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Fatores sociodemográficos associados ao grau de conhecimento em saúde bucal de gestantes

RESUMO

Objetivo

Avaliar o conhecimento em saúde bucal e os fatores sociodemográficos associados em gestantes.

Métodos

Estudo com delineamento transversal, com amostra de 195 gestantes atendidas na Unidade Básica de Saúde de Paraisópolis I, em São Paulo (SP). Para a análise estatística, utilizou-se teste χ2 ou teste exato de Fisher e a regressão logística múltipla. Assumiu-se um nível de significância de 5% para todas as análises.

Resultados

Escolaridade igual ou maior a 8 anos de estudo e presença de um a dois filhos estiveram associadas a conhecimento adequado sobre saúde bucal.

Conclusão

Estratégias de promoção de saúde bucal durante o pré-natal devem levar em consideração aspectos sociodemográficos.

Descritores
Gestantes; Saúde bucal; Cuidado pré-natal; Atenção primária à saúde; Condições sociais

ABSTRACT

Objective

To evaluate knowledge on oral health and associated sociodemographic factors in pregnant women.

Methods

A cross-sectional study with a sample of 195 pregnant women seen at the Primary Care Unit Paraisópolis I, in São Paulo (SP), Brazil. For statistical analysis, χ2 or Fisher's exact test and multiple logistic regression were used. A significance level of 5% was used in all analyses.

Results

Schooling level equal to or greater than 8 years and having one or two children were associated with an adequate knowledge about oral health.

Conclusion

Oral health promotion strategies during prenatal care should take into account sociodemographic aspects.

Keywords
Pregnant women; Oral health; Prenatal care; Primary health care; Social conditions

INTRODUÇÃO

A relação entre as condições sociais e de saúde das populações é objeto de estudo na literatura há alguns anos.(11. Gabardo MC, Moysés SJ, Moysés ST, Olandoski M, Olinto MT, Pattussi MP. Social, economic, and behavioral variables associated with oral health-related quality of life among Brazilian adults. Cienc Saude Colet. 2015;20(5):1531-40.

2. Nourijelyani K, Yekaninejad MS, Eshraghian MR, Mohammad K, Rahimi Foroushani A, Pakpour A. The Influence of mothers' lifestyle and health behavior on their children: an exploration for oral health. Iran Red Crescent Med J. 2014;16(2):e16051.

3. Peres KG, Peres MA, Boing AF, Bertoldi AD, Bastos JL, Barros AJ. Reduction of social inequalities in utilization of dental care in Brazil from 1998 to 2008. Rev Saude Publica. 2012;46(2):250-8.

4. Peres MA, Latorre MR, Sheiham A, Peres KG, Barros FC, Hernandez PG, et al. [Effects of Social and biological factors on dental caries in 6-year-old children: a cross sectional study nested in a birth cohort in Southern Brazil]. Rev Bras Epidemiol. 2003;6(3):294-306. Portuguese.
-55. Silva JV, Machado FC, Ferreira MA. Social Inequalities and the Oral Health in Brazilian Capitals. Cienc Saude Colet. 2015;20(8):2539-48.) O reconhecimento das desigualdades socioeconômicas como determinantes para o aumento das iniquidades em saúde, bem como a identificação da magnitude destas desigualdades, é imprescindível para a promoção de políticas públicas que possam dirimir estas diferenças.(33. Peres KG, Peres MA, Boing AF, Bertoldi AD, Bastos JL, Barros AJ. Reduction of social inequalities in utilization of dental care in Brazil from 1998 to 2008. Rev Saude Publica. 2012;46(2):250-8.) Fatores como nível de escolaridade e percepção da necessidade de tratamento influenciam na obtenção de conhecimentos e de cuidados em saúde.(66. Davoglio RS, Aerts DR, Abegg C, Freddo SL, Monteiro L. [Factors associated with oral health habits and use of dental services by adolescents]. Cad Saude Publica. 2009;25(3):655-67. Portuguese.) Indivíduos com maiores privações sociais têm crenças fatalistas sobre sua saúde e menor percepção da necessidade de cuidados. Neste contexto, a saúde e o bem-estar são conceitos que expressam crenças sociais e populacionais, as quais, por sua vez, são influenciadas por valores culturais e demográficos, que decorrem de sua relação com um território e suas características.(77. Nogueira LT, Valsecki Júnior A, Martins CR, Rosell FL, Silva SR. [Delay in seeking dental treatment and perception of oral health in pregnant women]. Odontol Clin Cient. 2012;11(2):127-31. Portuguese.) As condições sociais exercem significativa influência não apenas sobre hábitos e comportamentos do indivíduo, mas também no conhecimento, na percepção e na capacidade de autogerenciamento de sua condição de saúde.

A saúde bucal, como parte integrante da saúde humana, inclui-se também neste contexto. Muitos estudos que investigam a influência dos determinantes sociais em saúde permeiam a literatura científica há alguns anos, com o objetivo de compreender a relação das doenças e dos hábitos orais com as condições sociais e econômicas da população.(11. Gabardo MC, Moysés SJ, Moysés ST, Olandoski M, Olinto MT, Pattussi MP. Social, economic, and behavioral variables associated with oral health-related quality of life among Brazilian adults. Cienc Saude Colet. 2015;20(5):1531-40.,44. Peres MA, Latorre MR, Sheiham A, Peres KG, Barros FC, Hernandez PG, et al. [Effects of Social and biological factors on dental caries in 6-year-old children: a cross sectional study nested in a birth cohort in Southern Brazil]. Rev Bras Epidemiol. 2003;6(3):294-306. Portuguese.,55. Silva JV, Machado FC, Ferreira MA. Social Inequalities and the Oral Health in Brazilian Capitals. Cienc Saude Colet. 2015;20(8):2539-48.,88. Chung LH, Gregorich SE, Armitage GC, Gonzalez-Vargas J, Adams SH. Sociodemographic disparities and behavioral factors in clinical oral health status during pregnancy. Community Dent Oral Epidemiol. 2014;42(2):151-9.

9. Hom JM, Lee JY, Divaris K, Baker AD, Vann WF Jr. Oral health literacy and knowledge among patients who are pregnant for the first time. J Am Dent Assoc. 2012;143(9):972-80.

10. Nagaraj A, Pareek S. Infant Oral Health Knowledge and Awareness: Disparity among Pregnant Women and Mothers Visiting a Government Health Care Organization. Int J Clin Pediatr Dent. 2012;5(3):167-72.
-1111. Vilella KD, Alves SG, de Souza JF, Fraiz FC, Assunção LR. The association of oral health literacy and oral health knowledge with social determinants in pregnant brazilian women. J Community Health. 2016;41(5):1027-32.) Agravos em saúde bucal são decorrentes de fatores diversos, incluindo má distribuição de renda, desemprego, baixa escolaridade e inadequação dos serviços odontológicos. Pessoas economicamente desfavorecidas são afetadas desproporcionalmente pela cárie dentária e por doenças periodontais. Com relação à renda familiar, evidências científicas mostram que a baixa renda da família está ligada a uma pior percepção da condição bucal, e, quanto menor a renda, menor a proporção de pessoas que tem acesso aos serviços odontológicos.(11. Gabardo MC, Moysés SJ, Moysés ST, Olandoski M, Olinto MT, Pattussi MP. Social, economic, and behavioral variables associated with oral health-related quality of life among Brazilian adults. Cienc Saude Colet. 2015;20(5):1531-40.,1212. Boggess KA, Urlaub DM, Massey KE, Moos MK, Matheson MB, Lorenz C. Oral hygiene practices and dental service utilization among pregnant women. J Am Dent Assoc. 2010;141(5):553-61.)

Entre as fases da vida em que aspectos sociais e demográficos podem influenciar nas condições de saúde e induzir, inclusive, a formação de subgrupos de maior vulnerabilidade, podemos destacar o pré-natal. As gestantes são consideradas, na literatura, um grupo populacional estratégico para a aplicação de programas educativos, reconhecendo a gravidez como uma fase favorável para o estabelecimento de hábitos mais saudáveis, pois a gestante apresenta-se psicologicamente receptiva para adquirir novos conhecimentos, os quais podem induzi-la à adoção de novas e melhores práticas de saúde, cujos benefícios se estendem aos demais membros da família.(77. Nogueira LT, Valsecki Júnior A, Martins CR, Rosell FL, Silva SR. [Delay in seeking dental treatment and perception of oral health in pregnant women]. Odontol Clin Cient. 2012;11(2):127-31. Portuguese.,1010. Nagaraj A, Pareek S. Infant Oral Health Knowledge and Awareness: Disparity among Pregnant Women and Mothers Visiting a Government Health Care Organization. Int J Clin Pediatr Dent. 2012;5(3):167-72.,1111. Vilella KD, Alves SG, de Souza JF, Fraiz FC, Assunção LR. The association of oral health literacy and oral health knowledge with social determinants in pregnant brazilian women. J Community Health. 2016;41(5):1027-32.,1313. Jeremias F, Silva SR, Valsecki Junior A, Tagliaferro EP, Rosell FL. [Self-perception and oral health status in pregnant women]. Odontol Clin Cient. 2010;9(4):359-63. Portuguese.,1414. Bamanikar S, Kee LK. Knowledge, attitude and practice of oral and dental healthcare in pregnant women. Oman Med J. 2013;28(4):288-91.)

Apesar das ações programáticas em saúde bucal estarem bem estabelecidas e terem sido consolidadas ao longo dos anos, é importante verificar o conhecimento que as futuras mães têm sobre saúde bucal e o quanto estas informações influenciam nas suas práticas de cuidado em saúde bucal.(1515. Frazão P, Marques DS. [Influence of community health agentes on perception of women and mothers about oral health knowledge]. Cienc Saude Colet. 2006;11(1):131-44. Portuguese.) A incorporação de comportamentos mais saudáveis pelas gestantes é condicionada por fatores socioeconômicos, como grau de escolaridade, número de filhos e idade.(66. Davoglio RS, Aerts DR, Abegg C, Freddo SL, Monteiro L. [Factors associated with oral health habits and use of dental services by adolescents]. Cad Saude Publica. 2009;25(3):655-67. Portuguese.,1616. Granville-Garcia AF, Leite AF, Smith LE, Campos RV, Menezes VA. Conhecimento de gestantes sobre saúde bucal no município de Caruaru - PE. Rev Odontol UNESP. 2007;36(3):243-9.,1717. Catarin RF, Andrade SM, Iwakura ML. Conhecimentos, práticas e acesso a atenção à saúde bucal durante a gravidez. Rev Esp Saude. 2008;10(1):16-24.) Além das crenças enraizadas na população, a baixa percepção de necessidade e o baixo conhecimento sobre aspectos da saúde bucal determinam menor propensão em adquirir hábitos e comportamentos mais saudáveis.(77. Nogueira LT, Valsecki Júnior A, Martins CR, Rosell FL, Silva SR. [Delay in seeking dental treatment and perception of oral health in pregnant women]. Odontol Clin Cient. 2012;11(2):127-31. Portuguese.,1818. Codato LA, Nakama L, Melchior R. [The beliefs of pregnant women about dental care during gestation]. Cienc Saude Colet. 2008;13(3):1075-80. Portuguese.,1919. Figueira TR, Ferreira E, Schall V, Modena C. [The health belief model and the oral health-disease-care process]s. Rev Odontol Bras Central. 2013;22(63):169-73. Portuguese.)

Mesmo desejando cuidar da saúde de seus filhos de forma adequada, as futuras mães apresentam condições econômicas e sociais desfavoráveis que dificultam a prática dos ensinamentos em saúde.(2020. Robles AC, Grosseman S, Bosco VL. [Practices and meanings of oral health: a qualitative study with mothers of children assisted at the Federal University of Santa Catarina]. Cienc Saude Colet. 2010;15(Supl2):3271-81. Portuguese.)

OBJETIVO

Avaliar o conhecimento em saúde bucal e os fatores sociodemográficos associados em gestantes.

MÉTODOS

Trata-se de estudo com delineamento transversal realizado na Unidade Básica de Saúde (UBS) Paraisópolis I, na região sul da cidade de São Paulo (SP), caracterizada por altos níveis de privação socioeconômica, população predominantemente jovem e com elevado número de gestantes, no período de novembro de 2011 a março de 2012.

A amostra de conveniência de gestantes considerou como critérios de inclusão, todas aquelas pertencentes à área de abrangência da UBS Paraisópolis I (n=228), e foram excluídas as mulheres analfabetas ou portadoras de transtornos psiquiátricos graves.

Com a confirmação da gravidez, a gestante era cadastrada no Sistema de Informação em Saúde Pré-Natal (SISPRENATAL) e inserida em duas reuniões semanas de grupo realizadas pela Equipe Saúde da Família.

Na primeira visita da gestante às reuniões de grupo, os profissionais de saúde bucal aplicavam um questionário adaptado de Frasão et al., para a avaliação do conhecimento em saúde bucal.(1515. Frazão P, Marques DS. [Influence of community health agentes on perception of women and mothers about oral health knowledge]. Cienc Saude Colet. 2006;11(1):131-44. Portuguese.)

Desenvolveu-se um escore dado pela soma dos valores das respostas das questões, em que cada resposta correta equivaleu a um ponto. Deste escore, subtraiu-se o valor mínimo assumido pela escala (zero) e, por fim, dividiu-se pela amplitude da escala (11-0) e, então, multiplicou-se por 100. O escore foi divido em tercis classificados em baixo (<37%), moderado (37 a 55%) e alto conhecimento (>55%). Para a análise dos dados, a categoria “baixo” representou um conhecimento inadequado, e as categorias moderado e alto foram agrupadas para gerar o conhecimento adequado.

Os dados secundários demográficos e socioeconômicos foram coletados do prontuário de acompanhamento da gestação do programa Mãe Paulistana.

A variável dependente foi o conhecimento em saúde bucal (dicotomizado em adequado e inadequado). As variáveis independentes foram escolaridade (dicotomizada pela mediana em <8 e ≥8 anos de estudo), raça (branca, negra, amarela e parda), trabalha fora (não e sim), faixa etária, número de filhos, gestação anterior (não e sim) e abortos (não e sim).

Inicialmente, realizou-se análise descritiva dos dados, por meio de frequências absolutas e relativas, e medidas de tendência central e dispersão. Para avaliar a associação entre as variáveis independentes com a variável dependente, realizou-se o teste χ2 ou exato de Fisher. Em seguida, as variáveis que apresentaram p<0,20 na análise univariada foram testadas no modelo de regressão logística múltipla. Assumiu-se nível de significância de 5% para todas as análises. Os dados foram digitados em Excel e analisados pelo programa Statistical Package of the Social Science (SPSS), versão 17.0, para Windows.

O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética da Secretaria Municipal de Saúde, parecer 319/11, CAAE: 0127.0.028.162-11.

RESULTADOS

A amostra final foi composta por 195 gestantes, com média de idade de 26,5 anos e desvio padrão de 5,9.

De acordo com a tabela 1, 68,2% das gestantes possuíam grau de escolaridade acima de 8 anos de estudo. A maioria delas (83,9%) era da raça branca ou parda. Apenas duas gestantes apresentaram gravidez de alto risco, sendo que 46,2% delas eram primigestas. No que se refere aos conhecimentos sobre saúde bucal, 74,4% das gestantes tinham conhecimento de moderado a alto.

Tabela 1
Características sociodemográficas e do conhecimento em saúde bucal das gestantes

Na tabela 2, no que se refere aos primeiros meses de vida do bebê, mais de 60% das gestantes responderam corretamente às questões a respeito do aleitamento materno e da limpeza da boca do bebê. A higienização e os corretos hábitos alimentares para uma dentição saudável, a necessidade da supervisão dos pais para a escovação dos dentes da criança e a importância do flúor em todas as fases da vida foram reconhecidas como importantes pelas gestantes.

Tabela 2
Conhecimento das mães sobre saúde bucal

A maioria das mulheres apresentou dúvidas quanto à etiologia da doença cárie e apenas 20% da amostra reconheceu as mudanças de hábitos alimentares na gestação como fator de risco. Além disto, 30% da amostra reconheceu a importância do dente decíduo e o período de troca de dentição para a saúde bucal. No que se referiu à prevenção de doenças gengivais, apenas 41,5% revelaram utilizar escova e fio dental para evitar a gengivite. Quanto ao atendimento odontológico durante a gravidez, 60,5% consideram que ele deve ser periódico e preventivo.

Verifica- se, na tabela 3, que o conhecimento inadequado em saúde bucal foi menor em gestantes com escolaridade ≥8 anos de estudo odds ratio (OR) (OR=0,48; p=0,032). A faixa etária de 30 anos ou mais foi fator de proteção (OR=0,28; p=0,020) para o conhecimento inadequado. Ter entre um e dois filhos foi fator protetor para um inadequado conhecimento em saúde bucal (OR=0,30; p=0,001), bem como mulhere s que tiveram filhos apresentaram menor chance de conhecimento inadequado quando comparadas às gestantes sem filhos (OR=0,37; p=0,004).

Tabela 3
Associação pelo teste do χ2 ou exato de Fisher entre as variáveis independentes com a dependente

Na análise de regressão logística múltipla (Tabela 4), a escolaridade e o número de filhos foram fatores protetores independentes para um conhecimento inadequado em saúde bucal. Gestantes com escolaridade ≥8 anos de estudo tiveram maior chance de conhecimento adequado, assim como mães com um a dois filhos foi fator protetor para um inadequado conhecimento (OR=0,34; p=0,007) em relação às mães sem filhos.

Tabela 4
Análise de regressão logística múltipla

DISCUSSÃO

Apesar da maioria das gestantes apresentar um nível de conhecimento de moderado a alto, existem lacunas de conhecimento no grupo estudado, no que se refere a alguns aspectos sobre saúde bucal.

Neste estudo, a maioria das gestantes entrevistadas reconheceu a importância do aleitamento materno, bem como seus benefícios, resultado este similar ao de Simioni et al., para quem todas as gestantes entrevistadas pretendiam amamentar seus filhos, referindo-se ao leite materno como o melhor alimento no primeiro ano de vida do bebê.(2121. Simioni LR, Comiotto MS, Rêgo DM. Percepções maternas sobre a saúde bucal de bebês: da informação à ação. Rev Pos Grad. 2005;12(2):167-73.)

O aleitamento materno é considerado o mais natural e importante método de alimentação infantil, nos aspectos fisiológicos, físicos e psicológicos. Os estados de saúde e nutricional das mães e crianças estão intimamente ligados, e a promoção do aleitamento materno é uma importante estratégia para incentivar as práticas saudáveis de alimentação infantil.(1010. Nagaraj A, Pareek S. Infant Oral Health Knowledge and Awareness: Disparity among Pregnant Women and Mothers Visiting a Government Health Care Organization. Int J Clin Pediatr Dent. 2012;5(3):167-72.)

Mesmo apresentando bom entendimento sobre a higienização da boca do recém-nascido e sabendo da necessidade da supervisão dos pais na higiene oral da criança, há ainda desinformação entre as gestantes sobre a importância dos dentes decíduos e a idade de surgimento dos primeiros dentes permanentes. O trabalho de Frazão et al., apresentou resultados semelhantes a estes achados, embora seu estudo não tenha se limitado a gestantes.(1515. Frazão P, Marques DS. [Influence of community health agentes on perception of women and mothers about oral health knowledge]. Cienc Saude Colet. 2006;11(1):131-44. Portuguese.) A perda precoce dos dentes decíduos pode trazer sérias consequências para a dentição permanente, provocando a instalação de prováveis problemas ortodônticos, dificuldades de alimentação e até mesmo comprometimento psicológico da criança.(2222. Gouvêa GR, Silva MA, Pereira AC, Mialhe FL, Cortellazzi KL, Guerra LM. Evaluation of knowledge of Oral Health of Community Health Agents connected with the Family Health Strategy. Cienc Saude Colet. 2015;20(4):1185-97.)

Neste estudo, apenas 20% das gestantes associaram o aparecimento de cárie dentária à mudança de padrões alimentares durante a gestação, ou seja, a maioria o relacionou a outros fatores, como enfraquecimento do dente pela perda de cálcio (29,2%), alterações hormonais (19%) e uso de medicamentos (6,7%). No estudo de Simioni et al., 48,75% das gestantes consideram normal o aparecimento de cárie na gravidez, relacionando a isto o fato de que há uma transferência de cálcio do dente da mãe para o do bebê.(2121. Simioni LR, Comiotto MS, Rêgo DM. Percepções maternas sobre a saúde bucal de bebês: da informação à ação. Rev Pos Grad. 2005;12(2):167-73.) A relação da gestação com problemas dentários é uma noção enraizada em valores e crenças populares. No entanto, sabe-se que a cárie não está diretamente associada à gravidez, mas a um aumento na frequência da ingestão de alimentos, aliado ao descuido com a higiene bucal durante esta fase.(1919. Figueira TR, Ferreira E, Schall V, Modena C. [The health belief model and the oral health-disease-care process]s. Rev Odontol Bras Central. 2013;22(63):169-73. Portuguese.,2323. Reis DM, Pitta DR, Ferreira HM, Jesus MC, Moraes ME, Soares MG. [Health education as a strategy for the promotion of oral health in the pregnancy period]. Cienc Saude Colet. 2010;15(1):269-76. Portuguese.,2424. Prestes AC, Martins AB, Neves M, Mayer RT. [Maternal and child oral health: an integrative review]. Rev Facul Odontol. 2013;18(1):112-9. Portuguese.) Somam-se a isto os limitados conhecimentos sobre higiene bucal pelas gestantes.(2525. Braz G, Machado FC, Oliveira AS, Otenio CC, Alves RT, Ribeiro RA. A experiência de um programa de atenção à saúde bucal no atendimento às gestantes. HU Revista. 2010;36(4):324-32.

26. Cruz AA, Gadelha CG, Cavalcanti AL, Medeiros PF. Percepção materna sobre a higiene bucal de bebês: um estudo no Hospital Alcides Carneiro, Campina Grande – PB. Pesq Bras Odontped Integr. 2004;4(3):185-9.

27. Martins RF, Martins ZI. O que as gestantes sabem sobre cárie: uma avaliação dos conhecimentos de primigestas e multigestas quanto a própria saúde bucal. Rev ABO Nac. 2002;10(5):278-84.
-2828. Silva BD, Forte FD. Acesso a serviço odontológico, percepção de mães sobre saúde bucal e estratégias de intervenção em Mogeiro, PB, Brasil. Pesq Bras Odontoped Clin Integr. 2009;9(3):313-19.)

Observou-se, neste estudo, que a maioria das gestantes (58,5%) não associou o uso da escova e do fio dental como método mais eficaz para prevenção de doenças gengivais. O uso do fio dental pode estar condicionado ao fator socioeconômico, por se tratar de um produto relativamente caro, sendo inacessível para parcela significativa da população. Resultados semelhantes foram identificados nos estudos de Chung et al., Bamanikar et al., e Melo et al., quanto à percepção do uso do fio dental diariamente para prevenir doenças bucais (40,9%, 42%, e 44% respectivamente relataram fazer uso do método).(88. Chung LH, Gregorich SE, Armitage GC, Gonzalez-Vargas J, Adams SH. Sociodemographic disparities and behavioral factors in clinical oral health status during pregnancy. Community Dent Oral Epidemiol. 2014;42(2):151-9.,1414. Bamanikar S, Kee LK. Knowledge, attitude and practice of oral and dental healthcare in pregnant women. Oman Med J. 2013;28(4):288-91.,2929. Melo NS, Ronchi R, Mendes CS, Mazza VA. [Food habits and oral hygiene influencing pregnant women's oral health]. Cogitare Enferm. 2007;12(2):189-97. Portuguese.) Bastiani et al., revelou que apenas 20% das grávidas correlacionaram o ato de escovar os dentes como método preventivo para a gengivite.(3030. Bastiani C, Cota AL, Provenzano MG, Fracasso ML, Honório HM, Rios D. [Pregnant's knowledge about oral alterations and dental treatment during pregnancy]. Odontol Clin-Cientific. 2010;9(2):155-60. Portuguese.) Frazão et al., observaram que o principal meio de prevenção das gengivites, segundo as entrevistadas, seria com relação ao uso de enxaguatórios bucais.(1515. Frazão P, Marques DS. [Influence of community health agentes on perception of women and mothers about oral health knowledge]. Cienc Saude Colet. 2006;11(1):131-44. Portuguese.) Os autores sugeriram como possível explicação as mensagens mercadológicas presentes na mídia que estimulam o uso de substâncias antissépticas como solução para o mau hálito e o controle da placa bacteriana. O estudo de Gouvêa et al., que avaliou o grau de conhecimento em saúde bucal de agentes comunitários de saúde, apresentou que estes agentes, quando vinculados a equipes de saúde bucal, demonstraram ótimo conhecimento ao responderem sobre a evolução do sangramento gengival e as medidas preventivas a serem adotadas para melhorar esta condição.(2222. Gouvêa GR, Silva MA, Pereira AC, Mialhe FL, Cortellazzi KL, Guerra LM. Evaluation of knowledge of Oral Health of Community Health Agents connected with the Family Health Strategy. Cienc Saude Colet. 2015;20(4):1185-97.)

Com relação à percepção do fator que determina uma dentição “forte”, as gestantes deste estudo a associaram à importância de cuidados com a higiene bucal e à alimentação, em detrimento de alternativas como herança dos pais, raça e condição financeira do indivíduo, corroborando resultados de Frazão et al.(1515. Frazão P, Marques DS. [Influence of community health agentes on perception of women and mothers about oral health knowledge]. Cienc Saude Colet. 2006;11(1):131-44. Portuguese.)

Quanto ao tratamento odontológico durante a gestação, a maioria das entrevistadas (60,5%) relatou que o atendimento deve ter caráter preventivo e periódico. No entanto, percebe-se que, atualmente, ainda é forte a presença de crenças em relação ao atendimento odontológico na gestação, tanto entre a população em geral quanto entre os profissionais da saúde.(2020. Robles AC, Grosseman S, Bosco VL. [Practices and meanings of oral health: a qualitative study with mothers of children assisted at the Federal University of Santa Catarina]. Cienc Saude Colet. 2010;15(Supl2):3271-81. Portuguese.) Existem mitos e barreiras fortemente arraigados sobre atendimento odontológico durante a gestação, relacionados a preocupações com a possibilidade de sequelas à saúde do bebê.(1818. Codato LA, Nakama L, Melchior R. [The beliefs of pregnant women about dental care during gestation]. Cienc Saude Colet. 2008;13(3):1075-80. Portuguese.) A desinformação das grávidas quanto à importância dos cuidados em saúde bucal é um dos motivos pelos quais elas não buscam assistência odontológica. Outras barreiras relatadas pelas gestantes foram tempo de espera para conseguir atendimento odontológico, distância da residência ao estabelecimento de saúde e atitudes negativas de profissionais de saúde.(1414. Bamanikar S, Kee LK. Knowledge, attitude and practice of oral and dental healthcare in pregnant women. Oman Med J. 2013;28(4):288-91.) O atendimento odontológico deve fazer parte do pré-natal, com uma melhor integração entre os profissionais da área da saúde, favorecendo a padronização no fornecimento de orientações sobre a importância do atendimento odontológico durante a gestação.

O presente estudo verificou que escolaridade igual ou acima de 8 anos de estudo e ter um a dois filhos estiveram associados a um conhecimento adequado sobre saúde bucal em gestantes. Estas associações podem ser explicadas pelo fato de que famílias com maiores desvantagens sociais apresentam menor capacidade de cuidar de si e seus filhos. Piores determinantes sociais estão associados a um menor acesso à informação e a um baixo nível de educação.(99. Hom JM, Lee JY, Divaris K, Baker AD, Vann WF Jr. Oral health literacy and knowledge among patients who are pregnant for the first time. J Am Dent Assoc. 2012;143(9):972-80.)

Em relação às gestantes da comunidade estudada, as consequências das privações sociais têm sido dirimidas pelo aumento do acesso deste grupo aos serviços odontológicos, sobretudo a partir de 2008, com a implantação das equipes de saúde bucal na UBS Paraisópolis I, integrando a atenção odontológica no processo de trabalho das Equipes Saúde da Família desta unidade. Neste período, houve considerável aumento do acesso das gestantes às ações preventivas em saúde bucal.

O nível de educação é um importante marcador de condição socioeconômica, sendo que altos níveis de escolaridade geralmente são preditores de melhores condições de trabalho e moradia.(44. Peres MA, Latorre MR, Sheiham A, Peres KG, Barros FC, Hernandez PG, et al. [Effects of Social and biological factors on dental caries in 6-year-old children: a cross sectional study nested in a birth cohort in Southern Brazil]. Rev Bras Epidemiol. 2003;6(3):294-306. Portuguese.) Famílias com maior nível de educação provavelmente apresentam atitudes mais positivas e maior nível de conhecimento sobre cuidados preventivos em saúde bucal.(22. Nourijelyani K, Yekaninejad MS, Eshraghian MR, Mohammad K, Rahimi Foroushani A, Pakpour A. The Influence of mothers' lifestyle and health behavior on their children: an exploration for oral health. Iran Red Crescent Med J. 2014;16(2):e16051.,1414. Bamanikar S, Kee LK. Knowledge, attitude and practice of oral and dental healthcare in pregnant women. Oman Med J. 2013;28(4):288-91.) Estudos demonstram, mães que têm maior grau de escolaridade influenciam de forma positiva na saúde bucal de seus filhos.(1616. Granville-Garcia AF, Leite AF, Smith LE, Campos RV, Menezes VA. Conhecimento de gestantes sobre saúde bucal no município de Caruaru - PE. Rev Odontol UNESP. 2007;36(3):243-9.) Um baixo nível de educação é reconhecido como fator associado à baixa literacia em saúde bucal.(1111. Vilella KD, Alves SG, de Souza JF, Fraiz FC, Assunção LR. The association of oral health literacy and oral health knowledge with social determinants in pregnant brazilian women. J Community Health. 2016;41(5):1027-32.)

No estudo conduzido por Bamanikar et al., que avaliou conhecimento e práticas em saúde bucal de 95 gestantes, os autores concluíram que o conhecimento de gestantes sobre aspectos de saúde bucal está associado ao nível educacional e à condição de trabalho.(1414. Bamanikar S, Kee LK. Knowledge, attitude and practice of oral and dental healthcare in pregnant women. Oman Med J. 2013;28(4):288-91.) Nogueira et al., observaram correlação entre a quantidade de filhos e o estágio de formação escolar, indicando que quanto menor o nível escolar, maior a quantidade de filhos.(77. Nogueira LT, Valsecki Júnior A, Martins CR, Rosell FL, Silva SR. [Delay in seeking dental treatment and perception of oral health in pregnant women]. Odontol Clin Cient. 2012;11(2):127-31. Portuguese.)

Quanto ao número de filhos, o presente estudo observou que mães com um a dois filhos apresentaram menos chance de ter inadequado conhecimento em saúde bucal do que aquelas mães sem filhos. Também podemos atribuir estes resultados à exposição repetida à informação em saúde bucal em várias situações passadas, como grupos educativos e consultas durante o pré-natal na UBS, visto que o acompanhamento odontológico em gestantes sempre teve papel prioritário nas ações programáticas em saúde bucal na Estratégia Saúde da Família. O acesso aos serviços odontológicos pode ser considerado, portanto, fator positivo para que a maioria das gestantes da comunidade do Paraisópolis apresentasse adequado grau de conhecimento em saúde bucal.

A experiência passada de uma gestação anterior pode ajudar a direcionar as intervenções de saúde bucal de pré-natal. Gestantes primigestas, mesmo apresentando inadequado conhecimento sobre cuidados em saúde bucal, podem ser consideradas propícias à incorporação de novos hábitos, pois as futuras mães estariam, provavelmente, mais dispostas a adquirirem conhecimentos e novas práticas relacionadas à saúde.(1717. Catarin RF, Andrade SM, Iwakura ML. Conhecimentos, práticas e acesso a atenção à saúde bucal durante a gravidez. Rev Esp Saude. 2008;10(1):16-24.)

Uma possível limitação deste estudo foi o fato da amostra ser de conveniência, dificultando a generalização dos achados, restrito ao local de estudo.

CONCLUSÃO

A maioria das gestantes apresentou nível de conhecimento adequado em saúde bucal, mas existem algumas lacunas de conhecimento sobre aspectos do cuidado em saúde bucal, principalmente sobre métodos preventivos, etiologia da cárie dentária e mitos sobre o tratamento odontológico durante a gestação. As gestantes com maior nível de escolaridade e que tinham de um a dois filhos apresentaram menor chance de possuir inadequado conhecimento em saúde bucal.

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Datas de Publicação

  • Publicação nesta coleção
    2018

Histórico

  • Recebido
    04 Abr 2017
  • Aceito
    02 Out 2017
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