Acessibilidade / Reportar erro

Para quem e o que testemunham as fontes da história da educação?

From whom and what testify the sources of history of education?

Resumos

Este artigo discute questões sobre a identificação, o uso e a relação do historiador com as fontes nos estudos de História da Educação. Aborda a tipologia das fontes e seus diversos pesos probatórios. Mostra como, no trabalho historiográfico, é decisivo compreender os diversos níveis relacionais que perpassam o processo de construção da fonte histórica. Prioriza a análise sobre as relações nas quais nasce e se produz o documento, as relações que, no âmbito dos acontecimentos, selecionam o documento e as relações do historiador/ intérprete com as suas questões e com os destinatários de seus estudos.

fontes; História da Educação; teoria da história


This article discusses questions about identification, using, and relation of the historian with sources in Educational History research. It treats about typology souces and their evidence strength. It shows how historiography work is decisive to understand the diverse relational levels that go through the building process of historical source. This article priorize those analysis about relations in which documents are born and procuced, the relations that in the events context select documents, and historian/ interpreter reletions with their questionings and with their research addressees.

sources; Education History; theory of history


Para quem e o que testemunham as fontes da história da educação?

From whom and what testify the sources of history of education?

Dario Ragazzini

Professor Dr. de História da Educação, da Università degli Studi di Firenze, Departamento de Ciência da Educação. Endereço Eletrônico: dario.ragazzini@unifi.it

RESUMO

Este artigo discute questões sobre a identificação, o uso e a relação do historiador com as fontes nos estudos de História da Educação. Aborda a tipologia das fontes e seus diversos pesos probatórios. Mostra como, no trabalho historiográfico, é decisivo compreender os diversos níveis relacionais que perpassam o processo de construção da fonte histórica. Prioriza a análise sobre as relações nas quais nasce e se produz o documento, as relações que, no âmbito dos acontecimentos, selecionam o documento e as relações do historiador/ intérprete com as suas questões e com os destinatários de seus estudos.

Palavras-chaves: fontes, História da Educação, teoria da história.

ABSTRACT

This article discusses questions about identification, using, and relation of the historian with sources in Educational History research. It treats about typology souces and their evidence strength. It shows how historiography work is decisive to understand the diverse relational levels that go through the building process of historical source. This article priorize those analysis about relations in which documents are born and procuced, the relations that in the events context select documents, and historian/ interpreter reletions with their questionings and with their research addressees.

Key-words: sources, Education History, theory of history.

Texto completo disponível apenas em PDF.

Full text available only in PDF format.

Texto recebido em 01/01/2001

Tradução de Carlos Eduardo Vieira. Doutor em História da Educação, Professor da Área Temática de História e Historiografia da Educação do Programa de Pós-graduação em Educação da Universidade Federal do Paraná. Endereço eletrônico: cevieira@educacao.ufpr.br.

1 N.T. No original o autor utiliza a expressão, própria da língua italiana e inexistente no português, accertabilità para conceitualizar essa possibilidade de o historiador produzir, a partir das fontes, um conhecimento acertado, verificável, sobre o passado.

2 Nesse momento impõem-se as questões da condição e da competência da leitura, assim como do grau de accertabilità, ou seja, capacidade de produzir conhecimento acertado sobre o passado.

3 Esta crítica não cabe à história da filosofia ou à história das idéias, pois essas também trabalham com fontes e com procedimentos metodológicos específicos.

4 N.T. Giovanni Gentile foi ministro da Instrução Pública, no primeiro ministério de Mussolini, e promoveu uma ampla reforma educacional na Itália a partir de 1923.

5 Adolescentes italianos que se vestiam e se comportavam como militares.

6 N. T. Giolliti, (1842-1928), político italiano que exerceu grande influência na direção do Estado Italiano no primeiro quadrante do século XX, compondo vários ministérios na condição de Primeiro Ministro.

7 Compreendidas aqui as hipóteses descartadas, inférteis, inconcludentes.

8 N.T. Fadiga de Sísifo ou sisifismo significa o eterno recomeço de alguma coisa. Sísifo, filho de Éolo e Rei de Corinto, segundo a mitologia grega, foi condenado no inferno a transportar uma enorme pedra para o cume de uma montanha, de onde a pedra caia e ele era obrigado a recomeçar o seu trabalho.

Datas de Publicação

  • Publicação nesta coleção
    05 Mar 2015
  • Data do Fascículo
    Dez 2001

Histórico

  • Recebido
    01 Jan 2001
Setor de Educação da Universidade Federal do Paraná Educar em Revista, Setor de Educação - Campus Rebouças - UFPR, Rua Rockefeller, nº 57, 2.º andar - Sala 202 , Rebouças - Curitiba - Paraná - Brasil, CEP 80230-130 - Curitiba - PR - Brazil
E-mail: educar@ufpr.br