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O profissional da informação e a co-criação de valor em serviços informacionais: contribuições teóricas

RESUMO

Introdução:

A co-criação de valor é fator relevante para o desenvolvimento de melhores serviços informacionais prestados por bibliotecas. Estes serviços carecem de reavaliações de processos que envolvem seus diversos participantes. A co-criação de valor oferece oportunidades para uma melhor integração entre prestador e utilizador dos serviços informacionais. Neste aspecto, questiona-se o como entender o envolvimento dos participantes neste processo.

Objetivo:

Construir um quadro teórico de referência que permita a investigação acerca dos processos de co-criação de valor em serviços informacionais sob a perspectiva do provedor de serviços (profissionais da informação/biblioteca). Justifica-se pela carência e insipiência no entendimento de como ocorre a co-criação de valor em bibliotecas, principalmente sobre os aspectos da prestação de serviços informacionais.

Metodologia:

Trata-se de um ensaio teórico, de natureza conceitual e analítica.

Resultados:

Por meio de revisões de literatura nacional e internacional foi possível delimitar o cenário do estudo, que resultou em uma estrutura de conexões, que possibilitou a construção do quadro de referência.

Conclusão:

Conclui-se que o quadro de referência possa contribuir para o avanço teórico e desenvolvimento de estudos que permitam a investigação dos processos/elementos de co-criação de valor dos usuários, e quiçá a construção de modelos e a gestão destes elementos.

PALAVRAS-CHAVE
Co-criação de valor; Serviços informacionais; Profissionais da informação.

ABSTRACT

Introduction:

The co-creation of value is a relevant factor for the development of better informational services provided by libraries. These services require reassessments of processes that involve their various participants. The co-creation of value offers opportunities for better integration between provider and user of information services. In this aspect, the question is how to understand the participation of the participants in this process.

Objective:

The objective of this study is to build a theoretical framework that allows the investigation of the processes of co-creation of value in informational services from the perspective of the service provider (information professionals/library). It is justified by the lack and lack of understanding of how the co-creation of value in libraries occurs, mainly on the aspects of providing informational services.

Methodology:

It is a theoretical essay, of a conceptual and analytical nature.

Results:

As a result, through national and international literature reviews, it was possible to delimit the study scenario, which resulted in a structure of connections, which enabled the construction of the frame of reference.

Conclusion:

It is concluded that the frame of reference can contribute to the theoretical advance and development of studies that allow the investigation of the processes/elements of co-creation of value of the users, and perhaps the construction of models and the management of these elements.

KEYWORDS
Co-creation of value; Information services; Information professionals.

1 INTRODUÇÃO

O universo colaborativo, as novas dinâmicas tecnológicas, sociais e econômicas moldaram os usuários de informação. Simultaneidade, agilidade, disponibilidade, acessibilidade etc., são fatores relevantes para sua satisfação enquanto uso de serviços informacionais.

A teoria da co-criação de valor vem recebendo destaque enquanto instrumento para entender e melhorar este cenário, de forma a permitir por meio de seus processos, uma melhor interação, e promover a criação mútua de valor entre o prestador de serviços e seu usuário.

Em seu estudo sobre a aplicação de um modelo para investigar a efetividade das práticas de co-criação de valor em bibliotecas digitais, Golooba (2017)GOLOOBA, M. Factors affecting value co-creation effectiveness in digital Library service quality. 2017. Thesis (Doctor of Philosophy in information tecnology) - International Islamic University Malaysia, Kuala Lumpur, 2017. descreve que, precisamos entender os vários fatores que podem afetar a co-criação de valor em bibliotecas, mas que, infelizmente, ainda há uma escassez de pesquisas focando a noção de co-criação de valor.

Na literatura poucos são os estudos que concentram as investigações sobre os efeitos da co-criação de valor em bibliotecas. As pesquisas são fragmentadas e direcionadas para uma visão ampla dos processos de criação de valor, não considerando os elementos que podem promover a co-criação de valor sob o ponto de vista de ambos os participantes (biblioteca e usuários).

Diante desta lacuna, o problema de pesquisa que se pretende analisar, denota a relevância de compreender a participação do provedor de serviços (profissionais da informação/biblioteca) no processo de co-criação de valor em serviços informacionais. A questão de pesquisa visa analisar a participação do profissional da informação/biblioteca nos processos de co-criação de valor em serviços informacionais. Para tanto, o objetivo deste estudo é construir um quadro de referência acerca da co-criação de valor em serviços informacionais sob o aspecto do provedor de serviços.

Mediante as pesquisas que fundamentam este estudo, não foram localizadas evidências sobre como analisar os processos de co-criação de valor por parte do provedor de serviços, especificamente em serviços informacionais.

Zaninelli, Nogueira e Peres (2019)ZANINELLI, T. B.; NOGUEIRA, C. A.; PERES, A. L.M. Bibliotecas universitárias: uma perspectiva teórica sobre inovação em serviços informacionais. RDBCI: Rev. Digit. Bibliotec. Ciênc. Info., Campinas, SP, v. 17, n. 1, 2019. DOI 10.20396/rdbci.v17i0.8652821. Disponível em: https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/rdbci/article/view/8652821. Acesso em: 03 nov. 2022.
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acreditam que é necessário pensar as mudanças na prestação de serviços informacionais em relação à novas dinâmicas e a necessidade de avanços na literatura da área. As bibliotecas já perceberam a necessidade de se investir em serviços informacionais inovadores e dinâmicos. Seus profissionais devem estar aptos para atuarem de forma eficiente e eficaz, e melhor usufruir de suas competências no pensar uma biblioteca dinâmica, que atendam às necessidades de seus usuários no tocante a co-criação de valor.

Esta pesquisa visa observar apenas a participação do provedor de serviços enquanto participante do processo de co-criação de valor em serviços informacionais, de forma a entender como ele (o profissional da informação/biblioteca) pode contribuir com seus recursos. O quadro de referência é o instrumento que permitirá a investigação dos elementos/processos de co-criação pelo viés deste participante.

Este estudo se caracteriza como um ensaio teórico, de natureza conceitual e analítica. É qualitativo quanto sua abordagem. Segundo Richardson (2017)RICHARDSON, R. J. Pesquisa social: métodos e técnicas. São Paulo: Atlas, 2017. E-book., essa perspectiva permite que o pesquisador faça interpretações dos dados, o que inclui o desenvolvimento da descrição de um cenário, a análise de dados para identificar temas ou categorias e, por fim, interpretar ou tirar conclusões sobre seu significado teórico. Espera-se como resultado, fundamentação teórica para o desenvolvimento de pesquisas sobre a investigação da co-criação de valor em serviços informacionais.

2 PROFISSIONAIS DA INFORMAÇÃO, SERVIÇOS INFORMACIONAIS E CO-CRIAÇÃO DE VALOR

Um ponto relevante na prestação dos serviços de informação e a co-criação de valor refere-se ao profissional da informação. Este profissional é aquele que possui ocupação especializada em lidar com a informação.

Oliveira e Rodrigues (2020)OLIVEIRA, D. M.; RODRIGUES, L. S. Percepção sobre os Conhecimentos, Habilidades/Competências e Aptidões dos Profissionais da Informação: uma comparação de realidades. Páginas A&B: Arquivos e Bibliotecas, Porto, p. 89-104, 2020. descrevem uma problemática em conceituar o termo “profissionais da informação”, segundo os autores, em revisão de literatura internacional, não há consenso generalizado sobre sua definição. Isto é, o termo possui muitas definições, suas diferenças em termo deste profissional se relacionam sobretudo às distintas profissões que compõe o termo, como bibliotecários, gestores de conhecimento, diretores de informação, desenvolvedores da web e consultores de informação. Epistemologicamente, este estudo se debruça sobre o profissional bibliotecário.

No contexto das bibliotecas, ele está inserido nos aspectos gerenciais dos serviços (planejamento, organização, controle etc.), bem como, ligado diretamente na execução do serviço (atendimento, retaguarda, ensino etc.), e que de certa forma, participa diretamente dos processos de co-criação de valor.

Sob o ponto de vista da co-criação de valor em bibliotecas, o profissional da informação representa o provedor de serviços. Sendo assim, responsável pela prestação dos serviços informacionais e os aspectos relacionados a sua gestão.

Estudos retrataram a influência deste profissional para com a prestação dos serviços informacionais. Para Nascimento, Trompieri Filho e Barros (2005)NASCIMENTO, R. B. do; TROMPIERI FILHO, N.; BARROS, F. G. F. Avaliação da qualidade dos serviços prestados nas unidades de informação universitárias. Transinformação, Campinas, SP, v. 17, n. 3, p. 235-251, 2005., o profissional da informação deve saber gerenciar uma Unidade de Informação (UI), ter uma visão global da unidade, conhecer as ferramentas e conceitos que ajudam no desenvolvimento das atividades, de forma a poder garantir o melhor uso dos recursos envolvidos na organização.

Em seu estudo Pintro (2012PINTRO, S. Serviço de referência em bibliotecas universitárias: um estudo de competências e qualidade. 2012. Dissertação (Mestrado em Ciência da Informação) - Programa de Pós-Graduação em Ciência da Informação, Universidade Federal de Santa Catarina, 2012., p. 147), pesquisou sobre a questão da qualidade e competência dos profissionais da informação em bibliotecas universitárias. Para a autora, as competências deste profissional ganham destaque como instrumentos para a competitividade nas organizações, com viés para melhoria e manutenção da qualidade dos serviços. Os “bibliotecários são os principais atores na prestação de serviços de informação”, cuja atividades se voltam diretamente para o usuário.

A satisfação do usuário é um dos pontos chaves na prestação dos serviços informacionais, e o profissional da informação o instrumento para o sucesso. Oliveira e Rodrigues (2016)OLIVEIRA, E; RODRIGUES, E. Uma análise sobre a gestão e a aplicação de serviços de informação em bibliotecas escolares: um estudo nas escolas públicas de Farias Brito CE. Folha de Rosto, Juazeiro do Norte, CE, v. 2, n. 1, p. 5-14, 2016. afirmam que é essencial a presença de um profissional apto para trabalhar numa UI, pois de acordo com as condições exigidas, o bibliotecário é capaz de utilizar recursos e estratégias para garantir a satisfação quanto aos serviços prestados aos usuários.

Os serviços informacionais mudaram ao longo da história e o profissional também. SANTA ANNA (2015)SANTA ANNA, J. Trajetória histórica das bibliotecas e o desenvolvimento dos serviços bibliotecários: da guarda informacional ao acesso. RDBCI: Rev. Digit. Bibliotec. Ciênc. Info., Campinas, SP, v. 13, n. 1, p. 138-155, 2015. DOI: 10.20396/rdbci.v13i1.1585. Disponível em: https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/rdbci/article/view/1585. Acesso em: 03 nov. 2022.
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afirma que o profissional deve estar atento às mudanças. Para o autor, com efeito, também se aprende que o perfil do bibliotecário foi mutante ao longo do tempo, deixando-se, em linhas gerais, de ser um zelador da informação, para se metamorfosear em um disseminador da informação, mediando o acesso a diferentes públicos.

Neste contexto, Rozados (2006)ROZADOS, H. B. F. A informação científica e tecnológica e os serviços de informação. Informação & Sociedade: Estudos, João Pessoa, PB, v. 16, n. 1, p. 49-62, 2006. descreve que um serviço de informação precisa contar com pessoal especializado na busca da informação, com uma coleção de consulta útil, esteja ela nos limites físicos da organização a que ela está ligada ou disponível além destes limites, além de desenvolver iniciativas e procedimentos e políticas que considere necessários para facilitar ao usuário o acesso à informação.

2.1 Atributos e desafios dos profissionais da informação

Além do saber técnico especializado, outra atribuição ligada a este profissional é a competência para com o tipo de serviço. Rossi, Costa e Pinto (2014)ROSSI, T.; COSTA, M. D.; PINTO, A. L. Competências requeridas aos bibliotecários na prestação de serviços de informação em Bibliotecas Universitárias. Revista ACB: Biblioteconomia em Santa Catarina, Florianópolis, v. 19, n. 1, p. 111-123, 2014. afirmam que para que os bibliotecários possam prestar um serviço de informação adequado, atendendo aos objetivos institucionais e às expectativas de seus usuários, é preciso que eles tenham, ou que desenvolvam competências especificas para cada tipo de serviço prestado com intuito de atender o usuário de forma eficiente e eficaz.

O estudo de Oliveira e Rodrigues (2020)OLIVEIRA, D. M.; RODRIGUES, L. S. Percepção sobre os Conhecimentos, Habilidades/Competências e Aptidões dos Profissionais da Informação: uma comparação de realidades. Páginas A&B: Arquivos e Bibliotecas, Porto, p. 89-104, 2020. demonstrou os principais atributos de um profissional da informação. Para os autores, o Conhecimento, Habilidade, Competência e Aptidões (CHCA) são requisitos intrínsecos para exercer a profissão em um cenário de mudanças.

Muitos são os desafios a serem enfrentados neste contexto, os serviços agora são dinâmicos, requerem imediatismos, urgências, disponibilidades. O profissional da informação deve estar preparado para este universo complexo. Borges (2007)BORGES, M. E. N. O essencial para a gestão de serviços e produtos de informação. RDBCI: Rev. Digit. Bibliotec. Ciênc. Info., Campinas, SP, n. 2, v. 5, p. 115-128, 2007. DOI: 10.20396/rdbci.v5i1.2007. Disponível em: https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/rdbci/article/view/2007. Acesso em: 03 nov. 2022.
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descreve que diante de todas essas questões fica evidente que, para cumprir as suas funções, a gestão dos serviços e produtos de informação deve contar com pessoal especializado na busca da informação, com fontes relevantes e com políticas que facilitem, ao usuário, o acesso à informação. Dada a variedade das atividades voltadas para o trato da informação, é necessário que o profissional esteja preparado para enfrentar os desafios que se colocam a ele.

A criatividade, empreendedorismo, inovação pode ser a saída para melhor atender a estas demandas por melhores serviços. Para Victorino e Schiessl (2018)VICTORINO, M. de C.; SCHIESSL, M. O papel do profissional da Informação na automação de serviços de informação utilizando o método ágil Scrum. Informação & Tecnologia, João Pessoa, PB, v. 5, n. 2, p. 24-44, 2018., a automação das UIs se torna fundamental para atender a uma demanda crescente por serviços de informação automatizados. Ainda segundo os autores, nesse contexto, surge a indagação sobre a forma com que o chamado profissional da informação está se preparando para lidar com o atual cenário de extensa diversidade tecnológica. Além disso, cabe também o questionamento a respeito de quais seriam as características exigidas desses profissionais para suprir a nova demanda existente dos usuários de informação, sejam indivíduos ou organizações.

Victorino e Schiessl (2018)VICTORINO, M. de C.; SCHIESSL, M. O papel do profissional da Informação na automação de serviços de informação utilizando o método ágil Scrum. Informação & Tecnologia, João Pessoa, PB, v. 5, n. 2, p. 24-44, 2018., afirmam que os serviços de informação precisam usar maneiras criativas e inovadoras para atender às diversas necessidades de informação de seus usuários. Isto é particularmente importante com o ambiente de trabalho cada vez mais complexo e competitivo, sendo que as empresas precisam reagir imediatamente às mudanças que acontecem em seus ambientes externos. É, portanto, crucial ter acesso rápido às informações de alta qualidade, precisas, atualizadas e confiáveis para tomar decisões precisas e oportunas. Os profissionais da informação, além de fornecer tradicionais serviços de biblioteca, precisam usar métodos não tradicionais e inovadores para atender às necessidades por informações especializadas de seus usuários (PASSOS et al. 2016PASSOS, K. G. F. dos et al. Inovação em serviços de informação: uma análise bibliométrica da produção científica. Biblios, Brasília, DF, n. 63, p. 28-43, 2016.).

2.2 Os profissionais da informação: competências em informação e conhecimento

O contexto informacional trouxe grandes desafios para os profissionais da informação. Atrelado com o uso de novas tecnologias, bem como, o modo de consumo de informação por parte dos usuários, surge uma nova perspectiva na prestação dos serviços informacionais. Os usuários estão cada vez mais dinâmicos, urgentes e carentes de serviços individualizados.

Neste sentido, Venkatesh e Kalpavalli (2014)VENKATESH, N.; KALPAVALLI, S. Building knowledge management-based Systems: Initiatives at research centre imarat. DESIDOC Journal of Library and Information Technology, Delhi, v. 34, n. 4, p. 304-308, 2014. afirmam que todos os profissionais de biblioteca devem reformular e remodelar as ferramentas de gerenciamento de bibliotecas tradicionais e aplicar conceitos e práticas de Gestão do Conhecimento (GC) para a prestação de melhores serviços em bibliotecas.

A aprendizagem organizacional permite aos seus profissionais, aprender, conscientizar, e transferir o conhecimento para a instituição, contudo, quanto maior suas competências em conhecimento e informação, melhores são os resultados da GC.

Para Serrat (2010)SERRAT, O. Notions of Knowledge Management. In: ASIAN Development Bank. Knowledge solutions: tools, methods, and approaches to drive development forward and enhance its effects. Mandaluyong City, Philippines: Asian Development Bank, 2010., competência é o estado ou qualidade de adequadamente ou qualificadamente entregar uma tarefa específica, ação ou função com sucesso. Portanto, vincula-se o conceito a ideia de melhor atender as necessidades organizacionais. O autor afirma que a competência para conhecimento é uma gama específica de conhecimento e habilidades utilizados para melhorar o desempenho organizacional. A vantagem competitiva sustentável se dá por meio de grandes esforços para identificar, cultivar e explorar as competências essenciais de uma organização, os frutos tangíveis de que são pacotes compostos de produtos e serviços que antecipam e atendem as demandas do mercado.

Ainda segundo Serrat (2010SERRAT, O. Notions of Knowledge Management. In: ASIAN Development Bank. Knowledge solutions: tools, methods, and approaches to drive development forward and enhance its effects. Mandaluyong City, Philippines: Asian Development Bank, 2010., p. 296), a competência em conhecimento se faz antes, durante e após um evento. É preciso competências para haver “soluções de conhecimento”. Essas competências estão relacionadas em áreas como: desenvolvimento de estratégia, técnicas de gestão, mecanismos de colaboração, compartilhamento de conhecimento e aprendizagem, e captura e armazenamento de conhecimento.

Para Fidelis e Barbosa (2012)FIDELIS, J. R. F.; BARBOSA, R. R. A competência informacional e sua influência na percepção de variáveis organizacionais estratégicas em IES privadas. Perspectivas em Gestão & Conhecimento, João Pessoa, PB, n. 2, p. 27-39, 2012., a competência em informação é definida como um processo contínuo de internalização de fundamentos conceituais, atitudinais e de habilidades necessário à compreensão e interação permanente com o universo informacional. Já Zucari e Belluzzi (2016)ZUCCARI, P.; BELLUZZO, R. C. B. A competência em informação e o perfil empreendedor no âmbito das organizações. Perspectivas em Gestão & Conhecimento, João Pessoa, PB, v. 6, p. 61-71, 2016. ressaltam que para as pessoas manterem-se em constante aprendizagem elas precisam ser competentes em informação, o que significa saber reconhecer quando uma informação é necessária para a sua vida, para isso ela deve ser capaz de localizar, avaliar e usar efetivamente a informação, ou seja, saber como devem aprender.

Em seu olhar para competência informacional no contexto organizacional, Fidelis e Barbosa (2012)FIDELIS, J. R. F.; BARBOSA, R. R. A competência informacional e sua influência na percepção de variáveis organizacionais estratégicas em IES privadas. Perspectivas em Gestão & Conhecimento, João Pessoa, PB, n. 2, p. 27-39, 2012. afirmam que apesar de ser um fenômeno abstrato e intangível, a informação tornou-se um recurso primordial ao desenvolvimento de qualquer organização. Ter competência para lidar com este recurso e assim proporcionar um melhor desempenho organizacional é a habilidade que todo profissional tem que buscar nos dias de hoje. Entender os contextos de atuação e usar a informação para determinar o caminho a ser seguido são habilidades necessárias que definirão o sucesso ou não da organização.

Diante do exposto, observa-se uma sinergia entre as “competências” para o desenvolvimento organizacional, principalmente no que remete à aprendizagem.

Sob o ponto de vista da GC, Serrat (2010)SERRAT, O. Notions of Knowledge Management. In: ASIAN Development Bank. Knowledge solutions: tools, methods, and approaches to drive development forward and enhance its effects. Mandaluyong City, Philippines: Asian Development Bank, 2010. delimita as áreas de competência e suas respectivas soluções de conhecimento. Uma das áreas abordadas refere-se a “partilha de conhecimento”, “aprendizado” e, “estratégia para aprendizado organizacional”. Neste contexto, o autor traz questionamentos sobre o uso da informação na Gestão do Conhecimento, ao abordar sobre a problemática de sobrecarga de informação e a necessidade de demonstrar o conhecimento, bem como, a dinâmica de armazenamento de informações sobre conhecimento, habilidades, experiências e interesses de pessoas.

Sob o ponto de vista da Gestão da Informação (GI), Melo e Araújo (2007)MELO, A. V. C. de; ARAUJO, E. A. de. Competência informacional e gestão do conhecimento: uma relação necessária no contexto da sociedade da informação. Perspectivas em Ciência da Informação, Belo Horizonte, MG, v. 12, n. 2, p. 185-201, 2007. afirmam que o conceito de competência informacional está relacionado com as atitudes que facilitam criar e compartilhar conhecimento, ou seja, aprendizado. Considera competência informacional um subconjunto do aprendizado.

Considerando a relação competência informacional e competência em conhecimento, acredita-se que uma alicerça a outra, pois se inter-relacionam constantemente. As responsabilidades da GC estão embasadas em habilidades para lidar com informação, ou seja, competência informacional. (MELO; ARAÚJO, 2007MELO, A. V. C. de; ARAUJO, E. A. de. Competência informacional e gestão do conhecimento: uma relação necessária no contexto da sociedade da informação. Perspectivas em Ciência da Informação, Belo Horizonte, MG, v. 12, n. 2, p. 185-201, 2007.).

Portanto, para o entendimento dos processos de co-criação de valor em serviços informacionais, é preciso reconhecer este profissional em termos de habilidades, competências e desafios frente a prestação de serviços. Isso porque, para entender a co-criação de valor, precisa-se entender ambos os participantes deste processo, o usuário e o profissional da informação/biblioteca. O profissional representa o provedor de serviços. Contudo, pouco se sabe sobre sua participação e seus recursos quanto aos processos de co-criação de valor, bem como, a forma de investigação dos elementos de co-criação de valor sob o olhar deste participante.

3 FORMULAÇÃO DO QUADRO TEÓRICO E DE REFERÊNCIA

A estruturação do quadro de referência, contou com o mapeamento de forma estruturada do conhecimento teórico sobre a co-criação de valor em serviços informacionais. Efetuou-se, uma pesquisa bibliográfica entre os dias 09 e 10 de outubro de 2021. Criou-se o comando de busca (“co-creation of value” and “information servic*”) OR (“co-creation of value” and “librar*”), pesquisou-se em (títulos, palavras chaves e resumos), artigos posteriores a 2000, nas bases da Scopus; Web Of Science; Lisa.

Dessa investigação, 12 foram os artigos validados quanto a sua consistência e aderência a temática do estudo.

A figura 1 representa um compilado desses estudos, de forma a observar amplamente o cenário de estudo e o escopo desta pesquisa.

Figura 1
Cenário/escopo do estudo

Com base na literatura, a estrutura na figura 1, representa, uma visão ampla dos processos de co-criação de valor, isto é, a estrutura de encontro entre usuário e provedor proposta por Payne, Storbacka, Frow (2008)PAYNE, A. F.; STORBACKA, K.; FROW, P. Managing the co-creation of value. Journal of the Academy of Marketing Science, [S.l.], v. 36, n. 1, p. 83-96, 2008., bem como, os processos de encontro: Diálogo, Acesso, Risco e Transparência (DART), propostos por Prahalad e Ramaswamy (2004)PRAHALAD, C. K.; RAMASWAMY, V. Co-Creation Experiences: The Next Practice in Value Creation. Journal of Interactive Marketing, [S.l.], v. 18, n. 3, p. 5-14, 2004..

No contexto específico, estão relacionados aos recursos operantes dos participantes, e o meio ambiente onde ocorrem a co-criação de valor. Os recursos operantes de bibliotecas foram descritos por Baron e Warnaby (2010); Golooba (2017)GOLOOBA, M. Factors affecting value co-creation effectiveness in digital Library service quality. 2017. Thesis (Doctor of Philosophy in information tecnology) - International Islamic University Malaysia, Kuala Lumpur, 2017.; Islam, Argawal e Ikeda (2015)ISLAM, M. A.; AGARWAL, N. K.; IKEDA, M. Conceptualizing value co-creation for service innovation in academic libraries. Business Information Review, [S.l.], v. 32, n. 1, p. 45-52, 2015.; Koda (2014) e Siddike, Unemoto. Já os recursos referentes ao usuário, foram encontrados nos estudos de Baron e Warnaby (2010); Golooba (2017)GOLOOBA, M. Factors affecting value co-creation effectiveness in digital Library service quality. 2017. Thesis (Doctor of Philosophy in information tecnology) - International Islamic University Malaysia, Kuala Lumpur, 2017.; Koda (2014) e Siddike, Unemoto. Baron e Warnaby (2010) acreditam que o ambiente (político, econômico e tecnológico) é fator relevante ao analisar os processos de co-criação de valor.

Estruturado os recursos e os processos de encontro, buscou-se uma maneira para atendimento do objetivo proposto. A figura 2 demonstra uma estrutura que direciona a teoria ao encontro dos objetivos propostos por esta pesquisa, isto é, uma estratégia para a investigação e entendimento dos elementos de co-criação de valor por parte da biblioteca, isto é, os profissionais da informação que atendem os serviços informacionais.

Figura 2
Cruzamentos entre recursos e processos para co-criação de valor da biblioteca.

A figura 2 apresenta a estratégia de investigação quanto a identificação dos processos de co-criação de valor sob o ponto de vista da biblioteca.

Seguido o cenário do estudo, construída a estrutura teórica, e planejada a estratégia para obtenção de dados quanto aos objetivos propostos, formulou-se a partir dos cruzamentos demonstrados na figura acima, o quadro de referência tendo em vista esses aspectos já analisados e estruturados em relação à biblioteca.

O quadro de referência (quadro 1) comporta os estudos e delineamentos teóricos, a formulação da estrutura teórica e a estratégia para análise dos dados da biblioteca (seus profissionais) enquanto participante da co-criação de valor em serviços informacionais. Sua estrutura é dividida em quatro seções (diálogo, acesso, risco e transparência) que são os elementos DART. Em cada seção foram distintos os aspectos (tangíveis e intangíveis) da biblioteca, sendo que, em cada um deles, foram delimitados os recursos operantes condizentes com o aspecto.

Para cada recurso operante buscou-se descrevê-lo (o que?), o motivo pelo qual o recurso faz parte da pesquisa (por quê?), a justificativa da necessidade de ele ser relevante no contexto dos serviços informacionais (importância), a formulação da pergunta para entendimento e obtenção de dados quantos aos elementos/processos de co-criação de valor, por fim, a fundamentação teórica que sustenta a pergunta.

Quadro 1
Quadro de referência do provedor

Neste contexto, observou-se que o Diálogo é visto como essencial para entender as necessidades dos usuários, mas também, compreender como os profissionais da informação possam se aperfeiçoar para melhor atender o usuário. Ter diálogo é construir pontes de interação com o usuário, ao ponto que, a comunicação possa melhor ser compreendida e entendida por ambas as partes.

Já o Acesso possibilita que ambos usuário e biblioteca participem dos diferentes contextos em que se inserem os serviços informacionais, e que por intermédio da disponibilização de informações ou a participação ativa de ambos, possam melhorar os serviços. Esta disponibilização de informação é necessária para que ambos reconheçam o que é oferecido, as limitações, e proposições que a biblioteca oferece em termos de serviços informacionais.

Por meio da dimensão Risco é possível entender como eles podem ser prejudiciais no processo de co-criação de valor. Mas que, é necessária à sua avaliação para que a co-criação ocorra sem entraves ou prejuízos para ambas as partes. Entender os riscos é reconhecer a possibilidade de melhoria por parte do servidor de serviços em não permitir que se transforme em prejuízo ao usuário. O usuário por sua vez, também reconhece os riscos em participar do processo de co-criação de valor, o que melhora sua percepção e expectativas em relação a sua participação.

Pela Transparência, percebe-se que diversos são os meios para promovê-la. Observa-se que os profissionais da informação (provedor de serviços) devem ser claros e objetivos em oferecer informações relevantes para seus usuários, que por sua vez, usufruem de canais dinâmicos e transparentes quanto aos intentos da UI em melhor prestar os serviços e permitir que participem da co-criação de valor.

4 CONCLUSÃO

Este estudo, buscou construir um quadro de referência acerca da co-criação de valor em serviços informacionais sob o aspecto do provedor de serviços. Por meio de revisões de literatura nacional e internacional foi possível delimitar o cenário do estudo, que resultou em uma estrutura de conexões, que permitiu a construção do quadro de referência.

As lacunas observadas na literatura consideram que os serviços informacionais podem ser mais bem direcionados em contextos complexos, se adotarmos novos modelos de prestação de serviços, e focarmos em dinâmicas que desafiam o status quo e que permeiam os avanços tecnológicos, sociais e políticos, incluindo cada vez mais a interação entre o prestador de serviços (profissionais da informação/biblioteca) e o usuário no pensar os serviços informacionais.

Sob o ponto de vista teórico, esta pesquisa fornece uma estrutura conceitual para a co-criação de valor em serviços informacionais, sendo possível observar que a co-criação de valor é fator relevante para as bibliotecas que precisam se adaptar à realidade de seus usuários. Os profissionais da informação precisam observar a co-criação de valor como uma ação relevante para aumentar a perspectiva de valor entre os co-participantes do processo, e assim melhor prestar seus serviços, condizentes com as reais necessidades e expectativas dos usuários.

Acredita-se que o quadro de referência possa ser elemento norteador para a descoberta dos processos de co-criação de valor em bibliotecas, e principalmente conforme os aspectos da prestação de serviços informacionais sob a ótica do provedor de serviços. As questões propostas neste estudo observaram os recursos operantes da biblioteca (ambiente, coleção, habilidade, empatia e disposição), em contraponto, os processos de encontro DART, de forma a possibilitar a extração dos elementos/processos de co-criação de valor.

A análise destes elementos relacionados ao provedor de serviços, juntamente com a perspectiva do usuário, deve resultar em um melhor serviço, adequando as necessidades dos usuários, contudo, ambos precisam reconhecer e propor valor. A co-criação de valor permite não somente observar o valor proposto pela biblioteca, mas também, aquele proposto pelo usuário. Considerar o valor por ambas as partes, é ter em sua plenitude, os processos que direcionarão um melhor serviço prestado e utilizado.

Os estudos sobre a co-criação de valor em bibliotecas denotam avanços para Biblioteconomia e Ciência da Informação, ao ponto que a literatura é insipiente nesta temática, ainda mais em pensar seus serviços informacionais. A co-criação de valor sobre o ponto de vista do provedor de serviços (profissionais da informação/biblioteca) vem sendo estudada, contudo, de forma genérica em seus modelos e não direcionais em seus intentos e, principalmente, não apresentam insumos para a descoberta dos elementos de co-criação de valor.

O quadro de referência é instrumento para identificação destes elementos e quiçá, o delineamento de uma estrutura (modelo) capaz de comportar a gestão dos processos de co-criação de valor, por ambos os intervenientes.

Como pesquisas futuras, sugere-se a investigação por parte do outro participante da co-criação de valor, o usuário, bem como, a aplicação empírica quanto a análise dos elementos de co-criação de valor, e a estruturação de um modelo para gestão destes processos.

  • Financiamento: Não aplicável.
  • Disponibilidade de dados e material:

    Não é aplicável.

REFERÊNCIAS

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Datas de Publicação

  • Publicação nesta coleção
    23 Jan 2023
  • Data do Fascículo
    2022

Histórico

  • Recebido
    25 Ago 2022
  • Aceito
    03 Nov 2022
  • Publicado
    12 Nov 2022
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