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A HOMOLOGAÇÃO DA TERRA INDÍGENA RAPOSA/SERRA DO SOL E SEUS EFEITOS: UMA ANÁLISE PERFORMATIVA DAS 19 CONDICIONANTES DO STF* * Versões anteriores apresentadas no XIV Encontro Nacional da 6ª Câmara de Coordenação e Revisão do Ministério Público Federal (Florianópolis, 3-5/12/2014) e no IX Congresso da Rede Latinoamericana de Antropologia Jurídica (Pirenópolis (GO), 28/9/2015).

THE HOMOLOGATION OF RAPOSA/SERRA DO SOL INDIGENOUS LAND AND ITS EFFECTS: A PERFORMATIVE ANALYSIS OF THE 19 SAFEGUARDS OF THE FEDERAL SUPREME COURT

L’HOMOLOGATION DE LA TERRE AMÉRINDIENNE RAPOSA/SERRA DO SOL ET SES EFFETS : UNE ANALYSE PERFORMATIVE DES 19 CONDITIONS DU STF

O presente artigo elabora uma análise crítica da decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) com relação à homologação da Terra Indígena Raposa/Serra do Sol (TIRSS). O julgamento favorável à homologação condicionada por dezenove salvaguardas constituiu uma decisão inédita no país e vem oferecendo um pretexto para manobras revisionistas e condicionadoras de outras terras indígenas em diversas frentes da administração pública, da Justiça federal e do Parlamento. Para o desenvolvimento desta análise, adotou-se uma abordagem proveniente da filosofia da linguagem e da linguística pragmática com o objetivo de indagar o que as condicionantes “fizeram” ao “dizer o direito” sobre a TIRSS Depreende-se da análise que o STF não visava apenas reconhecer a homologação da TIRSS, mas produzir um novo consenso jurídico em torno do direito originário dos povos indígenas às suas terras ancestrais.

Direitos territoriais indígenas; Políticas indigenistas; Indigenismo; Terras indígenas


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