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ADAPTAÇÃO CULTURAL DA ESCALA DE ADAPTAÇÃO À OSTOMIA DE ELIMINAÇÃO PARA USO NO BRASIL

RESUMO

Objetivo:

adaptar culturalmente a Escala de Adaptação à Ostomia de Eliminação para a língua portuguesa do Brasil e avaliar a validade de conteúdo.

Método:

estudo metodológico, cujas etapas da adaptação cultural foram: adequação para o português do Brasil; comitê de sete especialistas para avaliar as equivalências semântica, idiomática, cultural e conceitual; e pré-teste com 30 estomizados, realizado entre 2016 e 2017. Em seguida realizou-se a validação de conteúdo, segundo o Coeficiente de Validade de Conteúdo maior ou igual a 0,80 e calculou-se o coeficiente Kappa.

Resultados:

a população-alvo demonstrou boa compreensão no pré-teste. O Coeficiente de Validade de Conteúdo da escala atingiu valores de 0,9 para os critérios: clareza de linguagem, pertinência prática e relevância teórica, e, para a categoria “dimensão”, o kappa médio teve valor moderado (0,587).

Conclusão:

a Escala de Adaptação à Ostomia de Eliminação, construída e validada originalmente em Portugal, foi adaptada culturalmente para o Brasil, constituindo-se em um recurso de fácil compreensão, porém é necessário ainda que sejam atestadas as propriedades psicométricas dessa versão.

DESCRITORES
Estomia; Enfermagem; Estudos de validação; Colostomia; Eliminação intestinal

ABSTRACT

Objective:

to culturally adapt the Adaptation Scale to Elimination Ostomy for the Brazilian Portuguese language and to evaluate the content validity.

Method:

a methodological study, which stages of cultural adaptation were: adaptation to Brazilian Portuguese; committee of seven experts to evaluate the semantic, idiomatic, cultural and conceptual equivalences; and pre-test with 30 people with ostomy, performed between 2016 and 2017. The content validation was then performed, according to the Content Validity Coefficient greater than or equal to 0.80 and kappa coefficient.

Results:

the target population demonstrated good understanding in the pre-test. The Content Validity Coefficient of the scale reached values of 0.9 for the criteria: language clarity, practical relevance and theoretical relevance, and for the “dimension” category, the kappa mean value (0.587).

Conclusion:

the Adaptation Scale to Elimination Ostomy, built and validated originally in Portugal, was culturally adapted to Brazil, constituting an easy-to-understand resource, but it is still necessary to attest the psychometric properties of this version.

DESCRIPTORS:
Ostomy; Nursing; Validation studies; Colostomy; Intestinal elimination

RESUMEN

Objetivo:

adaptar culturalmente la Escala de Adaptación a la Ostomía de Eliminación a la lengua portuguesa de Brasil y evaluar la validez de contenido.

Método:

estudio metodológico, cuyas etapas de la adaptación cultural fueron las siguientes: adaptación al portugués de Brasil; comité de siete especialistas para evaluar las equivalencias semántica, idiomática, cultural y conceptual; y pre-evaluación con 30 estomizados, realizado entre 2016 y 2017. Luego se llevó a cabo la validez de contenido, según el Coeficiente de Validez de Contenido mayor o igual a 0,80 y se calculó el coeficiente kappa.

Resultados:

la población-meta demostró un buen entendimiento en la pre-evaluación. El Coeficiente de Validez de Contenido de la escala alcanzó valores de 0,9 en los criterios: claridad del lenguaje, pertinencia práctica y relevancia teórica, y en la categoría “dimensión” el kappa medio obtuvo un valor moderado (0,587).

Conclusión:

la Escala de Adaptación a la Ostomía de Eliminación, construida y validada en un principio en Portugal, se adecuó culturalmente para Brasil, constituyéndose así en un recurso de fácil comprensión, pero aún es necesario que las propiedades psicométricas de esta versión sean testadas.

DESCRIPTORES:
Ostomía; Enfermería; Estudios de validez; Colostomía; Eliminación intestinal

INTRODUÇÃO

“Estomia” é uma abertura cirúrgica que permite a comunicação entre um órgão interno e o meio externo. Dependendo do segmento que será exteriorizado, a estomia terá finalidade de respiração, alimentação ou eliminação, podendo ser temporária ou permanente/definitiva.11. Cascais FMV, Martini JG, Almeida PJS. O impacto da ostomia no processo de viver humano. Texto Contexto Enferm. 2007;16(1):163-7.doi: 10.1590/S0104-07072007000100021
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Dentro do grupo de estomias, tem-se as de eliminação, que podem ser intestinais - colostomia e ileostomia -, ou urinárias - urostomias -, as mais encontradas na prática clínica.22. Santos VLCG, Cesaretti IUR. Assistência em estomaterapia: cuidando de pessoas com estomia. São Paulo (BR): Editora Atheneu; 2015.

Dentre as diversas causas da criação de um estoma intestinal, a principal é o câncer colorretal. A estimativa de novos casos no Brasil, foi de 34.280, sendo 16.660 homens e 17.620 mulheres. No Piauí, estimam-se oito casos para cada 100.000 homens e 7,31 casos para cada 100.000 mulheres.33. Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva. Estimativa 2016: incidência de câncer no Brasil. Rio de Janeiro (BR): INCA [Internet]. 2015 [cited 2016 Apr 15] Available from: Available from: http://santacasadermatoazulay.com.br/wp-content/uploads/2017/06/estimativa-2016-v11.pdf
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Cabe ressaltar que esse procedimento cirúrgico causa impacto na vida do indivíduo, pois, além do cuidado com o estoma, ele altera a funcionalidade normal das eliminações intestinal e urinária e, devido à sua exposição, interfere na sensação de privacidade do estomizado.44. Marques ADB, Amorim RF, Landim FLP, Moreira TMM, Branco JGO, Morais PB, et al. Body consciousness of people with intestinal stomach: A phenomenological study. Rev Bras Enferm [Internet]. 2018 [cited 2018 Feb 18];71(2):391-7. Available from: Available from: https://dx.doi.org/10.1590/0034-7167-2016-0666
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-55. Silva NM, Santos MA, Rosado SR, Galvão CM, Sonobe HM. Psychological aspects of patients with intestinal stoma: integrative review. Rev Latino-Am Enfermagem [Internet]. 2017[cited 2018 Feb 18];25:e2950. Available from: Available from: https://dx.doi.org/10.1590/1518-8345.2231.2950
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A fim de adaptar-se à nova vida, é necessário passar por um processo de readequação às condições psicossociais, sexuais, de autoconceito e autocuidado, com o apoio e assistência multiprofissional, especialmente do enfermeiro estomaterapeuta, de uma forma mais competente e acolhedora.55. Silva NM, Santos MA, Rosado SR, Galvão CM, Sonobe HM. Psychological aspects of patients with intestinal stoma: integrative review. Rev Latino-Am Enfermagem [Internet]. 2017[cited 2018 Feb 18];25:e2950. Available from: Available from: https://dx.doi.org/10.1590/1518-8345.2231.2950
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A cirurgia para confecção do estoma altera a vida do indivíduo e, consequentemente, da sua família, repercutindo em sua qualidade de vida.66. Mota MS, Gomes, GC, Petuco, VM. Repercussions in the living process of people with stomas. Texto Contexto Enferm [Internet]. 2016 [cited 2017 Jul 27];25(1):1260014. Available from: Available from: https://dx.doi.org/10.1590/0104-070720160001260014
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Por isso, é importante esclarecer os motivos que levaram à necessidade da cirurgia e se o estoma será de caráter temporário ou permanente, suas possíveis complicações e os cuidados que se devem ter no manuseio e manutenção do mesmo.77. Colwell JC, McNichol L, Boarini J. North America Wound, ostomy, and continence and enterostomal therapy nurses current ostomy care practice related to peristomal skin issues. J Wound Ostomy Continence Nurs [Internet]. 2017 [cited 2018 Feb 18];44(3):257-61. Available from: Available from: https://dx.doi.org/10.1097/won.0000000000000324
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Além das mudanças na vida do estomizado, as quais vão desde a aceitação da nova condição até a necessidade de adaptação a novos materiais e conhecimentos, habituar-se com esse “elemento” em seu corpo poderá causar medos, constrangimentos e dúvidas. Assim, o paciente precisa adquirir habili dades e competências para o autocuidado,88. Cetolin S, Betrane V, Cetolin SK, Presta AA. Social and family dynamic with patients with definitive intestinal ostomy. ABCD Arq Bras Cir Dig [Internet]. 2013 [cited 2017 Jul 27];26(3):170-2. Available from: Available from: https://dx.doi.org/10.1590/S0102-67202013000300003
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-99. Mota MS, Gomes CG, Petuco MV, Heck RM, Barros EJL, Gomes VLO. Facilitators of the transition process for the self-care of the person with stoma: subsidies for Nursing. Rev Esc Enferm USP [Internet]. 2015 [cited 2017 Jun 2];49(1):82-8. Available from: Available from: https://dx.doi.org/10.1590/S0080-623420150000100011
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tornando-se essencial o uso de procedimentos que garantam indicadores confiáveis, principalmente no momento da coleta de dados, para que a qualidade seja alcançada.1010. Medeiros RKS. Pasquali’s model of content validation in Nursing research. Rev Enferm Referência [Internet]. 2015 [cited 2016 Jun 6];6(4):34-9. Available from: Available from: https://dx.doi.org/10.12707/riv14009
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Dessa forma, realizou-se uma busca na literatura nacional e internacional, realizada em julho de 2016, nas bases de dados CINAHL, PubMed e SciELO, sobre os instrumentos de medida a aspectos relacionados à estomias, sendo a qualidade de vida o construto mais encontrado.

Sobre a adaptação do estomizado à nova situação, os estudos apontam poucos instrumentos, a maioria internacional, e trazem apenas alguns aspectos do construto em estudo. Dois desses instrumentos que se aproximam do construto “adaptação” são: Ostomy Adjustment Scale,1111. Olbrisch ME. Development and validation of the Ostomy Adjustment Scale. Rehabil Psychol [Internet]. 1993 [cited 2017 Jun 2];28(1):3-12. Available from: Available from: https://dx.doi.org/10.1037/h0090996
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relacionando à preparação pré-operatória e o tempo desde a cirurgia ao retorno ao trabalho, avaliando o ajustamento psicológico à vida com estomia; e o Ostomy Adjustment Inventory-23,1212. Simmons K, Smith J, Maekawa A. Development and psychometric evaluation of the ostomy adjustment inventory-23. J Wound Ostomy Continence Nurs [Internet]. 2009 [cited 2017 Jun 2];36(1):69-76. Available from: Available from: https://dx.doi.org/10.1097/won.0b013e3181919b7d
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que foi desenvolvido para avaliar o ajustamento psicossocial nos domínios “aceitação”, “preocupação ansiosa”, “compromisso social” e “raiva”.

Tendo em vista a escassez de instrumentos multidimensionais que avaliem o construto “adaptação do estomizado no Brasil”, foi identificado na busca realizada um instrumento construído e validado em Portugal para medir o conceito de adaptação à estomia: Escala de Adaptação à Ostomia de Eliminação (EAOE), o qual, entretanto, não possuía ainda versão adaptada à cultura brasileira.1313. Sousa CF, Santos C, Graça, LCC. Development and validation of na elimination ostomy adjustment scale. Rev Enferm Referência [Internet]. 2015 [cited 2017 Jun 2];6(4):21-30. Available from: Available from: https://dx.doi.org/10.12707/RIV14021
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A EAOE possui 35 itens, do tipo Likert com 7 pontos, subdivididos em seis dimensões: Autoconceito, Aceitação Positiva, Suporte Social/Religioso, Interação Sexual, Autocuidado e Aceitação Negativa, nos quais se encontraram bons indicadores de consistência interna, com um coeficiente alfa de Cronbach de 0,87.

A escala foi utilizada apenas neste estudo e ainda não foi traduzida para outras línguas. Trata-se de uma escala que deve ser autoaplicável e de fácil compreensão. Para isso, tornou-se necessário trazer essa ferramenta para nosso contexto cultural, a fim de garantir a assistência integral ao paciente estomizado, pois seu emprego permite ao profissional da área de saúde detectar os aspectos da adaptação do paciente mais carentes de atenção e, a partir disso, sistematizar o cuidado a ele, com vistas à melhoria na sua qualidade de vida.

Diante do exposto, os objetivos desta pesquisa foram: adaptar culturalmente a EAOE para a língua portuguesa do Brasil e analisar a validade de conteúdo.

MÉTODO

Os participantes foram informados dos objetivos da investigação bem como da sua confidencialidade. Solicitou-se aos autores da escala, por meio de correio eletrônico, a permissão para adaptar o instrumento para uso no Brasil.

Trata-se de estudo metodológico, cuja proposta foi adaptar e analisar a validade de conteúdo do instrumento (EAOE), elaborado para avaliar a adaptação do paciente à estomia de eliminação. Os processos de adaptação cultural e validação de conteúdo foram embasados em autores consagrados na área.1414. Beaton DE, Bombardier C, Guillemin F, Ferraz MB. Guidelines for the process of cross-cultural adaptation of self-report measures. Spine[Internet]. 2000 [cited 2017 Jun 30]; 25(24):3186-91. Available from: Available from: https://dx.doi.org/10.1097/00007632-200012150-00014
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-1515. Pasquali L. Instrumentação psicológica: fundamentos e práticas. Porto Alegre (BR): Artmed;2010.A coleta de dados ocorreu entre os meses de julho de 2016 e janeiro de 2017. O local do estudo foi um centro de saúde em Teresina-PI (ambulatório), instituição em que pacientes com estomias de eliminação são cadastrados para recebimento de equipamentos coletores.

Em relação às etapas da adaptação cultural, de acordo com documento atualizado,1616. Beaton DE, Bombardier C, Guillemin F, Ferraz MB. Recommendations for the Cross-Cultural Adaptation of the DASH & QuickDASH Outcome Measures. Toronto (CA): Institute for Work & Health;2007. não houve necessidade de tradução, pois a língua do instrumento original da escala em estudo (português de Portugal) é a mesma do país a ser adaptado.

A adaptação cultural, assim, foi realizada em três etapas. A etapa 1 consistiu na adequação semântica da Versão Original do Português de Portugal (VOPP) para o português do Brasil. Nessa etapa, a VOPP do instrumento EAOE foi primeiramente adaptada semanticamente para o uso no nosso país pelas pesquisadoras do presente estudo, passando por um professor de Letras/Português, para análise gramatical. Essa primeira versão em português para o Brasil (VPB-1) foi submetida à apreciação de um Comitê de Especialistas.

A etapa 2 foi a avaliação por comitê de sete especialistas das duas versões para análise das equivalências semântica, cultural, idiomática e conceitual, com a obtenção da segunda Versão para o Português do Brasil (VPB-2). Participaram dessa etapa uma professora de metodologia científica, enfermeira com pós-doutorado na área, conhecedora do processo de adaptação cultural; um especialista em dermatologia clínica, enfermeiro, mestre e professor de uma universidade; um médico proctologista, atuante na área e funcionário de um hospital; e quatro enfermeiras estomaterapeutas, duas doutoras e duas mestres.

Os membros do comitê foram convidados por meio de uma carta-convite, enviada por e-mail, contendo o objetivo da pesquisa e as orientações necessárias sobre a avaliação das equivalências. Mediante aceite, foi enviado um formulário (Google Forms), contendo o Termo de Consentimento Livre Esclarecido e os itens da EAOE na versão original e na versão adequada semanticamente.

Cada componente do comitê comparou as duas versões (VOPP e VPB-1), utilizando uma escala de equivalência, com pontuação de 1 a 3, em que 1 representa significado diferente, 2 aproximadamente o mesmo significado e 3 exatamente o mesmo significado. Aos itens julgados com os valores 1 ou 2 foram apresentadas outras sugestões para serem reavaliadas pelas pesquisadoras. Após essa etapa, produziu-se a versão para a etapa 3, que consistiu na aplicação do pré-teste (VPB-2) a um grupo de 30 pacientes.

Os pacientes selecionados eram cadastrados no Programa de Estomizados do Centro Integrado de Saúde de Teresina. A amostra de conveniência foi composta por pessoas estomizadas que atenderam aos seguintes critérios de inclusão: ter idade igual ou superior a 18 anos; possuir estoma de eliminação temporário ou definitivo; ter condições físicas e mentais para responder à entrevista e consentir em participar do estudo.

Os dados foram coletados no ambulatório do centro de saúde de Teresina, por meio de entrevistas individuais com dois instrumentos: um com questões referentes aos dados sociodemográficos, com as variáveis: data de nascimento, sexo, procedência, ocupação/atividade principal, estado civil, escolaridade, se reside sozinho/com quem, qual o tipo e a temporalidade da estomia de eliminação, quanto tempo possui a estomia, quem cuida da estomia e se apresenta algum problema de saúde; e outro foi a versão adequada VPB-2.

Os participantes da pesquisa respondiam a cada item da escala lido pelo pesquisador, para observar se compreendiam as afirmações ou sugeririam alguma mudança. Cabe ressaltar que foi garantida a participação de estomizados com diferentes níveis de escolaridade para a obtenção do entendimento de todos os estratos.1515. Pasquali L. Instrumentação psicológica: fundamentos e práticas. Porto Alegre (BR): Artmed;2010.

Após todas as etapas de adaptação cultural, teve início o processo de validação de conteúdo. Para essa etapa, selecionaram-se, por meio da Plataforma Lattes, usando os critérios indicados,1717. Fehring RJ. The Fering Model: classification of the nursing diagnosis: proceeding of the tenth conference. Philadelphia (US): Lippincott;1994. três juízes especialistas - duas enfermeiras doutoras na área de enfermagem do sul do Brasil e uma enfermeira mestre do Nordeste, atuantes em estomaterapia -, com alto grau de experiência e conhecimento em sua área de atuação. Nessa etapa, os juízes avaliaram os critérios “clareza da linguagem”, “pertinência prática”, “relevância teórica” e “dimensão teórica”.1515. Pasquali L. Instrumentação psicológica: fundamentos e práticas. Porto Alegre (BR): Artmed;2010.

Para os critérios clareza, pertinência e relevância, os juízes apreciaram os itens conforme escala do tipo Likert de quatro pontos, com os níveis: (1) “nada”, (2) “pouco”, (3) “muito” ou (4) “bastante” claro, pertinente e/ou relevante. Uma concordância superior a 80% entre os juízes é critério de decisão para a pertinência do item a que teoricamente se refere.1515. Pasquali L. Instrumentação psicológica: fundamentos e práticas. Porto Alegre (BR): Artmed;2010. Para os itens avaliados nos níveis “1” ou “2”, nesta etapa, foram solicitadas justificativa e sugestão para reformulação. A dimensão teórica foi avaliada categoricamente, conforme os domínios do instrumento original. Os itens que obtiveram valores abaixo do recomendado e/ou receberam sugestões de alteração foram reformulados e reenviados para avaliação.

Os resultados da avaliação na adaptação cultural, medidos em escala ordinal, foram avaliados descritivamente, verificando o nível de concordância entre os juízes, conforme as avaliações.

Para a análise dos dados da validação de conteúdo, utilizou-se o Coeficiente de Validade de Conteúdo (CVC), em que foram considerados aceitáveis os itens que obtiveram CVCc>0,8.1818. Hernández-Nieto RA. Contributions to Statistical Analysis. Mérida (VE): Universidad de Los Andes;2002. Calculou-se também o coeficiente kappa, definido como uma medida de associação usada para descrever e testar o grau de concordância entre os juízes, para avaliação da dimensão teórica.1515. Pasquali L. Instrumentação psicológica: fundamentos e práticas. Porto Alegre (BR): Artmed;2010. Após a estatística, a versão adaptada da EAOE foi enviada à autora principal, para seu conhecimento.

RESULTADOS

Na adequação semântica (primeira fase), foram alterados os itens em que as palavras não são utilizadas no Brasil, passando por uma adequação sintática e lexical, sem prejuízo, no entanto, ao sentido das afirmações. As modificações efetuadas foram as trocas de “Ostomia” por “Estomia”, de “em” por “de”, de “diminuído por “inferior” e de “saco” por “bolsa”. Além disso, houve a adequação de colocações pronominais (Quadro 1). Dos 35 itens da escala, oito permaneceram sem modificações (1, 5, 6, 9, 20, 22, 26, 30).

Quadro 1
Itens do instrumento Escala de Adaptação à Ostomia de Eliminação (EAOE) adequados para o português do Brasil. Teresina, PI, Brasil, 2017

Na análise das equivalências semântica, cultural, idiomática e conceitual (segunda fase), os resultados para cada item propostos pelos especialistas sobre as versões (VOPP e VPB-1) estão descritos no Quadro 2.

Participaram desse processo sete especialistas, sendo cinco mulheres e três homens, todos procedentes do Nordeste, quatro casados. Em relação à formação, três tinham especialização; três, mestrado; e um, pós-doutorado; cinco tinham mais de 11 anos de formação, e quatro juízes tinham entre 1 e 6 anos de experiência com estomias.

Quadro 2
Itens do instrumento Escala de Adaptação à Ostomia de Eliminação (EAOE), versão brasileira, alterados após recomendações do comitê de especialistas. Teresina, PI, Brasil, 2017

No Quadro 2 não foram dispostos os itens 1, 2, 3, 6, 13, 19, 22, 26, 29 e 31, pois todos obtiveram pontuação 3 (exatamente o mesmo significado), de todos os especialistas. Os itens citados no quadro 2 restringem-se àqueles nos quais, em pelo menos uma das equivalências, algum dos juízes atribuiu 2 (aproximadamente o mesmo significado).

Segundo o comitê de especialistas, um deles sugeriu modificar a preposição “a” por “sobre” no título do instrumento, porém optou-se pela manutenção da versão proposta devido ao uso do substantivo “adaptação”, cuja regência pede a preposição “a”.

Nos itens 5, 10, 11, 17 e 30, um dos juízes marcou 2 (aproximadamente o mesmo significado), mas não fez qualquer sugestão como solicitado no formulário entregue, optando-se por manter a versão proposta. No item 7 foi sugerido mudar “alguém divino” por “uma religião”, mas não foi alterado, pois “divino” é um termo mais amplo, que abrange pessoas que praticam ou não alguma religião. No 12, foi indicada a troca de “devido” por “porque” - “Sinto-me diminuído porque tenho um estoma”, mas ambos são termos explicativos.

Consideramos aceitar a sugestão do item 14, pois ficou mais completo e, talvez, de fácil entendimento para a população dos estomizados: “Participar das atividades que gosto (convívio com família, festas, atividades sociais) é doloroso para mim”; e do item 15: “O meu cônjuge/companheiro(a) demonstra interesse sexual por mim”, pois, além da manutenção do mesmo sentido, ficou mais claro.

No item 16, optou-se pela versão proposta por um dos juízes: “Tenho medo do mau cheiro, gases ou que a bolsa descole quando estou em público”, pois o termo “mau cheiro” seria uma expressão mais explícita do sentido da frase. Sugeriu-se a mudança da palavra “descole” por “caia”, o que não aceitamos devido ao fato de a bolsa não necessariamente cair depois que descola do corpo, e no item 20 “estou” por “sou”, ficando: “Sou otimista em relação ao futuro”, porém a pessoa que será avaliada deverá responder como se sente naquele momento, e a palavra “sou” denota uma condição mais duradoura.

A palavra “”, indicada no item 21: “Acredito que as minhas orações e fé me ajudarão”, não foi aceita, pois envolve pessoas que acreditam em alguma religião, o que não abrange toda a população. E, no item 25, foi recomendado retirar a palavra “sexual”: “O meu relacionamento piorou com a estomia”, mas a questão se refere especificamente ao relacionamento sexual da pessoa, descartando-se, assim, a sugestão.

Um dos especialistas concordou com todos os itens adaptados da escala, avaliando todas as equivalências de todos os itens como 3, e apenas um dos membros discordou da mudança da palavra “ostomia” por “estomia”, o que não foi acatado pelas autoras do estudo, por questão gramatical e por ser consenso na literatura a padronização do termo iniciado com “e”.

Na terceira etapa (pré-teste), participaram 30 estomizados, 21 (70%) eram homens e 8 (30%) mulheres, com idades entre 29 e 72 anos. O tempo de estomização variou entre um mês e 28 anos. Quanto ao tipo, 14 (70%) possuíam colostomia; três, ileostomia; uma, urostomia; e dois pacientes portavam ambas (colostomia e urostomia). O grau de instrução variou de Ensino Superior (n=2) a entre 1 e 12 anos de estudo. Oito pacientes eram aposentados, dois autônomos, dois recebiam auxílio-doença, e os demais variavam entre serviços gerais, servidor público, técnicos e outros.

Durante as entrevistas individuais, todos os participantes afirmaram ter compreendido os itens da escala, assegurando a clareza da linguagem e o fácil entendimento das perguntas, permanecendo a versão aplicada para o pré-teste (VPB-2).

Após avaliar a compreensão dos itens, o momento foi utilizado também para analisar o nível de concordância, utilizando a escala do tipo Likert de 7 pontos, igualmente distribuído na escala original.

Quanto ao processo de validação de conteúdo (última etapa), obteve-se um excelente escore (CVC total = 0,9), conforme Tabela 1. Participaram dessa fase três juízes, seguindo critérios recomendados:18 duas enfermeiras doutoras na área de enfermagem do sul do Brasil e uma enfermeira mestre da região nordeste. Todas são especialistas em estomaterapia e atuantes na área.

Tabela 1
Cálculo do coeficiente de validade de conteúdo da Escala de Adaptação à Ostomia de Eliminação (VPB-2). Teresina, PI, Brasil, 2017

Dos juízes que participaram da validação de conteúdo, todos concordaram com a mudança no título do termo “ostomia” para “estomia”, adotando-se, então, na versão brasileira: Escala de Adaptação à Estomia de Eliminação (EAEE), confluindo, assim, com a conclusão de estudo a respeito da terminologia especializada de enfermagem.1919. Carvalho CMG, Cubas MR, Nobrega MML. Terms of the specialized nursing language for the care of ostomates. Rev Bras Enferm [Internet]. 2017[cited 2018 Feb 18];70(3):461-7. Available from: Available from: https://dx.doi.org/10.1590/0034-7167-2015-0058
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Ademais, apenas um sugeriu, no item 14, adicionar a preposição “de”, ficando: “Participar de atividades de que gosto (convívio com família e rede de apoio, festas, atividades sociais) é doloroso para mim”, e no item 21 o verbo “ir”: “Acredito que as minhas orações irão me ajudar”, sendo acatadas essas alterações.

Para a avaliação das dimensões teóricas, realizada através do kappa, os dados estão contidos na Tabela 2.

Tabela 2
Cálculo do kappa médio entre avaliadores para dimensões teóricas do instrumento. Teresina, PI, Brasil, 2017

O valor médio do coeficiente kappa foi considerado moderado (kappamédio =0,587), valor aceitável em relação à concordância entre os juízes. Porém, provavelmente esse valor seria maior, se não tivesse havido a discrepância na dimensão “Autoconceito”, em que um dos juízes não avaliou para nenhum item. A dimensão “Aceitação negativa” foi considerada substancial para o nível de concordância, e “Interação sexual” se mostrou quase perfeito.1515. Pasquali L. Instrumentação psicológica: fundamentos e práticas. Porto Alegre (BR): Artmed;2010.

DISCUSSÃO

A utilização de instrumentos confiáveis apresenta-se como um recurso valioso na avaliação do cuidado de enfermagem, especialmente durante a formação profissional, uma vez que facilita a produção de dados, favorece a análise de técnicas e abordagens adotadas e proporciona a padronização de condutas eficientes no ensino e na prática clínica.2020. Costa RK, Torres GV, Salvetti MG, Azevedo IC, Costa MA. Validity of instruments used in nursing care for people with skin lesions. Acta Paul Enferm [Internet]. 2014[cited 2017 Jun 4];27(5):447-57. Available from: Available from: https://dx.doi.org/10.1590/1982-0194201400074
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-2121. Oliveira F, Kuznier TP, Souza CC, Chianca TCM. Theoretical and methodological aspects for the cultural adaptation and validation of instruments in nursing. Texto Contexto Enferm [Internet]. 2018 [cited 2018 Sep 15];27(2):e4900016. Available from: Available from: https://dx.doi.org/10.1590/0104-070720180004900016
https://dx.doi.org/10.1590/0104-07072018...

A EAOE, construída e validada originalmente em Portugal e agora adaptada culturalmente para uso no Brasil, foi desenvolvida com a intenção de abranger a análise dos diferentes aspectos da adaptação do estomizado. Nesse sentido, os 35 itens da escala foram avaliados e discutidos pelo comitê de especialistas e pelos juízes, cujas sugestões foram analisadas, tendo em vista o objetivo de torná-la mais clara, em consonância com a literatura atual.2222. Alves DFS, Almeida AO, Silva JLG, Morais FI, Dantas SRPE, Alexandre NMC. Translation and adaptation of the bates-jensen wound assessment tool for the Brazilian culture. Texto Contexto Enferm [Internet]. 2015 Jul-Sep [cited 2018 Sep 15];24(3):826-33. Available from: Available from: https://dx.doi.org/10.1590/0104-07072015001990014
https://dx.doi.org/10.1590/0104-07072015...
Os itens da escala foram, portanto, adaptados de forma sistematizada quanto às equivalências semântica, idiomática, experimental e conceitual.

Assim, em relação às sugestões dos juízes, optou-se pela modificação nos itens que podiam apresentar algum impedimento à perfeita compreensão de seu significado, como é o caso do item 21, no qual houve a substituição da forma gramaticalmente aceita por uma construção mais coloquial, de fácil entendimento, demonstrando que a escala pode ser compreendida por pessoas com distintos níveis de escolaridade.2323. Gomes ALA, Ximenes LB, Mendes ERR, Teixeira OCM, Joventino ES, Javorski M. Translation and cultural adaptation of the self-efficacy and their child’s level of asthma control scale: Brazilian version. Texto Contexto Enferm [Internet]. 2016 [cited 2018 Sep 14];25(3):e2950015. Available from: Available from: https://dx.doi.org/10.1590/0104-07072016002950015
https://dx.doi.org/10.1590/0104-07072016...

As diferentes procedências e experiências profissionais dos membros do comitê de especialistas e dos juízes propiciaram a garantia de que o resultado final é o mais próximo possível do ideal, assegurando sua equivalência transcultural, como o pré-teste com o público-alvo permitiu confirmar.

CONCLUSÃO

A Escala de Adaptação à Ostomia de Eliminação, construída e validada originalmente em Portugal, foi adaptada culturalmente para uso no Brasil, seguindo as etapas preconizadas na literatura.

As equivalências semântica, idiomática, cultural e conceitual obtidas por um comitê de especialistas em relação à versão original portuguesa foram atestadas, e foram obtidos bons índices de validade de conteúdo avaliados pelo comitê de juízes.

A versão brasileira adaptada da escala não se encontra disponível para o público em geral, pois ainda necessita passar pela análise de importantes propriedades de medida da escala, para melhor fidedignidade de informações e, posteriormente, seu uso no Brasil, como contribuição na prática clínica e melhor avaliação dos aspectos da adaptação do paciente com estomias de eliminação.

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NOTAS

  • ORIGEM DO ARTIGO
    Artigo extraído da dissertação - Adaptação cultural e validação de conteúdo da Escala de Adaptação à Ostomia de Eliminação (EAOE) para uso no Brasil, apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Enfermagem, Universidade Federal do Piauí, em 2017
  • APROVAÇÃO DE COMITÊ DE ÉTICA EM PESQUISA
    Aprovado no Comitê de Ética em Pesquisa d da Universidade Federal do Piauí, sob o parecer n. 1.554.321, Certificado de Apresentação para Apreciação Ética: 52526915.6.0000.5214.

Datas de Publicação

  • Publicação nesta coleção
    04 Jul 2019
  • Data do Fascículo
    2019

Histórico

  • Recebido
    21 Jun 2018
  • Aceito
    15 Out 2018
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