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Análise das malformações congênitas a partir do relacionamento das bases de dados de nascidos vivos e óbitos infantis

Resumo

Objetivos:

descrever a prevalência das malformações congênitas em nascidos vivos no Recife, com base no relacionamento de dados de nascimentos e óbitos infantis .

Métodos:

estudo transversal com dados do Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos (Sinasc) e Mortalidade (SIM) de residentes no Recife-PE, entre 2013 e 2015. Realizou-se linkage determinístico dos óbitos e nascidos vivos (NV) com malformação e calculou-se a prevalência.

Resultados:

obteve-se o pareamento de 545 (95,1%) declarações de óbito e de nascidos vivos. Segundo o Sinasc a prevalência de malformações congênitas foi de 10,4 por 1.000 NV; após o linkage a taxa foi de 12,4. Destacaram-se as malformações do aparelho osteomuscular (42,1%) entre os nascidos vivos, e nos óbitos as do aparelho circulatório (35,3%).

Conclusões:

o linkage aumentou a prevalência de malformações congênitas nas crianças estudadas. Isso indica a potencialidade dessa estratégia para o monitoramento das malformações congênitas, podendo ser empregada na vigilância do óbito infantil.

Palavras-chave
Anormalidades congênitas; Estatísticas vitais; Mortalidade infantil; Sistemas de informação

Abstract

Objectives:

to describe the prevalence of congenital malformations in live births in Recife, based on the relationship of birth and infant death data.

Methods:

a cross-sectional study with data from the Live Birth Information System (Sinasc) and Mortality (MIS) of residents in Recife-PE between 2013 and 2015. The deterministic linkage of deaths and live births (LB) with malformation and the prevalence rate were calculated.

Results:

545 (95.1%) deaths and live births were matched. According to the Sinasc, the prevalence of congenital malformations was 10.4 per 1,000 LB. After the linkage, the rate was 12.4. Malformations of the musculoskeletal system (42.1%) among live births were high-lighted, as well as malformations of the circulatory system (35.3%) found in infant deaths.

Conclusions:

linkage increased the prevalence of congenital malformations in the studied cohort. This demonstrates the potential of this strategy for the monitoring of congenital malformations, which can be used to monitor infant death.

Key words:
Congenital abnormalities; Vital statistics; Infant mortality; Information systems

Introdução

A mortalidade infantil está intimamente relacionada com fatores biológicos, socioeconômicos, culturais, ofertas de serviços de saúde e a qualidade do atendimento na atenção à saúde materno e infantil.11 Mari G, Bursac Z, Goedecke PJ, Dhanireddy R. Factors Associated With Improvements in Mortality and Morbidity Rates of Very- Low-Birth-Weight Infants : a Cohort Study. Glob Pediatr Heal [Internet]. 2018 Jan 6; 5: 2333794X1876536. Disponível em: http://journals.sagepub.com/doi/10.1177/2333794X18765366.
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Uma das principais causas que influenciam estas mortes são as malformações congênitas.22 Bronberg R, Schuler-Faccini L, Ramallo V, Alfaro E, Dipierri J. Spatial and temporal analysis of infant mortality from congenital malformations in Brazil (1996-2010). J Community Genet [Internet]. 2014 Jul 1; 5 (3): 269-82. Disponível em: http://link.springer.com/10.1007/s12687-013-0170-0.
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Estas decorrem de alterações no desenvolvimento embrionário resultando em anomalias morfológicas, funcionais ou estruturais, podendo estar aparente ou não ao nascimento,33 WHO (World Health Organization). Congenital Anomalies [Internet]. 2015. Disponível em: http://www.who.int/en/ news-room/fact-sheets/detail/congenital-anomalies.
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causadas por alterações genéticas, ambientais ou de origens desconhecidas.44 Toufaily MH, Westgate MN, Lin AE, Holmes LB. Causes of Congenital Malformations. Birth Defects Res. 2018; 110 (2):87-91. Cerca de 2 a 5% dos nascidos vivos, no mundo, apresentam alguma malformação ao nascer, detectadas no nascimento ou posteriormente, como cardiopatias congênitas e malformações do trato urinário.55 Feldkamp ML, Carey JC, Byrne JLB, Krikov S, Botto LD. Etiology and clinical presentation of birth defects: popula-tion based study. BMJ. 2017; 357: j2249. Disponível em: http://www.bmj.com/lookup/doi/10.1136/bmj.j2249.
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A taxa global de mortalidade infantil (TMI), no período de 1990 a 2016, caiu de 93 para 41 óbitos por 1.000 nascidos vivos (NV), representando um declínio de 53%.66 United Nations Inter-agency Group for Child Mortality Estimation (UN IGME), 'Levels & Trends in Child Mortality: Report 2017, Estimates Developed by the UN Inter-agency Group for Child Mortality Estimation', United Nations Children's Fund, New York [Internet]. 2017. Disponível em: https://www.unicef.org/publications/files/Child_Mortality_Report_2017.pdf.
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Entre 1990 e 2014, a TMI do Brasil diminuiu, passando de 47,1 para 14,1 óbitos por 1.000 NV (decréscimo de 70%).77 Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Vigilância de Doenças e Agravos Não Transmissíveis e Promoção da Saúde. Saúde Brasil 2015/2016 : uma análise da situação de saúde e da epidemia pelo vírus Zika e por outras doenças transmitidas pelo Aedes aegypti; 2017. Contudo, estudos mostram que houve redução da TMI e um aumento na proporção de óbitos infantis por malformação congênita.22 Bronberg R, Schuler-Faccini L, Ramallo V, Alfaro E, Dipierri J. Spatial and temporal analysis of infant mortality from congenital malformations in Brazil (1996-2010). J Community Genet [Internet]. 2014 Jul 1; 5 (3): 269-82. Disponível em: http://link.springer.com/10.1007/s12687-013-0170-0.
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,88 Matthews TJ, MacDorman MF, Thoma ME. Infant Mortality Statistics From the 2013 Period Linked Birth/Infant Death Data Set. Natl Vital Stat Rep [Internet]. 2015 Aug 6; 64 (9): 1-30. Disponível em: http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/26270610.
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Em vários países as malformações congênitas constituem uma importante causa de morte.55 Feldkamp ML, Carey JC, Byrne JLB, Krikov S, Botto LD. Etiology and clinical presentation of birth defects: popula-tion based study. BMJ. 2017; 357: j2249. Disponível em: http://www.bmj.com/lookup/doi/10.1136/bmj.j2249.
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,99 Sierra Romero M del C, Hernández EN, Serrano SC, Pablo AER, Hernández JV. Prevalencia del síndrome de Down en México utilizando los certificados de nacimiento vivo y de muerte fetal durante el periodo 2008-2011. Bol Med Hosp Infant Mex. 2014; 71 (5): 292-7. Nas Américas, são a segunda causa de morte nos recém-nascidos.1010 Organização Panamericana de Saúde. OPAS / OMS insta países das Américas a reforçar vigilância de microcefalia e outras anomalias congênitas [Internet]. OPAS. 2016 [citado em 2018 maio 2]. Disponível em: https://www.paho.org/bra/index.php?option=com_content &view=article&id=5012:opas-oms-insta-paises-das-amer-icas-a-reforcar-vigilancia-de-microcefalia-e-outras-anom-alias-congenitas&Itemid=812.
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No Brasil representam a segunda nos menores de um ano de idade em todas as regiões do país, correspondendo a 22% dos óbitos infantis.77 Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Vigilância de Doenças e Agravos Não Transmissíveis e Promoção da Saúde. Saúde Brasil 2015/2016 : uma análise da situação de saúde e da epidemia pelo vírus Zika e por outras doenças transmitidas pelo Aedes aegypti; 2017.

Até o final da década de 1990, os dados sobre malformações eram obtidos a partir das Declarações de Óbitos (DO), formulário do Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM) que foi implantado em 1975 pelo Ministério da Saúde (MS) do Brasil. Em 1990 foi criado o Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos (Sinasc), que tem como documento padrão a Declaração de Nascido Vivo (DNV). Mas, só em 1999 foi incluído um campo específico neste instrumento para o registro das malformações congênitas, tornando o Sinasc uma ferramenta importante para seu monitoramento.1111 Nhoncanse GC, Melo DG. Confiabilidade da Declaração de Nascido Vivo como fonte de informação sobre os defeitos congênitos no Município de São Carlos, São Paulo, Brasil. Ciên Saúde Coletiva. 2012 Apr; 17 (4): 955-63. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid =S1413-81232012000400017&lng=pt&tlng=pt.
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No Brasil a implantação dos dois sistemas, SIM Sinasc e a presença da variável-chave, viabilizou a utilização da técnica de linkage entre esses bancos de dados para estudos relacionados à mortalidade infantil.1212 Maia LTS, Souza WV, Mendes ACG, Silva AGS. Uso do linkage para a melhoria da completude do SIM e do Sinasc nas capitais brasileiras. Rev Saúde Pública. 2017; 51: 112. Disponível em: https://www.revistas.usp.br/rsp/article/view/141551.
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O emprego do linkage consiste na ligação de duas ou mais fontes de dados independentes, que têm a característica de possuírem variáveis em comum.8 Assim, é possível identificar registros de um mesmo indivíduo que faz parte de dois ou mais sistemas de informação.1313 Marques LJP, Oliveira CM, Bonfim CV. Avaliação da completude e da concordância das variáveis dos Sistemas de Informações sobre Nascidos Vivos e sobre Mortalidade no Recife-PE, 2010-2012. Epidemiol Serv Saúde. 2016; 25(4):849-54.

O linkageé cada vez mais aplicado nas pesquisas de saúde, pois permite melhorar a qualidade da informação, com a vantagem de apresentar um baixo custo operacional.1212 Maia LTS, Souza WV, Mendes ACG, Silva AGS. Uso do linkage para a melhoria da completude do SIM e do Sinasc nas capitais brasileiras. Rev Saúde Pública. 2017; 51: 112. Disponível em: https://www.revistas.usp.br/rsp/article/view/141551.
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Nos estudos sobre mortalidade infantil, o emprego do linkage permitiu analisar os fatores de risco associados a mortalidade infantil, evidenciando que as variáveis biológicas aumentam a chance de óbito;1414 Kropiwiec MV, Franco SC, Amaral AR. Fatores associados à Mortalidade Infantil em município com índice de desen-volvimento humano elevado. Rev Paul Pediatr. 2017; 35 (4):391-8. avaliar a completude e a concordância das informações sobre óbitos infantis demonstrando melhor completude nos sistemas de informação (99 a 100%);1313 Marques LJP, Oliveira CM, Bonfim CV. Avaliação da completude e da concordância das variáveis dos Sistemas de Informações sobre Nascidos Vivos e sobre Mortalidade no Recife-PE, 2010-2012. Epidemiol Serv Saúde. 2016; 25(4):849-54. estimar a prevalência de anomalias congênitas nos nascidos vivos e óbitos infantis9 e investigar a validade dos diagnósticos dos registro de nascimentos comparando com as informações de um programa de vigilância de defeitos congênitos.1515 Boulet SL, Shin M, Kirby RS, Goodman D, Correa A. Sensitivity of Birth Certificate Reports of Birth Defects in Atlanta, 1995-2005: Effects of Maternal, Infant, and Hospital Characteristics. Public Health Rep. 2011; 126 (2): 186-94.

A técnica de linkage possibilita analisar com mais detalhes as informações sobre malformação congênita. Desse modo, pode-se reduzir a subnotificação e traçar estimativas fidedignas da prevalência de um determinado local, assim como, favorecer o planejamento das ações de saúde aos nascidos vivos com malformações congênitas. Este estudo tem como objetivo descrever a prevalência das malformações congênitas em uma coorte de nascidos vivos no Recife, com base no relacionamento de dados de nascimentos e óbitos infantis.

Métodos

Trata-se de um estudo epidemiológico transversal realizado no Recife, capital do estado de Pernambuco. A cidade ocupa uma área de 218.435 km2, dividida em 94 bairros que, por sua vez, estão distribuídos em oito Distritos Sanitários (DS). Possui uma população estimada de 1.617.183 habitantes, com densidade demográfica de 7.039,64 habitantes/km2.1616 População estimada: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de População e Indicadores Sociais, Estimativas da população residente com data de referência 1o de julho de 2016.

A fonte de dados foi constituída pelos bancos do SIM e do Sinasc, cedidos pela Secretaria de Saúde do Recife. A população foi composta por uma coorte de nascidos vivos de mães residentes no Recife, cujo nascimento ocorreu no período de 01/01/2013 a 31/12/2014, e dos óbitos infantis provenientes desta coorte, entre 01/01/2013 a 31/12/2015 (foi incluído mais um ano para acompanhamento dos nascidos vivos de 2014) que apresentaram malformação congênita. Foram excluídos 242 óbitos por tratar-se de nascidos vivos dos anos de 2012 e 2015 (fora do período analisado).

A vinculação das DO com a respectiva DNV foi realizada no programa The R Project for Statistical Computing versão 3.4.3. Para o linkage determinístico foi selecionada como variável-chave o número da DNV, pois é única para cada nascido vivo e na DO contém um campo específico para seu preenchimento. A fim de confirmar os pares verdadeiros, foram utilizadas as variáveis: “nome da mãe”, “sexo”, “peso ao nascer” e “data nascimento”. No relacionamento dos dados não pareados pelo nº da DNV recorreu-se a busca manual com as seguintes variáveis: “nome da mãe”, “sexo”, “peso ao nascer”, “data de nascimento” e “endereço de residência”.

Na categorização das malformações congênitas apresentadas pelos recém-nascidos, utilizou-se a classificação descrita pelo Código Internacional de Doenças (CID) - 10ª revisão, conforme o Capítulo XVII intitulado Malformações congênitas, deformidades e anomalias cromossômicas.

Foi avaliado o preenchimento dos campos seis (detectada alguma anomalia congênita) e 41 (descrever todas as anomalias congênitas observadas) da DNV, obteve-se a proporção de declarações com registro sobre malformação congênita. Foram calculadas as taxas de prevalência (número de nascidos vivos com malformação/total de nascidos vivos no mesmo período x 1000 nascidos vivos) das malformações, segundo informações do Sinasc.

Com os bancos de dados vinculados foram selecionadas as DO que apresentaram alguma malformação congênita, descritas no campo 40 (causas básicas e associadas de morte) e comparou-se com a respectiva DNV. Calculou-se a prevalência (antes e após o linkage) de malformações congênitas para o período estudado, assim como as prevalências específicas segundo aparelhos ou sistemas acometidos nos sobreviventes e óbitos da coorte.

A pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Fundação Joaquim Nabuco (CAEE: 68401517.5.0000.5619) em 20 de junho de 2016.

Resultados

Foram registrados 46.705 nascidos vivos no Sinasc e 573 óbitos de menores de um ano de idade no SIM nos períodos estudados. No Sinasc, verificou-se o preenchimento do campo seis (detectada alguma malformação congênita) da DNV em 46.688 (99,9%) nascidos vivos. Encontrou-se 485 (1,0%) registros de malformação congênita, com destaque para as deformidades do aparelho osteomuscular (42,1%) com taxa de 4,4 por 1.000 NV (Tabela 1).

Tabela 1
Frequência e taxa de prevalência (por 1.000 NV) de malformações congênitas para os nascidos vivos segundo informações do Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos (Sinasc). Recife, 2013 e 2014.

Com o linkage verificou-se o pareamento de 510 (89,0%) DO com suas respectivas DNV. Após uma busca manual houve a recuperação de 35 registros, com a identificação de 545 (95,1%) pares verdadeiros (DO/DNV). Um total 184 (33,8%) óbitos infantis apresentaram malformação, sendo que 97 (52,7%) constavam na DO, 4 (2,2%) na DNV e 83 (45,1%) na DO e DNV (Figura 1).

Figura 1
Linkage entre Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos (Sinasc) e no Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM).

O linkage recuperou 97 casos de malformações congênitas para o Sinasc, totalizando 582 nascidos vivos com malformações (485 na DNV + 97 na DO). A taxa de prevalência para as malformações dos nascidos vivos, segundo o Sinasc, foi de 10,4 por 1.000 NV. Após a correção dos dados pelo SIM, foi de 12,4 por 1.000 NV, houve um incremento da prevalência de malformações congênitas em 20,0% após o linkage (Tabela 2).

Tabela 2
Frequência e taxa de prevalência (por 1.000 NV) de malformações congênitas para os Sistemas de Informações sobre Nascidos Vivos (Sinasc) e Mortalidade (SIM), pré e pós-linkage dos bancos de dados. Recife, 2013 a 2015.

Em relação aos óbitos com malformação congênita a taxa de prevalência foi de 3,9 por 1.000 NV. A principal causa foi a do aparelho circulatório (n=65; 35,3%), perfazendo uma taxa de 1,4 por 1.000 NV (Tabela 3). Após o linkage houve um incremento de 169,0% nas malformações do aparelho circulatório, que no princípio eram 29 casos, e foram acrescidos 49 (Tabela 4).

Tabela 3
Frequência e taxa de prevalência (por 1.000 NV) de malformações congênitas registradas para os óbitos da coorte. Recife, 2013 a 2015.
Tabela 4
Frequência e taxa de prevalência (por 1.000 NV) de malformações congênitas para o Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos, pré e pós-linkage dos bancos de dados. Recife, 2013 a 2015.

Discussão

O linkage das bases de nascidos vivos e óbitos infantis permitiu a identificação de outros casos, além dos registrados no Sinasc e aumentou a taxa de prevalência em 20%. Tal fato evidencia que o estudo das malformações requer uma abordagem em múltiplas fontes.

O SIM é um sistema de informação que se mostrou indispensável para recuperar os dados sobre malformações nos nascidos vivos. Tal resultado pode ser explicado pelo fato de que as malformações microssômicas e anomalias cromossômicas não aparentes necessitam de diagnóstico com maior precisão em um longo espaço de tempo, resultando em diagnóstico tardio e é provável que sejam identificados, posteriormente, na DO.1616 População estimada: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de População e Indicadores Sociais, Estimativas da população residente com data de referência 1o de julho de 2016. Essas informações mostram a importância do uso simultâneo das duas bases de dados.

Nesse estudo a disponibilidade das informações no Sinasc pode ser considerada boa, pois a ausência de registro sobre as malformações congênitas foi de 0,1% (ignorados e em branco). Estudo que avaliou o Sinasc a nível nacional entre 2006-2010 mostrou que a ausência do preenchimento dessa variável foi de 1,5%.1717 Oliveira MM, Andrade SSC, Dimech GS, Oliveira JCG, Malta DC, Rabello Neto DL, Moura L. Avaliação do Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos. Brasil, 2006 a 2010. Epidemiol Serv Saúde. 2015; 24 (4): 629-40. O acesso a esses dados da DNV permite a caracterização da prevalência dos diferentes tipos de malformações congênitas. Os dados epidemiológicos provenientes do Sinasc contribuem para o planejamento e implementação de programas e políticas de saúde que atendam as necessidades dos nascidos vivos com malformações.1818 Fantin C, Santos ML, Carvalho LB, Gomes NM, Souza N, Sousa GB. Estudo das anomalias cromossômicas ocorridas em uma maternidade nos anos de 2010 a 2014. 2017; 22: 1-8.

Pesquisa que avaliou a sensibilidade e exatidão das malformações congênitas registradas na declaração de nascimento na Flórida-EUA revelou baixa sensibilidade (19,1%), com variação 55% para anencefalia e 10% para outros defeitos. Além disso, 54,9% dos diagnósticos eram falso-positivos.1919 Salemi JL, Tanner JP, Sampat DP, Rutkowski RE, Anjohrin SB, Marshall J, Kirby RS. Evaluation of the Sensitivity and Accuracy of Birth Defects Indicators on the 2003 Revision of the U.S. Birth Certificate: Has Data Quality Improved? Paediatr Perinat Epidemiol. 2017; 31 (1): 67-75. Um dos obstáculos apontados é o preenchimento das declarações por vários profissionais como médico, enfermeiro, parteira, autoridade civil, que resulta na variação das informações descritas.1616 População estimada: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de População e Indicadores Sociais, Estimativas da população residente com data de referência 1o de julho de 2016.,1919 Salemi JL, Tanner JP, Sampat DP, Rutkowski RE, Anjohrin SB, Marshall J, Kirby RS. Evaluation of the Sensitivity and Accuracy of Birth Defects Indicators on the 2003 Revision of the U.S. Birth Certificate: Has Data Quality Improved? Paediatr Perinat Epidemiol. 2017; 31 (1): 67-75.

Outros estudos também demonstraram a contribuição do linkage das bases de nascidos vivos e óbitos infantis para a especificação da prevalência das malformações. No México a taxa de prevalência da síndrome de down obtida pelo subsistema de informações sobre nascimento divergiu da apresentada pelo programa de vigilância dos defeitos congênitos, devido a dificuldade de diagnóstico clínico no período neonatal.1010 Organização Panamericana de Saúde. OPAS / OMS insta países das Américas a reforçar vigilância de microcefalia e outras anomalias congênitas [Internet]. OPAS. 2016 [citado em 2018 maio 2]. Disponível em: https://www.paho.org/bra/index.php?option=com_content &view=article&id=5012:opas-oms-insta-paises-das-amer-icas-a-reforcar-vigilancia-de-microcefalia-e-outras-anom-alias-congenitas&Itemid=812.
https://www.paho.org/bra/index.php?optio...

A utilização da declaração de óbito infantil, na vigilância de defeitos congênitos dos EUA, possibilitou a localização de casos que de outra forma, teriam sido perdidos, demonstrando a contribuição dessa fonte de informação para a prevalência.20 No município de São Paulo (SP), a aplicação da técnica de linkage, resultou em uma correção de 14,3% na taxa de prevalência dos defeitos congênitos e no presente estudo foi de 20%.2121 Geremias AL, Almeida MF, Flores LPO. Avaliação das declarações de nascido vivo como fonte de informação sobre defeitos congênitos. Rev Bras Epidemiol. 2009; 12 (1):60-8.

As taxas de prevalências encontradas são semelhantes às de outros estudos, como em São Paulo que foi de 17,9 por 1.000 NV 22 e no Rio Grande do Norte, entre os óbitos, foi 3,18 por 1.000 NV.232 Bronberg R, Schuler-Faccini L, Ramallo V, Alfaro E, Dipierri J. Spatial and temporal analysis of infant mortality from congenital malformations in Brazil (1996-2010). J Community Genet [Internet]. 2014 Jul 1; 5 (3): 269-82. Disponível em: http://link.springer.com/10.1007/s12687-013-0170-0.
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Em Joinville-SC, foi realizada uma análise dos fatores de risco para a mortalidade infantil, e verificou-se que a variável presença de anomalia congênita elevou a probabilidade de óbito.15 Na medida em que os indicadores de saúde melhoram com a redução da mortalidade infantil por causa evitáveis (doenças infecciosas, parasitárias, nutricionais e respiratórias), as malformações influenciam a TMI caracterizando-se como um problema de saúde pública. Elas necessitam de atenção especial a fim atuar na prevenção e redução de morbimortalidade.22 Bronberg R, Schuler-Faccini L, Ramallo V, Alfaro E, Dipierri J. Spatial and temporal analysis of infant mortality from congenital malformations in Brazil (1996-2010). J Community Genet [Internet]. 2014 Jul 1; 5 (3): 269-82. Disponível em: http://link.springer.com/10.1007/s12687-013-0170-0.
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,232 Bronberg R, Schuler-Faccini L, Ramallo V, Alfaro E, Dipierri J. Spatial and temporal analysis of infant mortality from congenital malformations in Brazil (1996-2010). J Community Genet [Internet]. 2014 Jul 1; 5 (3): 269-82. Disponível em: http://link.springer.com/10.1007/s12687-013-0170-0.
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Os resultados do estudo mostraram que as malformações do aparelho osteomuscular como a mais prevalente entre os nascidos vivos. Em outras pesquisas também foi observado o predomínio do acometimento do aparelho osteomuscular, tais como: nos municípios de Fortaleza-CE (30%), São Paulo-SP (29,93%) e São Luís-MA (48%).222 Bronberg R, Schuler-Faccini L, Ramallo V, Alfaro E, Dipierri J. Spatial and temporal analysis of infant mortality from congenital malformations in Brazil (1996-2010). J Community Genet [Internet]. 2014 Jul 1; 5 (3): 269-82. Disponível em: http://link.springer.com/10.1007/s12687-013-0170-0.
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,242 Bronberg R, Schuler-Faccini L, Ramallo V, Alfaro E, Dipierri J. Spatial and temporal analysis of infant mortality from congenital malformations in Brazil (1996-2010). J Community Genet [Internet]. 2014 Jul 1; 5 (3): 269-82. Disponível em: http://link.springer.com/10.1007/s12687-013-0170-0.
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,252 Bronberg R, Schuler-Faccini L, Ramallo V, Alfaro E, Dipierri J. Spatial and temporal analysis of infant mortality from congenital malformations in Brazil (1996-2010). J Community Genet [Internet]. 2014 Jul 1; 5 (3): 269-82. Disponível em: http://link.springer.com/10.1007/s12687-013-0170-0.
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A facilidade de diagnóstico das malformações osteomusculares, pode explicar esses resultados. Trata-se de malformações macrossômicas, visíveis e detectáveis ao exame físico, diagnosticadas precocemente no pós-natal imediato.2222 Willian Cosme H, Lima LS, Barbosa LG. Prevalence of congenital anomalies and their associated factors in newborns in the city of São Paulo from 2010 to 2014. Rev Paul Pediatr. 2017; 35 (1): 33-8.

Entre os óbitos, destacam-se as malformações do aparelho circulatório. Ressalta-se a recuperação dessas causas para o Sinasc após o linkage (increento de 169,0%). No Rio de Janeiro, observou-se uma subnotificação de cardiopatia congênita no Sinasc quando comparado ao SIM. Esse fato pode ter relação com a dificuldade de diagnóstico durante pré-natal ou logo após o nascimento, especialmente nos casos de cardiopatias de menor gravidade.2626 Catarino CF, Gomes MA de SM, Gomes SC dos S, Magluta C. Registros de cardiopatia congênita em crianças menores de um ano nos sistemas de informações sobre nascimento, internação e óbito do estado do Rio de Janeiro, 2006-2010. Epidemiol Serv Saúde. 2017; 26 (3): 535-43.

A partir da ligação entre o banco de óbitos e nascidos vivos obteve-se a recuperação de informações relacionadas às malformações congênitas, e podem ser usadas nos programas de vigilância dos defeitos congênitos que vários países já dispõem, mas ainda necessita ser implantada na rotina da vigilância do óbito infantil no Brasil, uma vez que as investigações das malformações congênitas são facultativas devido ao menor potencial de evitabilidade.

A Organização Mundial da Saúde estabeleceu ações básicas para a criação de programas nacionais para a vigilância, visando a prevenção e cuidados de malformações congênitas.3 Informações confiáveis e oportunas sobre as malformações podem contribuir para a identificação de teratógenos, estimativa de prevalência, perfil epidemiológico e encaminhamento oportuno a serviços de referência para melhorar a qualidade de vida dessas crianças.44 Toufaily MH, Westgate MN, Lin AE, Holmes LB. Causes of Congenital Malformations. Birth Defects Res. 2018; 110 (2):87-91.,2727 Anderka M, Mai CT, Romitti PA, Copeland G, Isenburg J, Feldkamp ML, Krikov S, Rickard R, Olney RS, Canfield MA, Stanton C, Mosley B, Kirby RS. Development and implementation of the first national data quality standards for population-based birth defects surveillance programs in the United States. BMC Public Health. 2015; 15 (1): 925.

Programas de vigilância das malformações congênitas estão implantados em diversos países.10,27,28 O México possui um programa de registro e vigilância epidemiológica das malformações congênitas (RYVEMCE) criado em 1978, que compreende 21 hospitais e 11 cidades, cobrindo aproximadamente 3,5% dos nascimentos.1010 Organização Panamericana de Saúde. OPAS / OMS insta países das Américas a reforçar vigilância de microcefalia e outras anomalias congênitas [Internet]. OPAS. 2016 [citado em 2018 maio 2]. Disponível em: https://www.paho.org/bra/index.php?option=com_content &view=article&id=5012:opas-oms-insta-paises-das-amer-icas-a-reforcar-vigilancia-de-microcefalia-e-outras-anom-alias-congenitas&Itemid=812.
https://www.paho.org/bra/index.php?optio...
Nos Estados Unidos, 43 estados possuem sistema de vigilância de base populacional para defeitos congênitos, abrangendo cerca de 80% dos nascidos vivos.2929 Mai CT, Kirby RS, Correa A, Rosenberg D, Petros M, Fagen MC. Public health practice of population-based birth defects surveillance programs in the United States. J Public Heal Manag Pract. 2016; 22 (3): E1-8.

Na América do Sul, em 1967, foi criado o Estudo Colaborativo Latino-Americano de Malformações Congênitas (ECLAMC) que atua como um programa de pesquisa das anomalias congênitas e também como sistema de vigilância epidemiológica. Atualmente a rede é composta por 35 hospitais do Chile, Argentina, Bolívia, Brasil, Peru, Venezuela e Colômbia.3030 Estudo Colaborativo Latino-Americano de Malformações Congênitas [Internet]. 2018 [citado em 2018 maio 2]. Disponível em: http://www.eclamc.org/port/index.php.
http://www.eclamc.org/port/index.php...
Na Europa há uma rede de registros populacionais para a vigilância epidemiológica de anomalias congênitas (EUROCAT) que foi criada em 1979 e cobre 29% da população europeia de nascidos vivos.2828 European Survillance of Congenital Anomalies. What Is EUROCAT? [Internet]. 2018 [citado em 2018 maio 3]. Disponível em: http://www.eurocat-network.eu/aboutus/whatiseurocat/whatiseurocat.
http://www.eurocat-network.eu/aboutus/wh...

O estudo apresenta limites decorrentes do uso de dados secundários do SIM e Sinasc sem consulta aos prontuários hospitalares, porém o linkage representou uma ferramenta importante no resgate de informações. O linkage aumentou a prevalência total de malformações na coorte estudada. Entre os nascidos vivos destacam-se as do aparelho osteomuscular, e nos óbitos houve um predomínio do aparelho circulatório.

A vinculação das bases de dados do SIM e do Sinasc possibilitou um monitoramento mais adequado das malformações congênitas. Desta forma, sugere-se o uso do linkage na rotina dos serviços de vigilância à saúde, pois permitirá a recuperação de informações nos sistemas de estatísticas vitais, facilitará estudos de planejamento, monitoramento da prevalência e sua magnitude na população de nascidos vivos

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Datas de Publicação

  • Publicação nesta coleção
    13 Jan 2020
  • Data do Fascículo
    Oct-Dec 2019

Histórico

  • Recebido
    28 Set 2018
  • Revisado
    26 Ago 2019
  • Aceito
    02 Set 2019
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