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ESTRATÉGIAS SOBRE OS TIPOS DE ALONGAMENTOS QUE PRECEDEM O SALTO VERTICAL

RESUMO

Design do estudo: identificar uma melhor estratégia de alongamento estático (AE), Alongamento dinâmico (AD) e facilitação neuromuscular proprioceptiva (FNP) em relação ao rendimento de suas aplicações no salto vertical contramovimento (SCM). Desenvolveu-se uma revisão sistemática da Literatura nos meses de maio e junho de 2021, nas bases de dados Pubmed/MEDLINE, Scopus, LILACS, SPORTDiscus e Embase. Utilizou-se o checklist PRISMA-2020. Para análise de risco de viés utilizou-se a escala do Cochrane handbook e a escala de Downs and Black. 17 estudos foram incluídos para análise qualitativa. O recrutamento da Unidade Motora e a sua frequência de estimulações favorecem os fatores neurais e o desempenho da força muscular durante a contração. Investigações circunstanciadas são necessárias sobre os fatores neurais que modificam as respostas reflexas e controle motor considerando as características biológicas e deformações plásticas. O AE é um preditor negativo para o desempenho do salto vertical (SV) e, as melhorias são reduzidas quando o tempo de alongamento é superior a 60 segundos, e quando associado a FNP não revelou resultados significativos. Sugere-se a utilização do AE antes do AD em períodos curtos de 20 segundos e não mais que 60 segundos na pré-atividade ao SV. Nos alongamentos curtos a gama de movimentos aumentou tanto no joelho quanto no quadril e, a musculatura isquiotibial, quando em tensão, é desfavorável em esportes que utilizam frequentemente o SV. Portanto, a FNP com a utilização da técnica que envolve um processo de contrair e relaxar deve ser investigada de forma isolada e específica preconizando o grupo antagonista. Desta forma, diminuir a força do antagonista pode ser favorável para o ganho de altura, embora estudos atualizados sejam necessários para minimizar os preditores de menor estabilidade e/ou controle muscular. Nível de evidência II; Estudo de Revisão Sistemática.

Descritores:
Amplitude; Voleibol; Exercício de Alongamento Muscular; Força Muscular; Rendimiento Físico Funcional

ABSTRACT

Study design: identify a better strategy for static stretching (SS), dynamic stretching (DS), and proprioceptive neuromuscular facilitation (PNF) concerning the performance of their applications in countermovement vertical jump (CVJ). A systematic literature review was conducted in May and June 2021 in the Pubmed/MEDLINE, Scopus, LILACS, SPORTDiscus, and Embase databases. The PRISMA-2020 checklist was used. The Cochrane handbook scale and the Downs and Black scale were used for risk of bias analysis. Seventeen studies were included for qualitative analysis. Motor Unit recruitment and its stimulation frequency favor neural factors and muscle strength performance during contraction. Detailed investigations are necessary on the neural factors that modify the reflex responses and motor control, considering the biological characteristics and plastic deformations. The SS is a negative predictor of vertical jump (VJ) performance. The improvements are reduced when the stretching time is longer than 60 seconds, and when associated with PNF, did not reveal significant results. Using the SS before the DS in short periods of 20 seconds and no more than 60 seconds in the pre-activity to the VJ is suggested. In short stretches, the ROM increased both in the knee and the hip, and the hamstring muscles, when in tension, are unfavorable in sports that frequently use the VJ. Therefore, PNF using the technique that involves a process of contracting and relaxing must be investigated in an isolated and specific way, advocating the antagonist group. Thus, decreasing antagonist strength may be favorable for height gain, although contemporary studies are needed to minimize lower stability and muscle control predictors. Level of Evidence II; Systematic Review Study.

Keywords:
Amplitude; Volleyball; Muscle Stretching Exercises; Muscle Strength; Physical Functional Performance

RESUMEN

Diseño del estudio: identificar una mejor estrategia de estiramiento estático (EE), estiramiento dinámico (ED) y facilitación neuromuscular propioceptiva (FNP) en relación con el rendimiento de sus aplicaciones en salto vertical con contramovimiento (SCM). Se realizó una revisión sistemática de la literatura en mayo y junio de 2021, en las bases de datos Pubmed/MEDLINE, Scopus, LILACS, SPORTDiscus y Embase. Se utilizó la checklist PRISMA-2020. Para el análisis del riesgo de sesgo se utilizaron la Cochrane handbook y la escala de Downs y Black. Se incluyeron 17 estudios para el análisis cualitativo. El reclutamiento de Unidad Motora y su frecuencia de estimulación favorece los factores neurales y el desempeño de la fuerza muscular durante la contracción. Son necesarias investigaciones detalladas sobre los factores neurales que modifican las respuestas reflejas y el control motor considerando las características biológicas y las deformaciones plásticas. El EE es un predictor negativo para el rendimiento de la salto vertical (SV) y las mejoras se reducen cuando el tiempo de estiramiento es mayor a 60 segundos, y cuando se asocia con FNP no revela resultados significativos. Se sugiere utilizar el EE antes del ED en periodos cortos de 20 segundos y no más de 60 segundos en la preactividad al SV. En tramos cortos, la gama de movimientos se incrementó tanto en la rodilla como en la cadera, y los músculos isquiotibiales, cuando están en tensión, son desfavorables en deportes que utilizan frecuentemente el SV. Por tanto, la FNP mediante la técnica que implica un proceso de contracción y relajación debe investigarse de forma aislada y específica, preconizando el grupo antagonista. Por lo tanto, la disminución de la fuerza del antagonista puede ser favorable para la ganancia de altura, aunque se necesitan estudios contemporáneos para minimizar los predictores de menor estabilidad y/o control muscular. Nível de Evidencia II; Estudio de Revisión Sistematica.

Descriptores:
Amplitud; Voleibol; Ejercicios de Estiramento Muscular; Fuerza Muscular; Rendimento Físico Funcional

INTRODUÇÃO

O voleibol é a modalidade de esporte em que o salto vertical (SV) do atleta é de suma importância. Numa partida de voleibol, desenvolvem-se, em média, 170 a 190 saltos para se estabelecer um bom desempenho e qualidade do salto que demanda um período de aprendizagem.11 Hespanhol JE, Silva Neto LG, Arruda M. Confiabilidade do teste de salto vertical com 4 séries de 15 segundos. Rev Bras Med Esporte. 2006;12(2):95-8. O rendimento no SV do jogador de voleibol está associado a sua força e velocidade dos membros inferiores, que, por sua vez, se estabelece através de uma disposição ordenada de ações balísticas dinâmicas e alongamentos em tecidos musculares específicos.22 Silva LM, Neiva HP, Marques MC, Izquierdo M, Marinho DA. Effects of warm-up, post-warm-up, and re-warm-up strategies on explosive efforts in team sports: A systematic review. Sports Med. 2018;48(10):2285-99. O treinamento de atletas que fazem o aquecimento com alongamentos e saltos, associados ou não à utilização de pesos, vem demonstrando um efeito positivo no ganho de altura e velocidade do SV.33 Gómez-Álvarez N, Moyano F, Huichaqueo E, Veruggio M, Urrutia V, Hermosilla-Palma F, et al. Effects of the Inclusion of jump exercises with and without external overload in the warm-up on physical performance parameters in young handball athletes. MHSalud. 2020;17(1):49-63.

O alongamento surge como uma opção ao desenvolvimento físico destes atletas, visto que se estabelece como um exercício específico que interfere nos tecidos moles, aumentando seu comprimento e sua flexibilidade.44 Almeida TT, Jabur NM. Mitos e verdades sobre flexibilidade: Reflexões sobre o treinamento de flexibilidade na saúde dos seres humanos. Motricidade. 2007;3(1):337-44. Existem, porém, controvérsias no que se refere às alterações das propriedades mecânicas do músculo-tendão após etapas de alongamentos.55 Konrad A, Budini F, Tilp M. Acute effects of constant torque and constant angle stretching on the muscle and tendon tissue properties. Eur J Appl Physiol. 2017;117(8):1649-56.

6 Oliveira MB, Letieri RV, Holanda FJ, Lima IHV, Alves Júnior TA, Furtado GE. Efeito agudo de exercícios de flexibilidade no desempenho do salto vertical em homens: um estudo piloto. Motricidade. 2016;12(Suppl 1):62-8.
-77 Konrad A, Reiner MM, Thaller S, Tilp M. The time course of muscle-tendon properties and function responses of a five-minute static stretching exercise. Eur J Sport Sci. 2019;19(9):1195-203. Da mesma forma, o alongamento submáximo antes do teste de impulsão vertical demonstrou menor potência da musculatura dos membros inferiores específicos.88 Nogueira CJ, Galdino LAS, Vale RGS, Dantas EHM. Efeito agudo do alongamento estático sobre o desempenho no salto vertical. Motriz. 2010;16(1):10-6.

Diferentes métodos estão sendo aprimorados com o propósito de aproveitar ao máximo o potencial do atleta. O treinamento resistivo para os respectivos grupos musculares dos membros inferiores vem se estabelecendo como intenção no ganho de altura do salto vertical, como o controle da carga em treinamento, os modelos de organização da carga e o desenvolvimento da capacidade motora.99 Roschel H, Tricoli V, Ugrinowitsch C. Treinamento físico: considerações práticas e científicas. Rev Bras Educ Fís Esporte. 2011;25(n.º esp):53-65. Estudos recentes investigaram diferentes alvos metodológicos para atividades esportivas em que o salto confere uma associação direta com o seu rendimento, considerando os aspectos relacionados às avaliações de valências físicas, assimetria cinética e o comprometimento de sua dinâmica.1010 Horta TAG, Bara Filho MG, Miranda R, Coimbra DR, Werneck FZ. Influência dos saltos verticais na percepção da carga interna de treinamento de voleibol. Rev Bras Med Esporte. 2017;23(05):403-6

11 Medeiros FB, Menzel HJ, Chagas MH, Cançado GHCP, Araújo SRS, Lima FV, et al. Determination of kinetic asymmetries in soccer players performing vertical jump: Proposal of a novel procedure to determine impulse from force plate data. J Phys Educ. 2019;30(1):3-5.
-1212 McKay GD, Goldie PA, Payne W, Oakes B. Ankle injuries in basketball: Injury rate and risk factors. Br J Sports Med. 2001;35(2):103-8.

A falta do preparo muscular visando à velocidade e à força de saída do solo pode reduzir a impulsão vertical e a potência, necessitando, desta forma, um treinamento mais especializado.1313 Carvalho MHC, Picanco ES, Santos HQ. Treinamento específico de salto vertical para uma equipe de basquetebol sub-17 masculino. Motricidade. 2018;14(1):316-9. Fatores fisiológicos ainda são discutidos na comunidade científica sob diversos aspectos. Dentre outros, os efeitos dos alongamentos estáticos (AE), alongamento dinâmico (AD), de facilitação neuromuscular proprioceptiva (FNP) e até mesmo sobre os efeitos das interferências musculares no salto, bem como a fosforilação da cadeia leve reguladora de miosina, a afinidade ao cálcio (Ca2+) à troponina e ao aumento do recrutamento.1414 Kirmizigil B, Ozcaldiran B, Colakoglu M. Effects of three different stretching techniques on vertical jumping performance. J Strength Cond Res. 2014;28(5):1263-71.

15 Gomes WA, Silva JJ, Soares EG, Serpa EP, Corrêa DA, Vilela Júnior GB, et al. Efeitos agudos no desempenho do salto vertical após o agachamento com banda elástica de joelho. Rev Bras Med do Esporte. 2015;21(4):257-60.
-1616 Bradley PS, Olsen P, Portas MD. The effect of static, ballistic, and proprioceptive neuromuscular facilitation stretching on vertical jump performance. J Strength Cond Res. 2008;21(1):223-6.

Fatores como o índice de massa corporal (IMC), porcentagem de gordura e o impacto do estado psicológico do atleta devem ser levados em conderação, uma vez que podem afetar negativamente a potência do salto.66 Oliveira MB, Letieri RV, Holanda FJ, Lima IHV, Alves Júnior TA, Furtado GE. Efeito agudo de exercícios de flexibilidade no desempenho do salto vertical em homens: um estudo piloto. Motricidade. 2016;12(Suppl 1):62-8.,1717 Villaquiran AF, Rivera DM, Portilla EF, Jácome SJ. Activación muscular del vasto lateral y del medial durante saltos con una sola pierna en los planos frontal y sagital en mujeres deportistas. Biomédica. 2020;40(1):43-54.,1818 Carneiro L, Gomes AR. Fatores pessoais, desportivos e psicológicos no comportamento de exercício físico. Rev Bras Med Esporte. 2015;21(2):127-32. Portanto, compreender os mecanismos que sustentam o aumento ou a perda de força subsequente a uma técnica de alongamento permite esclarecer as diferenças de resultados entre as pesquisas científicas e o desenvolvimento de estratégias contemporâneas. Desta forma, o estudo tem por objetivo identificar os aspectos biomecânicos sobre o AE, AD e FNP e a possibilidade de um melhor rendimento de suas aplicações no SV contramovimento.

MÉTODOS

Desenvolveu-se uma revisão sistemática da literatura com uma fonte de busca literária através de um diagrama de fluxo baseado no cheklist PRISMA.1919 Page MJ, Moher D, Bossuyt PM, Boutron I, Hoffmann TC, Mulrow CD, et al. PRISMA 2020 explanation and elaboration: Updated guidance and exemplars for reporting systematic reviews. BMJ. 2021;372. Organizou-se um protocolo envolvendo um relatório de avaliação com diferentes estudos científicos.

Critérios de elegibilidade

Através de um protocolo pré-estabelecido, os estudos deveriam conter os aspectos relacionados às relações do alongamento de grupos musculares com o SV. Não houve restrição ou limitação de ano de publicação e idioma. Para análise qualitativa foi preconizado os estudos quantitativos de caráter experimental e os estudos observacionais de coorte, secção transversal e os de caso-controle. Estudos quase experimentais com forte impacto de alinhamento e de revisão não entrariam na análise qualitativa, mas poderiam ser incluídos somente em casos de grande relevância apenas para enriquecer a pesquisa através de informações específicas. Adotou-se o mesmo procedimento no que se refere às pesquisas metodológicas contendo estratégias de busca na literatura científica e métodos para o desenvolvimento de estudos de revisões. Já outras escritas contidas em editoriais, opiniões pessoais, comentários, jornais, cartas, cartilhas e resumos de congressos não foram considerados para esta pesquisa. Estudos com outros esportes só entrariam para esclarecer questões fisiológicas musculares de relevância, mas não entrariam na análise qualitativa.

Os fatores de exclusão foram estabelecidos da seguinte forma: não seria considerado o SV que não fosse equivalente à biomecânica do voleibol, basquete ou futebol; a população dos estudos deveria ser com atletas de idade superior a 15 e inferior a 35 anos; as pesquisas deveriam apresentar as características específicas das ações deste esporte envolvendo a análise do salto em combinações de aceleração e desaceleração durante a ação de movimentos, assim como, as técnicas de alongamento aplicadas na pré-atividades.

Sobre os temas de interesse, deveriam contemplar todos os aspectos químicos, mecânicos e fisiológicos durante o movimento do SV com prioridade para o voleibol. No entanto, considerou-se o salto vertical do basquete e do futebol no sentido de averiguar os desfechos das diferentes técnicas de alongamentos. O movimento do SV envolve uma ação excêntrica seguida de uma concêntrica, onde o atleta irá iniciar-se na posição ortostática, faz um movimento descendente com flexão de quadris, joelhos e tornozelos e, em seguida, estende-os em um SV sobre a superfície do solo.

Fontes de informação

Utilizaram-se os descritores em Ciência da Saúde da Biblioteca Virtual em Saúde Lilacs (DeCS) para obtenção das palavras chave, nas bases de dados, PubMed/MEDLINE, Scopus, Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS), SPORTDiscus e Embase. A lista de referências de os estudos incluídos foi analisada manualmente para avaliar a importância de incluir referências adicionais.

Estratégia de pesquisa

A busca pelos descritores foi realizada em 4 de maio de 2021. Foram selecionados os descritores Amplitude, Volleyball, Muscle Stretching exercise, Muscle strength, Phisical functional performance, associados aos operadores booleanos “AND” e “OR”, de modo a adquirir estudos mais aderentes ao tema pré-estabelecido. Para todos os sites utilizou-se a mesma estratégia de busca: “Amplitude” AND “Volleyball” AND “Muscle Stretching Exercises” AND “Muscle Strength” AND “Physical Functional Performance”; “Amplitude” OR “Volleyball” OR “Muscle Stretching Exercises” OR “Muscle Strength” OR “Physical Functional Performance”.

Esta pesquisa foi auxiliada através da estratégia PICO.2020 da Costa Santos CM, de Mattos Pimenta CA, Nobre MR. The PICO strategy for the research question construction and evidence search. Rev Lat Am Enfermagem. 2007;15(3):508-11. Desta forma, a população de interesse incluiu os atletas de voleibol, basquete e futebol. A intervenção foram os estudos com concepções de análise referente às características de ordem fisiológica e biomecânica sobre o SV. A comparação não se estabelece através de uma concepção direta. No entanto, a presente pesquisa verificou de forma indireta os estudos que abordaram os aspectos fisiológicos e biomecânicos após o desenvolvimento de estratégias com alongamentos. O resultado foi a busca sobre os diferentes desfechos contendo dados percentuais e sistemáticos após a aplicação de estratégias de alongamentos para o rendimento do SV.

Processo de seleção

O processo de seleção foi desenvolvido por pares seguindo as recomendações do consenso PRISMA - 2020, norteada pela seguinte questão: qual estratégia de alongamento possibilita um melhor rendimento durante o SV.

A busca foi desenvolvida por dois revisores independentes e, caso houvesse divergência, um terceiro revisor fazia a mediação para o processo de inclusão. Vale ressaltar que um protocolo com critérios pré-estabelecido foi desenvolvido e, embora não houvesse limitação de ano para inclusão, o protocolo dava preferência para os estudos mais recentes e com maior força de evidência científica, preconizando a validade interna das pesquisas e as diretrizes do Centro de Medicina baseada em Evidência, Oxfors, Reino Unido (www.cebm.net), que se assemelha às diretrizes da pirâmide de Murad et al.2121 Murad MH, Asi N, Alsawas M, Alahdab F. New evidence pyramid. Evid Based Med. 2016;21(4):125-7. Na primeira etapa de coleta, utilizou-se o gerenciador de referencias EndNote X9.1.2222 EndNote X9.1 (Clarivate Analytics) consolidated literature as abstracts, ULRs, and PDFs, recovering 136 hotspot articles [https://www.myendnoteweb.com/]. More than 500 geospatial science articles were assessed for relevance to POCT [acesso em 22 de agosto 2021]. Disponível em: http://www.myendnoteweb.com/help/pt_br/ENW/h_index.htm.
https://www.myendnoteweb.com/...

Processo de coleta e lista de dados

A partir da seleção inicial de publicações, somadas as bases escolhidas e os critérios propostos, foi aplicado o processo de seleção de referencial para revisões sistemáticas seguindo as etapas: identificação de trabalhos repetidos; leitura dos descritores; leitura dos títulos; leitura dos resumos; analise metodológica. Seriam excluídos os estudos que não apresentaram aspectos relacionados ao SV; população diferente; métodos e resultados não elucidados entre alongamento e sua contribuição no SV. Os estudos deveriam conter os aspectos fisiológicos e biomecânicos e as estratégias utilizadas pelos pesquisadores.

Consecutivamente, os artigos foram submetidos a uma análise bibliométrica dos revisores através do software bibliométrico Sitkis.2323 Schildt HA [http://www.hut.fi/]. SITKIS: Software for Bibliometric Data Management and Analysis v0.6.1. Helsinki: Institute of Strategy and International Business, 2002 [Acesso em 28 de agosto 2022]. Disponível em: http://www.hut.fi/~hschildt/sitkis.
http://www.hut.fi/...
O propósito desta análise de cocitação de palavras-chave foi avaliar a frequência e a interação dos descritores presentes nos artigos selecionados. Dessa forma, a análise das palavras-chaves permitiria uma avaliação retrospectiva da qualidade do processo de seleção dos artigos utilizados.

Após verificar novamente os critérios e adquirir os artigos a serem utilizados, reorganizou-se o número de estudos selecionados em tópicos com a inserção de dois temas pertinentes ao objetivo do estudo:

  • O desempenho a partir do AE e AD nos fatores relacionados ao rendimento do SV.

  • Influência das diferentes estratégias com FNP e habilidade fisiológica e neuromuscular durante o SV.

Medidas de associação utilizadas

Foram considerados estudos experimentais que utilizaram análises das proporções através de testes estatísticos, como o qui-quadrado e exato de Fischer. Da mesma maneira a verificação de estudos que utilizaram o teste de Shapiro-Wilk para verificar a normalidade dos dados e até mesmo estratégias já utilizadas para verificação quanto aos desfechos do SV. Observaram-se os níveis de significância nos diferentes resultados, que poderiam ser de 5% (p<0,05) ou 1% (p<0,01).

Avaliação do risco de viés nos estudos selecionados

Os dois autores nos estudos de ensaios clínicos seguiram as diretrizes do “Cochrane handbook for systematic reviews of interventions (Version 5.1.0).2424 Higgins JP, Green S [https://handbook-5-1.cochrane.org/]. Cochrane Handbook for Systematic Reviews of Interventios. Version 5.1.0. 2011 [Acesso em 12 de setembro 2022]. Disponível em: https://handbook-5-1.cochrane.org/
https://handbook-5-1.cochrane.org/...
Com uma adaptação da ferramenta para a verificação de viés da Cochrane Handbook, os autores avaliaram e consideraram os resultados da seguinte maneira: considerou-se satisfatório e de possível alocação quando um determinado estudo atingiu “ ≥4” domínios da tabela 8.5.d (handbook-5-1.cochrane), com baixo nível de viés. Vale ressaltar que determinado estudo para ser selecionado deveria apresentar baixo risco de viés preferencialmente nos domínios seis e sete, ou seja, uma superioridade em baixo nível de viés em quatro domínios ou mais, desde que contemplado o sexto e o sétimo domínio. Considerou-se insatisfatório para esta pesquisas quando um estudo atingiu “baixo risco de viés” em apenas um, dois ou três domínios “≤ 3”.

Em outros tipos de estudos, ou seja, de coorte, caso controle e cortes transversais, o nível de viés foi avaliado por uma adaptação da escala de “Downs e Black”.2525 Downs SH, Black N. The feasibility of creating a checklist for the assessment of the methodological quality both of randomized and nonrandomisede studies of health care interventions. J Epidemiol Community Health. 1998;52(6):377-84 Esta escala visa avaliar estudos não relacionados a ensaios clínicos randomizados. A pontuação para um determinado estudo ser alocado ocorreu da seguinte maneira: para a pesquisa ser selecionada deveria atingir no mínimo 13 pontos, independente do tipo de estudo. No entanto, a pontuação máxima para os estudos de caso-controle foi estipulada de 28 pontos de acordo com os critérios da escala e 22 pontos para os estudos de coorte e corte transversal.

RESULTADOS

Nas bases de dados selecionadas para a busca de artigos, foram identificados 10.615 artigos relacionados ao tema de interesse. Após a retirada de 7.146 artigos duplicados, foram obtidos 3.469 artigos para análise nos idiomas português, inglês e espanhol. Uma análise abrangente do título e do resumo eliminou 3.032 artigos, resultando em 437 artigos. Posteriormente, artigos excluídos com base na questão PICO (n = 396). Na segunda etapa, todos os 41 artigos que restaram foram lidos na íntegra e 24 foram excluídos da análise; quatro não apresentaram dados para identificar as estratégias utilizadas no desempenho do salto vertical, 11 avaliaram outros resultados e nove apresentaram dados de associação insuficientes para avaliar os aspectos fisiológicos e biomecânicos em relação às estratégias de alongamentos. O fluxograma que mostra o processo de identificação, inclusão e exclusão com maiores detalhes na Figura 1.

Figura 1
Fluxograma do processo de seleção para a busca bibliográfica; a lista de verificação do diagrama (PRISMA 2020).

Subsequentemente, a interação dos descritores presentes nos artigos selecionados, conforme Figura 2.

Figura 2
Análise de interação das palavras-chave mais relevantes. Software Sit-kis (Schildt, 2002).

Características gerais da pesquisa relacionadas ao tipo de estudo e país onde foi desenvolvido

A presente revisão sistemática incluiu 17 estudos científicos para a análise qualitativa após aplicação da seleção condizente com os critérios acima mencionados, sendo 15 (88,2,%) estudos experimentais e dois (11,7%) estudos de secção transversal. Em relação ao país onde os estudos foram desenvolvidos: quatro (23,5%) foram desenvolvidos nos Estados Unidos da América, três (17,6%), no Reino Unido, três (17,6%), no Brasil, dois (11,7%), na Austrália Um (5,9%), na Costa Rica, Um (5,9%), na Colombia, Um (5,9%), no Canadá, Um (5,9%), na Grécia e Um (5,9%), na Turquia. (Tabela 1)

Tabela 1
Estratégias e características dos estudos selecionados na análise.

Soma absoluta dos dados em relação ao número de pesquisas e pontuações alcançadas

Com relação aos escores da escala adaptada de Downs e Black, dois estudos de secção transversal atingiram a pontuação desejada. Um estudo alcansou treze pontos e um atingiu quatorze pontos. Com ao uso da ferramenta Cochrane Handbook, cinco estudos experimentais tiveram baixo risco de viés em cinco (5) domínios, que foi a proporção mais significativa do baixo risco de viés, e dez pesquisas científicas alcançaram baixo risco de viés em quatro (4) domínios. (Tabela 2)

Tabela 2
Estudos observacionais e experimentais a partir da adaptação das escalas de Downs and Black e Cochrane Handbook.

DISCUSSÃO

O desempenho a partir do AE e AD nos fatores relacionados ao rendimento do SV

O AE é frequentemente utilizado em ambientes clínicos e atléticos com o objetivo específico de aumentar a amplitude de movimento (ADM) das articulações e reduzir riscos de lesões.2626 McHugh MP, Cosgrave CH. To stretch or not to stretch: The role of stretching in injury prevention and performance. Scand J Med Sci Sports. 2010;20(2):169-81. A perda da força induzida pelo alongamento parece ter forte impacto com o comprimento do músculo e os efeitos viscoelásticos do alongamento possibilitam um aumento na ADM articular, que, por sua vez, estão associados a diminuições de resistência passiva ao alongamento.2727 MCHugh MP, Nesse M. Effect of stretching on strength loss and pain fter eccentric exercise. Am Coll Sports Med. 2008;40(3):566-73. Todavia, após determinada duração de uma resistência ao alongamento na mesma ADM, a consequência aponta uma redução da força.2727 MCHugh MP, Nesse M. Effect of stretching on strength loss and pain fter eccentric exercise. Am Coll Sports Med. 2008;40(3):566-73.

Diferentes achados ocorridos entre os anos 2000 e 2021 apontaram o AE em diferentes tempos de execução como uma manobra que predispõe a diminuição no desempenho de salto.2828 Cornwell A, Nelson AG, Sidaway B. Acute effects of stretching on the neuromechanical properties of the triceps surae muscle complex. Eur J Appl Physiol. 2002;86(5):428-34.

29 Behm DG, Kibele A. Effects of differing intensities of static stretching on jump performance. Eur J Appl Physiol. 2007;101(5):587-94.

30 Behm DG, Blazevich AJ, Kay AD, Mchugh M. Acute effects of muscle stretching on physical performance, range of motion, and injury incidence in healthy active individuals: a systematic review. Appl Physiol Nutr Metab. 2016;41(1):1-11.

31 Donti O, Papia K, Toubekis A, Donti A, Sands WA, Bogdanis GC. Acute and long-term effects of two different static stretching training protocols on range of motion and vertical jump in preadolescent athletes. Biol Sport. 2021;38(4):579-86.
-3232 Guler D, Gunay M. Investigation into the effects of static and dynamic stretching on vertical jump performance of taekwondo athletes. Europ J Phys Educ Sport Sci. 2019;5(3):26-34. Os aspectos morfológicos assim como as relações de força e complacência da musculatura sugerem investigações mais específicas para o rendimento do SV. Estudos mostraram uma perda acentuada de -10,2% da força muscular em músculos de comprimentos musculares curtos em contraste com o ganho de +2,2% em músculos de comprimentos musculares mais longos.3333 Tallent J, Greene B, Johnson CD, McHugh MP. Role of neural tension in stretch-induced strength loss. Br J Sports Med. 2010;44(14):i27.,3434 Balle SS, Magnusson SP, Mchugh MP. Effects of contract-relax vs static stretching on stretch-induced strength loss and length-tension relationship. Scand J Med Sci Sports. 2015;25(6):764-9. Enquanto alguns autores observaram as relações da complacência muscular com o tempo de contração do músculo e análise de sua força, outros focalizaram a ação neural do músculo e as consequências referentes à atenuação da atividade reflexa e desfechos desfavoráveis no torque.77 Konrad A, Reiner MM, Thaller S, Tilp M. The time course of muscle-tendon properties and function responses of a five-minute static stretching exercise. Eur J Sport Sci. 2019;19(9):1195-203.,3535 Pulverenti TS, Trajano GS, Kirk BJC, Blazevich AJ. The loss of muscle force production after muscle stretching is not accompanied by altered corticospinal excitability. Eur J Appl Physiol. 2019;119(10):2287-99.

Pesquisadores examinaram os efeitos do AE, FNP e AD de série única na altura do SV e na ADM do quadril e do joelho. Quanto ao efeito dose-resposta relacionado ao tempo, não houve valores significativos quando aplicado um alongamento de <60 s.3636 Murphy JC, Nagle EF, Robertson RJ, McCrory JL. Effect of Single Set Dynamic and static stretching exercise on jump height in college age recreational athletes. Int J Exerc Sci. 2010;3(4):214-24. De acordo com os valores sistemáticos não existe associação de melhorarias nas relações entre AE e potência após os alongamentos curtos, e quando o tempo foi ≥60 s, parece existir uma probabilidade de desempenho ainda menor - 4,6%.3636 Murphy JC, Nagle EF, Robertson RJ, McCrory JL. Effect of Single Set Dynamic and static stretching exercise on jump height in college age recreational athletes. Int J Exerc Sci. 2010;3(4):214-24.

O AE e o AD associado em um período de 20 segundos antes de o SV indicou melhorias na altura média do SV em 1,8% no AE e 2% para o AD. Todavia, não apontou diferença entre os grupos (p > 0,017). Já quanto na ADM do joelho e quadril em atletas do sexo masculino, ambos os grupos com AE e AD aumentaram a ADM do quadril, 4,7% e 6% e do joelho, 1,7% e 0,02%, respectivamente.3636 Murphy JC, Nagle EF, Robertson RJ, McCrory JL. Effect of Single Set Dynamic and static stretching exercise on jump height in college age recreational athletes. Int J Exerc Sci. 2010;3(4):214-24. O tempo de alongamento pressupõe ser um fator fundamental indicando pequenas melhorias no SV quando o seu desenvolvimento foi de curta duração.3737 Murphy JR, Di Santo MC, Alkanani T, Behm DG. Aerobic activity before and following short-duration static stretching improves range of motion and performance vs. a traditional warm-up. Appl Physiol Nutr Metab. 2010;35(5):679-90.,3838 Little T, Williams AG. Effects of differential stretching protocols during warm-ups on high-speed motor capacities in professional soccer players. J Strength Cond Res. 2006;20(1):203-7.

Na rotina do voleibol, a relação entre protocolo ideal e maior desempenho ainda não está elucidada na literatura. Um estudo em 2021 investigou, através de dois protocolos, o efeito agudo e em longo prazo através de AE de igual duração e período.3131 Donti O, Papia K, Toubekis A, Donti A, Sands WA, Bogdanis GC. Acute and long-term effects of two different static stretching training protocols on range of motion and vertical jump in preadolescent athletes. Biol Sport. 2021;38(4):579-86. A estratégia visou à hiperextensão do quadril e altura de salto com contramovimento (SCM) de perna única tendo um grupo controle para concepção analítica. Não houve diferença significativa na utilização dos dois protocolos em subsequente comparação com o grupo controle (p>0,05). Em relação à ADM, os autores observaram que o AE de longa duração aplicado em único ou múltiplos episódios de igual duração, resulta em melhorias agudas e de longo prazo.3131 Donti O, Papia K, Toubekis A, Donti A, Sands WA, Bogdanis GC. Acute and long-term effects of two different static stretching training protocols on range of motion and vertical jump in preadolescent athletes. Biol Sport. 2021;38(4):579-86.

O tempo de alongamento apresentou impacto na evidência de um efeito relacionado à força muscular. Nos flexores de joelho (<60 segundos (s), –4,8%; ≥60 s, –6,4%), flexores plantares (<60 s, –3,5%; ≥ 60 s, –5,9%) e extensores do joelho (<60 s, -2,6%; ≥ 60 s, –3,8%).2727 MCHugh MP, Nesse M. Effect of stretching on strength loss and pain fter eccentric exercise. Am Coll Sports Med. 2008;40(3):566-73.,3333 Tallent J, Greene B, Johnson CD, McHugh MP. Role of neural tension in stretch-induced strength loss. Br J Sports Med. 2010;44(14):i27.,3434 Balle SS, Magnusson SP, Mchugh MP. Effects of contract-relax vs static stretching on stretch-induced strength loss and length-tension relationship. Scand J Med Sci Sports. 2015;25(6):764-9. O AE apresentou efeito positivo apenas para o Sprint em atletas do volei, mas o alongamento estático passivo (AEP) e a corrida não apontaram resultados positivos neste tipo de teste.3939 Alipasali F, Papadopoulou SD, Gissis L, Komsis G, Komsis S, Kyranouds A, et al. The effect of static and dynamic stretching exercises on sprint ability of recreational male volleyball players. Int J Environ Res Public Health. 2019;16(16):1-10.,4040 Mariscal SL, Garcia VS, Fernández-García JC, Villarreal ES. Acute effects of ballistic vs. passive static stretching involved in a prematch warm-up on vertical jump and linear sprint performance in soccer players. J Strength Cond Res. 2021;35(1):147-53.

Sobre o AD, a técnica difere do AE especificamente pela movimentação de todo o corpo envolvendo um ou mais grupos musculares e se estabelece através de uma sequência de contrações ativas ritmicas que consecutivamente vai se adequar à amplitude funcional do movimento. No cenário esportivo, existe uma preferência pelo AD devido aos seguintes aspectos: facilita a preparação da atividade, aumenta a velocidade de condução nervosa, eleva a temperatura central, ativa a complacência muscular e o ciclo enzimático acelerando a produção de energia.4141 Fletcher IM. The effect of different dynamic stretch velocities on jump performance. Eur J Appl Physiol. 2010;109(3):491-8.,4242 Trajano GS, Seitz L, Nosaka K, Blazevich AJ. Contribution of central vs. peripheral factors to the force loss induced by passive stretch of the human plantar flexors. J Appl Physiol. 2013;115(2):212-8.

Torna-se inportante comentar sobre o aumento da atividade dinâmica utilizando o AD em comparação com o AE, visto que, no que lhe concerne, tende a diminuir o rendimento do salto.4242 Trajano GS, Seitz L, Nosaka K, Blazevich AJ. Contribution of central vs. peripheral factors to the force loss induced by passive stretch of the human plantar flexors. J Appl Physiol. 2013;115(2):212-8. Já sobre o AD e o alongamento balístico (AB), a frequência mais alta foi evidenciada tanto no AD quanto no AB, podendo estes serem incluídos nas estratégias de SV.

As técnicas com AD oferecem alterações neurofisiológicas que corresponde a um alongamento usando impulso em uma tentativa de exceder a ADM normal.4141 Fletcher IM. The effect of different dynamic stretch velocities on jump performance. Eur J Appl Physiol. 2010;109(3):491-8.,4343 Lan N, He X. Fusimotor control of spindle sensitivity regulates central and peripheral coding of joint angles. Front Comput Neurosci. 2012;6:1-13. Tal dinâmica tende aumentar os impulsos aferentes do reflexo do fuso e os neurônios podem subsequentemente afetar o desempenho.4343 Lan N, He X. Fusimotor control of spindle sensitivity regulates central and peripheral coding of joint angles. Front Comput Neurosci. 2012;6:1-13.

Numa pré-atividade ao SCM, o desempenho foi mais favorável após uma corrida máxima do que um AEP.4444 Solon Júnior LSF, Silva Neto, LV. Efeito do alongamento estático e da corrida submáxima no desempenho do salto contramovimento e sprint em jogadores universitários de voleibol. Retos. 2021;39(2021):325-9.

A realização do alongamento se apresentou com um fator prognóstico favorável independente de sua frequência. Estudiosos demonstraram que as oscilações dinâmicas das pernas a (100 · min – 1) resultaram em SCM e alturas de salto de queda com percentuais de 6,7% e 9,1% respectivamente a mais do que atividades com AD a (50 · min – 1). Consecutivamente, comparando (50 · min – 1) com uma condição sem alongamento, o desfecho foi significatimavamente maior 3,6% mesmo utilizando uma frequência menor.4141 Fletcher IM. The effect of different dynamic stretch velocities on jump performance. Eur J Appl Physiol. 2010;109(3):491-8.

Estudiosos em uma combinação de movimentos dinâmicos com taxas lentas e mais rápidas em uma mesma rotina antes da atividade demonstraram melhorias no SV. Uma redução no desempenho do SV após o AE desperta sobre a possibilidade de um comprometimento neurológico e uma possível alteração nas propriedades viscoelásticas da unidade de tendão muscular.4545 Hough PA, Ross EZ, Howatson G. Effects of dynamic and static stretching on vertical jump performance and electromyographic activity. J Strength Cond Res. 2009;23(2):507-12. Já o aumento do desempenho no SV após o AD parece estar associado à potenciação pós-ativação. No estudo de Sekir et al.4646 Sekir U, Arabaci R, Akova B, Kadagan SM. Acute effects of static and dynamic stretching on leg flexor and extensor isokinetic strength in elite women athletes. Scand J Med Sci Sports. 2010;20(2):268-81. com técnicas similares de AD caracterizaram o processo de potencialização, e os desfechos apontaram valores aumentados nos isquiotibiais, quadríceps excêntrico e torque concêntrico (7% –15%).

Influência das diferentes estratégias com FNP e habilidade fisiológica e neuromuscular durante o SV

O FNP foi iniciado como método de tratamento no fim de 1940 pelo médico Herman Kabat e pela fisioterapeuta Margaret Knott com poucas mudanças até os dias de hoje no cenário esportivo e em diferentes processos de reabilitação a saúde.4747 Liu K, Han W, Gao Q. Effects of proprioceptive neuromuscular facilitation stretching combined with aerobic training on pulmonary function and neck/shoulder mobility in patients with COPD. Chest. 2019;155(Suppl 4):285A.,4848 Konrad A, Gad M, Tilp M. Effect of PNF stretching training on the properties of human muscle and tendon structures. Scand J Med Sci Sport. 2015;25(3):346-55. Essa terapia obtém resultados positivos quanto ao aumento da ADM e diminui a rigidez tendínea, quando avaliados o comprimento do fascículo e o ângulo de penetração correspondentes.4848 Konrad A, Gad M, Tilp M. Effect of PNF stretching training on the properties of human muscle and tendon structures. Scand J Med Sci Sport. 2015;25(3):346-55. Sendo assim, recomenda-se para o ganho de flexibilidade e tempo de resposta com efeito agudo durante diferentes tratamentos.4747 Liu K, Han W, Gao Q. Effects of proprioceptive neuromuscular facilitation stretching combined with aerobic training on pulmonary function and neck/shoulder mobility in patients with COPD. Chest. 2019;155(Suppl 4):285A.

O FNP Inclui o AE e contrações isométricas em padrão acíclico com o propósito de aumentar a ADM. Um das técnicas envolve um processo de contrair e ralaxar (CR) que inclúi uma fase de AE seguida de uma contração isométrica intensa do músculo alongado, com um alongamento adicional do músculo alvo após a sua contração. Já a outra técnica se estabelece através da técnica contrair-relaxar agonista-contrair (CRAC), após o processo de CR, ocorre uma contração adicional do músculo agonista, ou seja, contra o grupo muscular que está sendo alongado no decorrer do alongamento, antes do alongamento adicional do músculo alvo.4949 Sharman MJ, Cresswell AG, Riek S. Proprioceptive neuromuscular facilitation stretching: Mechanisms and clinical implications. Sports Med. 2006;36(11):929-39.

A relação dose resposta utilizando o alongamento FNP se tornou de difícil análise, provavelmente devido aos restritos estudos em sua utilização de e fatores relacionados ao tempo de realização da técnica que se estabelece numa média de 5 – 50 s. Da mesma forma, a identificação de uma média de rotina de CR normalmente repetida de 2-5 vezes e um fase de AE de 2,5 ± 2,9 min.3434 Balle SS, Magnusson SP, Mchugh MP. Effects of contract-relax vs static stretching on stretch-induced strength loss and length-tension relationship. Scand J Med Sci Sports. 2015;25(6):764-9.,5050 Christensen BK, Nordstrom BJ. Acute effects of static stretching on peak torque in women. Nat Libr Med. 2008;22(6):1826-31.,5151 Reis EFS, Pereira GB, Sousa NMF, Tibana RA, Silva MF, Araujo M, et al. Acute effects of proprioceptive neuromuscular facilitation and static stretching on maximal voluntary contraction and muscle electromyographical activity in indoor soccer players. Clin Physiol Funct Imaging. 2013;33(6):418-22. Sobre o efeito de potência e velocidade utilizando o alongamento FNP, estudiosos evidenciaram uma redução na altura do salto de (-5,1%).1616 Bradley PS, Olsen P, Portas MD. The effect of static, ballistic, and proprioceptive neuromuscular facilitation stretching on vertical jump performance. J Strength Cond Res. 2008;21(1):223-6. O método de FNP utilizando a técnica CRAC apontou 89% a 110% maior atividade no eletromiógrafo (EMG) do grupo isquitibiais e sugere uma maior fadica muscular em conparação com o método FNP de CR, predizendo um processo exaustivo maior resultando em um salto vertival mais baixo.5050 Christensen BK, Nordstrom BJ. Acute effects of static stretching on peak torque in women. Nat Libr Med. 2008;22(6):1826-31.

Resultados mostraram que os efeitos nas mudanças de desempenho induzidas por alongamento passivo (AP) ou FNP foram de (-3,7 %) e (-4,4 %) respectivamente, consideradas pequenas a moderadas, imediatamente após os testes de alongamento realizados.3030 Behm DG, Blazevich AJ, Kay AD, Mchugh M. Acute effects of muscle stretching on physical performance, range of motion, and injury incidence in healthy active individuals: a systematic review. Appl Physiol Nutr Metab. 2016;41(1):1-11. Descreve, ainda, como fator determinante desses desfechos a redução da ativação muscular após os exercícios tanto com AP quanto FNP, evidenciando melhorias nas ADM em todos os testes, principalmente quando o FNP combinou com exercícios aeróbios.

Contudo, a eletromiografia de superfície verificou a flexibilidade da musculatura do grupo isquiotibial apenas com a utilização do FNP com mudanças relevantes na potência do salto logo após a intervenção.5252 Portilla-Dorado E, Villaquirán-Hurtado A, Molano-Tobar N. Potencia del salto en jugadores de fútbol sala después de la utilización del rodillo de espuma y la facilitación neuromuscular propioceptiva en la musculatura isquiosural. Rev Acad Colomb Cienc Ex Fís Nat. 2019;43(167):165-76. A FNP mostrou um aumento significativo do SCM e na altura efetiva do salto, com significância estatística p≤0,05. A diminuição da ativação dos músculos semitendinoso e bíceps femural ficou evidenciada na eletromiografia de superfície.5252 Portilla-Dorado E, Villaquirán-Hurtado A, Molano-Tobar N. Potencia del salto en jugadores de fútbol sala después de la utilización del rodillo de espuma y la facilitación neuromuscular propioceptiva en la musculatura isquiosural. Rev Acad Colomb Cienc Ex Fís Nat. 2019;43(167):165-76.

Os isquiotibiais tensos desfavorecem o movimento do salto e podem provocar lesões aos atletas que utilizam o salto com frequência. O AP foi a técnica mais utilizada para mitigar esses problemas5252 Portilla-Dorado E, Villaquirán-Hurtado A, Molano-Tobar N. Potencia del salto en jugadores de fútbol sala después de la utilización del rodillo de espuma y la facilitación neuromuscular propioceptiva en la musculatura isquiosural. Rev Acad Colomb Cienc Ex Fís Nat. 2019;43(167):165-76.. No entanto, o FNP pode ser uma alternativa mais eficaz na melhora da tensão no grupo muscular isquiotibial.5353 Gunn LJ, Stewart JC, Morgan B, Metts ST, Magnuson JM, Iglowski NJ, et al. Instrument-assisted soft tissue mobilization and proprioceptive neuromuscular facilitation techniques improve hamstring flexibility better than static stretching alone: a randomized clinical trial. J Man Manip Ther. 2019;27(1):15-23. Sobre o aumento da amplitude média no movimento de dorsiflexão, os resultados mostraram 31,1 ± 7,2 ° para 33,1 ± 7,2 ° (P = 0,02), a rigidez do tendão diminuiu significativamente tanto em ativos (de 21,1 ± 8,0 a 18,1 ± 5,5 N / mm) quanto em passivos (de 12,1 ± 4,9 a 9,6 ± 3,2 N / mm) e o ângulo de penetração aumentou de 18,5 ± 1,8 ° para 19,5 ± 2,1 ° (P = 0,01) na posição neutra do tornozelo (90 °).4848 Konrad A, Gad M, Tilp M. Effect of PNF stretching training on the properties of human muscle and tendon structures. Scand J Med Sci Sport. 2015;25(3):346-55.

Um estudo de impacto utilizando o alongamento FNP + AB, afetou o desempenho no SV em um grupo de participantes de alta flexibilidade.14 Já com o FNP + AE, os autores identificaram uma diminuição no SV em grupos da amostra que apresentavam alta flexibilidade (p ≤ 0.05). Quando ambas as técnicas PNF + AE ou PNF + AB foram desenvolvidas isoladamente em eventos que dependia de força de explosão como parte da etapa do aquecimento, não revelou resultados significativos (p>0,01).1414 Kirmizigil B, Ozcaldiran B, Colakoglu M. Effects of three different stretching techniques on vertical jumping performance. J Strength Cond Res. 2014;28(5):1263-71.

Os estudos se tornaram divergentes sobre o uso do FNP no desempenho máximo agudo, demonstrando valores reduzidos com resultados que entram em conflito com desfechos de melhora ou que não afeta o rendimento do SV.5050 Christensen BK, Nordstrom BJ. Acute effects of static stretching on peak torque in women. Nat Libr Med. 2008;22(6):1826-31.,5454 Cornwell A, Nelson AG, Heise GD, Sidaway B. Acute effects of passive muscle stretching on vertical jump performance. J Hum Mov Stud. 2001;40(4):307-24.,5555 Cramer JT, Housh TJ, Johnson GO, Miller JM, Coburn JW, Beck TW. Acute effects of static stretching on peak torque in women. J Strength Cond Res. 2004;18(2):236-41. Estudo recente sugere a incorporação do AB durante o aquecimento do treino de competições com o propósito de aumentar a produção de energia.1414 Kirmizigil B, Ozcaldiran B, Colakoglu M. Effects of three different stretching techniques on vertical jumping performance. J Strength Cond Res. 2014;28(5):1263-71.

Os alongamentos realizados antes de atividades esportivas como prevenção de lesões ou melhora de desempenho têm resultados controversos, principalmente no escore de equilíbrio que normalmente apresentam índices reduzidos após a intervenção de alongamentos. Entretanto, os alongamentos com FNP da musculatura isquiotibial em combinação com outras técnicas, em especial junto ao aquecimento, vem no decorrer dos anos indicando melhorias na flexibilidade de grupos musculares e estabilidade postural dos atletas.3030 Behm DG, Blazevich AJ, Kay AD, Mchugh M. Acute effects of muscle stretching on physical performance, range of motion, and injury incidence in healthy active individuals: a systematic review. Appl Physiol Nutr Metab. 2016;41(1):1-11.,5353 Gunn LJ, Stewart JC, Morgan B, Metts ST, Magnuson JM, Iglowski NJ, et al. Instrument-assisted soft tissue mobilization and proprioceptive neuromuscular facilitation techniques improve hamstring flexibility better than static stretching alone: a randomized clinical trial. J Man Manip Ther. 2019;27(1):15-23.,5656 Ryan EE, Rossi MD, Lopez R. The Effects of Contract-Relax-Antagonist-Contract Form of PNF Stretching on Postural Stability. J Strengh Cond Res. 2010;24(7):1888-94.

Os achados científicos apontaram o impacto sobre o recrutamento de unidades motoras (UM) e a sua frequência de estimulação que favorece as relações entre os fatores neurais e os efeitos no desempenho da força muscular durante a contração.5757 Widriek JJ, Stelzer JE, Shoeppe TC, Garner DP. Functional properties of human muscle fibers after short-term resistance exercise training. Am J Physiol Regul Integr Comp Physiol. 2022;283(2):408-16.

58 Kurokawa S, Fukunaga T, Nagano A. Interaction between fascicles a tendinous structures during counter movement jumping investigated in vivo. J Appl Physiol. 2003;95(6):2306-14.
-5959 Cormie P, McGuigan MR, Newton RU. Developing Maximal Neuromuscular Power. Sports Med. 2011;41(1):17-38.

As propriedades elásticas passivas dos motoneurônios apresentam aspectos relacionados a capacitância da membrana, resistência da membrana e do axoplasma, sendo que os mesmos estão na ordem de recrutamento da UM.6060 Kandel ER, Schwartz JH, Jessell TM. Princípios da neurociência. 4ta. ed. Barueri: Manole; 2003. Estudiosos verificaram os benefícios do alongamento na restauração do comprimento e número de sarcômeros seriados, o que vem a favorecer a hiperplasia e a hipertrofia das fibras musculares.6161 Pinheiro IM, Goes ALB. Efeitos imediatos do alongamento em diferentes posicionamentos. Fisioter Mov. 2010;23(4):593-603. Todavia, existem proposições de que a força de um músculo pode tornar-se menor com o aumento da complacência muscular, que por sua vez, alteraria a relação comprimento tensão e subsequente diminuição da força devido a relação força-velocidade.6262 Lustosa LP, Pacheco MGM, Liu AL, Gonçalvez WS, Silva JP, Pereira LSM. Impacto do alongamento estático no ganho de força muscular dos extensores de joelho em idosas da comunidade após um programa de treinamento. Rev Bras Fisioter. 2010;14(6):497-502. Da mesma forma, a possibilidade da complacência muscular desenvolver uma menor rigidez da unidade musculotendínea e na capacidade de recrutar unidades motoras.6262 Lustosa LP, Pacheco MGM, Liu AL, Gonçalvez WS, Silva JP, Pereira LSM. Impacto do alongamento estático no ganho de força muscular dos extensores de joelho em idosas da comunidade após um programa de treinamento. Rev Bras Fisioter. 2010;14(6):497-502. Outro fator que desfavoreceu a aquisição de força muscular a partir de um alongamento, refere-se aos fatores neurais que modificariam as estratégias de respostas reflexas e controle motor.6262 Lustosa LP, Pacheco MGM, Liu AL, Gonçalvez WS, Silva JP, Pereira LSM. Impacto do alongamento estático no ganho de força muscular dos extensores de joelho em idosas da comunidade após um programa de treinamento. Rev Bras Fisioter. 2010;14(6):497-502. Os achados em pesquisa fornecem suporte para a hipótese de que o AE altera a relação ângulo-torque e/ou velocidade de encurtamento do sarcômero. Sendo a tensão muscular relacionada ao comprimento do sarcômero, onde a força gerada pela contração muscular depende da quantidade de pontes cruzadas entre os filamentos de actina e miosina no interior dos sarcômeros.6363 Ramos GV, Santos RR, Gonçalves A. Influência do Alongamento sobre a força muscular: uma breve revisão sobre as possíveis causas. Rev Bras de Cineantropometria e Desempenho Hum. 2007;9(2):203-6.

O fator tempo e/ou a duração prolongada do alongamento pode levar a modificações na conduta do tecido biológico, em especial, os aspectos relacionados às unidades musculotendíneas com possíveis deformações plásticas e alterações, tanto da curva força-velocidade quanto na dificuldade de feedback proprioceptivo. Portanto, existem relações negativas entre o AE e a potência muscular logo após a realização do alongamento. Enquanto alguns estudiosos indicaram um intervalo de 10 min para se evitar efeitos deletérios significativos, outros autores investigaram o tempo de alongamento de 3 a 6 min de duração no tríceps sural, cujos dados resultaram em uma queda no desempenho do SV.6464 Miranda H, Palma A. Efeito agudo do alongamento estático sobre a potência muscular em atletas de futebol feminino. ConScientiae Saúde. 2014;13(2):274-80.,6565 Marchetti PH, Soares E, Domingues F, Silva O, Medeiros IL, Neto LR, et al. Efeito de diferentes durações do alongamento no desempenho de saltos unipodais. Rev Bras Med Esporte. 2014;20(3):223-6.

Embora perdure uma concepção negativa para aquisição de força e potência muscular quando o alongamento é realizado em um tempo mais prolongado, com FNP num período de 10 minutos pós-aquecimento com alongamento, podendo persistir por até 30 minutos, os índices de equilíbrio e resposta motora não apresentaram prejuízo no desempenho do atleta.6666 Murphy JR, Santo MCD, Alkanani T, Behm DG. Aerobic activity before and following short-duration static stretching improves range of motion and performance vs. a traditional warm-up. Appl Physiol Nutr Metab. 2010;35(5):679-90. Outra questão relevante é a ADM, que sofre interferência do tempo de alongamento muscular com a utilização de um protocolo longo, com aumento de 5,9% ± 0,7%, enquanto o protocolo de aquecimento curto, a ADM não apresentou alterações.6767 Donti O, Tsolakis C, Bogdanis. Effects of baseline levels of flexibility and vertical jump ability on performance following different volumes of static stretching and potentiating exercises in elite gymnasts. J Sports Sci Med. 2014;13(1):105-13.

CONCLUSÃO

O impacto sobre o recrutamento da UM e a sua frequência de estimulações favorece os fatores neurais e o desempenho da força muscular durante a contração. Já para aquisição de potência no SV a partir de um alongamento, requer estudos contemporâneos com investigações circunstanciadas sobre os fatores neurais que modificam as respostas reflexas e o controle motor, considerando as características biológicas e as deformações plásticas.

O presente estudo Sugere a utilização do AE antes do AD em períodos curtos de 20 segundos e não mais que 60 segundos na pré-atividade ao SV. Nos alongamentos curtos a ADM tornou-se aumentada tanto no joelho quanto no quadril e, a musculatura isquiotibial, quando em tensão, é desfavorável em esportes que utilizam frequentemente o SV. Portanto, a FNP com a utilização da técnica que envolve um processo de contrair e relaxar deve ser investigada de forma isolada e específica preconizando o grupo antagonista. Desta forma, diminuir a força do antagonista pode ser favorável para o ganho de altura, embora estudos contemporâneos sejam necessários para minimizar os preditores de menor estabilidade e/ou controle muscular.

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Editado por

Editor Associado responsável pelo processo de revisão: Júlia Maria 

Datas de Publicação

  • Publicação nesta coleção
    16 Jun 2023
  • Data do Fascículo
    2024

Histórico

  • Recebido
    25 Set 2021
  • Aceito
    18 Out 2022
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