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Avaliação da Densidade Mamográfica em Mulheres na Menopausa, sob Terapia de Reposição Hormonal

Resumo de Tese

Avaliação da Densidade Mamográfica em Mulheres na Menopausa, sob Terapia de Reposição Hormonal

Autor: Jorge Nahás Neto

Orientador: Prof. Dr. Laurival A. De Luca

Dissertação apresentada ao Curso de Pós-Graduação em Ginecologia e Obstetrícia, área de concentração em Ginecologia da Faculdade de Medicina de Botucatu ¾ UNESP, para obtenção do Título de Mestre em 17/11/99.

O objetivo deste estudo foi de analisar as alterações de densidade mamográfica, em mulheres na menopausa, submetidas a terapia de reposição hormonal (TRH). Estudou-se 96 pacientes, divididas em três grupos: G1, controle, de não-usuárias de TRH; G2, de usuárias de estrogênios conjugados (0,625 mg/dia) isolados ou associados a medroxiprogesterona (2,5 mg /dia ou 5,0 mg /12 dias); G3, usuárias de tibolona (2,5 mg/dia). Critérios de inclusão: duas mamografias com intervalo mínimo de 12 meses, sendo a primeira prévia a TRH. Avaliou-se a densidade mamográfica por dois métodos de classificação, o Wolfe (N1, P1, P2, DY) e o padronizado pelo Colégio Brasileiro de Radiologia (CBR 1,2,3,4). Os laudos foram revistos por dois radiologistas, separadamente. Verificou-se que as pacientes do grupo controle e usando tibolona eram mais velhas e com maior tempo de menopausa (p< 0,05). Sintomas mamários foram relatados por 9 pacientes sob TRH convencional e 4 sob tibolona, e em nenhuma do grupo controle (p< 0,05). Observou-se que mulheres com mamas pouco densas (N1 e P1 ou 1 e 2) tinham em média 3,6 gestações, diferentemente daquelas com mamas densas (P2 e DY ou 3 e 4), com 2,3 gestações (p< 0,01). Os achados mamográficos, iniciais e finais, foram confrontados entre os três grupos e não houve diferença significativa. Encontrou-se aumento de densidade mamográfica, segundo Wolfe, em 6,2% no controle, 9,4% sob TRH convencional e 3,2% sob tibolona e, segundo o CBR, em 3,2%, 12,3% e 6,2%, respectivamente. A concordância inter-observadores foi considerada boa, pelo método estatístico de kappa. Comparando-se Wolfe com o CBR, houve fraca concordância, atribuída ao fato das classes N1 e P1 de Wolfe serem englobadas na classe 1 do CBR. Este estudo sugere que a reposição hormonal não altera significativamente a densidade mamária. Entretanto, pequena porcentagem de mulheres mostraram aumento de tecido fibroglandular detectados pela mamografia. A tibolona parece provocar menos sintomas mamários e menores alterações de densidade mamária, quando comparada à TRH convencional.

Palavras-chave: Mamografia. Menopausa. Terapia de reposição hormonal.

Datas de Publicação

  • Publicação nesta coleção
    13 Out 2005
  • Data do Fascículo
    Maio 2000
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