Acessibilidade / Reportar erro

Novas ocorrências de musgos (Bryophyta) para o Estado do Rio Grande do Sul, Brasil

New occurrences of mosses (Bryophyta) from Rio Grande do Sul State, Brazil

Resumos

Foram identificados 22 táxons que são novas citações para o Rio Grande do Sul e 4 táxons tiveram sua distribuição geográfica ampliada no Estado. Os mesmos estão distribuídos em 10 famílias e 16 gêneros, sendo que as famílias mais bem representadas neste estudo são Fissidentaceae, Bryaceae, Sematophyllaceae, Dicranaceae, Hypnaceae e Orthotrichaceae. Bryum chryseum Mitt. e Pohlia nutans (Hedw.) Lindb. são ocorrências novas para o Brasil. Fissidens rigidulus Hook. f. & Wilson, Fissidens submarginatus Bruch, Fissidens taxifolius Hedw. e Uleastrum palmicola (Müll. Hal.) R. H. Zander tiveram sua distribuição geográfica ampliada. São apresentadas ilustrações e distribuição geográfica para todos os táxons.

musgos; novas ocorrências; Rio Grande do Sul


For Rio Grande do Sul State were identified as new records 22 taxa and four taxa were cited for new sites in the State. They are belonging to 10 families and 16 genera, being Fissidentaceae, Bryaceae, Sematophyllaceae, Dicranaceae, Hypnaceae and Orthotrichaceae the families most representatives in this research. Bryum chryseum Mitt. and Pohlia nutans (Hedw.) Lindb. are new records to Brazil. Fissidens rigidulus Hook. f. & Wilson, Fissidens submarginatus Bruch, Fissidens taxifolius Hedw. and Uleastrum palmicola (Müll. Hal.) R. H. Zander were cited for new sites. All species are illustrated and geographic distributions are presented.

mosses; new records; Rio Grande do Sul


ARTIGOS

Novas ocorrências de musgos (Bryophyta) para o Estado do Rio Grande do Sul, Brasil1 1 Parte da Dissertação de Mestrado da primeira autora, Programa de Pós-Graduação em Biodiversidade Vegetal e Meio Ambiente do Instituto de Botânica, São Paulo, SP, Brasil 2 Autor para correspondência: jucarabordin@gmail.com

New occurrences of mosses (Bryophyta) from Rio Grande do Sul State, Brazil

Juçara Bordin2 1 Parte da Dissertação de Mestrado da primeira autora, Programa de Pós-Graduação em Biodiversidade Vegetal e Meio Ambiente do Instituto de Botânica, São Paulo, SP, Brasil 2 Autor para correspondência: jucarabordin@gmail.com ; Olga Yano

Instituto de Botânica, Caixa Postal 3005, 01601-970 São Paulo, SP, Brasil

RESUMO

Foram identificados 22 táxons que são novas citações para o Rio Grande do Sul e 4 táxons tiveram sua distribuição geográfica ampliada no Estado. Os mesmos estão distribuídos em 10 famílias e 16 gêneros, sendo que as famílias mais bem representadas neste estudo são Fissidentaceae, Bryaceae, Sematophyllaceae, Dicranaceae, Hypnaceae e Orthotrichaceae. Bryum chryseum Mitt. e Pohlia nutans (Hedw.) Lindb. são ocorrências novas para o Brasil. Fissidens rigidulus Hook. f. & Wilson, Fissidens submarginatus Bruch, Fissidens taxifolius Hedw. e Uleastrum palmicola (Müll. Hal.) R. H. Zander tiveram sua distribuição geográfica ampliada. São apresentadas ilustrações e distribuição geográfica para todos os táxons.

Palavras-chave: musgos, novas ocorrências, Rio Grande do Sul

ABSTRACT

For Rio Grande do Sul State were identified as new records 22 taxa and four taxa were cited for new sites in the State. They are belonging to 10 families and 16 genera, being Fissidentaceae, Bryaceae, Sematophyllaceae, Dicranaceae, Hypnaceae and Orthotrichaceae the families most representatives in this research. Bryum chryseum Mitt. and Pohlia nutans (Hedw.) Lindb. are new records to Brazil. Fissidens rigidulus Hook. f. & Wilson, Fissidens submarginatus Bruch, Fissidens taxifolius Hedw. and Uleastrum palmicola (Müll. Hal.) R. H. Zander were cited for new sites. All species are illustrated and geographic distributions are presented.

Key words: mosses, new records, Rio Grande do Sul

Introdução

Os registros mais antigos de coletas de musgos no Estado do Rio Grande do Sul foram de Brotherus (1900) e Lindman (1906), que citaram 94 e 57 espécies, respectivamente. Posteriormente foram desenvolvidos trabalhos por Bartram (1952), Sehnem (1953, 1955, 1969, 1970, 1972, 1976, 1978, 1979, 1980), Lemos-Michel (1999), Farias (1982, 1984, 1987), Yano & Bordin (2006) e Peralta et al. (2008a), que citaram neste último trabalho uma nova ocorrência para o Estado.

A maioria dos trabalhos citados acima é resultado da análise de amostras coletadas em áreas preservadas e protegidas, como a Floresta Nacional de São Francisco de Paula e o Parque Nacional dos Aparados da Serra. Estudos com musgos em áreas urbanas não são mencionados para o Rio Grande do Sul, devido principalmente, ao número reduzido de pesquisadores que trabalham neste Estado e também ao fato das pesquisas briológicas ainda estarem na fase de exploração, ou seja, visam apenas conhecer as espécies existentes. Levantamentos florísticos de briófitas em áreas urbanas são de grande importância pois fornecem subsídios para pesquisas ecológicas (Yano & Câmara 2004) e dados sobre a ocorrência e distribuição geográfica de espécies que suportam o convívio com a ocupação humana (Bastos & Yano 1993).

Atualmente são conhecidas para o Estado 511 espécies de musgos, em 166 gêneros e 57 famílias, com base nos catálogos de Yano (1981, 1989, 1995 e 2006), Yano & Bordin (2006) e Peralta et al. (2008a). Este número corresponde a 26% do total das espécies de musgos conhecidas para o Brasil e, conforme Sehnem (1953) indica que a flora briológica do Rio Grande do Sul é rica e variada devido a posição geográfica que o Estado ocupa, pois sofreu irradiações da flora neotrópica, da flora campestre do Brasil central, do pampa sulino e da flora austral-antártica.

O objetivo deste trabalho é ampliar o conhecimento da distribuição geográfica das espécies e melhor conhecer a diversidade de musgos do Estado, especialmente em áreas urbanas.

Material e métodos

O município de Caxias do Sul (29°30' S, 51°00' W), localiza-se na extremidade leste da Encosta Superior do Nordeste do Estado do Rio Grande do Sul. Possui área total de 1.643,913 km2, altitude média de 780 m, chuvas bem distribuídas ao longo do ano e vegetação formada pela Floresta Ombrófila Mista, Savana Gramíneo-Lenhosa e Floresta Estacional Decidual (Veloso et al. 1991).

O estudo foi desenvolvido no centro urbano deste município e a vegetação existente nesta área é representada palas árvores nativas e exóticas utilizadas na arborização urbana e, ainda, por remanescentes da mata primária preservados entre as construções, nos parques e praças. As coletas foram realizadas no período de agosto de 2005 a novembro de 2006 e o método de coleta, preservação e herborização foi baseado em Yano (1984). A distribuição geográfica foi baseada em Yano (1981, 1989, 1995 e 2006) e o sistema de classificação utilizado foi o de Buck & Goffinet (2000).

Para identificação das espécies foram utilizados os trabalhos de: Buck (1998), Churchill & Linares C. (1995), Florschütz (1964), Frahm (1979, 1991), Hirai et al. (1998), Ochi (1980), Oliveira-e-Silva & Yano (2000), Pursell (1994, 1997), Sehnem (1972, 1978), Sharp et al. (1994), Yano et al. (2003) e Zander (1993).

As amostras foram depositadas no Herbário Científico do Estado "Maria Eneyda P. Kauffmann Fidalgo" (SP), com duplicatas no Herbário da Universidade de Caxias do Sul (HUCS).

Os táxons estão listados em ordem alfabética de família, gênero e espécie, sendo apresentado para cada táxon, material examinado, distribuição geográfica no Brasil, comentários e ilustração.

Resultados e discussão

Foram identificados 22 táxons que são novas citações para o Rio Grande do Sul e 4 táxons tiveram sua distribuição geográfica ampliada no Estado. Os mesmos estão distribuídos em 10 famílias e 16 gêneros, sendo que as famílias mais bem representadas são Fissidentaceae (1 gênero e 8 espécies), Bryaceae (3 gêneros e 4 espécies), Sematophyllaceae (3 gêneros e 3 espécies), Dicranaceae e Hypnaceae (2 gêneros e 2 espécies) e Orthotrichaceae (1 gênero e 2 espécies). Bryum chryseum Mitt. e Pohlia nutans (Hedw.) Lindb. são ocorrências novas para o Brasil. Fissidens rigidulus Hook. f. & Wilson, Fissidens submarginatus Bruch, Fissidens taxifolius Hedw. e Uleastrum palmicola (Müll. Hal.) R. H. Zander tiveram sua distribuição geográfica ampliada.

Brachymenium speciosum (Hook. f. & Wilson) Steere e Physcomitrium subsphaericum Schimp. ex Müll. Hal. eram conhecidos apenas para a região Sudeste do Brasil (SP e MG, respectivamente) e Platygyriella densa (Hook.) W. R. Buck apenas para a região Centro-Oeste (DF e GO). A identificação destes táxons para o Rio Grande do Sul é importante pois amplia a distribuição geográfica dos mesmos no país, aumentando também o entendimento sobre a biologia destas espécies.

Campylopus flexuosus (Hedw.) Brid., Donnellia commutata (Müll. Hal.) W. R. Buck, Fissidens angustifolius Sull., F. guianensis Mont., Gemmabryum exile (Dozy & Molk.) J. R. Spence & H. P. Ramsay, Groutiela tumidula (Mitt.) Vitt, Meiothecium boryanum, Microcampylopus curvisetus (Hampe) Giese & J.-P. Frahm e Pterogonidium pulchellum (Hook.) Müll. Hal. são táxons que apresentam distribuição disjunta no país, provavelmente por falta de coletas. São conhecidos em diversos Estados, porém são citados pela primeira vez para a região Sul do Brasil.

Chenia leptophylla (Müll. Hal.) R. H. Zander, Ctenidium malacodes Mitt., Fissidens lagenarius var. muriculatus (Mitt.) Pursell, F. pellucidus Hornsch., F. scariosus Mitt., Gemmabryum acuminatum (Harv.) J. R. Spence & H. P. Ramsay, Groutiella apiculata (Hook.) H. A. Crum e Uleastrum palmicola (Müll. Hal.) R. H. Zander são táxons conhecidos para os Estados de Santa Catarina e-ou Paraná, portanto, a identificação destes táxons no Rio Grande do Sul completa uma importante lacuna na distribuição geográfica dos mesmos. Isto demonstra a necessidade de intensificar as coletas no Estado pois, provavelmente, diversas espécies estão na mesma situação, não sendo conhecidas por falta de coletas.

A ampliação da distribuição geográfica das espécies para um determinado Estado ou região é de fundamental importância quando se trata da avaliação destas espécies em categorias de ameaça de extinção, pois elas podem mudar de categoria ou mesmo ser retiradas das listas de espécies ameaçadas. É o que ocorre com Fissidens rigidulus, F. submarginatus, F. taxifolius e Uleastrum palmicola, conhecidas até então, somente em uma localidade do Estado, coletadas agora em outra área, o que indica a ampliação de sua distribuição e, conseqüentemente, a diminuição do risco de ameaça destes táxons. Para o Brasil, segundo o Ministério do Meio Ambiente (2008), a maioria das espécies de briófitas apresenta dados insuficientes para serem classificadas em alguma das categorias de ameaça. Desta forma, novas citações para um Estado ou para novas localidades amplia a distribuição geográfica e aumenta o número de dados disponíveis para estes táxons, permitindo, caso necessário, sua futura inclusão na lista das espécies ameaçadas. Este trabalho e outros que ampliam o conhecimento da biologia e distribuição das espécies de briófitas, vem de encontro à necessidade urgente e atual de conhecer para melhor preservar a biodiversidade do país.

BRYACEAE

Brachymenium speciosum (Hook. f. & Wilson) Steere, Bryologist 51(2): 98. 1948 ≡ Leptotheca speciosa Hook. f. & Wilson, Icon. Plant. Rar. 8: 748. 1845.

Figura 1


Material examinado: Caxias do Sul, Jardim Botânico de Caxias do Sul, sobre troncos, 27-VIII-1992, R. Wasum s.n (HUCS8613).

Reconhecida pelos filídios contorcidos quando secos, oblongos, gradualmente longo-acuminados, bordeados com 2-3 fileiras de células alongadas; costa geralmente excurrente ou até ⅔ da lâmina. Diferencia-se de Gemmabryum acuminatum (Harvey in W. J. Hooker) J. R. Spence & H. P. Ramsay, pois este apresenta filídios mais curtos, sem borda de células diferenciadas, ápice curto-acuminado e costa finalizando pouco abaixo do ápice. A costa excurrente e o tipo de ápice aproxima esta espécie de Gemmabryum exile (Dozy & Molk.) J. R. Spence & H. P. Ramsay, entretanto nesta última os filídios são ovalados e a margem é inteira.

A única referência da espécie para o Brasil é de Ochi (1980), citando-a para o Estado de São Paulo, onde cresce sobre troncos de árvores, raramente sobre solo. Na área de estudo, foi coletada na mata, sobre troncos de árvores vivas e corresponde à segunda citação da espécie para o Brasil. Apesar de ainda ocupar uma área restrita, a ocorrência da espécie no Rio Grande do Sul amplia a distribuição geográfica e indica que a mesma pode ocorrer também em outros Estados.

Distribuição no restante do Brasil: SP.

Bryum chryseum Mitt., J. Linn. Soc. Bot. 12: 304. 1869.

Figura 2


Material examinado: Caxias do Sul, Universidade de Caxias do Sul, beira da mata, na escada, sobre rochas, 13-I-2006, J. Bordin 279p.p. (HUCS27381, SP379712).

Reconhecida pelos filídios ovalados, ápice aristado, hialino, pelas células alares diferenciadas, quadráticas, em fileiras e pelas células próximas a margem que diminuem de tamanho em direção ao ápice.

Esta é a primeira citação para o Brasil. Nas Américas, a espécie ocorre no México, Guatemala, Bolívia e Chile, em locais úmidos ou secos, parcialmente sombreados ou abertos (Ochi 1980). Ainda ocorre em penhascos ou grandes rochas (Sharp et al. 1994). Na área de estudo foi coletada sobre rochas, na beira da mata, associada a Weissia controversa Hedw.

Gemmabryum acuminatum (Harv.) J. R. Spence & H. P. Ramsay, Phytologia 87(2): 65. 2005 ≡ Brachymenium acuminatum Harv. ex Hook., Icon. Pl. Rar. 1: 19. 1836.

Figura 3


Material examinado: Caxias do Sul, Universidade de Caxias do Sul, no barranco, 4-X-2006, O. Yano & J. Bordin 29126 (HUCS29528, SP385504).

Reconhecida pelos filídios oblongo-ovalados, curto-acuminados; células romboidais muito estreitas; margem inteira, levemente serrulada na parte superior e costa subpercurrente. Foram observados alguns filídios com margem levemente serrulada na região apical e costa percurrente ou curto-excurrente, o que está de acordo com Ochi (1980), que menciona a grande variabilidade dos filídios.

Cresce sobre solo pobre cobrindo rochas ou fendas de rochas, em lugares abertos ou parcialmente sombreados (Ochi 1980) e em solos arenosos (Yano & Santos 1993). Foi coletada sobre barranco, em lugar úmido, na mata.

Este é o primeiro registro da espécie na região Sul, após mais de 20 anos. As únicas citações da espécie na região são de Ochi (1974, 1980), como Brachymenium acuminatum Harv., para o Estado de Santa Catarina.

Distribuição no restante do Brasil: GO, RJ, SC e SP.

Gemmabryum exile (Dozy & Molk.) J. R. Spence & H. P. Ramsay, Phytologia 87(2): 67. 2005 ≡ Bryum exile Dozy & Molk., Ann. Sci. Nat. Bot. ser 3, 2: 300. 1844.

Figura 4


Material examinado: Caxias do Sul, Parque Cinqüentenário, paredão de rocha, 3-X-2006, O. Yano & J. Bordin 29171p.p. (HUCS29562, SP385549).

Reconhecida pelos filídios ovalados, largos, com ápice aristado, diferenciando-se facilmente de Gemmabryum acuminatum, cujos filídios são mais alongados, curto-acuminados e não aristados.

Cresce em solo úmido ou relativamente seco, entre rochas ou fendas, em locais ensolarados ou parcialmente sombreados (Sharp et al. 1994), na margem de matas, cobrindo a base de troncos caídos (Peralta & Yano 2005). Foi coletada em local aberto, sobre rocha úmida, associada a Bryum argenteum Hedw.

Esta é a primeira citação para a região Sul do Brasil. A espécie ocorre em todas as regiões do Brasil e está mais bem representada na região Centro-Oeste. No Sudeste ocorre apenas no Estado de São Paulo, em local úmido e bem preservado.

Distribuição no restante do Brasil: BA, DF, GO, MS, PE, RJ, RR e SP.

DICRANACEAE

Campylopus flexuosus (Hedw.) Brid., Mant. Musc. 4: 71. 1819 ≡ Dicranum flexuosum Hedw., Spec. Musc. Frond.: 145. 1801.

Figura 5


Material examinado: Caxias do Sul, Parque Cinqüentenário, na base do tronco de Araucaria angustifolia, 3-X-2006, O. Yano & J. Bordin 29059 (HUCS29475, SP385437); Jardim Botânico de Caxias do Sul, na mata, sobre troncos, 12-IV-2006, J. Bordin, E. Pasini & T. Ziembowicz 456 (HUCS28071, SP382990).

Reconhecida pelos gametófitos contorcidos quando secos; filídios longo-lanceolados, em secção transversal com uma camada dorsal de estereídios e duas camadas de leucocistos, uma com células maiores, retangulares e outra com células arredondadas; base auriculada; células alares infladas, quadráticas a arredondadas, hialinas ou avermelhadas.

Os gametófitos são variáveis em tamanho, largura da costa e área ocupada pelas células basais (Sharp et al. 1994). Cresce sobre solo, terra que cobre rochas, cascas e base de troncos de árvores, em vários tipos de florestas (Frahm 1991). Também ocorre em restinga, sobre troncos caídos (Peralta & Yano 2006). Foi coletada sobre e na base de troncos, na mata e em árvores isoladas de parques.

A espécie apresenta distribuição disjunta no Brasil e até o ano de 2006 era conhecida apenas para Pernambuco (Hooker & Wilson 1844, Müller 1845) e Rio de Janeiro (Arnott 1823), como Dicranum flexuosum Hedw. Peralta & Yano (2006), citaram a ocorrência da espécie também para São Paulo. Para a região Sul esta é a primeira referência.

Distribuição no restante do Brasil: PE, RJ e SP.

Microcampylopus curvisetus (Hampe) Giese & J.-P. Frahm, Lindbergia 11: 116. 1986 ≡ Ǻngostroemia curviseta Hampe, Ann. Sci. Nat. Bot. ser. 5, 3: 355. 1865.

Figura 6


Material examinado: Caxias do Sul, Centro, Parque Cinqüentenário, no solo, 3-X-2006, O. Yano & J. Bordin 29057 (HUCS29474, SP383818); idem, no solo, 30-XII-2005, J. Bordin & L. Brancher 238 (HUCS27358, SP379883). Universidade de Caxias do Sul, interior da mata, no solo, 22-XII-2005, J. Bordin et al. 205 (HUCS27279, SP379485); Jardim Botânico de Caxias do Sul, interior da mata, no solo, 18-IV-2006, J. Bordin et al. 497p.p. (HUCS28099).

Reconhecida pelo gametófito reduzido com filídios longos, lanceolados, subulados, em secção transversal com uma camada dorsal de estereídios; margem inteira, denticulada no ápice que é gradualmente acuminado e pelas células alares não diferenciadas.

Apresenta distribuição neotropical, em altitudes de 500-2.700 m (Costa & Lima 2005). Ocorre em solo úmido e lugares abertos, preferencialmente em áreas perturbadas (Frahm 1991). Foi coletada no solo, nas bordas ou interior da mata, associada a Telaranea nematodes (Gottsche ex Austin) M. Howe.

A espécie apresenta distribuição disjunta no Brasil e até o momento não é conhecida para o Nordeste. Esta é a primeira citação para a região Sul.

Distribuição no restante do Brasil: AM, MG, MS, RJ, RO, RR e SP.

FISSIDENTACEAE

Fissidens angustifolius Sull., Proc. Amer. Acad. Arts 5: 275. 1861.

Figura 7


Material examinado: Caxias do Sul, Centro, Rua Visconde de Pelotas, no canteiro, sobre rochas, 27-XII-2005, J. Bordin, V. Reis & E. Franco 219p.p. (HUCS27301, SP379494); Parque dos Macaquinhos, no barranco úmido, 6-X-2006, O. Yano & J. Bordin 29238p.p. (SP385703); Universidade de Caxias do Sul, sobre pedra úmida, perto da cachoeira, 4-X-2006, O. Yano & J. Bordin 29165p.p. (HUCS29586, SP385543).

Caracteriza-se pelos filídios distantes, oblongo-lanceolados ou linear-lanceolados, inteiramente limbados, limbídio formado por 1-2 fileiras de células; costa forte, curto-excurrente; células mamilosas; lâmina vaginante ½ do filídio, inteiramente limbada, limbídio formado por 4-5 células. Os filídios inteiramente limbados aproximam esta espécie de Fissidens rigidulus Hook. f. & Wilson, que difere por apresentar gametófitos enegrecidos e células da lâmina lisas, não mamilosas.

Cresce no solo, troncos caídos e rochas, geralmente em áreas úmidas, do nível do mar até 1.100 m (Sharp et al. 1994). Foi coletada em locais abertos e na mata, no solo e sobre rocha, em locais úmidos, associada a Dimerodontium mendozense Mitt., Rhynchostegium riparioides (Hedw.) C. Jens. e Riccardia chamedryfolia (With.) Grolle.

A espécie é pantropical (Pursell 2007). No Brasil está bem representada na região Norte, porém apresenta distribuição disjunta nas demais regiões. Esta é a primeira citação para a região Sul.

Distribuição no restante do Brasil: AC, AM, BA, GO, PA, RJ, RO e SP.

Fissidens guianensis Mont., Ann. Sci. Nat. Bot. ser. 2, 14: 340. 1840.

Figura 8


Material examinado: Caxias do Sul, Parque dos Macaquinhos, interior da mata, sobre rocha, 21-I-2006, J. Bordin, S. Grando & R. Cardoso 315p.p. (HUCS27462, SP379764); idem, no solo úmido, 6-X-2006, O. Yano & J. Bordin 29240p.p. (HUCS29588, SP385705).

Reconhecida pelos filídios oblongo-elípticos; margem crenulada a crenulado-serreada; lâmina vaginante com limbídio formado por 1-4 células, apenas na base; células infladas, 1-4 papilas; células marginais com 1-2 papilas que se projetam para a margem, dando aspecto de margem serreada.

A espécie é muito variável e a característica mais constante usada para distingui-la é a presença de células infladas, pluripapilosas na lâmina. O limbídio da lâmina vaginante não é uma boa característica, pois é muito variável e pode estar ausente em alguns filídios (Florschütz 1964). No material examinado, o limbídio estava presente na maioria dos filídios, tornando possível seu uso como característica diagnóstica.

Cresce na mata (Moraes & Lisboa 2006), sobre termiteiro, solo arenoso (Yano 2004), tronco ou base de troncos de árvores, madeira em decomposição, rochas e, ocasionalmente, sobre argila (Florschütz 1964; Yano & Peralta 2007), do nível do mar até 2.020 m alt. (Pursell 2007). Foi coletada no interior da mata degradada, no solo e sobre rochas, em local úmido, associada a Fissidens rigidulus Hook. f. & Wilson e Sematophyllum subpinnatum (Brid.) E. Britton. É bem distribuída por todas as regiões do Brasil, e esta nova ocorrência para o Estado completa uma lacuna na distribuição geográfica da espécie, e reforça a necessidade de ampliar as coletas no Rio Grande do Sul, uma vez que este táxon foi citado por Pursell (2007) somente para Paraná e Santa Catarina.

Distribuição no restante do Brasil: AC, AL, AM, AP, BA, CE, DF, ES, GO, MA, MG, MS, MT, PA, PE, PI, PR, RR, RJ, RO, SC, SP e TO.

Fissidens lagenarius var. muriculatus (Mitt.) Pursell, Bryologist 102(1): 126. 1999 ≡ Fissidens muriculatus Mitt., J. Linn. Soc. Bot. 12: 593. 1869.

Figura 9


Material examinado: Caxias do Sul, Parque Cinqüentenário, no solo úmido, 3-X-2006, O. Yano & J. Bordin 29077 (HUCS29485, SP385455).

Reconhecida pelos filídios elimbados; margem serrulada; costa subpercurrente; lâmina vaginante ⅔ do filídio, estreita, não alcançando a margem e pelas células unipapilosas. Não foram observados filídios com lâmina vaginante limbada. Conforme (Sharp et al. 1994), estes filídios aparecem logo abaixo dos filídios periqueciais e o material examinado não estava fértil. Difere de Fissidens pellucidus Hornsch. pois este possui filídios com ápice gradualmente acuminado, células mamilosas e hialinas e de Fissidens taxifolius Hedw., pois este possui células mamilosas na lâmina vaginante.

Cresce sobre troncos de árvore, em locais úmidos e sombreados (Sharp et al. 1994). Foi coletada em parques, no solo, em local úmido.

Apresenta distribuição disjunta em todas as regiões do Brasil. Esta é a segunda referência para a região Sul, pois foi citada há mais de 100 anos por Müller (1901), como Fissidens muriculatus Spruce ex Mitt., para o Estado de Santa Catarina.

Distribuição no restante do Brasil: AM, ES, GO, PA, PE, RO, SC e SP.

Fissidens pellucidus Hornsch., Linnaea 15: 146. 1841.

Figura 10


Material examinado: Caxias do Sul, Universidade de Caxias do Sul, na mata, solo úmido, 4-X-2006, O. Yano & J. Bordin 29164 (SP385542).

Reconhecida pelos gametófitos avermelhados; filídios elimbados; costa forte, subpercurrente, ferrugínea; lâmina vaginante (½-) ⅓ do filídio, estreita; margem serrulada; células lisas, basais de coloração clara. É semelhante a Fissidens taxifolius Hedw., entretanto este apresenta lâmina vaginante com células mamilosas.

Cresce em solos úmidos (Sharp et al. 1994), rocha (Moraes & Lisboa 2006), no interior da mata pluvial, em encostas de morros (Sehnem 1972), de 0-2.200 m alt. (Costa et al. 2005). Foi coletada na mata, em solo úmido e está bem distribuída por todas as regiões do país, com vários registros de coleta para cada Estado.

Distribuição no restante do Brasil: AM, BA, CE, DF, GO, MG, MT, PA, PE, PR, RJ, RO, RR, SC, SP e TO.

Fissidens rigidulus Hook. f. & Wilson in Hook. f., Fl. Nov. Zel. 2: 61. 1854.

Figura 11


Material examinado: Caxias do Sul, Parque dos Macaquinhos, no solo úmido, 6-X-2006, O. Yano & J. Bordin 29240p.p. (HUCS29588, SP385705); Universidade de Caxias do Sul, sobre pedra perto da cachoeira, 4-X-2006, O. Yano & J. Bordin 29142 (SP385520).

Reconhecida pelos gametófitos robustos, coloração enegrecida; filídios inteiramente limbados, limbídio formado por 4-6 fileiras de células; lâmina vaginante até ⅓ ou ½ do filídio, com limbídio formado por 5-6 fileiras de células. Os filídios inteiramente limbados aproximam esta espécie de Fissidens angustifolius Sull., entretanto, este não apresenta gametófitos enegrecidos.

É uma espécie geralmente aquática, aderida às rochas, mas também ocorre em ambientes terrestres úmidos, exibindo uma grande plasticidade morfológica, do nível do mar à 4.150 m alt. (Pursell 1994, 2007). Foi coletada sobre rocha, em ambiente muito úmido, associada a Fissidens guianensis Mont.

No Brasil, era conhecida apenas nas regiões Centro-Oeste e Sudeste. Para o Rio de Janeiro, a espécie foi citada por Pursell (1997) e Costa et al. (2005). Para os demais Estados a mesma foi conhecida somente a partir de 2004 (Yano & Bastos 2004, Yano & Peralta 2004, Visnadi 2005a). Pursell (2007) citou pela primeira vez a espécie para os três Estados do Sul do Brasil. Esta, portanto, é a segunda referência para o Estado, sendo uma importante contribuição para ampliação da distribuição geográfica deste táxon, uma vez que o mesmo era conhecido somente no município de São Francisco de Paula.

Distribuição no restante do Brasil: GO, MG, MT, MS, PR, RJ, RS, SC e SP.

Fissidens scariosus Mitt., J. Linn. Soc. Bot. 12: 599. 1869.

Figura 12


Material examinado: Caxias do Sul, Jardim Botânico de Caxias do Sul, no solo, 4-X-2006, O. Yano & J. Bordin 29181 (HUCS29496, SP385559).

Reconhecida pela coloração verde-brilhante do gametófito; filídios com margem inteira, elimbados; lâmina vaginante (½-) ⅓ do filídio, estreita, não alcançando a margem; células lisas, prosenquimáticas, marginais mais estreitas. As células longas e prosenquimáticas são características desta espécie, diferenciando-a facilmente das demais espécies estudadas.

Cresce no solo úmido (Sharp et al. 1994), na mata ou à sombra de árvores isoladas (Yano 1992). Foi coletada no solo, na mata úmida.

Ocorre em todos os Estados das regiões Sudeste e Sul e em alguns Estados do Norte e Nordeste, porém não é conhecida para a região Centro-Oeste.

Distribuição no restante do Brasil: AM, BA, ES, MG, PA, PE, PR, RJ, RO, RR, SC e SP.

Fissidens submarginatus Bruch in Krauss, Flora 29: 133. 1846.

Figura 13


Material examinado: Caxias do Sul, Parque Cinqüentenário, no solo, 3-X-2006, O. Yano & J. Bordin 29075 (SP385453).

Reconhecida pelos filídios oblongo-lanceolados, elimbados; margem crenulada; lâmina vaginante ½ ou ⅔ do filídio, inteiramente limbada, limbídio formado por 1-2 fileiras de células e pelas células do filídio geralmente unipapilosas, mas podendo apresentar duas papilas. É uma espécie primariamente terrestre e caracteriza-se pelas células da lâmina unipapilosas, costa percurrente ou curto-excurrente e limbídio na lâmina vaginante (Pursell 1997). Assemelha-se a Fissidens guianensis Mont., entretanto este apresenta apenas a base da lâmina vaginante limbada e as células da lâmina do filídio são pluripapilosas.

Ocorre em lugares abertos e plantações, raramente em florestas (Florschütz 1964), no solo, rocha, sobre troncos (Yano & Peralta 2004) e troncos podres (Moraes & Lisboa 2006), de 0-2.300 m (Pursell 2007). Foi coletada em área aberta, no solo.

Está bem distribuída em todas as regiões do Brasil. Na região Sul, as únicas citações até o momento eram de Pursell (1997), para o Estado de Santa Catarina e Pursell (2007) para o Rio Grande do Sul, apenas no município de Lagoa Vermelha. Esta nova ocorrência amplia a distribuição geográfica deste táxon no Estado, passando a ser conhecido em dois municípios.

Distribuição no restante do Brasil: AC, AM, BA, CE, DF, ES, FN, GO, MA, MG, MT, MS, PA, PB, PE, PI, RJ, RN, RO, RS, SC, SP e TO.

Fissidens taxifolius Hedw., Spec. Musc. Frond.: 155. 1801.

Figura 14


Material examinado: Caxias do Sul, Parque dos Macaquinhos, beira da mata, no solo, 21-I-2006, J. Bordin, S. Grando & R. Cardoso 319 (HUCS27458, SP379760); idem, no solo úmido, 6-X-2006, O. Yano & J. Bordin 29195 (HUCS29564, SP385660).

Reconhecida pelos gametófitos robustos; filídios elimbados; margem crenulada; lâmina vaginante até ⅔ do filídio; células irregularmente hexagonais, mamilosas na lâmina vaginante. Assemelha-se a Fissidens pellucidus, entretanto, este apresenta células lisas na lâmina vaginante.

Esta é a segunda citação da espécie para o Brasil e para o Estado do Rio Grande do Sul. Pursell (2007) comenta que a espécie é bem distribuída pelo neotrópico, ocorrendo em lugares úmidos, com altitude de 250-4200 m, sendo que no sul do Brasil e Chile, a espécie ocorre entre 40-50 m. Esta nova citação, amplia a distribuição geográfica no Estado de um município (Portão), para dois, demonstrando que o táxon também pode ocorrer em altitudes mais elevadas (até 780 m), em beira de mata e solo úmido.

Distribuição no restante do Brasil: ocorre apenas no RS.

FUNARIACEAE

Physcomitrium subsphaericum Schimp. ex Müll. Hal., Syn. Musc. Frond. 2: 544. 1851.

Figura 15


Material examinado: Caxias do Sul, Parque dos Macaquinhos, no barranco úmido, 6-X-2006, O. Yano & J. Bordin 29203 (HUCS29569, SP385668); Universidade de Caxias do Sul, beira do caminho para IB, barranco, no solo úmido, 4-X-2006, O. Yano & J. Bordin 29150 (HUCS29553, SP385528).

Reconhecida pelos filídios obovados a oblongo-espatulados; margem serreada na parte superior, bordeada com uma fileira de células estreitas, alongadas e pelos esporófitos com setas longas e cápsulas eretas, subesféricas.

Ocorre no solo úmido ou barrancos, em lugares expostos e montanhosos (Sharp et al. 1994). Foi coletada na beira da mata, sobre solo ou barrancos úmidos.

Distribuição no restante do Brasil: MG.

HYPNACEAE

Ctenidium malacodes Mitt., J. Linn. Soc. Bot. 12: 509. 1869.

Figura 16


Material examinado: Caxias do Sul, Universidade de Caxias do Sul, Bloco F, no solo, 4-X-2006, O. Yano & J. Bordin 29166 (HUCS29558, SP385544).

Caracteriza-se pela heterofilia, sendo que os filídios do caulídio são ovalado-triangulares e dos ramos são oblongo-lanceolados, ambos com costa dupla, curta; margem serreada até a base; células lineares a longo-lineares com projeções papilosas no ápice. A margem serreada e as projeções papilosas são características distintivas (Sharp et al. 1994). Conforme Sharp et al. (1994), há muita variação no tamanho e aparência do gametófito e dos filídios, embora as características microscópicas sejam uniformes.

Cresce tipicamente sobre rochas (Buck 1998), mas também troncos (Yano & Peralta 2004), base de troncos (Yano 2004), ramos de árvores e solo, em locais úmidos e sombreados (Sharp et al. 1994). Foi coletada em área aberta, no solo, em local permanentemente sombreado.

A espécie não é conhecida para a região Norte e, no Nordeste, ocorre apenas na Bahia. Na região Sul, Brotherus (1924) e Nishimura (1985) citaram a espécie para Santa Catarina. Sehnem (1979) e Kummrow & Prevedello (1982), citaram sua ocorrência no Paraná, como Ctenidium anacamptopteris (Müll. Hal.) Broth. Não ocorrem outros registros da espécie para a região, portanto fica clara a necessidade de intensificar as coletas nos Estados da região Sul, uma vez que este é o primeiro registro após mais de 20 anos.

Distribuição no restante do Brasil: BA, MG, MS, MT, PR, RJ, SC e SP.

Platygyriella densa (Hook.) W. R. Buck, Brittonia 36: 86. 1984 ≡ Leskea densa Hook. in Kunth, Syn. Plant. 1: 61. 1822.

Figura 17


Material examinado: Caxias do Sul, Parque Cinqüentenário, sobre tronco de Cedrella, 30-XII-2005 J. Bordin & L. Brancher 232 (HUCS27334, SP379501).

Reconhecida pelos gametófitos reduzidos; filídios lanceolado-ovalados, distantes; margem inteira, decurrente na base, com 1-2 células maiores; células longo-lineares, alares bem diferenciadas. No material examinado a forma do filídio e do ápice são muito variados e a costa não foi observada em alguns filídios.

Cresce normalmente sobre troncos de árvores (Sharp et al. 1994). Foi coletada em local aberto, sobre tronco.

A espécie apresenta distribuição disjunta, até então conhecida apenas para a região Centro-Oeste, com uma citação para o Distrito Federal (Oliveira et al. 2006) e duas para Goiás (Schäfer-Verwimp & Giancotii 1993 e Peralta et al. 2008b). Esta nova citação para a região Sul do Brasil representa um importante avanço no conhecimento da espécie pois a mesma parecia estar restrita ao Cerrado e agora foi coletada na Floresta Ombrófila Mista.

Distribuição no restante do Brasil: DF e GO.

MNIACEAE

Pohlia nutans (Hedw.) Lindb., Musci Scand.: 18. 1879 ≡ Webera nutans Hedw., Spec. Musc. Frond.: 168. 1801.

Figura 18


Material examinado: Caxias do Sul, Parque dos Macaquinhos, no solo úmido, 6-X-2006, J. Bordin & L. Brancher 232 (HUCS29578, SP385665); idem, no barranco úmido, 6-X-2006, O. Yano & J. Bordin 29206 (SP385671); Universidade de Caxias do Sul, mata da Biblioteca, no solo, 1-X-2006, J. Bordin & I.P.R. Cunha 520 (HUCS29648).

Reconhecida pelos filídios longo-lanceolados; costa subpercurrente, finalizando 1-4 células abaixo do ápice; margem serrulada, serreada perto do ápice e pela cápsula alongada, piriforme e enrugada quando seca.

Cresce no solo, sobre troncos, base de troncos, troncos em decomposição e turfeiras (Sharp et al. 1994). Foi coletada em parques e na mata aberta, no solo úmido e barrancos.

Esta é a primeira citação para o Brasil. A espécie é bem distribuída nos Hemisférios Norte e Sul (Sharp et al. 1994).

ORTHOTRICHACEAE

Groutiella apiculata (Hook.) H. A. Crum & Steere, Bryologist 53(2): 146. 1950 ≡ Orthotrichum apiculatum Hook., Musci Exot. 1: 45. 1818.

Figura 19


Material examinado: Caxias do Sul, Universidade de Caxias do Sul, na mata, base do tronco de Araucaria angustifolia, 3-XII-2005, J. Bordin & L. Bordin 169p.p. (HUCS27200, SP379852); Jardim Botânico de Caxias do Sul, na mata, sobre tronco de Araucaria angustifolia, 18-IV-2006, J. Bordin et al. 493 (HUCS28021, SP379926).

Reconhecida pelos filídios ligulados a oblongo-lanceolados; ápice fortemente apiculado; células arredondadas, basais elíptico a longo-retangulares, distanciadas, hialinas e pela base do filídio bordeada com 1-2 fileiras de células diferenciadas, alongadas, alcançando ⅓ da lâmina. Diferencia-se de Groutiela tumidula (Mitt.) Vitt, pois esta apresenta filídios mais longos, mucronados, células lisas e bordo basal maior, com até 4 fileiras de células diferenciadas, alongadas.

Cresce sobre rochas (Visnadi 2004), ramos e troncos de árvores (Sharp et al. 1994). Foi coletada sobre troncos, na mata, associada a Acrolejeunea torulosa (Lehm. & Lindenb.) Schiffn. e Frullania brasiliensis Raddi.

Distribui-se pela América Central, norte da América do Sul e Sul do Brasil (Sharp et al. 1994). Conforme Costa & Lima (2005) esta espécie possui distribuição neotropical e, na Mata Atlântica do Rio de Janeiro ocorre em baixas altitudes (0-50 m). A ocorrência da espécie no Rio Grande do Sul completa uma lacuna na distribuição geográfica, já que a mesma era citada para os Estados do Sudeste (exceto Minas Gerais) e demais Estados da região Sul.

Distribuição no restante do Brasil: BA, ES, MT, MS, PA, PE, PR, RJ, SC e SP.

Groutiela tumidula (Mitt.) Vitt, Bryologist 82(1): 9. 1979 ≡ Macromitrium tumidulum Mitt., J. Linn. Soc. Bot. 12: 201. 1869.

Figura 20


Material examinado: Caxias do Sul, Parque dos Macaquinhos, sobre tronco de amoreira, 6-X-2006, O. Yano & J. Bordin 29223 (SP385688).

Reconhecida pelos filídios ovalado-ligulados ou oblongos; ápice arredondado a obtuso, mucronado; células mamilosas, arredondadas e bordo basal com 1-4 fileiras de células estreitas chegando a ⅓-¼ da lâmina. Diferencia-se de Groutiela apiculata (Hook.) H. A. Crum & Steere pois esta apresenta filídios fortemente apiculados e células basais unipapilosas, com bordo diferenciado mais estreito.

Cresce sobre rochas e árvores, freqüentemente em ramos horizontais, 1-3 m acima do solo (Sharp et al. 1994), sobre troncos caídos e podres (Moraes & Lisboa 2006), em ambientes ensolarados ou sombrios, úmidos ou secos (Oliveira-e-Silva & Yano 2000). Encontrada na margem da mata paludosa, sobre tronco caído (Peralta & Yano 2005), restinga e manguezal (Peralta & Yano 2006). Foi coletada em parques, sobre troncos, em local aberto, sendo esta a primeira referência para a região Sul.

Distribuição no restante do Brasil: AC, AL, BA, CE, ES, MT, PA, RJ, RO, SE e SP.

POTTIACEAE

Chenia leptophylla (Müll. Hal.) R. H. Zander, Bull. Buffalo Soc. Nat. Sci. 32: 258. 1993 ≡ Phascum leptophyllum Müll. Hal., Flora 71: 6. 1888.

Figura 21


Material examinado: Caxias do Sul, Parque dos Macaquinhos, sobre tronco de Ligustrum, 15-X-2005, J. Bordin 151p.p. (HUCS27224, SP379476); Bairro Exposição, no muro, 21-I-2006, J. Bordin, S. Grando & R. Cardoso 321 (HUCS27452, SP379754).

Reconhecida pelos filídios contorcidos quando secos, espatulados, com células diferenciadas, pequenas, quadradas na margem e pela costa amarelada, em secção transversal com uma camada muito reduzida de estereídios.

Cresce sobre pedra, em ambiente seco e sombrio (Oliveira-e-Silva & Yano 2000). Foi coletada em parques e em locais antropizados, sobre muros e troncos, associada a Brachymenium hornschuchianum Mart.

Ocorre em todos os Estados da região Sudeste e no Sul havia sido citada apenas para o Paraná por (Schäfer-Verwimp & Giancotii 1993), como Phascum leptophyllum Müll. Hal., sendo esta a segunda citação para a região Sul, ampliando a distribuição geográfica da espécie.

Distribuição no restante do Brasil: BA, ES, MG, PR, RJ e SP.

RHACHITHECIACEAE

Uleastrum palmicola (Müll. Hal.) R. H. Zander, Bull. Buffalo Soc. Nat. Sci. 32: 277. 1993 ≡ Ulea palmicola Müll. Hal., Hedwigia 36: 102. 1897.

Figura 22


Material examinado: Caxias do Sul, Parque Cinqüentenário, na base do tronco de Araucaria angustifolia, 3-X-2006, O. Yano & J. Bordin 29078, 29172 (HUCS29486, SP385456; SP385550); Universidade de Caxias do Sul, Centro de Convivência, sobre tronco de Cupressus, 4-X-2006, O. Yano & J. Bordin 29170p.p. (HUCS29561, SP385548).

Reconhecida pelos gametófitos em tufos, encurvados; filídios oblongos, espatulados; costa percurrente ou subpercurrente, secção transversal com uma camada de estereídios e camada dupla de células na lâmina; margem inteira, crenulada no ápice; células arredondadas a quadradas perto da margem, papilosas. A presença de grande quantidade de gemas multicelulares e o esporófito com dentes do peristômio fusionados também são caracteres importantes.

Peralta et al. (2008a), citaram a ocorrência da espécie para o Rio Grande do Sul, sendo esta a segunda citação para o Estado, ampliando a distribuição geográfica deste táxon. Foi coletada em parques e locais antropizados, sobre troncos e base de troncos de gimnospermas, associada a Isopterygium tenerum (Sw.) Mitt., Chionoloma schimperiana (Paris) M. Menzel e Sematophyllum subpinnatum (Brid.) E. Britton.

Distribuição no restante do Brasil: PR, RS e SC.

SEMATOPHYLLACEAE

Donnellia commutata (Müll. Hal.) W. R. Buck, Bryologist 91(2): 134. 1988 ≡ Neckera commutata Müll. Hal., Bot. Zeitung (Berlin) 15: 385. 1857.

Figura 23


Material examinado: Caxias do Sul, Universidade de Caxias do Sul, beira da mata, sobre tronco de Cupania vernalis, 22-XII-2005, J. Bordin et al. 217p.p. (HUCS27303, SP379496).

Caracteriza-se pelos filídios reduzidos, ovalados a ovalado-lanceolados, côncavos, gradualmente acuminados; células alares pouco diferenciadas, subquadráticas, levemente infladas, incolores, supra-alares quadráticas a curto-retangulares, em 3-6 colunas perto da margem e pelo esporófito com seta curta. É muito semelhante a Meiothecium boryanum (Müll. Hal.) Mitt., mas difere pois esta apresenta peristômio com dentes estreitos, muito próximos, amarelados e densamente papilosos.

Cresce sobre troncos de árvores vivas (Yano 2004), como epífita em árvores ou madeira em decomposição (Churchill & Linares C. 1995) e ainda pode ser rupícola (Molinaro & Costa 2001), ocorrendo entre 0-800 m alt. Foi coletada sobre troncos, na beira da mata associada a Macrocoma tenue subsp. sullivantii (Müll. Hal.) Vitt e Radula tectiloba Steph.

A espécie apresenta distribuição neotropical (Molinaro & Costa 2001) e distribui-se por todas as regiões do Brasil. Esta é a primeira referência para a região Sul.

Distribuição no restante do Brasil: AM, BA, CE, DF, ES, GO, MG, MS, PA, RJ e SP.

Meiothecium boryanum (Müll. Hal.) Mitt., J. Linn. Soc. Bot. 12: 469. 1869 ≡ Neckera boryana Müll. Hal., Syn. Musc. Frond. 2: 75. 1850.

Figura 24


Material examinado: Caxias do Sul, Centro, sobre tronco de Cinnamomum, 14-IV-2006, J. Bordin & L. Bordin 476 (HUCS28209, SP383062); Parque dos Macaquinhos, sobre raízes de arbusto, 6-X-2006, O. Yano & J. Bordin 29196, 29231 (HUCS29565, SP385661; HUCS29584, SP385696); Parque Cinqüentenário, sobre troncos, 30-XII-2005, J. Bordin & L. Brancher 236p.p. (HUCS27337, SP379504); Universidade de Caxias do Sul, beira da mata, no solo e base de tronco de Cupressus, 18-VI-2006, J. Bordin, M.A. Bordin & A. Benedetti 515 (HUCS28590, SP383078).

Reconhecida pelos filídios côncavos; margem levemente curvada na base; células alares diferenciadas, pouco infladas, supra-alares quadráticas, formando um grupo triangular de células pequenas e pelo peristômio com dentes estreitos, amarelados, muito próximos, densamente papilosos. Diferencia-se de D. commutata por esta apresentar filídios com margem inteira, não curvada na base e dentes do peristômio esbranquiçados, distantes, com papilas apenas na região apical.

Cresce sobre árvores, principalmente sobre os ramos menores de árvores isoladas, em lugares abertos (Buck 1998) e sobre rochas (Sharp et al. 1994). Foi coletada no solo, tronco e base de troncos, em ruas arborizadas, parques e locais antropizados, associada a Lejeunea flava (Sw.) Nees.

No Brasil, apresenta distribuição disjunta e até o momento não é conhecida para a região Nordeste. É a primeira referência para a região Sul.

Distribuição no restante do Brasil: AM, DF, GO, PA, RJ e SP.

Pterogonidium pulchellum (Hook.) Müll. Hal. ex Broth. in Engler & Prantl, Natürl. Pflanzenfam. 1(3): 1100. 1908 ≡ Pterogonium pulchellum Hook., Musci Exot. 1: 4. 1818.

Figura 25


Material examinado: Caxias do Sul, Jardim Botânico de Caxias do Sul, na mata, sobre troncos, 12-IV-2006, J. Bordin, E. Pasini & T. Ziembowicz 458p.p. (HUCS28007, SP379918).

Reconhecida pelos gametófitos delicados; filídios brilhantes, estreitos, lanceolados, gradualmente longo-acuminados; ausência de células alares infladas e esporófito com dentes do peristômio simples, marrons, curtos, densamente papilosos. Segundo Yano et al. (2003), tem como característica principal o colorido brilhante dos filídios e as células alares quadráticas, não infladas, de cor amarronzada.

Difere de D. commutata e M. boryanum pois estes apresentam filídios mais ovalados, células alares diferenciadas e peristômio com dentes mais longos, enquanto que em P. pulchellum os filídios são longos, lanceolados, as células alares não são diferenciadas e os dentes do peristômio são curtos. O hábitat também diferencia esta espécie de D. commutata que cresce em lugares mais abertos e secos, enquanto que P. pulchellum cresce em lugares sombreados e úmidos Buck (1998).

Ocorre sobre troncos, ramos de árvores (Churchill & Linares C. 1995), base de troncos (Yano & Câmara 2004), solo, rochas, troncos caídos, madeira podre, ocasionalmente em carvão, em locais temporariamente inundados, florestas úmidas de 100-1100 m alt. (Buck 1998, Florschütz-de Waard 1996, Sharp et al. 1994). Foi coletada sobre troncos, na mata associada a Lejeunea flava (Sw.) Nees.

No Brasil, distribui-se principalmente pelas áreas de Mata Atlântica (Visnadi 2005b), ao nível do mar (Molinaro & Costa 2001). Não é conhecida para a região Centro-Oeste e esta é a primeira citação para a região Sul.

Distribuição no restante do Brasil: AM, AP, BA, CE, PA, PE, RJ, RO e SP.

Agradecimentos – À Capes pela concessão da bolsa à primeira autora e ao pesquisador Denilson Fernandes Peralta, do Instituto de Botânica pela confecção das ilustrações.

(recebido: 17 de janeiro de 2008; aceito: 15 de abril de 2009)

  • ARNOTT, W.M. 1823. Notice sur quelques mousses de Rio de Janeiro. Mémoires de la Société d'Histoire Naturelle de Paris 1:346-352.
  • BARTRAM, E.B. 1952. New mosses from southern Brazil. Journal of the Washington Academy of Sciences 42: 178-182.
  • BASTOS, C.J.P. & YANO, O. 1993. Musgos da zona urbana de Salvador, Bahia, Brasil. Hoehnea 20:23-33.
  • BUCK, W.R. 1998. Pleurocarpous mosses of the West Indies. Memoirs of The New York Botanical Garden 82:1-400.
  • BUCK, W.R. & GOFFINET, B. 2000. Morphology and classification of mosses. In Bryophyte biology (A.J. Shaw & B. Goffinet, eds.). Cambridge University Press, Cambridge. p.71-123.
  • BROTHERUS, V.F. 1900. Die Laubmoose Der Ersten Regnellschen Expedition. Bihang til Kongliga Svenska Vetenskaps Akademiens Handlingar. Stockholm 26: 1-65.
  • BROTHERUS, V.F. 1924. Musci (Laubmoose). Ergebnisse der botanische Expedition der Kaiserlischen Akademie der Wissenschaften nach Sudbrasilien 1901. Band II (Thallophyta et Bryophyta). Ergebinsse der botanischen Expedition der kaiserlischen Akademie der Wissenschaften nach Südbrasilien p.251-358.
  • COSTA, D.P. & LIMA, F.M. 2005. Moss diversity in the tropical rainforest of Rio de Janeiro, southeastern Brazil. Revista Brasileira de Botânica 28:671-685.
  • COSTA, D.P., IMBASSAHY, C.A.A. & SILVA, V.P.V.A. 2005. Diversidade e importância das espécies de briófitas na conservação dos ecossistemas no Estado do Rio de Janeiro. Rodriguésia 56:13-49.
  • CHURCHILL, S.P. & LINARES C., E.L., 1995. Prodromus Bryologiae Novo-Granatensis: Introduccion a la flora de musgos de Colombia. Biblioteca Jose Jeronimo Triana 12:1-924.
  • FARIAS, H.C. 1982. A família Polytrichaceae no Rio Grande do Sul, Brasil. Dissertação de mestrado, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre.
  • FARIAS, H.C. 1984. A família Polytrichaceae no Rio Grande do Sul, Brasil. I. Taxonomia. Iheringia. (Série Botânica) 32:77-89.
  • FARIAS, H.C. 1987. A família Polytrichaceae no Rio Grande do Sul, Brasil II: Anatomia do gametófito. Iheringia. (Série Botânica) 36:75-82.
  • FLORSCHÜTZ, P.A. 1964. The mosses of Suriname. Part 1. E.J. Brill, Leiden.
  • FLORSCHÜTZ-DE WAARD, J. 1996. Sematophyllaceae. In Flora of the Guianas. Musci III (A.R.A. Goerts-Van Rijn, ed.). Royal Botanical Gardens, Kew, p.384-438.
  • FRAHM, J.-P. 1979. Die Campylopus-Arten Brasiliens. Revue Bryologique et Lichénologique 45:127-178.
  • FRAHM, J.-P. 1991. Dicranaceae: Campylopodioideae, Paraleucobryoideae. Flora Neotropica, Monograph 54:1-238.
  • HIRAI, R.Y., YANO, O. & RIBAS, M.E.G. 1998. Musgos da mata residual do Centro Politécnico (Capão da Educação Física), Curitiba, Paraná, Brasil. Boletim do Instituto de Botânica 11:81-118.
  • HOOKER, W.J. & WILSON, W. 1844. Enumeration of the mosses and hepaticae, collected in Brazil by George Gardner. Hepaticae. London Journal of Botany 3:165-167.
  • KUMMROW, R. & PREVEDELLO, S.M. 1982. Listas dos musgos do Museu Botânico Municipal de Curitiba. Boletim do Museu Botânico 54:1-36.
  • LEMOS-MICHEL, E. 1999. Briófitas epífitas sobre Araucaria angustifolia (Bert.) Kuntze no Rio Grande do Sul, Brasil. Tese de doutorado, Universidade de São Paulo, São Paulo.
  • LINDMAN, C.A.M. 1906. A vegetação no Rio Grande do Sul. Typographia da Livraria Universal de Echenique Irmãos & Cia., Porto Alegre.
  • MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE. 2008. Instrução Normativa Nş 6, de 23 de setembro de 2008. Diário Oficial da União 185, Seção 1, p.75-85.
  • MOLINARO, L.C. & COSTA, D.P. 2001. Briófitas do arboreto do Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Rodriguésia 52:107-124.
  • MORAES, E.N.R. & LISBOA, R.C.L. 2006. Musgos (Bryophyta) da Serra dos Carajás, Estado do Pará, Brasil. Boletim do Museu Paraense Emílio Goeldi. Ciências Naturais 1:39-68.
  • MÜLLER, C. 1845. Nachtragliche Bemerkungen über die von Gardner in Brasilien gesammelten Laubmoose. Botanische Zeitung 3:89-94.
  • MÜLLER, C. 1901 [1900]. Genera Muscorum Frondosorum. E. Kummer, Leipzig.
  • NISHIMURA, N. 1985. A revision of the genus Ctenidium (Musci). The Journal of the Hattori Botanical Laboratory 58:1-82.
  • OCHI, H. 1974. Some bryaceous "Old World" mosses, also distributed in the New World. Journal of the Faculty of Education Tottori University 25:35-41.
  • OCHI, H. 1980. A Revision of the Neotropical Bryoideae, musci (first part). The Journal of the Faculty of Education Tottori University 29:49-154.
  • OLIVEIRA, J.R.P.M., ALVARENGA, L.D.P. & PÔRTO, K.C. 2006. Briófitas da Estação Ecológica de Águas Emendadas, Distrito Federal, material coletado por Daniel Moreira Vital. Boletim do Instituto de Botânica 18:181-196.
  • OLIVEIRA-E-SILVA, M.I.M.N. & YANO, O. 2000. Musgos de Mangaratiba e Angra dos Reis, Rio de Janeiro, Brasil. Boletim do Instituto de Botânica 14:1-137.
  • PERALTA, D.F. & YANO, O. 2005. Briófitas da mata paludosa do município de Zacarias, noroeste do Estado de São Paulo, Brasil. Acta Botanica Brasilica 19:963-977.
  • PERALTA, D.F. & YANO, O. 2006. Novas ocorrências de musgos (Bryophyta) para o Estado de São Paulo, Brasil. Revista Brasileira de Botânica 29:49-65.
  • PERALTA, D.F., BORDIN, J. & YANO, O. 2008a. Novas ocorrências de briófitas nos Estados brasileiros. Hoehnea 35:123-158.
  • PERALTA, D.F., BORDIN, J. & YANO, O. 2008b. Novas ocorrências de musgos (Bryophyta) para os Estados de Goiás e Tocantins. Acta Botanica Brasilica 22:834-844.
  • PURSELL, R.A. 1994. Taxonomic notes on Neotropical Fissidens The Bryologist 97:253-271.
  • PURSELL, R.A. 1997. Taxonomic notes on Neotropical Fissidens II. An adendum. The Bryologist 100:193-197.
  • PURSELL, R.A. 2007. Fissidentaceae. Flora Neotropica, Monograph 101:1-278.
  • SCHÄFER VERWIMP, A. & GIANCOTII, C. 1993. New or insteresting records of Brazilian bryophytes IV. Hikobia 11:285-292.
  • SEHNEM, A. 1953. Bryologia riograndensis. I. Elementos austral-antárticos da flora briológica do Rio Grande do Sul. In Anais Botânicos do Herbário "Barbosa Rodrigues" 5:95-106.
  • SEHNEM, A. 1955. Vegetationsbild der Laubmoose von Rio Grande do Sul, Brasilien. Mitteilungen der Thüringischen Botanischen. Gesellschaft 1:208-221.
  • SEHNEM, A. 1969. Musgos sul-brasileiros. I. Pesquisas, Botânica 27:1-36.
  • SEHNEM, A. 1970 Musgos sul-brasileiros II. Pesquisas, Botânica 28:1-106.
  • SEHNEM, A. 1972. Musgos sul-brasileiros III. Pesquisas, Botânica 29:1-70.
  • SEHNEM, A. 1976. Musgos sul-brasileiros IV. Pesquisas, Botânica 30:1-79.
  • SEHNEM, A. 1978. Musgos sul-brasileiros V. Pesquisas, Botânica 32:1-170.
  • SEHNEM, A. 1979. Musgos sul-brasileiros VI. Pesquisas, Botânica 33:1-149.
  • SEHNEM, A. 1980. Musgos sul-brasileiros VII. Pesquisas, Botânica 34:1-121.
  • SHARP, A.J., CRUM, H. & ECKEL, P. 1994. The moss flora of Mexico. Memoirs of The New York Botanical Garden 69:1-1113.
  • VELOSO, H.P., RANGEL FILHO, A.L.R. & LIMA, J.C.A. 1991. Classificação da vegetação brasileira, adaptada a um sistema universal. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, Rio de Janeiro.
  • VISNADI, S.R. 2004. Briófitas de praias do Estado de São Paulo, Brasil. Acta Botanica Brasilica 18:91-97.
  • VISNADI, S.R. 2005a. Brioflora da Mata Atlântica do Estado de São Paulo: Região Norte. Hoehnea 32:215-232.
  • VISNADI, S.R. 2005b. Sematophyllaceae da Mata Atlântica do nordeste do Estado de São Paulo. Hoehnea 33:455-484.
  • YANO, O. 1981. A checklist of Brazilian mosses. The Journal of the Hattori Botanical Laboratory 50:279-456.
  • YANO, O. 1984. Briófitas. In Técnicas de coleta, preservação e herborização de material botânico (O. Fidalgo & V.L.R. Bononi, coords.). Instituto de Botânica, São Paulo. Manual n.4. p.27-30.
  • YANO, O. 1989. An additional checklist of Brazilian bryophytes. The Journal of the Botanical Laboratory 66:371-434.
  • YANO, O. 1992. Novas localidades de musgos nos Estados do Brasil. Acta Amazonica 22:197-218.
  • YANO, O. 1995. A new additional annotated checklist of Brazilian bryophytes. The Journal of the Hattori Botanical Laboratory 78:137-182.
  • YANO, O. 2004. Novas ocorrências de briófitas para vários Estados do Brasil. Acta Amazonica 34:559-576.
  • YANO, O. 2006. Novas adições ao catálogo de briófitas brasileiras. Boletim do Instituto de Botânica 17:1-142.
  • YANO, O. & BASTOS, C.J.P. 2004. Adições à flora de briófitas de Mato Grosso do Sul, Brasil. Acta Botanica Brasilica 18:437-458.
  • YANO, O. & BORDIN, J. 2006. Novas ocorrências de briófitas para o Rio Grande do Sul, Brasil. Boletim do Instituto de Botânica 18:111-122.
  • YANO, O. & CÂMARA, P.E.A.S. 2004. Briófitas de Manaus, Amazonas, Brasil. Acta Amazonica 34:445-457.
  • YANO, O. & PERALTA, D.F. 2004. Musgos (Bryophyta) de Mato Grosso, Brasil. Hoehnea 31:251-292.
  • YANO, O. & PERALTA, D.F. 2007. Musgos (Bryophyta). In Flora Fanerogâmica de Goiás e Tocantins. Criptógamos J.A. Rizzo (coord.). v.6. p.1-333.
  • YANO, O. & SANTOS, S.X. 1993. Musgos da Gruta de Mirassol, São Paulo. Acta Botanica Brasilica 7:89-106.
  • YANO, O., MELLO, Z.R. & COLLETES, A.G. 2003. Briófitas da Ilha de Urubuqueçaba, Santos, São Paulo, Brasil. Iheringia, (Série Botânica) 58:195-214.
  • ZANDER, R.H. 1993. Genera of the Pottiaceae: mosses of harsh environments. Bulletin of The Buffalo Society of Natural Sciences 32:1-378.
  • 1
    Parte da Dissertação de Mestrado da primeira autora, Programa de Pós-Graduação em Biodiversidade Vegetal e Meio Ambiente do Instituto de Botânica, São Paulo, SP, Brasil
    2
    Autor para correspondência:
  • Datas de Publicação

    • Publicação nesta coleção
      04 Dez 2009
    • Data do Fascículo
      Set 2009

    Histórico

    • Aceito
      15 Abr 2009
    • Recebido
      17 Jan 2008
    Sociedade Botânica de São Paulo Caixa Postal 57088, 04089-972 São Paulo SP - Brasil, Tel.: (55 11) 5584-6300 - ext. 225, Fax: (55 11) 577.3678 - São Paulo - SP - Brazil
    E-mail: brazbot@gmail.com