Acessibilidade / Reportar erro

Estudo dos Receptores para Estrogênio e Progesterona em Pólipos Endometriais de Mulheres na Pós-menopausa

Resumo de Tese

Estudo dos Receptores para Estrogênio e Progesterona em Pólipos Endometriais de Mulheres na Pós-menopausa

Autora: Elza Carvalho Sant' Ana de Almeida

Orientador: Prof. Dr. Antonio Alberto Nogueira

Dissertação de Mestrado apresentada ao Departamento de Ginecologia e Obstetrícia da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo, em 15 de agosto de 2001.

Com o objetivo de avaliar a expressão dos receptores para estrogênio e progesterona em pólipos e seu endométrio adjacente, foi feito estudo observacional longitudinal incluindo 91 mulheres do DGO de agosto de 1999 a agosto de 2000. Setenta e duas pacientes estavam na menopausa e 19 no menacme. Foram excluídas pacientes em uso de terapia hormonal de reposição ou adjuvante, as que tinham somente laudo do pólipo e um caso de carcinoma endometrial. Todas as amostras foram obtidas por ressecção histeroscópica com alça diatérmica em ambiente cirúrgico. Foram realizados estudos histopatológicos e imuno-histoquímicos nos pólipos e endométrio pareados. As variáveis não paramétricas foram analisadas pelos testes de Wilcoxon, de Mann-Whitney e Kruskall-Wallis. As principais características das pacientes na menopausa eram: idades médias de 54,2 anos, estavam na pós-menopausa em média há 9 anos, eram assintomáticas em 75% dos casos. As pacientes no menacme tinham em média 42,8 anos, apresentavam sangramento uterino anormal em 66% dos casos. Os laudos histológicos dos pólipos e endométrio apresentavam distribuição de suas classificações quanto ao tipo e proporção compatíveis com as da literatura. Após as reações imuno-histoquímicas foram encontrados os seguintes resultados: comparando a imunomarcação dos RE e RP nos pólipos e endométrio adjacente, encontramos na pós-menopausa um escore imuno-histoquímico maior nas glândulas dos pólipos que no endométrio para ambos receptores (RE = mediana de 7,00 versus 5,00, p < 0,0001 e RP = mediana de 6,00 versus 4,00 , p< 0,0001) além de ser também maior no estroma dos pólipos, o escore de RE (6,00 versus 5,00, p = 0,021). Encontramos no menacme também o escore imuno-histoquímico maior nas glândulas dos pólipos que no endométrio para ambos receptores (RE = mediana de 7,00 versus 6,00, p = 0,019 e RP = mediana a 7,00 versus 5,00, p = 0,007) além de ser também maior no estroma dos pólipos, o escore de RP (7,00 versus 5,00, p = 0,007). Quando comparamos as diferenças dos escores dos RE e RP entre pós-menopausa e menacme, observamos que houve decréscimo da imunomarcação dos RE e RP no estroma dos pólipos e do endométrio na pós-menopausa, entretanto não foi encontrada essa diferença nas glândulas dos pólipos e do endométrio. Quando analisamos a imunomarcação do endométrio em diferentes idades de pós-menopausa, não encontramos diferença de escore de ambos receptores nas glândulas e no estroma do endométrio nas faixas etárias distintas da pós-menopausa.

Palavras-chave: Pólipos endometriais. Endométrio. Receptores para estrogênios. Receptores para progesterona. Imuno-histoquímica.

Datas de Publicação

  • Publicação nesta coleção
    01 Jul 2003
  • Data do Fascículo
    Dez 2001
Federação Brasileira das Sociedades de Ginecologia e Obstetrícia Av. Brigadeiro Luís Antônio, 3421, sala 903 - Jardim Paulista, 01401-001 São Paulo SP - Brasil, Tel. (55 11) 5573-4919 - Rio de Janeiro - RJ - Brazil
E-mail: editorial.office@febrasgo.org.br