Considerando a atividade física (AF) como uma possibilidade viável de intervenção na melhora da qualidade de vida e prognóstico de indivíduos com transtornos mentais e de comportamento (TMC), o objetivo deste estudo foi analisar o padrão de AF de pessoas com TMC, atendidas nos Centros de Atenção Psicossocial (CAPS) da cidade de Pelotas. Foi realizado um estudo descritivo sobre os padrões de AF de indivíduos com TMC. A população-alvo deste estudo foi constituída pelas pessoas atendidas nos CAPS da cidade. A amostra foi composta por 85 usuários e seus familiares de seis CAPS da cidade. A média de idade dos usuários da amostra foi de 40,9 anos (DP 13,8). Verificou-se que esta população possui menor escolaridade e menor nível econômico se comparado à população em geral. Constatou-se baixa prevalência de AF de lazer, além de uma tendência, entre as mulheres, de utilizarem grande parte do seu tempo de AF em atividades domésticas. Entre as AF realizadas nos CAPS, os homens mostraram-se mais participativos do que as mulheres. Sendo assim, a prática de AF realizadas no atendimento dos CAPS parece ser uma iniciativa viável como uma das partes do tratamento destes indivíduos, oferecendo uma oportunidade única de prática física orientada e estruturada.
Atividade física; Saúde mental; Transtornos mentais e de comportamento