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Histórias invisíveis do Teatro da Paz: da construção à primeira reforma.Belém do Grão-Pará (1869-1890)

Histórias invisíveis do Teatro da Paz: da construção à primeira reforma. Belém do Grão-Pará (1869-1890)

Roseane Silveira de Souza

Dissertação de Mestrado, Programa de Estudos Pós-Graduados em História / Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, São Paulo (SP) 2009, E-mail: silveirissima@gmail.com

A dissertação tem por objetivo principal renovar o sentido da história dos primeiros tempos do Teatro da Paz no tecido urbano de Belém, desvelando e relendo fontes escritas e imagéticas. Seguindo a proposição do historiador Antonio Mitre, renovar o sentido reescrevendo a história já conhecida a partir de uma reinterpretação dos conceitos subjacentes às fontes. As histórias invisíveis do Teatro da Paz incidem sobre aspectos de sua construção (1869-1874), os nove primeiros anos de funcionamento e apropriações públicas (1878-1887), e sua primeira reforma (1887-1890), que, segundo a hipótese que norteia o trabalho, foram sombreados como efeito de uma outra reforma, realizada entre 1904 e 1905, que transformou interna e externamente a edificação, sendo esta a sua imagem consolidada. Esta reforma, empreendida sob uma perspectiva positivista republicana e de importação de valores culturais europeus, teve como motivação política promover o esquecimento do passado vinculado à Monarquia, considerada sinônimo de atraso cultural. A pesquisa se insere no campo da História Social pelo viés da História Cultural, sob a perspectiva do estudo das representações. Por isso mesmo, tem vínculos com os estudos de história urbana e, por extensão, de cultura material. São abordados, entre outros, os conceitos de monumento, patrimônio histórico, obras públicas, público e imagem. Foram utilizados como fontes documentos da Administração do Teatro da Paz entre 1882 e 1899; relatórios de governo, falas e discursos de presidentes da província e governadores do estado; jornais dos séculos XIX e XX; impressos institucionais; a planta da cidade de Belém de 1771 e as pinturas artísticas da sala de espetáculos do teatro, de autoria de Domenico de Angelis e Chrispim do Amaral. Finalmente, a pesquisa apresenta outras perspectivas aos estudos sobre o Grão-Pará e sobre um dos principais monumentos erguidos no século XIX, durante a chamada Era da Borracha.

Datas de Publicação

  • Publicação nesta coleção
    31 Ago 2010
  • Data do Fascículo
    Dez 2009
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