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Adesão à terapia antirretroviral de adultos vivendo com HIV/aids: um estudo transversal

RESUMO

Objetivo:

Verificar a associação entre a adesão ao tratamento antirretroviral de adultos com HIV/aids e os fatores sociodemográficos, apoio social e clínico.

Métodos:

Estudo transversal, com abordagem quantitativa. Participaram 230 pacientes. Utilizaram-se questionários de caracterização sociodemográfica, apoio social, clínico e avaliação da adesão ao tratamento antirretroviral. Realizou-se estatística descritiva e inferencial.

Resultados:

A adesão foi classificada como boa/adequada. Percebeu associação com o sexo, renda, emprego e nível de instrução. No apoio social: ter acesso ao serviço de saúde; comunicação com os profissionais de saúde; educação em saúde; receber apoio para desabafar/conversar; informação sobre HIV/aids; e companhia para o lazer. No perfil clínico: não deixar de tomar os medicamentos por ausência no serviço ou por alteração na prescrição médica.

Conclusão:

A adesão foi classificada como boa/adequada e associada, especialmente, aos fatores de apoio social, os quais devem ser potencializados na prática clínica.

Descritores:
Terapia Antirretroviral de Alta Atividade; Adesão à Medicação; HIV; Síndrome de Imunodeficiência Adquirida; Apoio Social

ABSTRACT

Objective:

To verify the association between adherence to antiretroviral treatment by adults with HIV/AIDS and sociodemographic factors, social and clinical support.

Methods:

Cross-sectional study, with a quantitative approach. Participation of 230 patients. Questionnaires of sociodemographic characterization, social and clinical support, and assessment of adherence to antiretroviral treatment were used. Descriptive and inferential statistics were performed.

Results:

Adherence was classified as good/adequate. An association with sex, income, employment, and level of education was noted. In social support: having access to health services; communication with health professionals; health education; having support to allow venting/talking about issues; information on HIV/AIDS; and company for leisure. In the clinical profile: non-interruption of the drug treatment due to absence from the service or due to changes in the medical prescription.

Conclusion:

Adherence was classified as good/adequate and especially associated with social support factors, which should be enhanced in clinical practice.

Descriptors:
Highly Active Antiretroviral Therapy; Adherence to Medication; HIV; Acquired Immunodeficiency Syndrome; Social Support

RESUMEN

Objetivo:

Verificar la relación entre la adhesión al tratamiento antirretroviral de adultos con VIH/SIDA y los factores sociodemográficos, apoyo social y clínico.

Método:

Estudio transversal, con abordaje cuantitativo. Participaron 230 pacientes. Utilizaron encuestas de caracterización sociodemográfica, apoyo social, clínico y evaluación de la adhesión al tratamiento antirretroviral. Realizó estadística descriptiva e inferencial.

Resultados:

La adhesión fue clasificada como buena/adecuada. Percibió relación con el sexo, renta, empleo y nivel de instrucción. En el apoyo social: ter acceso al servicio de salud; comunicación con los profesionales de salud; educación en salud; recibir apoyo para desahogar/conversar; información sobre VIH/SIDA; y compañía para el ocio. En el perfil clínico: no dejar de tomar los medicamentos por ausencia en el servicio o por alteración en la prescripción médica.

Conclusión:

La adhesión fue clasificada como buena/adecuada y relacionada, especialmente, a los factores de apoyo social, los cuales deben ser potencializados en la práctica clínica.

Descriptores:
Terapia Antirretroviral Altamente Activa; Cumplimiento de la Medicación; VIH; Síndrome de Inmunodeficiencia Adquirida; Apoyo Social

INTRODUÇÃO

No enfrentamento do HIV, o Brasil assumiu o compromisso com a Organização Mundial da Saúde (OMS) de atingir a meta 90-90-90 até o ano de 2020, em que 90% das pessoas com HIV sejam diagnosticadas, das quais 90% se encontrem em TARV e, dentre estas, 90% apresentem carga viral indetectável. Tal situação demanda cuidado contínuo por meio da incorporação do diagnóstico oportuno, vínculo, seguimento e realização de exames periódicos pelo usuário, adesão ao tratamento e supressão da carga viral. Para o alcance desses propósitos, devem ser adotadas metodologias de cuidado e gestão para o cuidado compartilhado com paciente e o compromisso estendido a toda a sociedade(11 Ministério da Saúde (BR). Protocolo clínico e diretrizes terapêuticas para manejo da infecção pelo HIV em adultos. Brasília, DF. MS; 2018.).

Quanto aos fatores associados à adesão, revisão de literatura identificou que aspectos individuais, tais como socioeconômicos, condições psicossociais e de saúde, hábito de vida, aspectos neuropsicológicos e religiosidade interferem nesse processo, bem como as características do tratamento, que incluem esquema de medicação, efeitos adversos, tempo de uso, estratégias para lembrar-se de tomar a medicação, tempo desde a primeira TARV, diagnóstico e custo(22 Carvalho PP, Barroso SM, Coelho HC, Penaforte FRO. Fatores associados à adesão à terapia antirretroviral em adultos: revisão integrativa de literatura. Cienc Saude Colet. 2019;24(7):2543-55. https://doi.org/10.1590/1413-81232018247.22312017
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).

Outros itens que repercutem na adesão são a infecção pelo HIV com tempo de diagnóstico, condições gerais de saúde, estado sorológico, conhecimento sobre HIV e TARV e ter familiar vivendo com HIV; ressaltam-se também a relação do serviço de saúde por meio da equipe multidisciplinar, as visitas domiciliares, o intervalo entre consultas e a boa relação profissionaisusuários. Por fim, o apoio social (suporte social), que influencia o nível de adesão e requer dos serviços de saúde estabelecimento de planos efetivos de intervenção(22 Carvalho PP, Barroso SM, Coelho HC, Penaforte FRO. Fatores associados à adesão à terapia antirretroviral em adultos: revisão integrativa de literatura. Cienc Saude Colet. 2019;24(7):2543-55. https://doi.org/10.1590/1413-81232018247.22312017
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).

De fato, a baixa adesão à TARV é um processo multifatorial e dinâmico devido ao acompanhamento em longo prazo, uma vez que requer contínuo monitoramento, identificação dos motivos da não adesão e utilização de métodos apropriados para redução de danos(33 Iacob AS, Iacob DG, Jugulete G. Improving the adherence to antiretroviral therapy, a difficult but essential task for a successful hiv treatment-clinical points of view and practical consideration. Front Pharmacol. 2017;8:831. https://doi.org/10.3389/fphar.2017.00831
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). Experiência em ambulatórios públicos de HIV brasileiros utilizou o monitoramento por meio de questionários validados para identificar indicadores de não adesão, que apontaram um cenário com fragilidades nos serviços públicos de saúde, no fornecimento de aconselhamento e na orientação da TARV(44 Santos MA, Guimarães MDC, Helena ETS, Basso CR, Vale FC, Carvalho WMES et al. Monitoring self-reported adherence to antiretroviral therapy in public HIV care facilities in Brazil: a national cross-sectional study. Medicine (Baltimore). 2018;97(1S):S38-45. https://doi.org/10.1097/MD.0000000000009015
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).

Assim sendo, torna-se importante detectar precocemente a adesão à TARV dos adultos com HIV/aids e fatores associados em uma perspectiva mais ampla do que a tomada da medicação. Uma vez que há variação do nível de adesão a depender da população pesquisada, observou-se uma tímida produção científica sobre a temática em um serviço de assistência especializada (SAE). Nesse sentido, a investigação pode contribuir para incentivar a rotina do monitoramento da adesão ao tratamento antirretroviral dos pacientes nesse serviço, em termos clínicos e científicos, na perspectiva do adequado cuidado a ser disponibilizado conforme a realidade identificada.

OBJETIVO

Verificar a associação entre a adesão ao tratamento antirretroviral de adultos com HIV/aids e os fatores sociodemográficos, apoio social e clínico.

MÉTODOS

Aspectos éticos

O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Regional do Cariri (URCA). Todos os participantes assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE).

Desenho, local do estudo e período

Trata-se de um estudo descritivo com delineamento transversal, com abordagem quantitativa, desenvolvido em um SAE em HIV/aids, localizado em um município da região sul do estado do Ceará. A coleta de dados ocorreu no período de abril a setembro 2016. Os passos dessa metodologia foram norteados pela ferramenta STROBE.

População/amostra: critério de inclusão e exclusão

O SAE contava com 560 pacientes considerados ativos, ou seja, pessoas que buscaram o serviço pelo menos uma vez ao ano e com idade maior ou igual a 18 anos. Adotou-se nível de confiança de 95%, margem de erro de 5% e proporção de resultados favoráveis da variável população de 50%. A amostra foi composta por 230 participantes. Foram critérios de inclusão ter idade superior a 18 anos, estar ativo no serviço e ser alfabetizado. Treze pacientes recusaram participar do estudo.

Protocolo do estudo

A coleta de dados ocorreu em sala reservada, no SAE, antes da consulta médica, realizada pela pesquisadora, que também teve acesso ao prontuário dos pacientes. Utilizaram-se: Questionário 1 - Instrumento de pesquisa para caracterização, autoaplicável(55 Zuge SS. Fatores relacionados à adesão ao tratamento antirretroviral de adultos com HIV/Aids [Dissertação]. Santa Maria: Universidade Federal de Santa Maria; 2013.) e adaptado para esta pesquisa, incluindo as variáveis: a) sociodemográfica e econômica (idade, sexo, etnia, nível de instrução, situação conjugal, orientação sexual, rendimento nominal mensal familiar per capita, emprego, conhecimento da doença no trabalho e uso de drogas lícitas e ilícitas); b) apoio social - contou com escala tipo Likert para mensuração das variáveis, sendo adotada a pontuação original da escala, determinada de 1 a 5 pontos em ordem crescente: nunca (1 ponto); raramente (2 pontos); às vezes (3 pontos); frequentemente (4 pontos); e sempre (5 pontos); c) perfil clínico: tempo de diagnóstico do HIV e tratamento; níveis de linfócitos T-CD4 e valores de carga viral plasmática; linha de tratamento; deixar de tomar a medicação por não a ter ou por altercação na prescrição; forma de transmissão; infecção oportunista; quantidade de comprimidos ingeridos ao dia; e mudança do estilo de vida em razão do tratamento. Para a categorização dessas variáveis, utilizaram-se os seguintes parâmetros: carga viral plasmática, considerando o número de cópias virais: indetectável ou abaixo de 50 cópias/mL, de 50 cópias/mL a 100 mil cópias/mL e acima de 100 mil cópias/mL; contagem de células T-CD4, categorizadas em ≤ 500 células/mm3 e > 500 células/mm3(66 Ministério da Saúde (BR). Manual técnico para o diagnóstico da infecção pelo HIV em adultos e crianças. 4a ed. Brasília, DF: MS; 2017.); Questionário 2 - "Cuestionario para la Evaluación de la Adhesión al Tratamiento Antiretroviral" (CEAT-VIH), versão adaptada e validada para a realidade brasileira ("Avaliação da adesão ao tratamento antirretroviral")(77 Remor E, Milner-Moskovics J, Preussler G. Adaptação brasileira do "Cuestionario para La Evaluación de la Adhesión al Tratamiento Antiretroviral". Rev Saude Publica. 2007;41(5):685-94. https://doi.org/10.1590/S0034-89102006005000043
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), sendo autoaplicável e tendo boa confiabilidade, alta sensibilidade e média especificidade. É constituído por 20 questões, que abordavam: conformidade com o tratamento; fatores que modulam a adesão ao tratamento; interação entre os profissionais e pacientes; as crenças dos pacientes relacionadas ao esforço e ao tempo demandado no cumprimento do seu tratamento; avaliação da gravidade dos efeitos colaterais; dentre outras. A soma de todos os itens apresenta mínimo de 17 e máximo de 89 pontos, com a classificação do grau de adesão dividida em: adesão baixa/insuficiente (escore bruto ≤ 74; percentil ≤ 49), adesão boa/adequada (escore bruto entre 75 e 79; percentil 50-85) e estrita (escore bruto ≥ 80; percentil ≥ 85).

Análise dos resultados e estatística

Os dados foram analisados por meio da estatística descritiva e inferencial processados no programa Statistical Package for the Social Sciences (versão 22.0). As variáveis quantitativas, do tipo categoria e ordinal, foram descritas por distribuição de frequências simples e relativas; e as variáveis escalares, do tipo intervalar, pela média e coeficiente de variação. As variáveis qualitativas foram nominais e ordinais.

Os graus de adesão foram determinados pela soma das respostas do questionário CEATVIH(77 Remor E, Milner-Moskovics J, Preussler G. Adaptação brasileira do "Cuestionario para La Evaluación de la Adhesión al Tratamiento Antiretroviral". Rev Saude Publica. 2007;41(5):685-94. https://doi.org/10.1590/S0034-89102006005000043
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), gerando os escores e percentis em três níveis. Realizou-se análise da consistência interna do instrumento CEAT-VIH, verificada por meio de alfa de Cronbach, sendo considerados os valores iguais ou maiores que 0,7 como indicadores de consistência.

Nas análises bivariadas para a associação entre adesão ao tratamento antirretroviral (variável de desfecho) e as variáveis sociodemográficas, econômicas, apoio social e perfil clínico, utilizaramse o teste qui-quadrado e, quando adequado, o teste exato de Fisher, ambos para níveis de confiança de 95% e significância estatística de p < 0,05.

RESULTADOS

Participaram do estudo, 230 adultos com HIV/aids; a maioria era do sexo masculino (58,3%) e heterossexual (73,1%), com idade entre 18 e 39 anos (49,6%); parda (66,1%); convivia com esposo(a)/companheiro(a) (41,3%), com média de filhos de 1,85 por pessoa. A maior parte não havia completado o ensino fundamental (31,3%), encontrava-se desempregada (67,2%) e com renda familiar de até dois salários mínimos (72,1%, média de 1,64, DP = 1,45), com média de dependente de 3,22 pessoas. Quanto às drogas, 93,9% afirmaram que não faziam uso de drogas ilícitas; e 63% não consumiam bebidas alcoólicas. No tocante aos aspectos clínicos, 53,9% viviam há, no máximo, cinco anos com o diagnóstico da doença, e 61,3% apresentavam o mesmo tempo de tratamento; 51,6% evidenciavam valor de T-CD4 de até 500 cel./mm3; e 71,7% encontravam-se na primeira linha de tratamento.

No que tange ao grau de adesão ao tratamento, a maioria dos participantes apresentou escore de adesão bom/adequado (44,3%); para 97 pacientes, a adesão foi classificada como baixa/insuficiente (42,2%); e 31 pacientes (13,5%) foram classificados com adesão estrita. A média geral apresentou um escore bruto de 76,51, valor que classifica a adesão à TARV como boa/adequada, com alfa de Cronbach igual a 0,7 (Tabela 1).

Tabela 1
Avaliação da adesão ao tratamento antirretroviral (CEAT-VIH) de adultos que vivem com HIV/aids, município da região sul do estado do Ceará, Brasil, 2016

A variável "sexo" foi significante (p = 0,005) para a adesão à TARV, em que a população masculina obteve classificações boa/adequada (47,8%) e estrita (16,4%) quando comparada à feminina (baixa/insuficiente = 51%). A maioria não tinha completado o ensino fundamental, condição que repercutiu na adesão ao tratamento (escore baixo/insuficiente; (p = 0,010). Ter renda apresentou relação estatística significante com a adesão (p = 0,034), evidenciando que, quanto menor a condição econômica, menor o escore de adesão. A situação empregatícia interferiu na adesão à TARV (p = 0,007): os participantes não empregados, em maior parte, apresentaram adesão baixa/insuficiente, e os empregados obtiveram adesão boa/adequada e estrita (Tabela 2).

Tabela 2
Associação entre as características sociodemográficas e adesão ao tratamento antirretroviral de adultos que vivem com HIV/aids, município da região sul do estado do Ceará, Brasil, 2016

Verificou-se associação entre a adesão à TARV e o acesso ao SAE (p = 0,005), em que 65,5% dos participantes o consideraram difícil (baixa/insuficiente). A fácil comunicação com os profissionais de saúde foi significante (p = 0,005) para maioria, com adesão boa/adequada (43,3%) e estrita (15,4%); quanto a receber educação em saúde para o incentivo e continuidade do tratamento (p = 0,013), entre os que responderam "nunca", 44% tinham baixa adesão, e entre os que frequentavam, 61,1% tinham boa/adequada adesão à TARV. Mais da metade sempre recebeu apoio para desabafar sobre seus problemas de saúde (p = 0,002) com escore de adesão boa/adequada (46,2%) e estrita (18,4%); receber informação para melhorar o nível de conhecimento sobre HIV/aids (p = 0,039) para 41,3% com boa adesão/adequada; metade recebia apoio para diversão e momentos de lazer (p < 0,001), com 53% apresentando adesão boa/adequada; e 20,9%, estrita (Tabela 3).

Tabela 3
Associação entre apoio social e adesão ao tratamento antirretroviral de adultos que vivem com HIV/aids, município da região sul do estado do Ceará, Brasil, 2016

O perfil clínico dos participantes associou-se à adesão à TARV quando não deixaram de tomar os medicamentos pela falta no serviço (p = 0,039), em que a maioria afirmou que esse fato não ocorreu (69,6%) e obteve escore de adesão boa/adequada (47,5%) e estrita (15,6%). Houve associação entre não deixar de tomá-los por ter alguma alteração na prescrição médica (p = 0,018), obtendo escores de adesão boa/adequada (46,3%), e os que deixaram apresentaram adesão baixa/insuficiente (65,5%) (Tabela 4).

Tabela 4
Associação entre o perfil clínico e adesão ao tratamento antirretroviral de adultos que vivem com HIV/aids, município da região sul do estado do Ceará, Brasil, 2016

DISCUSSÃO

Na avaliação da adesão à TARV, o resultado do presente estudo mostrou que houve adesão boa/adequada, o que parece ser modificado em função dos fatores sociodemográficos e econômicos, tais como sexo (masculino), renda (até dois salários mínimos) e ensino fundamental incompleto. Estudos com classificações semelhantes apontaram a necessidade de estimular o seguimento clínico(88 Menezes EG, Santos SRF, Melo GZS, Torrente G, Pinto AS, Goiabeira YNLA. Factors associated with non-compliance with antiretrovirals in HIV/AIDS patients. Acta Paul Enferm. 2018;31(3):299-304. https://doi.org/10.1590/1982-0194201800042
https://doi.org/10.1590/1982-01942018000...

9 Souza HC, Mota MR, Alves AR, Lima FD, Chaves SN, Dantas RAE, et al. Análise da adesão ao tratamento com antirretrovirais em pacientes com HIV/AIDS. Rev Bras Enferm. 2019;72(5):1361-9. http://doi.org/10.1590/0034-7167-2018-0115
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-1010 Foresto JS, Melo ES, Costa CRB, Antonini M, Gir E, Reis RK. Adesão à terapêutica antirretroviral de pessoas vivendo com HIV/Aids em um município do interior paulista. Rev Gaucha Enferm. 2017;38(1):e63158. https://doi.org/10.1590/1983-1447.2017.01.63158
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) para promoção da adesão.

Características semelhantes também foram identificadas em outros estudos brasileiros(88 Menezes EG, Santos SRF, Melo GZS, Torrente G, Pinto AS, Goiabeira YNLA. Factors associated with non-compliance with antiretrovirals in HIV/AIDS patients. Acta Paul Enferm. 2018;31(3):299-304. https://doi.org/10.1590/1982-0194201800042
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9 Souza HC, Mota MR, Alves AR, Lima FD, Chaves SN, Dantas RAE, et al. Análise da adesão ao tratamento com antirretrovirais em pacientes com HIV/AIDS. Rev Bras Enferm. 2019;72(5):1361-9. http://doi.org/10.1590/0034-7167-2018-0115
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10 Foresto JS, Melo ES, Costa CRB, Antonini M, Gir E, Reis RK. Adesão à terapêutica antirretroviral de pessoas vivendo com HIV/Aids em um município do interior paulista. Rev Gaucha Enferm. 2017;38(1):e63158. https://doi.org/10.1590/1983-1447.2017.01.63158
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-1111 Rocha AFB, Araújo MAL, Cavalcante EGF, Moura HJ, Silva APA, Galvão MTG. Positive serology for HIV: epidemiological study of historical series. J Nurs UFPE. 2017;11(1):173-8. https://doi.org/10.5205/reuol.9978-88449-6-1101201721
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), como o realizado em Fortaleza, em que os participantes contavam com renda abaixo de quatro salários mínimos e obtiveram menores escores de adesão ao tratamento(1212 Nascimento EB, Meneses PKS, Cavalcante MG, Vasconcelos LF, Ribeiro JF, Carvalho AMR. Perfil epidemiológico dos pacientes soropositivos em um hospital municipal de Maracanaú-CE, Rev Expr Catol Saude. 2018;3(2):57-63. https://doi.org/10.25191/recs.v3i2.2497
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). Ainda quanto à renda, estudos relataram associação entre adesão, grau de escolaridade e compreensão sobre a doença(1010 Foresto JS, Melo ES, Costa CRB, Antonini M, Gir E, Reis RK. Adesão à terapêutica antirretroviral de pessoas vivendo com HIV/Aids em um município do interior paulista. Rev Gaucha Enferm. 2017;38(1):e63158. https://doi.org/10.1590/1983-1447.2017.01.63158
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,1313 Miyada S, Garbin AJÍ, Gatto RCJ, Garbin CAS. Treatment adherence in patients living with HIV/Aids assisted at a specialized facility in Brazil. Rev Soc Bras Med Trop. 2017;50(5):607-12. https://doi.org/10.1590/0037-8682-0266-2017
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). Nesse contexto, a equipe do SAE deve adotar estratégias que permitam reconhecer a adesão, na perspectiva de potencializá-la e assegurar acompanhamento substancial à vida dos pacientes.

No que se refere ao acesso ao SAE, constatou-se associação com adesão, de modo que a maioria que apresentou dificuldade de acesso teve baixa adesão à TARV. Estudo aponta que a flexibilidade de horário, atenção direcionada a cada diferente grupo populacional e cuidado multidisciplinar são qualidades essenciais de um serviço(1010 Foresto JS, Melo ES, Costa CRB, Antonini M, Gir E, Reis RK. Adesão à terapêutica antirretroviral de pessoas vivendo com HIV/Aids em um município do interior paulista. Rev Gaucha Enferm. 2017;38(1):e63158. https://doi.org/10.1590/1983-1447.2017.01.63158
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).

Da mesma forma, a adesão/boa adequada parece ser determinada também pelo apoio social, que foi percebido pelas PVHIVs por meio de boa comunicação com os profissionais de saúde. Adicionalmente, a participação de educação em saúde permitiu o repasse de incentivos ao tratamento que melhorassem o nível de conhecimento sobre HIV/aids, especialmente para os que apresentaram adesão boa/adequada. Estudo em Brasília mostra que a baixa/insuficiente adesão à TARV tem como barreiras o desconhecimento/a escassez de informações sobre a medicação(99 Souza HC, Mota MR, Alves AR, Lima FD, Chaves SN, Dantas RAE, et al. Análise da adesão ao tratamento com antirretrovirais em pacientes com HIV/AIDS. Rev Bras Enferm. 2019;72(5):1361-9. http://doi.org/10.1590/0034-7167-2018-0115
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).

No contexto da atenção às PVHIVs, enfermeiras relataram interconectar por meio de intervenções educacionais temas relacionados à saúde, compartilhamento de conhecimentos sobre doença, tratamento e habilidade para promover a adesão, bem como mediante o esforço em construir uma relação terapêutica, mobilizar recursos sociais e da saúde para a gestão de TARV e cuidados de HIV(1414 Rouleau G, Richard L, Côté J, Gagnon MP, Pelletier J. Nursing practice to support people living with HIV with antiretroviral therapy adherence: a qualitative study. J Assoc Nurses AIDS Care. 2019;30(4):e20-37. https://doi.org/10.1097/JNC.0000000000000103
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). De fato, o acesso, a oferta de informações, o vínculo e a interação com a equipe de saúde devem envolver as PVHIVs enquanto seres conscientes e participativos no processo de adesão ao tratamento, no autocuidado e na autonomia de buscar seus direitos, bens e serviços.

Na presente pesquisa, os pacientes encontraram suporte social pelo apoio quando precisavam desabafar sobre seus problemas de saúde. Estudo realizado no Rio de Janeiro, em uma equipe de saúde da família, avaliou a presença de sintomas depressivos em pessoas com HIV/aids e destacou que o apoio emocional pode ser decisivo para a aceitação do diagnóstico e proteção à vida(1515 Coutinho MFC, O'Dwyer G, Frossard V. Antiretroviral treatment: adherence and the influence of depression in users with HIV/Aids treated in primary care. Saude Debate. 2018;42(116):148-61. https://doi.org/10.1590/0103-1104201811612
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). Diante do exposto, os profissionais de saúde devem se capacitados para atender a essa expectativa das PVHIV/familiares por meio de intervenção e ações intersetoriais que garantam a gestão do cuidado.

Ainda no âmbito do apoio social, a atividade de lazer apareceu como potencial para adesão ao tratamento. Estudo realizado em São José dos Pinhais, estado do Paraná, aponta que a disponibilidade e a satisfação com o suporte social aumentam as chances de adesão ao tratamento(1616 Lenzi L, Tonin FS, Souza VR, Pontarolo R. Suporte social e HIV: relações entre características clínicas, sociodemográficas e adesão ao tratamento. Psic Teor Pesqui. 2018;34:e34418. https://doi.org/10.1590/0102.3772e34422
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). Esses aspectos podem ser identificados durante o monitoramento da adesão ao tratamento, considerando seu aspecto mais amplo, assim como demandam o envolvimento de instituições comunitárias para garantir o apoio social nas atividades de cuidado à saúde e lazer das PVHIVs.

Nas variáveis clínicas, identificou-se que não houve ausência dos ARVs; e, mesmo diante de alterações na prescrição médica, os pacientes tiveram autonomia para manter o autocuidado e a continuidade da medicação identificada por aqueles que apresentaram adesão boa/adequada. Essa situação constou em um estudo realizado no Alto da Parnaíba, estado de Minas Gerais, o qual identificou comportamento estável em mais da metade dos pacientes durante a dispensação de medicamento(1717 Souza GO, Tibúrcio AACM, Koike MK. Appropriate adherence to antiretroviral therapy in the Alto Paranaíba, Minas Gerais, Brazil. Medical Express (Sao Paulo). 2016;3(3):M160305. https://doi.org/10.5935/MedicalExpress.2016.03.05
https://doi.org/10.5935/MedicalExpress.2...
).

No presente estudo, outros fatores, como tempo de diagnóstico, elevação de contagem de células TCD4 e carga viral, não foram associados a uma maior adesão ao tratamento, diferentemente de outro estudo com investigação semelhante(1010 Foresto JS, Melo ES, Costa CRB, Antonini M, Gir E, Reis RK. Adesão à terapêutica antirretroviral de pessoas vivendo com HIV/Aids em um município do interior paulista. Rev Gaucha Enferm. 2017;38(1):e63158. https://doi.org/10.1590/1983-1447.2017.01.63158
https://doi.org/10.1590/1983-1447.2017.0...
). De fato, os profissionais de saúde, em especial o enfermeiro, devem avaliar continuamente a adesão em seus múltiplos aspectos, garantindo, assim, a atenção à saúde e respeitando a individualidade e vulnerabilidades dos perfis que atendem no âmbito do serviço de saúde.

Esse desafio nas políticas de enfrentamento da epidemia e nas pesquisas que envolvem adesão à TARV se deve à inexistência de uma medida padrão-ouro para a quantificação da adesão, o que dificulta as análises das realidades existentes(44 Santos MA, Guimarães MDC, Helena ETS, Basso CR, Vale FC, Carvalho WMES et al. Monitoring self-reported adherence to antiretroviral therapy in public HIV care facilities in Brazil: a national cross-sectional study. Medicine (Baltimore). 2018;97(1S):S38-45. https://doi.org/10.1097/MD.0000000000009015
https://doi.org/10.1097/MD.0000000000009...
,1010 Foresto JS, Melo ES, Costa CRB, Antonini M, Gir E, Reis RK. Adesão à terapêutica antirretroviral de pessoas vivendo com HIV/Aids em um município do interior paulista. Rev Gaucha Enferm. 2017;38(1):e63158. https://doi.org/10.1590/1983-1447.2017.01.63158
https://doi.org/10.1590/1983-1447.2017.0...
). Nesse sentido, cabe ao SAE monitorar a adesão, em sua rotina, para possibilitar a implementação de ações que qualifiquem a conduta clínica.

Por fim, reforça-se que a detecção precoce da não adesão à TARV deve se tornar essencial nos serviços de saúde, requerendo conhecimento de medidas diretas e indiretas dos profissionais de saúde para que adotem intervenções na perspectiva da promoção, monitoramento e melhora na qualidade de vida das PVHIVs.

Limitações do Estudo

Aponta-se como limitação a medição indireta da adesão à TARV por meio do autorrelato, o que pode limitar a generalização dos resultados.

Contribuições para a Área da Enfermagem

Neste trabalho, os resultados podem subsidiar medidas de monitoramento da adesão ao tratamento em uma perspectiva mais ampla e são importantes quanto ao processo de trabalho para potencializar o suporte social e atender às necessidades de saúde dessa população.

CONCLUSÕES

Este estudo permitiu avaliar a associação entre a adesão à TARV de adultos que vivem com HIV/aids e os aspectos sociodemográficos, econômico, clínico e apoio social em um SAE, revelando grau de adesão bom/adequado. Especialmente para o apoio social, os pacientes consideraram os aspectos relacionados ao acesso ao serviço, boa comunicação com os profissionais de saúde, ter ações de educação em saúde e informações sobre HIV/aids, assim como poder desabafar sobre seus problemas de saúde.

As associações observadas indicam a necessidade de o SAE contribuir para o cuidado compartilhado com os pacientes e formação de grupo/rede de apoio que tanto oportunizem respostas efetivas visando à promoção da adesão quanto atendam às necessidades de saúde dos pacientes adultos.

Ressalta-se que, para o monitoramento, devem-se buscar alternativas diretas e indiretas, considerando a complexidade da adesão e o cuidado centrado nos aspectos individuais e vulnerabilidades de grupos que necessitam de intervenções para promoção do autocuidado, prevenção das doenças oportunistas e seguimento adequado.

AGRADECIMENTO

Gostaria de agradecer a todos os participantes do estudo e ao serviço de saúde.

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Editado por

EDITOR CHEFE: Antonio José de Almeida Filho
EDITOR ASSOCIADO: Ana Fátima Fernandes

Datas de Publicação

  • Publicação nesta coleção
    18 Out 2021
  • Data do Fascículo
    2022

Histórico

  • Recebido
    01 Jun 2020
  • Aceito
    13 Abr 2021
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