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Significados atribuídos a paternidade por adolescentes

Resumos

OBJETIVO:

Conhecer como adolescentes percebem a experiência e quais significados atribuem à paternidade.

MÉTODOS:

Pesquisa de abordagem qualitativa, através da realização de entrevistas com vinte e cinco jovens que passaram pela paternidade pela primeira vez. Os dados foram coletados por entrevista semiestruturada gravadas e transcritas na íntegra. A análise dos dados foi por leitura flutuante e exaustiva do material, síntese dos achados obtidos e identificação dos conteúdos implícitos.

RESULTADOS:

A análise e interpretação desse material permitiu identificar três categorias temáticas: O papel do jovem pai; Ganhos e perdas com a paternidade e Soluções adotadas diante das dificuldades vivenciadas. Evidenciou- se que o exercício da paternidade é contribui para a assunção da masculinidade, ao desempenhar o papel de guardião do lar e mantenedor da família.

CONCLUSÃO:

A paternidade é vista como uma experiência positiva que transforma os adolescentes em adultos.

Paternidade; Adolescente; Enfermagem em saúde pública; Enfermagem materno-infantil; Planejamento familiar


OBJECTIVE:

To understand how adolescents perceive the experience and what meanings they attribute to fatherhood.

METHODS:

Research of a qualitative method, using interviews of 25 young people who had become fathers for the first time. Data were collected through semi-structured interviews, taped and transcribed in their entirety. Data analysis occurred using an initial and then an exhaustive reading of the material, synthesis of the results obtained, and identification of implicit content.

RESULTS:

The analysis and interpretation of this material allowed us to identify three thematic categories: the role of the young father; gains and losses with fatherhood, and solutions adopted during the experienced difficulties. It was evident that the exercise of fatherhood contributed to the assumption of masculinity, to play the role of guardian of the home and provider for the family.

CONCLUSION:

Fatherhood was seen as a positive experience that transformed teenagers into adults.

Paternity; Adolescent; Public health nursing; Maternal-child nursing; Family planning


Introdução

A paternidade adolescente é descrita como a parentalidade de um indivíduo que ainda não completou 20 anos de idade, independente da faixa etária da parceira envolvida na reprodução. Promove mudanças e readaptações biopsicossociais e estabelece novos papéis na vida destes indivíduos. Além disso, contribui como um fator importante no seu processo de inserção no mundo adulto, implicando o surgimento de diversos arranjos no seu cotidiano.( 11. Barreto AC, Almeida IS, Ribeiro IB, Tavares KF. [Paternity in the Adolescence: trends of the scientific production]. Adolesc Saude. 2010;7(2):54-9. Portuguese. )

É objeto de crescente número de publicações científicas, apesar de nessa faixa etária, predominarem, significativamente, aquelas relacionadas à maternidade.( 11. Barreto AC, Almeida IS, Ribeiro IB, Tavares KF. [Paternity in the Adolescence: trends of the scientific production]. Adolesc Saude. 2010;7(2):54-9. Portuguese.

2. Levandowisk DC. Paternidade na adolescência: uma breve revisão da literatura internacional. Estud Psicol (Natal). 2001;6(2):195-209.
- 33. Corrêa AC, Ferriani MG. Paternidade na adolescência: um silêncio social e um vazio científico. Rev Gaúcha Enferm. 2006;27(4):499-505. ) Quanto à paternidade adolescente rural, não se localizou, até o presente, nenhuma produção em âmbito local.

Estudos sobre adolescentes rurais( 44. Martins PO, Trindade ZA, Almeida AMO. O ter e o ser: representações sociais da adolescência entre adolescentes de inserção urbana e rural. Psicol Reflex Crit. 2003;16(3):555-68. , 55. Busanello J, Silva MR, Oliveira AM. Sexualidade na adolescência: realidade de uma comunidade rural. Rev Rene. 2009;10(1):62-71. ) evidenciaram características peculiares desses sujeitos, como maior participação religiosa, identificação com o trabalho agrícola, interesse em ajudar os pais e diferenças na percepção dos papéis sexuais. Ademais, as questões de gênero são densamente observadas nesse meio em relação a afazeres cotidianos domésticos e agrícolas, nos quais se diferenciam os trabalhos de homens e mulheres. Ressalte-se, ainda, o papel do homem, pai provedor, e da mulher, mãe presente e responsável pelos afazeres domésticos. Desse modo, este estudo objetivou conhecer como adolescentes percebem a experiência e quais significados atribuem à paternidade.

Métodos

Estudo qualitativo desenvolvido na zona rural do município de Barbalha, no sul do Estado do Ceará, nordeste do Brasil, com vinte e cinco adolescentes na faixa etária de 16 a 19 anos que estavam vivenciando a paternidade pela primeira vez, com filhos já nascidos ou não.

A seleção dos sujeitos foi feita através dos registros no sistema informatizado de assistência pré-natal público nos anos de 2010 e 2011. Utilizou-se também o prontuário familiar da estratégia saúde da família e a técnica da "bola de neve", onde entrevistados indicavam outros em situação semelhante.

Coletaram-se os dados por entrevista semiestruturada gravadas e transcritas na íntegra. A análise dos dados obedeceu três etapas: a) leitura flutuante e exaustiva do material; b) síntese dos achados obtidos; e c) identificação dos conteúdos implícitos.

O desenvolvimento do estudo atendeu as normas nacionais e internacionais de ética em pesquisa envolvendo seres humanos.

Resultados

A faixa etária analisada variou de 16 a 19 anos. A religião predominante foi a católica, com vinte indivíduos, além de três evangélicos e dois declarados sem religião. Dezesseis indivíduos estavam em união consensual, cinco eram casados e quatro solteiros. Cinco possuíam ensino médio completo, enquanto os demais se encontravam em níveis inferiores de escolaridade.

Após a análise de conteúdo emergiram os seguintes núcleos temáticos: Experiências e sentimentos relativos à paternidade, com as seguintes subcategorias: papel do jovem pai; Ganhos e perdas com a paternidade; e Soluções adotadas diante das dificuldades vivenciadas.

Experiências e sentimentos relativos à paternidade

Os sentimentos experienciados pelos entrevistados oscilaram entre a alegria e o medo diante da notícia da gravidez. A paternidade foi vista como uma grande responsabilidade e a principal razão relatada para tal foi à necessidade de assumir a situação, trabalhar para o sustento da família, o cuidado com a mulher e a criança.

O papel do jovem pai

Muitos sujeitos revelaram-se preocupados com o futuro e, ao se colocarem como provedores, expressaram a necessidade e o desejo de trabalhar para manter a família, como observado mesmo nas falas dos que estavam desempregados ou que nunca haviam trabalhado. Conjuntamente, surge a responsabilidade com a educação, a orientação e a preparação da criança para o futuro.

Ganhos e perdas com a paternidade

O principal ônus referido foi à perda da juventude, expressada pela impossibilidade de ir às festas e sair com os amigos na condição de solteiros como outrora:

A nova rotina os afasta dos comportamentos de solteiros, e vislumbram-se dois mundos distintos: o dos que têm e o dos que não têm responsabilidade.

Outras perdas menos citadas foram à renúncia a outras atividades, a postergação de sonhos de consumo e o abandono escolar. Tal fato na população observada antecedeu a experiência da paternidade, devido à baixa condição socioeconômica dos indivíduos que os levou à procura do trabalho como forma de sustento ou complementação de renda familiar.

Soluções adotadas diante das dificuldades vivenciadas

Outras dificuldades foram referenciadas: a inexperiência na execução das atividades ligadas ao lar e nos cuidados com a criança; o relacionamento com companheira mais velha, por sofrer discriminação de familiares e amigos e incomodar-se com a possibilidade de ser dominado pela parceira.

Com a rotina, surgem às dificuldades no relacionamento conjugal, como conflitos de ideias, brigas e ciúme. No convívio evidenciam-se as diferenças e os defeitos. Essas dificuldades, às vezes, induzem os adolescentes ao arrependimento de terem se unido às parceiras.

As saídas dos parceiros com os amigos, também, são consideradas motivadoras no desencadeamento de atrito entre os cônjuges.

Com o passar do tempo, os impasses são superados dependendo das escolhas, do diálogo do casal com os pais ou pessoa mais experiente. Após conversar, geralmente o casal opta em fazer as pazes. Na reconciliação, o diálogo é fundamental. Feitas as pazes, a sensação de arrependimento desaparece e retornam à normalidade.

A colaboração familiar nos cuidados da criança, nas atividades domésticas e a ajuda financeira são essenciais no enfrentamento das dificuldades experimentadas.

Outra forma de enfrentar as adversidades foi a mudança de comportamento, deixando as saídas com os amigos e colaborando nos cuidados com a criança.

Discussão

A análise das entrevistas possibilitou identificar o perfil destes sujeitos, suas concepções e opiniões acerca do que a paternidade adolescente representa, como se veem pais, como desempenham esse papel, seus sentimentos, os ganhos e perdas, as mudanças na vida após esta experiência, a relação com a parceira e a família, e as soluções adotadas diante das dificuldades vivenciadas.

O grupo de indivíduos estudados caracterizou-se por ser composto predominantemente por católicos, com relação conjugal tipo união consensual, baixo nível educacional e significativo abandono escolar. Baixo nível de escolaridade e maior participação religiosa nos moradores de zona rural têm sido relatados na literatura.( 44. Martins PO, Trindade ZA, Almeida AMO. O ter e o ser: representações sociais da adolescência entre adolescentes de inserção urbana e rural. Psicol Reflex Crit. 2003;16(3):555-68. , 55. Busanello J, Silva MR, Oliveira AM. Sexualidade na adolescência: realidade de uma comunidade rural. Rev Rene. 2009;10(1):62-71. )

A paternidade foi identificada como uma grande responsabilidade, pelo dever de assumir o filho e a esposa, com consequente necessidade de trabalhar para o próprio sustento e o da família agora constituída (comportamento observado mesmo entre os desempregados e os que nunca haviam trabalhado), como pelo cuidado com a mulher e a criança. Expressam a responsabilidade com a educação, orientação e preparação da criança para o futuro.

Outros autores também evidenciaram entre jovens pais os mesmos sentimentos de responsabilidade e o dever de prover materialmente seus filhos.( 66. Almeida AF, Hardy E. Vulnerabilidade de gênero para a paternidade em homens adolescentes. Rev Saúde Pública. 2007;41(4):565-72. ) O trabalho torna-se um bem maior, importante elemento na construção das suas identidades masculinas.( 77. Freitas WM, Silva ATM, Coelho EA, Guedes RN, Lucena KD, Costa AP. Paternidade: responsabilidade social do homem no papel de provedor. Rev Saúde Pública. 2009;43(1):85-90. )

Conforme tem sido descrito os posicionamentos assumidos acerca da paternidade a indicaram como um atributo social, e o termo "responsabilidade" representou maior significado como aquisição de um novo encargo social do que propriamente como espaço de envolvimento afetivo com o filho.( 66. Almeida AF, Hardy E. Vulnerabilidade de gênero para a paternidade em homens adolescentes. Rev Saúde Pública. 2007;41(4):565-72. )

Na ótica dos entrevistados do estudo, a paternidade os torna adultos, com necessidade de aprendizado progressivo para tal. Alguns creem não ser a idade ideal, sendo ainda precoce e melhor se ocorresse mais tardiamente. Nesse aspecto, é referido que quando adolescentes tornam-se chefes de família, percebem a troca dos papéis dentro de casa: assumem responsabilidades incompatíveis com sua idade e condição especial de sujeitos em desenvolvimento.(8) Para alguns de camadas populares, a assunção da paternidade é reivindicada como prova de amadurecimento e responsabilidade.

A paternidade produz transformações positivas, como: responsabilidade, alegria de ser pai, trabalho, redução do consumo de bebidas alcóolicas e drogas e evitação do comportamento de risco. Alguns autores a descrevem como um rompimento no processo de adolescer, um processo súbito, um passo rápido para a vida adulta.( 88. Fundo das Nações Unidas para a Infância. O direito de ser adolescente: Oportunidade para reduzir vulnerabilidades e superar desigualdades. Brasília (DF): UNICEF; 2011. [citado 2012 Jun 12). Disponível em: http://www.unicef.org/brazil/pt/br_sabrep11.pdf.
http://www.unicef.org/brazil/pt/br_sabre...

9. Nogueira MJ, Martins AM, Schall VT, Modena CM. "Depois que você vira um pai...": adolescentes diante da paternidade. Adolesc Saude. 2011;8(1):28-34.
- 1010. Carvalho GM, Jesus MC, Merighi MA. Perdas e ganhos advindos com a parentalidade recorrente durante a adolescência. O Mundo da Saúde de São Paulo. 2008;32(4)437-42. )

Sentimentos contraditórios são explicitados, apesar de satisfeitos em se juntarem à parceira, de assumirem a paternidade e estarem no lar com o filho. Agora presos em outra realidade, não podem "viver" a juventude, sentem que perderam a liberdade, relatam mudanças no convívio com os amigos. A nova rotina os afasta de comportamentos passados, e vislumbram-se dois mundos distintos: os que têm e os que não têm responsabilidade.

Alguns se queixam ainda de perderem o privilégio de serem sustentados e cuidados. Com a paternidade, surge a necessidade de abdicar do lazer pelo trabalho para o sustento próprio e o da família que começa a ser constituída. Em certos casos a constatação das perdas leva ao arrependimento. O abandono de sonhos e planos, do lazer adolescente e de outras vivências tem sido descrito na literatura.(7-10) Também se menciona o relato de jovens pais, segundo o qual, deveriam ter aguardado um melhor momento, pensado mais e tomado precauções para evitar a gravidez. Para eles a paternidade significou a necessidade de assumir muitas responsabilidades numa fase da vida na qual não se sentiam ainda preparados.( 1111. Hoga LA, Reberte LM. Vivencias de la paternidad en la adolescencia en una comunidad brasileña de baja renta. Rev Esc Enferm USP. 2009;43(1):110-6. )

Outros autores identificaram o reconhecimento de um conflito pessoal nesse período, uma experiência mesclada por sentimentos positivos e negativos.( 1010. Carvalho GM, Jesus MC, Merighi MA. Perdas e ganhos advindos com a parentalidade recorrente durante a adolescência. O Mundo da Saúde de São Paulo. 2008;32(4)437-42.

11. Hoga LA, Reberte LM. Vivencias de la paternidad en la adolescencia en una comunidad brasileña de baja renta. Rev Esc Enferm USP. 2009;43(1):110-6.
- 1212. Luz AM, Berni NIO. Processo da paternidade na adolescência. Rev Bras Enferm. 2010;63(1):43-50. ) Contudo, isso não impediu os entrevistados do presente estudo de verem positivamente a paternidade, apesar das perdas, eles reconhecem ganhos. Afinal, uma criança traz felicidade e concretiza o desejo de ser pai. Fato também relatado na literatura: jovens satisfeitos pela condição maravilhosa de serem pais, realizando um sonho antigo.( 1111. Hoga LA, Reberte LM. Vivencias de la paternidad en la adolescencia en una comunidad brasileña de baja renta. Rev Esc Enferm USP. 2009;43(1):110-6. )

No exercício da paternidade várias dificuldades foram observadas: assunção da responsabilidade sendo ainda inexperientes, dificuldades financeiras e imperícia na execução de atividades do lar e nos cuidados com a criança. Diante dos problemas surgidos, sendo inexperientes e dependentes financeiramente, na sua maioria dos pais, necessitam do apoio familiar.

Nesse contexto as famílias revelaram-se fortes apoiadoras. Colaboraram de diversas formas no aspecto financeiro, afetivo e emocional. Esse apoio foi fundamental desde o enfrentamento da notícia da gestação ao nascimento da criança, e prosseguiu na vivência e exercício da paternidade. O apoio familiar é citado como fator efetivo no desempenho da paternidade adolescente; representa importante rede de suporte para o novo casal, seja acolhendo-o em suas residências, colaborando nas despesas, como nos cuidados com a criança.( 77. Freitas WM, Silva ATM, Coelho EA, Guedes RN, Lucena KD, Costa AP. Paternidade: responsabilidade social do homem no papel de provedor. Rev Saúde Pública. 2009;43(1):85-90. , 1313. Meincke SM, Trigueiro DR, Carraro TE, Brito SS, Collet N. Perfil sócio demográfico e econômico de pais adolescentes. Rev Enferm UERJ. 2011;19(3):452-6. )

Adversidades também foram percebidas no relacionamento conjugal, como conflitos de ideias e brigas, que por vezes induziram o adolescente ao arrependimento da união à parceira. Particular dificuldade foi descrita no caso de relação com companheira mais velha, onde o jovem sofre com a discriminação dos familiares e amigos, e incomoda-se com a possibilidade de ser dominado por ela. Diante desses impasses, o diálogo exerce papel decisivo na reconciliação, embora não ocorra com todos os casais.

A mudança de comportamento do jovem pai, ao se dedicar ao trabalho, colaborar no lar e deixar as saídas com os amigos, foi fator preventivo de desavenças e importante no enfrentamento das dificuldades.

A vida conjugal desses adolescentes acontece em decorrência da gravidez. Eles enfrentam esta união com o peso de outras adaptações: da transição para adultos, da gestação e do relacionamento social, agravados ainda mais pelo fator econômico. Alguns relacionamentos são tensos e difíceis de serem mantidos e, com a falta de uma base emocional estabelecida, sofrem abalos advindos da própria insegurança, e também de outros fatores externos.( 1313. Meincke SM, Trigueiro DR, Carraro TE, Brito SS, Collet N. Perfil sócio demográfico e econômico de pais adolescentes. Rev Enferm UERJ. 2011;19(3):452-6. )

Dialogar com esses jovens possibilitou captar vivências e significados por eles atribuídos à gravidez e à paternidade nesta fase da vida. Os achados revelam um adolescente satisfeito e orgulhoso em ser pai, ao mesmo tempo reconhecedor de perdas, dificuldades e responsabilidades relacionadas ao fato.

Ao se considerarem os fatores socioculturais inerentes às exposições experimentadas por que esses jovens pais de zona rural, vê-se uma imagem não estereotipada desse fenômeno, sem o viés da anormalidade.

Entretanto, nas situações observadas nos sujeitos pesquisados, em geral, o desfecho foi de aceitação, porquanto não foi constituída uma seleção de sujeitos com significativo número de recusas, desentendimentos, ou ainda de gestações não levadas a termo por diversas questões, onde talvez se pusesse identificar comportamentos diferentes. Assim, tais análises tornam-se necessárias na compreensão mais abrangente do fenômeno.

O estudo agrega um pouco de ruído a este silêncio, convidando para a necessidade de melhor compreensão do fenômeno, ao mesmo tempo oportuniza desde já a participação dos sistemas de saúde e educação, paritariamente, com vistas à inclusão do fato e à busca do interesse mais amplo nesses atores.

Conclusão

A paternidade é vista como uma experiência positiva que transforma os adolescentes em adultos.

References

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  • Colaborações Sampaio KJAJ colaborou com a concepção do projeto, análise e interpretação dos dados; redação do artigo e revisão crítica e relevante do conteúdo intelectual. Villela WV contribuiu com a revisão crítica relevante do conteúdo intelectual e aprovação final da versão a ser publicada. Oliveira EM participou da revisão crítica relevante do conteúdo intelectual e aprovação final da versão a ser publicada.

Datas de Publicação

  • Publicação nesta coleção
    2014

Histórico

  • Recebido
    30 Abr 2013
  • Aceito
    27 Fev 2014
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