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Isquemia e reperfusão do remanescente hepático na hepatectomia parcial a 70%. Efeito da deferoxamina

Ischemia and reperfusion of remaining liver in partial hepatectomy of 70%. Effect of deferoxamine

2 – ISQUEMIA E REPERFUSÃO DO REMANESCENTE HEPÁTICO NA HEPATECTOMIA PARCIAL A 70%. EFEITO DA DEFEROXAMINA

ISCHEMIA AND REPERFUSION OF REMAINING LIVER IN PARTIAL HEPATECTOMY OF 70%. EFFECT OF DEFEROXAMINE

Brisotti JL, Souza MEJ, Gomes MCJ, Franco CFF, Picinato MANC, Castro e Silva Jr O.

Núcleo de Pesquisa em Hepatologia Cirúrgica do Laboratório de Técnica Cirúrgica e Cirurgia Experimental do Departamento de Cirurgia e Anatomia da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo.

Introdução e objetivos: A experiência clínica mostra, que pacientes submetidos a hepatectomia parcial suportam melhor períodos isquemia hepática, que sangramentos maciços e reposições volêmicas. Assim, trabalhos experimentais desenvolvem-se no sentido de estudar as alterações isquêmicas hepáticas e efeitos de procedimentos protetores das lesões de isquemia e reperfusão. Particularmente, drogas que diminuam esses efeitos deletérios, tem tornado-se foco de estudos experimentais visando aplicações clínicas. Objetivou-se avaliar os efeitos da deferoxamina na isquemia e reperfusão sobre o fígado remanescente após ressecção parcial (70%), avaliando-se váriáveis bioquímicas do sangue: bilirrubina, fosfatase alcalina, aminotransferases; e teciduais hepáticas: estados III e IV da respiração mitocondrial, razão de controle respiratório e potencial de membrana mitocondrial.

Método: A amostra (34 ratos) foi dividida em grupos: HP – submetidos a hepatectomia parcial (HP); HPD – submetidos a administração de deferoxamina (40 mg/kg) e HP; HPI – hepatectomizados e submetidos a isquemia (40 minutos); HPID – semelhante ao anterior, recebendo previamente deferoxamina; C – controle, submetido a operação simulada. A análise estatística realizou-se pelos testes Kruskal-Wallis e Mann-Whitney.

Resultados: Dessa maneira, o estado III foi semelhante em todos os procedimentos; o estado IV: C<HPI, C<HPID; a RCR: HP<C, HPD<C, HPI<C e HPID<C; o PM: HPD foi maior que os demais grupos; bilirrubinas : semelhantes em todos os procedimentos; FA: HP foi maior que os demais grupos; AST: HPI>HPD e HPI>HPID; ALT: HPI>HPD e HPI>HPID.

Conclusão: Portanto, houve aumento das aminotransferases nos animais do grupo HPI. Esse aumento foi inibido pela deferoxamina. Nos animais hepatectomizados a isquemia induziu aumento do estado IV, com e sem deferoxamina. Por outro lado a deferoxamina induziu aumento do PM nos hepatectomizados (HPD) em relação aos hepatectomizados com e sem isquemia. Houve diminuição da RCR nos hepatectomizados com e sem isquemia.

Além de aumento dos níveis de FA nos animais submetidos a hepatectomia, que foi inibido pela deferoxamina e pela isquemia.

Datas de Publicação

  • Publicação nesta coleção
    26 Mar 2001
  • Data do Fascículo
    2000
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