Acessibilidade / Reportar erro

O CORPO COMO TEMA DA PRODUÇÃO DO CONHECIMENTO: UMA ANÁLISE BIBLIOMÉTRICA EM CINCO PERIÓDICOS DA EDUCAÇÃO FÍSICA BRASILEIRA

THE BODY AS SUBJECT FOR KNOWLEDGE PRODUCTION: A BIBLIOMETRIC ANALYSIS OF FIVE PHYSICAL EDUCATION JOURNALS

EL CUERPO COMO TEMA DE LA PRODUCCIÓN DEL CONOCIMIENTO: UN ANÁLISIS BIBLIOMÉTRICA EN CINCO REVISTAS DE LA EDUCACIÓN FÍSICA BRASILEÑA

Resumo

Este artigo está inserido no contexto de uma pesquisa cujo objetivo foi oferecer um “estado da arte” da produção do conhecimento sobre o corpo veiculada em cinco periódicos da Educação Física brasileira (Revista Brasileira de Ciência e Movimento, Motus Corporis, Pensar a Prática, Motrivivência e Revista da Educação Física). Em termos metodológicos, realiza uma análise bibliométrica dos artigos sobre o corpo circunscritos à área sociocultural e pedagógica, ocasião para disponibilizar quadros percentuais diversos que possibilitaram retratar a distribuição decenal, por revista, dos artigos sobre a temática, a tipologia dos artigos, a identificação da autoria, a titulação, a filiação institucional e regional. As análises se concentraram em uma interpretação do conjunto de dados a partir do diálogo com outros estudos de semelhante propósito.

Palavras-chave
Corpo humano; Educação Física; Publicações periódicas; Bibliometria

Abstract

This paper is part of a larger research project aimed at describing the current state of production of knowledge on the body on five Brazilian Physical Education journals (Revista Brasileira de Ciência e Movimento, Motus Corporis, Pensar a Prática, Motrivivência and Revista da Educação Física). In methodological terms, the study is based on a bibliometric analysis of articles addressing the body circumscribed to the sociocultural and pedagogical field. This article presents several percentage tables describing the decennial distribution, in the journals, of articles on the subject, their typology, as well as authors’ identification, credentials, and institutional and regional affiliation. The analysis focuses on providing an interpretation of these data based on a dialogue with other studies with a similar purpose.

Keywords
Human body; Physical Education; Journals; Bibliometrics

Resumen

Este artículo está inserido en el contexto de una investigación cuyo objetivo fue ofrecer un “estado del arte” de la producción de conocimiento sobre el cuerpo divulgado en cinco revistas de Educación Física brasilera (Revista Brasileira de Ciência e Movimento, Motus Corporis, Pensar a Prática, Motrivivência and Revista da Educação Física). En términos metodológicos, realizó un análisis bibliométrica de los artículos sobre el cuerpo asociados al área sociocultural y pedagógica, ocasión para presentar cuadros porcentuales diversos que posibilitaron retratar la distribución por décadas, por revista, de los artículos sobre la temática, la tipología de los textos, la identificación de autoría, la titulación, la filiación institucional y regional. Las análisis se basaron en ofrecer una interpretación de aquel conjunto de datos a partir del diálogo con otros estudios semejantes.

Palabras clave
Cuerpo humano; Educación Física; Publicaciones periódicas; Bibliometría

1 INTRODUÇÃO

A prática de mapear e avaliar a produção do conhecimento em determinada área é uma característica de campos acadêmicos em consolidação ou já consolidados e se apresenta como uma necessidade, considerando que a produção científica se encontra em constante reformulação e evolução. O objetivo específico perseguido em estudos deste tipo é, normalmente, identificar possíveis tendências das investigações em termos de temáticas e dos aportes teórico-metodológicos utilizados.

Mais recentemente, iniciativas no sentido de analisar a produção do conhecimento na área da Educação Física foram levadas a efeito. Nossa pesquisa situa-se, então, no bojo desse esforço do campo em pensar sua própria produção. Com ela, avaliamos, em termos quantitativos e qualitativos, a produção do conhecimento sobre o corpo veiculada em revistas da área. Para sermos mais precisos, observamos a produção científica sobre o corpo situada no âmbito daquilo que Carvalho e Manoel (2011CARVALHO, Yara; MANOEL, Edison de Jesus. Pós-graduação na educação física brasileira: a atração (fatal) para a biodinâmica. Educação e Pesquisa, v. 37, n. 2, p. 389-406, maio/ago. 2011.) chamaram de subárea sociocultural e pedagógica.

Nesse âmbito, identificamos textos que se propuseram a refletir diretamente sobre a temática assim considerada. A partir desse entendimento, utilizamos os seguintes descritores no sistema de busca dos próprios periódicos para compor nossa amostra: corpo, corporeidade, corporalidade e corporal.

Identificados os textos, realizamos um mapeamento por meio de leitura dos títulos e resumos. Após esse movimento, procedemos a uma leitura do artigo completo, para confirmar o interesse ou descarte. Com essa estratégia, encontramos 131 textos que compõem nossa fonte documental.

Realizamos, então, uma investigação a partir dos textos completos de cinco revistas da Educação Física brasileira:1 1 Vale destacar que essa é uma pesquisa envolvendo três grupos de pesquisa em instituições distintas (LESEF/UFES, Corpo e Política/UFS e Núcleo de Pesquisas Educação e Sociedade Contemporânea/UFSC). Além desses cinco periódicos apresentados neste texto, outras três revistas foram objeto de análise do grupo parceiro desta investigação (Corpo e Política/UFS). São elas: Revista Brasileira de Ciências do Esporte, Revista Brasileira de Educação Física e Esporte e Motriz. A revista Movimento ficou sob o encargo do grupo NPESC/UFSC. Essas quatro revistas não serão objeto de análise deste artigo. Revista da Educação Física (1989-2012),2 2 Hoje conhecida como Journal of Physical Education. Pensar a Prática (1998-2012), Motrivivência (1988-2012), Revista Brasileira de Ciência e Movimento (1987-2012) e Motus Corporis (1993-2003). O recorte temporal adotado iniciou-se em 1987, ano da primeira edição da Revista Brasileira de Ciência e Movimento (RBCM) (a que possui o maior ciclo de vida considerando esses cinco periódicos), e vai até as edições publicadas em 2012. São, portanto, 26 anos em revisão e análise. Estabelecemos o ano de 2012 como limite do recorte temporal, pois a investigação teve início no primeiro semestre de 2013.

Quanto à escolha dessas revistas como fonte, são quatro as razões dessa decisão: a) elas expressam as mudanças que o campo da Educação Física experimentou no período adotado para o estudo, sendo, inclusive, artefatos culturais importantes nas transformações que nele ocorreram;

b) temos acesso a todos os números publicados das revistas, seja em sua plataforma digital, seja em CD-ROM, seja por meio das edições em papel;3 3 Dessas revistas, Motus Corporis é a única que não possui uma plataforma digital, o que exigiu que olhássemos sumário por sumário de cada edição.

c) o ciclo de vida longevo;

d) todas elas publicam, embora não exclusivamente, artigos da subárea sociocultural/pedagógica.

Durante a pesquisa, privilegiamos, por um lado, a análise de caráter qualitativo a respeito do tema corpo, ocasião para realizar um estudo sobre seu conteúdo (BARDIN, 1977BARDIN, Laurence. Análise de conteúdo. Lisboa: Edições 70, 1977.) a partir dos textos completos, destacando, nesse sentido, a categorização como importante etapa dessa metodologia de análise. Por outro lado, também oferecemos uma análise que considerou dados bibliométricos dessa produção. Nesse contexto, os indicadores bibliométricos são um importante instrumento na investigação da produção científica, pois “[...] são úteis para avaliar a pesquisa acadêmica, servem para orientar rumos e estratégias de financiamento de pesquisas, além de apontar o alcance analítico para o estudo de um campo científico” (SACARDO; SILVA; SOUZA, 2013SACARDO, Michele Silva; SILVA, Janaína Walquíria Brito; SOUZA, Laylianne Torres Fernandes. Corpo e educação física: indicadores de produção científica. Filosofia e Educação, v. 5, n. 2, p. 241-263. out. 2013. , p. 242).

Neste artigo, discutimos especificamente tais dados bibliométricos. Iniciamos, todavia, com uma sucinta apresentação das revistas para, depois, descrever as informações bibliométricas reunidas, ocasião para disponibilizar quadros percentuais diversos que possibilitaram retratar a distribuição decenal, por revista, dos artigos sobre a temática, a tipologia dos artigos, a identificação da autoria, a titulação, a filiação institucional e regional. No momento seguinte, antes das considerações finais, oferecemos uma análise desse conjunto de dados a partir do diálogo com outros estudos de semelhante propósito.

2 A PRODUÇÃO DO CONHECIMENTO SOBRE O CORPO: UMA ANÁLISE BIBLIOMÉTRICA NOS CINCO PERIÓDICOS

Tabela 1
Relaçãoentre a produção geral das revistas e os artigos sobre a temática corpo.

As revistas que apresentaram maior destaque para a produção sobre o corpo na perspectiva sociocultural e pedagógica foram Pensar a Prática e Motrivivência. Na primeira foram localizados 34 artigos, o que corresponde a um porcentual de 8,9% da produção total da revista no período estudado (383 artigos). Na segunda identificamos 48 textos, o que representa 8,1% da produção total da revista no período estudado (590 artigos).

As revistas Motus Corporis e Revista da Educação Física/UEM apresentaram percentuais próximos entre elas; no entanto, abaixo dos valores identificados nos periódicos anteriores. Na Motus Corporis, conforme mencionado, ao todo foram selecionados 14 artigos. Dessa forma, se considerarmos a produção total da revista, conforme apresenta a Tabela 1, o número de artigos encontrados equivale a 5,7% da produção total. Na Revista da Educação Física/UEM, 27 artigos eram referentes ao corpo na perspectiva aqui assumida. Considerando a produção total da revista, o número de artigos encontrados equivale a apenas 4,4%.

A RBCM foi a revista que apresentou a produção mais baixa referente à temática, com oito textos analisados. Ao levarmos em consideração a produção total da revista, que é de 853 artigos, isso equivale a 0,9 %, o que aponta a pouca ênfase dada à temática em análise.

Tabela 2
Relaçãoda produção de artigos totais das revistas com a produção sobre o corpo, considerando as décadas de 1980, 1990, 2000 e 2010.

Como podemos observar na Tabela 2, não foi identificado qualquer texto abordando a temática na análise desenvolvida na década de 1980. Parte disso deve-se ao fato de que apenas duas revistas haviam iniciado suas atividades e uma delas deu início às suas publicações no último ano desta década. A produção da área da Educação Física, dentro do nosso escopo de análise, ainda não visibilizava a temática sob a perspectiva sociocultural e pedagógica, o que aponta que as discussões sobre o corpo nesse campo ainda eram embrionárias (nos periódicos que estudamos).4 4 Dizer que eram embrionárias não significa afirmar sua inexistência no campo, pois esse debate já acontecia desde pelo menos o início dos anos 1980, veiculado em livros e mesmo em outras revistas.

Na década de 1990 merece destaque a produção sobre o corpo da Revista da Educação Física/UEM. O percentual de artigos sobre a temática (14,4% em relação ao total de artigos publicados na década pela revista) é bem superior ao identificado nas outras revistas, as quais apresentaram valores com, no máximo, 5% (valor encontrado na Motrivivência, que tem uma dezena de artigos publicados sobre a corpo nessa década). Vale frisar, também, que a Pensar a Prática havia começado seus trabalhos em 1998.

Podemos perceber com a Tabela 2 que houve uma reviravolta nas publicações sobre a temática na década de 2000. Três revistas apresentaram valores acima dos 10% de sua publicação voltada ao corpo: Motus Corporis (15,6%), Pensar a Prática (12,7%) e Motrivivência (11,9%). Inversamente, a Revista da Educação Física/UEM, que se destacava na década anterior, caiu drasticamente sua produção sobre a temática, com 2,5%. Os percentuais apresentados por essa revista só foram superiores aos da RBCM, que manteve praticamente os mesmos índices da década anterior (1% na década de 2000 e 0,9% na década de 1990).

A década de 2010 (relembremos, todavia, que nossa pesquisa restringiu suas buscas até o final do ano de 2012) apresenta elementos para vislumbrarmos que existe um declínio, em termos quantitativos, na produção de artigos sobre o corpo. Por outro lado, podemos inferir que, das quatro revistas em atividade, dentre as que foram analisadas, duas parecem se confirmar como espaços de visibilidade sobre a temática: Motrivivência e Pensar a Prática.

Tabela 3
Total de artigos sobre a temática corpo por tipologia

No que se refere à tipologia, a Tabela 3 mostra que a maior parte da produção sobre o corpo na perspectiva sociocultural e pedagógica foi caracterizada como “Artigos Originais”. Quatro das revistas investigadas apresentaram percentuais acima dos 70% nesse tipo de produção: Motus Corporis (85,7%), Motrivivência (75%), Revista da Educação Física (74,1%) e Pensar a Prática (70,6%).

Na Motus Corporis somente dois textos não corresponderam a “Artigos Originais” (85,7%), caracterizados como “Ensaio” (14,3%). Na Motrivivência 36 são “Artigos Originais”, um foi publicado na seção “Experimentando”, enquanto outros 11 foram divulgados na seção “Porta Aberta”, que publica “[…] artigos de revisão, ensaios, resenhas, entrevistas, resumos expandidos de teses/dissertações, divulgação de grupos de estudos, relatos de experiências institucionais ou em movimentos sociais, programas de formação continuada”6 6 Informação retirada da plataforma da revista. .

Na Revista da Educação Física/UEM, além dos 20 textos que são classificados como “Artigos Originais” (74,1%), temos dois textos identificados como “Sumário” (7,4%) e cinco caracterizados como “Artigos de Revisão” (18,5%). Na Pensar a Prática encontramos 24 como “Artigos Originais”, outros seis artigos como “Ensaios”, dois estão caracterizados em “Seção Livre” e outros dois em “Artigos de Revisão”.

A RBCM foi a única revista que destoou nesse indicador bibliométrico. De acordo com a Tabela 3, dos oito artigos encontrados na RBCM, quatro são “Artigos Originais” (50%). O restante está categorizado entre “Artigos de Revisão (12,5%) e “Artigos de ponto de vista” (37,5%).

Tabela 4
Númerode artigos produzidos em relação à quantidade de autores por artigo

A Tabela 4 informa que, nas produções sobre o tema em questão, a autoria dos textos tem sido realizada, em sua maioria, individualmente ou em duplas. Em três revistas existe um predomínio da autoria individual (Motrivivência, Motus Corporis e Revista da Educação Física/UEM) e nas outras duas revistas (Pensar a Prática e RBCM) há um número equivalente de autorias individuais e com dois autores.

Na Motrivivência temos 66,7% dos textos com autoria individual e 20,8% com dois autores (dez). Ao todo foram encontrados 72 autores responsáveis pelos artigos, dos quais 37 são homens e 35 são mulheres. Na Motus Corporis identificamos 64,3% dos textos com um autor, 14,3% com dois autores e 21,4% com três autores (foi a única revista com percentual acima dos 20% com autoria tripla). No total foram 22 autores (dez são homens e 12 são mulheres). Em relação à Revista da Educação Física/UEM, 59,3% corresponderam a autoria com um único autor e 33,3% com dois autores. Do total de autorias (42), visualizamos que 25 são homens e 17 são mulheres.

Na Pensar a Prática identificamos que 41,2% dos textos são produções individuais e 41,2% em duplas. Ao todo foram encontrados 61 autores responsáveis pelos artigos, dentre os quais 23 são homens e 38 são mulheres. Vale ressaltar que foi a única revista, dentre as analisadas, que apresentou dados desproporcionais em relação ao sexo dos autores.

Na RBCM observamos que 75% das autorias são individuais ou em duplas (37,5% para cada tipo). Todavia, essa foi a única revista que apresentou percentuais superiores a 10% em relação aos textos com cinco e seis autores, formando 25% dos textos sobre a temática com autorias com esses números de participantes. Discriminamos 20 autores, 11 homens e nove mulheres.

Tabela 5
Titulaçãodos autores

Como podemos observar na Tabela 5, em todas as revistas houve dificuldade na análise da titulação dos autores em função de que tais informações não constavam em vários textos que compuseram nossa pesquisa. O caso mais impactante é o da RBCM que, em 95% dos autores, não havia dados relativos à titulação. As revistas Motus Corporis e Pensar a Prática também apresentaram valores muito altos nesse quesito, respectivamente, com 54,5% e 45,9%. Na Revista da Educação Física/UEM (26,2%) e na Motrivivência (25%) identificamos que em um quarto ou mais das autorias não constava a titulação, o que também relativiza nossas análises.

Merece destaque (mesmo reconhecendo a precariedade dos dados, como salientado no parágrafo anterior) o número considerável de autores que ainda não possuíam o título de mestre. Além disso, somente a Motus Corporis, com 22,7%, apresentou valores acima dos 20% em relação aos autores com titulação de doutorado. Inversamente, essa mesma revista registrou o índice mais elevado de graduandos como autores (13,6%). Com exceção dessa revista, todas as outras apresentaram um percentual inferior de autores doutores em relação às outras titulações.

Tabela 6
Distribuiçãode autores por região da instituição de vínculo

A Tabela 6 aponta para uma concentração das produções sobre o corpo nas Regiões Sul e Sudeste. Podemos observar que duas revistas apresentam a maior parte das publicações na Região Sul (Motrivivência com 59,7% e Pensar a Prática com 37,7%) e outras duas na Região Sudeste (RBCM com 63,2% e Motus Corporis com 54,5%). A Revista da Educação Física/UEM tem números muito próximos entre essas duas regiões (43,2% na Região Sul e 40,9% na Região Sudeste). Vale destacar quatro aspectos: 1) a revista que possui uma distribuição mais equilibrada entre as regiões é a Pensar a Prática; 2) a Região Norte não apresentou nenhum vínculo institucional nas publicações do período estudado, o que demonstra a precariedade do desenvolvimento do sistema de pós-graduação nessa área; 3) o vínculo institucional das revistas contribui para a disseminação da produção do conhecimento dos autores da região em que está inserida (por exemplo, a Pensar a Prática, que está vinculada à Região Centro-Oeste. Comparada com as outras revistas, é a que possui, disparadamente, o maior percentual de vínculo institucional nessa região do País;7 7 Se levarmos em consideração os dados do vínculo institucional, veremos que esse aspecto também contribui para a disseminação dos autores da própria instituição em que as revistas estão situadas. Exemplos dessa afirmação são a Revista da Educação Física/UEM (em que a UEM apresenta a maior ocorrência de vínculo entre todas as instituições citadas), Pensar a Prática (em que a UFG é a segunda instituição com maior ocorrência de vínculo entre todas as instituições citadas. Além disso, não verificamos incidência da UFG em outras revistas) e Motrivivência (em que a UFSC apresenta a maior ocorrência de vínculo entre todas as instituições citadas. Ademais, é a única revista em que aparecem ocorrências de vínculo com a UFS - instituição em que a revista foi criada). Vale destacar, ainda, que a UFSC foi a instituição que mais teve incidências de vínculos nas fontes pesquisadas. 4) a inserção internacional ainda é incipiente na produção acadêmica sobre a temática no Brasil.

No tópico a seguir, faremos o exercício de analisar os indicadores bibliométricos reunidos à luz do que o campo da Educação Física já acumulou sobre o tema.

3 ANÁLISE BIBLIOMÉTRICA DAS PUBLICAÇÕES SOBRE O CORPO: UMA SÍNTESE

Quando consideramos a produção total de artigos publicados nos cinco periódicos analisados (2690), concluímos que a porcentagem dedicada ao corpo corresponde a 4,87% daquele total, ou seja, 131 artigos. Esse valor, relativamente pequeno, vai ao encontro do que Sacardo, Silva e Souza (2013SACARDO, Michele Silva; SILVA, Janaína Walquíria Brito; SOUZA, Laylianne Torres Fernandes. Corpo e educação física: indicadores de produção científica. Filosofia e Educação, v. 5, n. 2, p. 241-263. out. 2013. ) encontraram ao realizarem esse mesmo tipo de pesquisa com Revista Brasileira de Ciências do Esporte e Movimento (com um recorte temporal de 1990 a 2010), o que reforça um determinado panorama referente à produção da temática e, ao mesmo tempo, indica a necessidade de os pesquisadores do campo desenvolverem mais estudos nessa direção.

Em relação à titulação dos autores, um aspecto a destacar é a falta de padronização quanto ao grau de formação dos signatários.8 8 Essa situação também foi identificada por Wenetz, Werle e Araújo (2014) em seu estudo. Em todos os periódicos, identificamos que alguns textos possuíam tal informação e outros não. Essa lacuna na padronização pode significar, possivelmente, problemas na editoração da revista ou até mesmo divergências/falta de critério nos parâmetros que regularizam a publicação. É tarefa da editoria de cada periódico cuidar para que os autores cumpram, rigorosamente, o que solicitam as “instruções aos autores” ou “normas de publicação”. Sabemos, contudo, que os editores enfrentam problemas de todas as ordens em relação à observância dessas regras (DIAS; SILVA, 2014DIAS, Cleber; SILVA, Ana Márcia. Editoração científica e os descaminhos das políticas: experiências da Revista Pensar a Prática. Revista Brasileira de Ciências do Esporte, v. 36, n. 4, p. 802-808, dez. 2014.; JOB; MATTOS; TRINDADE, 2009JOB, Ivone; MATTOS, Ana Maria; TRINDADE, Alexandre. Processo de revisão pelos pares: por que são rejeitados os manuscritos submetidos a um periódico científico? Movimento, v. 15, n. 3, p. 35-55, jul./set. 2009.; VAZ; ALMEIDA; BASSANI, 2014VAZ, Alexandre Fernandez; ALMEIDA, Felipe Quintão; BASSANI, Jaison José. Revista Brasileira de Ciências do Esporte : dificuldades, desafios e dilemas da editoração científica. Revista Brasileira de Ciências do Esporte , v. 36, n. 4, p. 752-758, dez. 2014.; VIEIRA et al., 2014VIEIRA, José Luiz Lopes et al. Dossiê REVISTA DA EDUCAÇÃO FÍSICA /UEM: contextualização histórica, desenvolvimento e perspectivas. Revista Brasileira de Ciências do Esporte , v. 36, n. 4, p. 765-772, dez. 2014.). Uma possível saída para resolver questões desse tipo na editoração é a profissionalização da revista e sua equipe, embora Job, Mattos e Trindade (2009JOB, Ivone; MATTOS, Ana Maria; TRINDADE, Alexandre. Processo de revisão pelos pares: por que são rejeitados os manuscritos submetidos a um periódico científico? Movimento, v. 15, n. 3, p. 35-55, jul./set. 2009.) apontem que os editores e suas equipes não são os únicos responsáveis, já que os dilemas e as dificuldades da editoração de periódicos são expressão da fragilidade do próprio campo científico.

Essa é uma tendência (a profissionalização) já verificada nos últimos anos; não surpreende, conforme destacaram Vaz, Almeida e Bassani (2014VAZ, Alexandre Fernandez; ALMEIDA, Felipe Quintão; BASSANI, Jaison José. Revista Brasileira de Ciências do Esporte : dificuldades, desafios e dilemas da editoração científica. Revista Brasileira de Ciências do Esporte , v. 36, n. 4, p. 752-758, dez. 2014.), uma espécie de “surto bibliométrico” nas revistas do campo, no sentido de elas se adaptarem aos padrões internacionais de publicação científica exigidos pelos mais importantes indexadores. Por conta disso já notamos, nas revistas estudadas, uma maior preocupação com essas métricas (como titulação, vínculo institucional, identificação da região, data de recebimento e aprovação etc.) em suas edições mais recentes. Há uma padronização mais rigorosa quanto a essas orientações.

Outra dimensão a ser destacada, também identificada por Wenetz, Werle e Araújo (2014WENETZ, Ileana; WERLE, Verônica; ARAÚJO, Amanda Melo. Balanço da produção de conhecimento sobre o grupo de trabalho temático corpo e cultura - Região Sul. Arquivos em Movimento , v. 10, n. 1, p. 99-121, jan./jun. 2014. ), Zoboli et al. (2016ZOBOLI, Fábio et al. O “corpo” como tema da produção do conhecimento na Revista Brasileira de Ciências do Esporte - RBCE (1979-2012) . Kinesis, v. 34, n. 2, p. 2-23, jul./dez. 2016.) e Vilarinho Neto et al. (2014)VILARINHO NETO, Sissilia et al. Balanço da produção do conhecimento sobre corpo e cultura: o Centro-Oeste em questão. Arquivos em Movimento , v. 10, n. 1, p. 57-76, jan./jun. 2014., é o diferente nível de formação acadêmica das autorias em relação aos estudos sobre o corpo, englobando desde alunos de graduação até doutores, conforme discriminado a seguir: 34 doutores; 18 doutorandos; 26 mestres; 16 mestrandos; quatro especialistas; um especializando; 12 graduados; 18 graduandos.9 9 O conhecimento da titulação dos 88 autores sem indicação do último grau formativo mudaria esse quadro. Desse total, 111 são mulheres e 106 são homens, revelando um equilíbrio entre os sexos.

No que diz respeito à pluralidade regional das publicações, os indicadores bibliométricos confirmam uma situação já conhecida no âmbito da pós-graduação stricto sensu, ou seja, a produção científica nacional está concentrada, prioritariamente, nas Regiões Sul e Sudeste, segundo dados do triênio 2010-2012 e da própria trajetória da pós-graduação da área no Brasil (CAPES, 2013CAPES (COORDENAÇÃO DE APREFEIÇOAMENTO DE PESSOAL DE NÍVEL SUPERIOR). Documento de área. 2013. Disponível em: <Disponível em: https://docs. google.com/viewer?a=v&pid=sites&srcid=Y2FwZXMuZ292LmJyfHRyaWVuYWwtMjAxM3xneDoyODNmNjljODc1OTRjZTUw >. Acesso em: 5 jan. 2016.
https://docs. google.com/viewer?a=v&pid=...
). Isso se explica por essas localidades concentrarem a maioria dos programas de pós-graduação de todo o País, verificando-se uma pequena inserção nas Regiões Centro-Oeste e Nordeste (CAPES, 2013CAPES (COORDENAÇÃO DE APREFEIÇOAMENTO DE PESSOAL DE NÍVEL SUPERIOR). Documento de área. 2013. Disponível em: <Disponível em: https://docs. google.com/viewer?a=v&pid=sites&srcid=Y2FwZXMuZ292LmJyfHRyaWVuYWwtMjAxM3xneDoyODNmNjljODc1OTRjZTUw >. Acesso em: 5 jan. 2016.
https://docs. google.com/viewer?a=v&pid=...
). A criação de cursos na Região Norte permanece, portanto, uma necessidade e um desafio para o crescimento da área. Almeida, Gomes e Bracht (2013ALMEIDA, Felipe Quintão de Almeida; GOMES, Ivan Marcelo; BRACHT, Valter. Epistemologia da educação física. Vitória: Universidade Federal do Espírito Santo, Núcleo de Educação Aberta e a Distância, 2013., p. 33) destacam que é preciso refletir sobre o assunto, pois “[…] as políticas públicas da pós-graduação, historicamente, privilegiaram a expansão quantitativa a partir de centros econômicos mais desenvolvidos […] ficando os programas de pós-graduação concentrados em pontos diferenciados do País […]”. Observando essa tendência, é possível inferir que, nas regiões em que existem os programas de pós-graduação, mais pesquisa é produzida para ser, consequentemente, veiculada.

Ainda com referência à pluralidade regional das publicações e seus autores, verificamos, como já salientado, que nenhum dos artigos analisados, nas cinco revistas, foi assinado por alguém com vínculo institucional na Região Norte. As Regiões Nordeste e Centro-Oeste não estiveram representadas nos textos da RBCM nem da revista Motus Corporis. Nas demais estiveram presentes, embora com números inferiores, se comparados com as Regiões Sul e Sudeste. Em números totais, temos a seguinte situação em relação às instituições: Região Sul (99 referências), Região Sudeste (72), Região Nordeste (19) e Região Centro-Oeste (15), quadro similar ao encontrado por Sacardo, Silva e Souza (2013SACARDO, Michele Silva; SILVA, Janaína Walquíria Brito; SOUZA, Laylianne Torres Fernandes. Corpo e educação física: indicadores de produção científica. Filosofia e Educação, v. 5, n. 2, p. 241-263. out. 2013. ), Lüdorf et al. (2014LÜDORF, Silvia Maria et al. A produção do GTT Corpo e Cultura no Conbrace: retratos da Região Sudeste. Arquivos em Movimento , v. 10, n. 1, p. 57-76, jan./jun. 2014.), Zoboli et al. (2016ZOBOLI, Fábio et al. O “corpo” como tema da produção do conhecimento na Revista Brasileira de Ciências do Esporte - RBCE (1979-2012) . Kinesis, v. 34, n. 2, p. 2-23, jul./dez. 2016.), Vilarinho Neto et al. (2011)VILARINHO NETO, Sissilia et al. A produção sobre corpo, saúde e estética: primeiras aproximações sobre os anais do Conbrace (1997-2009). In: CONGRESSO BRASILEIRO DE CIÊNCIAS DO ESPORTE/CONGRESSO INTERNACIONAL DE CIÊNCIAS DO ESPORTE, 2011. Anais... Porto Alegre: CBCE, 2011. p. 1-15., Nóbrega, Silva e Lima Neto (2015NÓBREGA, Terezinha Petrúcia; SILVA, Liege Monique.; LIMA NETO, Avelino Aldo. Movimentos do pensamento: cenários da filosofia do corpo no Brasil. Dialéktike, v. 1, n. 1, p. 38-49, 2015. ) e Zoboli et al. (2015) em suas investigações sobre o corpo nos periódicos.10 10 A baixa incidência de artigos sobre o tema, na Região Norte, também se verifica na pesquisa de Alencar (2014), ao tomar a Revista Brasileira de Ciências do Esporte e os anais do Congresso Brasileiro de Ciências do Esporte. Além disso, o estudo de Vilarinho Neto et al. (2014) confirma que a produção do Centro-Oeste é incipiente em relação a essa temática. Foram apenas quatro autores vinculados a instituições estrangeiras, o que indica a baixa inserção internacional dos periódicos estudados, aspecto que é, hoje, preocupação primeira no âmbito das políticas de avaliação da pós-graduação (CAPES, 2013CAPES (COORDENAÇÃO DE APREFEIÇOAMENTO DE PESSOAL DE NÍVEL SUPERIOR). Documento de área. 2013. Disponível em: <Disponível em: https://docs. google.com/viewer?a=v&pid=sites&srcid=Y2FwZXMuZ292LmJyfHRyaWVuYWwtMjAxM3xneDoyODNmNjljODc1OTRjZTUw >. Acesso em: 5 jan. 2016.
https://docs. google.com/viewer?a=v&pid=...
). É importante registrar, ainda, que não identificamos vínculos institucionais de nove autores, o que, mais uma vez, indica a falta de sistematização na disponibilização das informações.11 11 A falta de informação quanto aos vínculos institucionais também foi identificada no estudo de Vilarinho Neto et al. (2011).

No que concerne aos signatários dos textos, predomina a autoria individual, com 73 artigos, seguida da dupla autoria (38 textos),12 12 Situação semelhante também encontrada nas investigações de Sacardo, Silva e Souza (2013), Zoboli et al. (2015) e Zoboli et al. (2016), que constataram que predomina a autoria individual seguida pela dupla autoria, quando se trata dos estudos a respeito do corpo. de textos com três autores (13), quatro autores (2), cinco autores (3 textos) e seis autores (1). Embora não seja predominante nessas revistas investigadas, há, na atualidade, uma tendência a publicações com mais de uma autoria. Se observarmos o que preconizam as atuais políticas de avaliação da Área 21, é provável que as autorias individuais diminuam, pois há um movimento no sentido de se valorizar a publicação do aluno de pós-graduação em coautoria com seu orientador. Outro aspecto a observar é que a publicação com muitas autorias tem provocado a discussão a respeito do significado, hoje, da autoria de um artigo. O próprio CNPq, ao elaborar suas diretrizes para controle da má conduta acadêmica, reservou uma reflexão sobre o tema.

Quanto à tipologia, há uma nítida valorização dos “Artigos Originais”, que representam 96 artigos, de 131 possíveis. A predominância dos “Artigos Originais” está em consonância com as regras que orientam a entrada das revistas nas principais bases indexadoras do mundo, que têm como item obrigatório um número mínimo de artigos originais por edição.

4 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Neste artigo oferecemos indicadores bibliométricos a partir da análise de cinco revistas da Educação Física brasileira, tomando os textos dedicados ao corpo na perspectiva sociocultural e pedagógica. Os dados foram inicialmente descritos e, posteriormente, avaliados à luz de trabalhos com semelhante teor. Estudos desse tipo são utilizados para medir parâmetros de avaliação de produção científica e contribuem com a organização e análise na definição de um campo ou tema, oferecendo uma visão sobre seu estágio de desenvolvimento.

Especificamente em relação à temática aqui investigada, pudemos identificar onde a pesquisa está mais concentrada regionalmente, a titulação dos autores que assinam os textos, as instituições que mais produzem pesquisa, o sexo de quem mais publica, o impacto considerando a produção global de cada periódico e a tipologia dos artigos. Outros temas não foram abordados, como a obsolescência da literatura citada, os autores mais mencionados, o pertencimento a grupos de estudo, as disciplinas de conhecimento predominante, a existência de financiamento, idioma e tipo (se livro, artigo, tese etc.) das referências citadas. Em parte, essa limitação não se deve apenas ao escopo desta investigação, mas está relacionada, também, com a (in)visibilidade de algumas dessas informações nos textos. Como destacamos, nem sempre os dados estavam disponíveis e de maneira completa, o que coloca, para os editores das revistas e, de outro lado, para os pesquisadores de um campo acadêmico, a necessidade de maior esmero no sentido de dar visibilidade a elementos que, aparentemente insignificantes, ajudam a compor o “estado da arte” de uma área ou tema de estudo.

Embora muito importantes, os indicadores bibliométricos, sozinhos, são insuficientes para avaliar a produção do conhecimento de uma área ou, como em nosso caso, de um tema específico. Esse tipo de análise, em princípio, pode/deve ser completado por uma interpretação de caráter mais qualitativo, em que se podem discutir ênfases e temas abordados nos estudos; os referenciais teóricos que subsidiaram as investigações; as metodologias mais empregadas; as sugestões e proposições apresentadas pelos pesquisadores; as variações ou rupturas epistemológicas ao longo do tempo etc. A continuação deste artigo tem esse objetivo, ao descrever e analisar essa dimensão mais qualitativa, assumindo o mesmo corpus documental, mas apostando em uma análise mais interpretativa dessa produção.

Apoio financeiro

Pesquisa financiada pelo edital universal do CNPq (nº 14/2013).

REFERÊNCIAS

  • ALENCAR, Joelma Cristina Parente Moreira. A produção do conhecimento sobre a temática corpo e cultura: um panorama da região norte do Brasil. Arquivos em Movimento, v. 10, n.1, p. 21-38, jan./jun. 2014.
  • ALMEIDA, Felipe Quintão de Almeida; GOMES, Ivan Marcelo; BRACHT, Valter. Epistemologia da educação física. Vitória: Universidade Federal do Espírito Santo, Núcleo de Educação Aberta e a Distância, 2013.
  • BARDIN, Laurence. Análise de conteúdo. Lisboa: Edições 70, 1977.
  • CAPES (COORDENAÇÃO DE APREFEIÇOAMENTO DE PESSOAL DE NÍVEL SUPERIOR). Documento de área. 2013. Disponível em: <Disponível em: https://docs. google.com/viewer?a=v&pid=sites&srcid=Y2FwZXMuZ292LmJyfHRyaWVuYWwtMjAxM3xneDoyODNmNjljODc1OTRjZTUw >. Acesso em: 5 jan. 2016.
    » https://docs. google.com/viewer?a=v&pid=sites&srcid=Y2FwZXMuZ292LmJyfHRyaWVuYWwtMjAxM3xneDoyODNmNjljODc1OTRjZTUw
  • CARVALHO, Yara; MANOEL, Edison de Jesus. Pós-graduação na educação física brasileira: a atração (fatal) para a biodinâmica. Educação e Pesquisa, v. 37, n. 2, p. 389-406, maio/ago. 2011.
  • DIAS, Cleber; SILVA, Ana Márcia. Editoração científica e os descaminhos das políticas: experiências da Revista Pensar a Prática. Revista Brasileira de Ciências do Esporte, v. 36, n. 4, p. 802-808, dez. 2014.
  • JOB, Ivone; MATTOS, Ana Maria; TRINDADE, Alexandre. Processo de revisão pelos pares: por que são rejeitados os manuscritos submetidos a um periódico científico? Movimento, v. 15, n. 3, p. 35-55, jul./set. 2009.
  • LÜDORF, Silvia Maria et al A produção do GTT Corpo e Cultura no Conbrace: retratos da Região Sudeste. Arquivos em Movimento , v. 10, n. 1, p. 57-76, jan./jun. 2014.
  • MOTRIVIVÊNCIA. Florianópolis, v. 1, n. 1, p. 5, 1988.
  • MOTUS CORPORIS. Rio de Janeiro, v. 9 n. 1, 2002.
  • NÓBREGA, Terezinha Petrúcia; SILVA, Liege Monique.; LIMA NETO, Avelino Aldo. Movimentos do pensamento: cenários da filosofia do corpo no Brasil. Dialéktike, v. 1, n. 1, p. 38-49, 2015.
  • PENSAR A PRÁTICA. Goiânia, v. 1, n. 1, p. 1, 1998.
  • REVISTA DA EDUCAÇÃO FÍSICA. Maringá, v. 0, n. 1, p. 7, 1989.
  • REVISTA DA EDUCAÇÃO FÍSICA . Maringá. v. 3, n. 1, p. 2, 1992.
  • SACARDO, Michele Silva; SILVA, Janaína Walquíria Brito; SOUZA, Laylianne Torres Fernandes. Corpo e educação física: indicadores de produção científica. Filosofia e Educação, v. 5, n. 2, p. 241-263. out. 2013.
  • VAZ, Alexandre Fernandez; ALMEIDA, Felipe Quintão; BASSANI, Jaison José. Revista Brasileira de Ciências do Esporte : dificuldades, desafios e dilemas da editoração científica. Revista Brasileira de Ciências do Esporte , v. 36, n. 4, p. 752-758, dez. 2014.
  • VIEIRA, José Luiz Lopes et al Dossiê REVISTA DA EDUCAÇÃO FÍSICA /UEM: contextualização histórica, desenvolvimento e perspectivas. Revista Brasileira de Ciências do Esporte , v. 36, n. 4, p. 765-772, dez. 2014.
  • VILARINHO NETO, Sissilia et al A produção sobre corpo, saúde e estética: primeiras aproximações sobre os anais do Conbrace (1997-2009). In: CONGRESSO BRASILEIRO DE CIÊNCIAS DO ESPORTE/CONGRESSO INTERNACIONAL DE CIÊNCIAS DO ESPORTE, 2011. Anais... Porto Alegre: CBCE, 2011. p. 1-15.
  • VILARINHO NETO, Sissilia et al Balanço da produção do conhecimento sobre corpo e cultura: o Centro-Oeste em questão. Arquivos em Movimento , v. 10, n. 1, p. 57-76, jan./jun. 2014.
  • WENETZ, Ileana; WERLE, Verônica; ARAÚJO, Amanda Melo. Balanço da produção de conhecimento sobre o grupo de trabalho temático corpo e cultura - Região Sul. Arquivos em Movimento , v. 10, n. 1, p. 99-121, jan./jun. 2014.
  • ZOBOLI, Fábio et al O “corpo” como tema da produção do conhecimento na Revista Brasileira de Ciências do Esporte - RBCE (1979-2012) . Kinesis, v. 34, n. 2, p. 2-23, jul./dez. 2016.
  • ZOBOLI, Fábio et al Tema corpo em publicações da revista motriz (1995-2012). Educação Física em Revista, v. 9, n. 1, p. 74-95, 2015.
  • 1
    Vale destacar que essa é uma pesquisa envolvendo três grupos de pesquisa em instituições distintas (LESEF/UFES, Corpo e Política/UFS e Núcleo de Pesquisas Educação e Sociedade Contemporânea/UFSC). Além desses cinco periódicos apresentados neste texto, outras três revistas foram objeto de análise do grupo parceiro desta investigação (Corpo e Política/UFS). São elas: Revista Brasileira de Ciências do Esporte, Revista Brasileira de Educação Física e Esporte e Motriz. A revista Movimento ficou sob o encargo do grupo NPESC/UFSC. Essas quatro revistas não serão objeto de análise deste artigo.
  • 2
    Hoje conhecida como Journal of Physical Education.
  • 3
    Dessas revistas, Motus Corporis é a única que não possui uma plataforma digital, o que exigiu que olhássemos sumário por sumário de cada edição.
  • 4
    Dizer que eram embrionárias não significa afirmar sua inexistência no campo, pois esse debate já acontecia desde pelo menos o início dos anos 1980, veiculado em livros e mesmo em outras revistas.
  • 5
    Não identificamos uma explicação, no periódico, sobre a tipologia “Sumário”.
  • 6
    Informação retirada da plataforma da revista.
  • 7
    Se levarmos em consideração os dados do vínculo institucional, veremos que esse aspecto também contribui para a disseminação dos autores da própria instituição em que as revistas estão situadas. Exemplos dessa afirmação são a Revista da Educação Física/UEM (em que a UEM apresenta a maior ocorrência de vínculo entre todas as instituições citadas), Pensar a Prática (em que a UFG é a segunda instituição com maior ocorrência de vínculo entre todas as instituições citadas. Além disso, não verificamos incidência da UFG em outras revistas) e Motrivivência (em que a UFSC apresenta a maior ocorrência de vínculo entre todas as instituições citadas. Ademais, é a única revista em que aparecem ocorrências de vínculo com a UFS - instituição em que a revista foi criada). Vale destacar, ainda, que a UFSC foi a instituição que mais teve incidências de vínculos nas fontes pesquisadas.
  • 8
    Essa situação também foi identificada por Wenetz, Werle e Araújo (2014) em seu estudo.
  • 9
    O conhecimento da titulação dos 88 autores sem indicação do último grau formativo mudaria esse quadro.
  • 10
    A baixa incidência de artigos sobre o tema, na Região Norte, também se verifica na pesquisa de Alencar (2014), ao tomar a Revista Brasileira de Ciências do Esporte e os anais do Congresso Brasileiro de Ciências do Esporte. Além disso, o estudo de Vilarinho Neto et al. (2014) confirma que a produção do Centro-Oeste é incipiente em relação a essa temática.
  • 11
    A falta de informação quanto aos vínculos institucionais também foi identificada no estudo de Vilarinho Neto et al. (2011).
  • 12
    Situação semelhante também encontrada nas investigações de Sacardo, Silva e Souza (2013), Zoboli et al. (2015) e Zoboli et al. (2016), que constataram que predomina a autoria individual seguida pela dupla autoria, quando se trata dos estudos a respeito do corpo.

Datas de Publicação

  • Publicação nesta coleção
    17 Jun 2022
  • Data do Fascículo
    Apr-Jun 2018

Histórico

  • Recebido
    28 Maio 2017
  • Aceito
    22 Nov 2017
Universidade Federal do Rio Grande do Sul Rua Felizardo, 750 Jardim Botânico, CEP: 90690-200, RS - Porto Alegre, (51) 3308 5814 - Porto Alegre - RS - Brazil
E-mail: movimento@ufrgs.br