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Repercussões da Terapia de Reposição Hormonal em Ratas Hipertensas e Ooforectomizadas

Resumo de Tese

Repercussões da Terapia de Reposição Hormonal em Ratas Hipertensas e Ooforectomizadas

Autor: Rogério Dias

Tese apresentada à Faculdade de Medicina de Botucatu - UNESP- para obtenção de livre-docente, em 13 março de 2001.

Objetivo: avaliar o efeito da estrogenioterapia sobre a castração cirúrgica, comparando-a com a "menopausa espontânea"; a evolução dos níveis plasmáticos de colesterol total, HDL-colesterol, LDL-colesterol, relação LDL/HDL-colesterol, triglicérides, sódio, potássio, uréia e creatinina; a evolução da pressão arterial; e o peso corpóreo de ratas hipertensas e ooforectomizadas.

Material e Métodos: foram utilizadas 60 ratas virgens, da linhagem "Wistar", pesando entre 260 e 300 gramas e com idade entre 5 e 6 meses. As ratas foram sorteadas para compor os 5 grupos experimentais (G1-C controle ¾ "menopausa espontânea"; G2-O, ooforectomizada; G3-OH, ooforectomizada + hipertensão, G4-OE, ooforectomizada + estrogenioterapia e G5-OHE, ooforectomizada + hipertensão + estrogenioterapia). A hipertensão foi induzida, experimentalmente, pela técnica de Goldblatt II (2 rins - 1 clipe), que consiste na contrição da artéria renal esquerda. Posteriormente, foram realizadas medidas periódicas da pressão arterial pelo método de pletismografia de cauda. A ooforectomia bilateral foi realizada para induzir as ratas a um estado de privação estrogênica. O experimento foi analisado, distintamente, em 4 momentos para a pressão arterial e peso corpóreo, e em 3 momentos para as dosagens bioquímicas.

Resultados: as ratas dos grupos G3-OH e G5-OHE apresentaram elevação dos níveis de pressão arterial acima do normal; a ooforectomia bilateral (grupos G2-O e G4-OE) não determinou alteração de peso corpóreo, enquanto as variáveis bioquímicas sofreram alterações com a hipertensão e com a ooforectomia, pois voltaram a valores normais após a suplementação estrogênica.

Conclusões: o modelo experimental foi adequado para o objetivo de nosso estudo, pois permitiu obtenção de animais hipertensos. A castração cirúrgica, na ausência de reposição hormonal, alterou precocemente o metabolismo lipídico das ratas em relação às "menopausadas espontaneamente". A estrogenioterapia normalizou os níveis plasmáticos do colesterol total, HDL-colesterol, LDL-colesterol, da relação LDL/HDL-colesterol, porém aumentou os níveis de triglicérides das ratas hipertensas e ooforectomizadas. A estrogenioterapia abaixou os níveis de pressão arterial, não interferiu no peso corpóreo e diminuiu os níveis plasmáticos de sódio, potássio, uréia e creatinina das ratas hipertensas e ooforectomizadas.

Palavras-chave: Terapia de reposição hormonal. Ooforectomia. Hipertensão arterial. Modelos experimentais.

Datas de Publicação

  • Publicação nesta coleção
    27 Jun 2003
  • Data do Fascículo
    Maio 2001
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