CW, Chu H, Tsai CF, Yang HL, Tsai JC, Chung MH, et al. The reliability, validity, sensitivity, specificity and predictive values of the Chinese version of the Rowland Universal Dementia Assessment Scale. J Clin Nurs. 2015;24(21-22):3118-28.
76 Huang FF, Yang Q, Zhang J, Zhang QH, Khoshnood K, Zhang JP. Cross-cultural validation of the moral sensitivity questionnaire-revised Chinese version. Nurs Ethics. 2016;23(7):784-93.-7777 Liu M, Chow A, Lau Y, He HG, Wang W. Psychometric testing of the Chinese Mandarin version of the Mental Health Inventory among Chinese patients with coronary heart disease in Mainland China. Int J Nurs Pract. 2015;21(6):913-22..
Além dos dois principais desenhos metodológicos já descritos, cabe aqui ressaltar as indicações e diretrizes de outros cinco guidelines que foram citados por pelo menos dois estudos encontrados nessa revisão. A discussão mais abrangente desses trabalhos se faz porque, atendendo ao objetivo da pesquisa, é necessário darem-se a conhecer esses métodos mais empregados.
O modelo de adaptação transcultural de instrumentos1515 Study protocol for the World Health Organisation project to develop a quality of life assessment instrument (WHOQOL). Qual Life Res. 1993;2(2):153-9. -1616 World Health Organization (CH). Process of translation and adaptation of instruments. Geneva: WHO; 2007 [cited 2016 Jan 26]. Available from: Available from: http://www.who.int./substance-abuse/research--tools/translation/en
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foi divulgado na internet e incluiu o processo de: 1) tradução; 2) painel de especialistas;3) retrotradução; 4) pré-teste e entrevista cognitiva; 5) versão final - é a obtida como resultado de todas as etapas anteriores. Sugere-se que em cada etapa seja atribuído um número à versão da escala produzida para facilitar as avaliações.
As falhas na aplicação desse modelo se concentram nas etapas de painel de especialistas e de pré-teste. A falta da descrição detalhada em algumas fases pode ser também atribuída ao fato de que esses artigos apresentaram, concomitantemente ao processo de adaptação transcultural, a análise das propriedades psicométricas.
Os idealizadores1717 Bullinger M, Alonso J, Apolone G, Leplège A, Sullivan M, Wood-Dauphinee S, et al. Translating health status questionnaires and evaluating their quality: the IQOLA project approach. J Clin Epidemiol. 1998;51(11):913-23.) descreveram os passos de adaptação transcultural usados com o Questionário de Qualidade de Vida -SF-36. Os estudos apresentaram como principal discordância em relação ao guideline a inclusão da avaliação de um comitê de especialistas na fase subsequente à tradução inicial (1 e 2). Em um dos estudos, a back translation/retrotradução foi realizada somente por um tradutor e depois avaliada pelo comitê de profissionais, por fim enviada ao autor original. Além disso, a etapa de avaliação por dois outros tradutores não foi rotineiramente realizada.
Alguns autores1414 Reichenheim M, Moraes C. Operationalizing the cross-cultural adaptation of epidemological measurement instruments. Rev SaúdePública. 2007; 41(4):665-73. desenvolveram uma metodologia para adaptação transcultural de instrumentos baseada no trabalho1313 Herdman M, Fox-Rushby J, Badia X. A model of equivalence in the cultural adaptation of HRQoL instruments: the universalist approach. Qual Life Res. 1998;7(4):323-35.. Esse modelo incluiu seis aspectos de equivalência: (1) conceitual (busca a existência de um conceito comum nas duas populações, aquela em que a escala foi desenvolvida e aquela em que vai ser aplicada); (2) de itens (examina criticamente as perguntas ou itens utilizados de forma que sejam correspondentes nos dois idiomas); (3) semântica (o significado das palavras contidas no instrumento original deve ser o mesmo entendido na população alvo da versão); (4) operacional (refere-se ao formato do instrumento, métodos de medida, forma de aplicação); (5) de mensuração (refere-se às propriedades psicométricas); e (6) funcional (ambos os instrumentos, original e nova versão, devem medir os mesmos conceitos em culturas diferentes).
Observou-se que os estudos que optaram por esse método mantiveram-se fieis às etapas previstas. No quadro 3, não se mencionou equivalência de mensuração porque neste trabalho considerou-se o processo de testagem das propriedades psicométricas como um item posterior ao processo metodológico de adaptação transcultural.
Nos estudos que apontaram essa metodologia, houve inobservância às regras estabelecidas com a não-realização de retrotradução ou a não-realização do pré-teste. A falta de retrotradução é apontada como uma limitação da abordagem, pois a tradução chinesa final não foi retrotraduzida para verificar se há precisão e consistência.
Por fim, os autores1414 Reichenheim M, Moraes C. Operationalizing the cross-cultural adaptation of epidemological measurement instruments. Rev SaúdePública. 2007; 41(4):665-73. propuseram uma orientação clara e de fácil utilização para a tradução, adaptação transcultural e validação de instrumentos ou escalas para a pesquisa em cuidados de saúde. Sua proposta incluiu os seguintes passos: 1) tradução inicial por pelo menos dois tradutores bilíngues e biculturais (com experiência na cultura dos dois países); 2) síntese I: comparação entre as duas traduções e a versão original por um terceiro tradutor bilíngue. As discrepâncias devem ser discutidas em um grupo para obtenção de uma versão traduzida preliminar; 3) retrotradução cega da versão preliminar por pelo menos dois tradutores cuja língua-mãe seja a mesma da versão original da escala; 4) síntese II: compreende a comparação das duas versões retrotraduzidas com a original e a obtenção de uma versão pré-final da escala. E a etapa cinco se refere ao teste piloto da versão pré-final com uma amostra que pode variar de 10 a 40 sujeitos1919 Sousa VD, Rojjanasrirat W. Translation, adaptation and validation of instruments or scales for use in cross cultural health care research: a clear and user friendly guideline. J Eval Clin Pract. 2011;17(2):268-74. .
Os autores1414 Reichenheim M, Moraes C. Operationalizing the cross-cultural adaptation of epidemological measurement instruments. Rev SaúdePública. 2007; 41(4):665-73. incluíram mais dois passos voltados para a validação. Essa metodologia é recente e incorpora uma série de outros métodos, sendo detalhada e de fácil aplicação. Os dois estudos que a utilizaram seguiram rigorosamente os passos determinados. Observou-se que, apesar de produzida na América, os países que a empregaram são China e Irã9494 Moradian S, Shahidsales S, Ghavam-Nasiri MR, Pilling M, Molassiotis A, Walshe C. Translation and psychometric assessment of the Persian version of the Rhodes Index of Nausea, Vomiting and Retching (INVR) scale for the assessment of chemotherapy-induced nausea and vomiting. Eur J Cancer Care (Engl). 2014;23(6):811-8.-9595 He W, Bonner A, Anderson D. Translation and psychometric properties of the Chinese version of the Leeds Attitudes to Concordance II scale. BMC Med Inform Decis Mak. 2015;15:60..
Os demais modelos metodológicos utilizados1818 Geisinger KF. Cross-cultural normative assessment: translation and adaptation issues influencing the normative interpretation of assessment instruments. Psychol Assess. 1994;6(4):304-12.-1919 Sousa VD, Rojjanasrirat W. Translation, adaptation and validation of instruments or scales for use in cross cultural health care research: a clear and user friendly guideline. J Eval Clin Pract. 2011;17(2):268-74. , ainda que apresentassem suas particularidades, foram condizentes na realização de tradução, retrotradução, pré-teste (não necessariamente nessa ordem). Em alguns casos essas etapas seriam realizadas por meio de grupos focais. Em um desses, o modelo seguido assemelha-se muito ao do grupo9797 Castelo Branco EMS, Peixoto MAP, Alvim NAT. Translation and adaptation of the action control scale aimed at nursing care. Texto Contexto Enferm. 2015;24(2):371-80..
Um ponto importante é que, embora os autores1414 Reichenheim M, Moraes C. Operationalizing the cross-cultural adaptation of epidemological measurement instruments. Rev SaúdePública. 2007; 41(4):665-73. definissem um modelo principal para seguir a adaptação do instrumento foco, na quase totalidade dos estudos foram citados autores secundários que também possuem diretrizes para esse processo. Muitas vezes isso se fez numa tentativa de justificar uma inadequação no desenvolvimento do método principal escolhido. Em outras, parece servir como um respaldo para o modelo principal.
CONCLUSÃO
O estudo apresentou um compilado de informações sobre as diferentes diretrizes metodológicas aplicadas à adaptação transcultural de instrumentos no contexto da enfermagem.
A recorrência do método concebido por Beaton e seus colaboradores indicou sua importância e sugeriu um consenso tácito em relação ao referencial teórico-metodológico mais adequado. Todos os métodos empregados coincidiram na utilização da backtranslation, e diversos estudos em diferentes idiomas e países apontaram a aceitabilidade internacional dessa metodologia.
Apesar de as buscas terem sido realizadas nas bases de dados mais utilizadas (inclusive bases de dados de alcance local e internacional, específicas da saúde e multidisciplinares), alguns estudos podem não ter sido capturados, uma vez que algumas revistas de enfermagem podem não estar indexadas em nenhuma das bases utilizadas, o que se configura como limitação desta revisão. Além disso, é possível que haja dados em relação aos métodos de adaptação transcultural utilizados que não tenham sido descritos no artigo, embora possam estar presentes nas versões originais de dissertações e teses.
Como contribuição deste estudo, destaca-se a descrição detalhada de diferentes processos metodológicos, que pode servir como uma importante fonte de pesquisa para o planejamento e o desenvolvimento de futuros estudos de enfermeiros voltados para a adaptação transcultural de instrumentos.
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Datas de Publicação
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Publicação nesta coleção
2018
Histórico
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Recebido
28 Ago 2017 -
Aceito
26 Mar 2018