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CONDIÇÕES DE TRABALHO ENTRE DIFERENTES CATEGORIAS PROFISSIONAIS DA ÁREA HOSPITALAR

COMPARACIÓN DE LAS CONDICIONES DE TRABAJO ENTRE DIFERENTES CATEGORÍAS PROFESIONALES DEL ÁREA HOSPITALARIA

RESUMO

Objetivo

comparar as condições de trabalho em relação à demanda, controle e suporte social entre profissionais da enfermagem, nutrição e higiene e limpeza.

Método

estudo quantitativo com 227 profissionais de um hospital geral do estado de São Paulo, Brasil, por meio da aplicação do Job Content Questionnaire. Para as análises, foi utilizado o software SPSS e testes estatísticos.

Resultados

os profissionais da limpeza exibiram condições sociais de vida inferiores, com renda até dois salários-mínimos (88,5%); sem ensino superior (98,7%); classe social CDE (78,2%); cor negra ou parda (55,2%). Em relação à demanda, não houve diferenças significativas entre as equipes. Quanto ao controle, a enfermagem apresentou melhores condições e a limpeza as piores. A enfermagem apresentou melhores índices de suporte social e a nutrição os piores.

Conclusão

salientou-se que é necessária a implementação de estratégias de melhoria das condições de trabalho para minimizar o estresse e o adoecimento.

DESCRITORES
Saúde do Trabalhador; Estresse Laboral; Ambiente de Trabalho; Desgaste Profissional; Apoio Social

RESUMEN

Objetivo

comparar las condiciones de trabajo en relación con la demanda, el control y el apoyo social entre profesionales de Enfermería, Nutrición e higiene y limpieza.

Método

estudio cuantitativo realizado con 227 profesionales de un hospital general del estado de San Pablo, Brasil, con aplicación del Job Content Questionnaire. Para los análisis se utilizó el software SPSS, además de pruebas estadísticas.

Resultados

los profesionales del área de Limpieza presentaron condiciones sociales de vida inferiores, con ingresos de hasta dos salarios mínimos (88,5%); sin educación superior (98,7%); clases sociales C/D/E (78,2%); y color de piel negro o pardo (55,2%). En relación con la demanda, no se registraron diferencias significativas entre los equipos. Con respecto al control, las áreas de Enfermería y Limpieza presentaron las mejores y peores condiciones, respectivamente. Los sectores de Enfermería y de Nutrición presentaron los mejores y peores índices de apoyo social, respectivamente.

Conclusión

se destacó que es necesario implementar estrategias para mejorar las condiciones de trabajo a fin de minimizar el estrés y las enfermedades.

DESCRIPTORES
Salud Laboral; Estrés Laboral; Ambiente de Trabajo; Desgaste Profesional; Apoyo Social

ABSTRACT

Objective

to compare the working conditions in relation to demand, control and social support among Nursing, Nutrition, and Hygiene and cleaning professionals.

Method

a quantitative study conducted with 227 professionals from a general hospital in the state of São Paulo, Brazil, by applying the Job Content Questionnaire. The SPSS software and statistical tests were used for the analyses.

Results

the cleaning professionals presented lower social living conditions, with incomes up to two minimum wages (88.5%); no higher education (98.7%); social classes C/D/E (78.2%); and black or brown skin color (55.2%). There were no significant differences between the teams in relation to the demand. Regarding control, Nursing and Cleaning presented the best and worst working conditions, respectively. Nursing and Nutrition presented the best and worst social support indices, respectively.

Conclusion

it was emphasized that it is necessary to implement strategies aimed at improving the working conditions in order to minimize stress and illness.

DESCRIPTORS
Workers’ Health; Work-related Stress; Work Environment; Professional Strain; Social Support

INTRODUÇÃO

As profundas mudanças sociais que levaram à denominada pós-modernidade trazem implicações para a vida das pessoas, especialmente no contexto do trabalho, em que a globalização, o aumento da concorrência, da competitividade e do desemprego pressionam as pessoas a trabalharem cada vez mais, com menos subsídios e em contexto de insegurança. Essa condição leva ao estresse relacionado ao trabalho, o que se constitui em problema de grande relevância em todo o mundo(11 Vilas-Boas M, Cerqueira A. Assessing stress at work: The portuguese version of the job content questionnaire. Aval Psicol. [Internet]. 2017 [acesso em 16 out 2018]; 16(1). Disponível em: http://dx.doi.org/10.15689/ap.2017.1601.08.
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).

Tal situação surge quando há a percepção de um desequilíbrio persistente entre as demandas e os recursos pessoais para lidar com elas. A alta demanda psicológica e o baixo controle (autonomia) sobre o trabalho estão entre os fatores associados aos Transtornos Mentais Comuns (TMCs), caracterizados por insônia, ansiedade, fadiga, irritabilidade, dificuldade de concentração, esquecimento, entre outras queixas somáticas(22 Feijó D, Câmara VM, Luiz RR. Aspectos psicossociais do trabalho e transtornos mentais comuns em pilotos civis. Cad Saúde Pública. [Internet]. 2014 [acesso em 16 out 2018]; 30(11). Disponível em: https://doi.org/10.1590/0102-311X00151212.
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).

A prevalência de TMC na população mundial oscilou de 14,7% a 21,8%. Em nível brasileiro, entre 17% e 35%. Esses transtornos podem estar relacionados a fatores como baixa renda, baixa escolaridade, não possuir um companheiro, cor da pele parda ou negra, ter filhos, menopausa, falta de atividades de lazer e ter sofrido agressão física(33 Santos Gde BV dos, Alves MCGP, Goldbaum M, Cesar CLG, Gianini RJ. Prevalência de transtornos mentais comuns e fatores associados em moradores da área urbana de São Paulo, Brasil. Cad. Saúde Pública [Internet]. 2019 [acesso em 11 maio 2021]; 35(11). Disponível em: https://doi.org/10.1590/0102-311x00236318.
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). Os TMCs levam a importantes consequências individuais e sociais(44 Santana Lde L, Sarquis LMM, Brey C, Miranda Fernanda Moura D’Almeida, Felli Vanda Elisa Andres. Absenteísmo por transtornos mentais em trabalhadores de saúde em um hospital no sul do Brasil. Rev. Gaúcha Enferm. [Internet]. 2016 [acesso em 11 maio 2021); 37(1). Disponível em: https://doi.org/10.1590/1983-1447.2016.01.53485.
https://doi.org/10.1590/1983-1447.2016.0...
).

Nesta perspectiva, o modelo demanda-controle, criado por Robert Karasek(55 Karasekjr RA. Job demands, job decision latitude, and mental strain: implications for job redesign. Adm Sci Q. [Internet]. 1979 [acesso em 16 out 2018]; 24(2). Disponível em: https://doi.org/10.2307/2392498.
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), tem sido utilizado para estudar o estresse no âmbito laboral em muitos países, sendo considerado capaz de avaliar a associação entre os aspectos psicológicos e sociais do trabalho e seus efeitos sobre a saúde dos trabalhadores. Esse modelo caracteriza o trabalho em passivo ou ativo, com alta ou baixa exigência, dependendo do nível de demanda (física ou psicológica) e controle (autoridade decisória) do trabalho. Um trabalho que produz alto desgaste (alta demanda e alta exigência) oferece maior risco de produzir estresse e TMCs(66 Feijó FR, Kersting I, Bündchen C, Oliveira PAB. Estresse ocupacional em trabalhadores de uma fundação de atendimento socioeducativo: prevalência e fatores associados. Rev Bras Med Trab. [Internet]. 2017 [acesso em 20 nov 2018]; 15(2). Disponível em: https://doi.org/10.5327/Z1679443520177003.
https://doi.org/10.5327/Z167944352017700...
).

Alguns ambientes de trabalho apresentam riscos ainda maiores à saúde do trabalhador, como é o caso do hospital, que conta com uma organização complexa, tendo-se em vista a necessidade do trabalho em diferentes turnos, além de problemas de relacionamento entre a equipe e falta de recursos humanos e materiais(77 Bacha ÂM, Grassiotto O da R, Cacique DB, Carvasan GAF, Machado H da C. Satisfação no trabalho no contexto hospitalar: uma análise segundo o gênero. Esc Anna Nery. [Internet]. 2015 [acesso em 16 jan 2019]; 19(4). Disponível em: https://www.scielo.br/pdf/ean/v19n4/en_1414-8145-ean-19-04-0549.pdf.
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-88 Schmidt Denise Rodrigues Costa. Modelo Demanda-Controle e estresse ocupacional entre profissionais de enfermagem: revisão integrativa. Rev. bras. enferm. [Internet]. 2013 [acesso em 19 jun 2019]; 66(5). Disponível em: https://doi.org/10.1590/S0034-71672013000500020.
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).

Considerando a importância e a complexidade do trabalho realizado no entorno do paciente na área hospitalar, envolvendo diferentes profissionais e formações, como os da equipe de enfermagem, de nutrição e do Serviço de Higiene e Limpeza (SHL), que necessitam conviver com o sofrimento alheio, trabalho em equipe, exigências de tarefas realizadas com qualidade e em tempo adequado, questiona-se como é caracterizado o trabalho desses profissionais em relação à demanda, controle e suporte social? Diante disso, objetivou-se comparar as condições de trabalho em relação à demanda, controle e suporte social entre profissionais da enfermagem, nutrição e higiene e limpeza.

MÉTODO

Trata-se de um estudo observacional transversal. Foi realizado em um hospital geral, vinculado ao Sistema Único de Saúde (SUS), localizado em uma cidade do interior paulista, referência de alta complexidade para 68 municípios. Conta com 318 leitos, distribuídos entre clínicos, cirúrgicos e Unidade de Terapia Intensiva, e 1.515 trabalhadores, divididos nas áreas técnica, administrativa e de apoio.

A Enfermagem atua com 582 trabalhadores, deles 162 enfermeiros e 420 técnicos de enfermagem. O Serviço de Nutrição conta com 78 trabalhadores, sendo 10 nutricionistas, 10 lactaristas, nove cozinheiros, quatro técnicos em nutrição e 45 auxiliares de cozinha. O SHL é composto por um gerente contratado pelo hospital e a empresa terceirizada, cujo quadro são cinco encarregados, um para cada plantão, 87 auxiliares de limpeza e dois limpadores de vidro (n=94). Dessa forma, totalizaram-se 754 trabalhadores nas três categorias profissionais selecionadas para o estudo.

A amostra foi constituída por todos os profissionais dos serviços de nutrição (n=78) e SHL (n=94), devido ao número reduzido de trabalhadores e heterogeneidade das categorias. Quanto aos profissionais da equipe de enfermagem, utilizou-se uma prevalência de 50%, com margem de erro de 5% e com 95% de confiança, sendo corrigido pela população finita e estratificado por categorias profissionais, obtendo-se um n=96 profissionais: 35 enfermeiros e 61 técnicos de enfermagem. Foram incluídos neste estudo aqueles com pelo menos seis meses de atividade na instituição e excluídos os profissionais temporários, além dos que faziam apenas funções administrativas e aqueles que estavam afastados devido a licença saúde ou maternidade.

A coleta de dados foi realizada de agosto de 2016 a dezembro de 2017, nos distintos turnos de trabalho. O instrumento autoaplicável foi entregue aos participantes, o pesquisador permanecendo no local para apoiá-los em caso de necessidade. Os profissionais da equipe de enfermagem foram selecionados por conveniência. Quanto às demais categorias, embora com a tentativa de abordagem da totalidade, houve recusas e licenças. A aplicação do instrumento de pesquisa foi realizada por um único avaliador.

O instrumento de coleta contou com dados sociodemográficos, incluindo: faixa etária, sexo, situação conjugal, cor da pele, escolaridade, renda individual e familiar, além da classe socioeconômica, de acordo com o Critério de Classificação Econômica Brasil (CCEB) de 2015, que possibilita a seguinte classificação: Classe A=45 a 100 pontos; Classe B1=38 a 44; Classe B2=29-37; Classe C1=23 a 28; Classe C2=17 a 22; Classe D-E=0 a 16(99 Associação Brasileira de Empresas de Pesquisa. Critério de Classificação Econômica Brasil. Critério Brasil 2015 e atualização da distribuição de classes para 2016. [Internet]. São Paulo: ABEP; 2015 [acesso em 21 fev 2019]. Disponível em: http://www.abep.org/Servicos/Download.aspx?id=12.
http://www.abep.org/Servicos/Download.as...
).

Para verificar as características sociais e psicológicas do trabalho, foi utilizado o Job Content Questionnaire (JCQ) na versão resumida, derivado do modelo demanda-controle de Karasek (1979). Esta versão é composta por 17 itens; seis para avaliar o controle, cinco para avaliar a demanda e seis para o apoio social, e foi validada no Brasil(55 Karasekjr RA. Job demands, job decision latitude, and mental strain: implications for job redesign. Adm Sci Q. [Internet]. 1979 [acesso em 16 out 2018]; 24(2). Disponível em: https://doi.org/10.2307/2392498.
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,1010 Alves MG de M, Chor D, Faerstein E, Lopes C de S, Werneck GL. Versão resumida da “job stress scale”: adaptação para o português. Rev Saúde Pública. [Internet]. 2004 [acesso em 12 mar 2019]; 38(2). Disponível em: https://doi.org/10.1590/S0034-89102004000200003.
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).

O JCQ é formado por itens em escala Likert, cujos escores variam de um (discordo fortemente) a quatro (concordo fortemente). Para o cálculo dos indicadores da demanda, controle e demais itens, utilizou-se a fórmula do JCQ(55 Karasekjr RA. Job demands, job decision latitude, and mental strain: implications for job redesign. Adm Sci Q. [Internet]. 1979 [acesso em 16 out 2018]; 24(2). Disponível em: https://doi.org/10.2307/2392498.
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) e posteriormente calculou-se a mediana, primeiro e terceiro quartil para cada categoria profissional, a fim de posteriormente realizar a comparação entre elas.

As variáveis qualitativas estão descritas pela distribuição de frequência absoluta (f) e relativa (%). No caso de dados faltantes, a distribuição de frequência relativa foi ajustada para o total de respostas. Para analisar a distribuição de frequências e a associação entre elas, foi realizado o teste Qui-quadrado ou o teste Exato de Fisher quando necessário.

A distribuição de normalidade foi verificada pelo teste de Kolmogorov-Smirnov. As variáveis quantitativas foram descritas pela média e distribuição do quartil em tabelas ou gráfico de Box Plot. Para comparações entre as categorias profissionais, foi realizado o teste não- paramétrico de Kruskal-Wallis.

As comparações Post-Hoc foram realizadas pelo teste não paramétrico de Mann-Whitney, com o valor de p-crítico ajustado para comparações múltiplas pelo procedimento de Holm-Sidak. Para todas as análises, foi utilizado o software SPSS versão 19.0 for Windows, adotando nível de significância de 5%.

A pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa sob parecer n. 1.140.406.

RESULTADOS

Entre os trabalhadores, 85,3% são do sexo feminino, 66% têm idade maior que 35 anos e 67,5% vivem com companheiro. Nos profissionais da limpeza, encontra-se que 98,7% não contam com ensino superior, 88,5% possuem renda de até dois salários-mínimos, 78,2% pertencem às classes econômicas CDE e 55,2% cor negra e parda, sendo possível inferir que, nestes aspectos, são os que contam com as piores condições (p-valor=0,001) (Tabela 1).

Tabela 1
Análise da associação entre categoria profissional e variáveis qualitativas que caracterizam a amostra (n=227). Marília, SP, Brasil, 2019

Na Tabela 2, observa-se, quanto à variável controle, que 89,59% dos profissionais da enfermagem, 69,81% da nutrição e 58,98% do SHL concordam que o trabalho possibilita aprender coisas novas, porém o consideram repetitivo, apesar dos participantes da Enfermagem e do SHL concordarem que exige alto nível de qualificação e os da Nutrição discordarem.

Tabela 2
Distribuição das respostas sobre o controle, demanda e suporte do trabalho em relação às categorias profissionais (n=227). Marília, SP, Brasil, 2019

Na variável “requer criatividade”, os profissionais da Enfermagem e da Nutrição concordam, porém, os trabalhadores do SHL discordam. Quanto à variável “permite tomar decisões por conta própria”, 40,63%, 37,74% e 11,54% dos serviços de enfermagem, nutrição e SHL, respectivamente, discordam. Na variável “ter pouca liberdade decisória”, 60,26% dos profissionais do SHL concordam.

Ao analisar a demanda, 60,41%, 73,59% e 66,67% dos participantes dos serviços de enfermagem, nutrição e SHL, nesta ordem, consideram que o trabalho acontece em ritmo acelerado. Entretanto, 67,71% dos profissionais da equipe de enfermagem e 67,95% do SHL consideram que o tempo para a realização das tarefas é suficiente. Dos profissionais da nutrição, 52,83% discordam que o tempo é suficiente.

Afirmam que o trabalho exige muito esforço físico 63,54% dos profissionais da enfermagem, 64,15% da nutrição e 73,08% do SHL. Além disso, 60,41% dos profissionais da enfermagem concordam que levantam muito peso. Referem também que as atividades são rápidas e contínuas 60,41% dos profissionais da equipe de enfermagem, 73,59% da nutrição e 66,67% do SHL. Quanto a estar livre de conflitos, 66,67% dos profissionais da enfermagem, 88,68% da nutrição e 71,79% do SHL discordam.

Quanto às variáveis referentes ao suporte, 58,49% dos profissionais da equipe de nutrição discordam que podem contar com o apoio do superior e 66,03% que eles promovam o trabalho em equipe. Os entrevistados acreditam que os colegas de trabalho se interessam pelo que acontece com os outros: 64,59% dos profissionais da enfermagem, 56,61% da nutrição e 52,57% do SHL, além de considerarem que são amigáveis e colaborativos 83,33%, 60,38% e 58,97% dos participantes dos serviços de enfermagem, nutrição e SHL, respectivamente. Na equipe de enfermagem, 58,34% concordam que os colegas expõem o outro colega a conflito ou hostilidade. Na nutrição, esse percentual foi de 58,49%. Na equipe do SHL,73,08% discordam dessa variável.

A Tabela 3 mostra diferenças estatísticas entre as categorias estudadas, nos itens oportunidade para desenvolver habilidades especiais, autoridade decisória, apoio dos supervisores e dos colegas, insegurança no trabalho, suporte social e controle sobre o trabalho (p=0,05), sendo que a equipe de enfermagem exibe o melhor contexto. Os tópicos demanda psicológica, demanda física e demanda (somatória da demanda física e demanda psicológica) não exibiram diferenças estatísticas entre as categorias profissionais.

Tabela 3
Distribuição das respostas sobre o controle, demanda e suporte do trabalho em relação às categorias profissionais (n=227). Marília, SP, Brasil, 2019

A Figura 1 mostra que, ao comparar a mediana, primeiro quartil (25th) e terceiro quartil (75th) das variáveis em relação à demanda, não houve diferenças significativas entre as três equipes estudadas. Em se tratando do controle sobre o trabalho, houve diferença significativa da nutrição com relação à enfermagem e do SHL com relação à enfermagem e nutrição, com a enfermagem apresentando as melhores condições. Já com relação ao suporte social, a equipe de enfermagem apresentou os melhores índices e o serviço de nutrição os piores. O SHL foi a categoria que apresentou indicativo de segundo maior suporte social entre as categorias.

Figura 1
Comparação da mediana, primeiro quartil (25th) e terceiro quartil (75th) das variáveis quantitativas (demanda, controle e suporte social) em relação às categorias profissionais. Marília, SP, Brasil, 2019

DISCUSSÃO

No presente estudo, que se propôs a comparar as condições do trabalho em relação à demanda, controle e suporte social entre os profissionais da enfermagem, da nutrição e do SHL que desenvolvem atividades no hospital, houve a prevalência de mulheres. Para explicar esse fenômeno, é preciso considerar que a inserção da mulher no mercado de trabalho, iniciada no final do século XIX, esteve ligada às atividades de educação, cuidado e servir, compreendidas como vocação ou dom feminino(1111 Matos IB, Toassi RFC, Oliveira MC de. Profissões e ocupações de saúde e o processo de feminização: tendências e Implicações. Athenea Digit. [Internet]. 2013 [acesso em 19 jun 2019]; 13(2). Disponível em: https://www.raco.cat/index.php/Athenea/article/view/291668.
https://www.raco.cat/index.php/Athenea/a...
).

Contudo, permanecem os estereótipos relativos ao patriarcalismo, visto que as mulheres lideram as profissões ligadas à educação, saúde e alimentação, enquanto os homens trabalham essencialmente nas áreas da administração, tecnologia e finanças. As mulheres também se mantêm nos cuidados com a casa e a família, um trabalho socialmente desvalorizado(1212 Colcerniani CB, D’avila Neto MI, Cavas C de ST. A participação das mulheres no mercado de trabalho sob a perspectiva da teoria da justiça social de Nancy Fraser e dos conceitos relativos ao trabalho decente. Cad Psicol Soc Trab.[Internet]. 2015 [acesso em 19 jun 2019]; 18(2). Disponível em: https://doi.org/10.11606/issn.1981-0490.v18i2p169-180.
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).

A discriminação por gênero se amplia quando associada à cor negra, como é o caso de grande parte dos trabalhadores do SHL, pois a taxa de desemprego entre os negros é de 13,8%, ao passo que a dos brancos é de 10,2%, além da tendência de o negro ocupar cargos com menor remuneração e de trabalho mais pesado, o que evidencia uma sociedade marcada por oportunidades diferenciadas para os grupos étnicos e raciais(1313 Proni MW, Gomes DC. Precariedade ocupacional: uma questão de gênero e raça. Estud Av. [Internet]. 2015 [acesso em 19 jun 2019]; 29(85). Disponível em: https://doi.org/10.1590/S0103-40142015008500010.
https://doi.org/10.1590/S0103-4014201500...
).

Os trabalhadores do SHL se constituem em um grupo de profissionais que possuem menor escolaridade, menor salário e pertencem às classes sociais mais baixas do que os demais, além de ter como característica a inserção precoce no mercado de trabalho(1414 Pereira HÁ, Albuquerque R da S, Moraes AFG de. Terceirização e precarização: um estudo com terceirizados de serviços gerais na Universidade Federal da Paraíba. Rev Principia. [Internet]. 2015 [acesso em 19 jun 2019]; 26. Disponível em: http://dx.doi.org/10.18265/1517-03062015v1n26p106-115.
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). No âmbito hospitalar, essa categoria geralmente atua de forma terceirizada, submetida a uma alta demanda de afazeres com movimentos repetitivos, podendo gerar transtornos físicos, mentais, acidentes laborais, entre outras repercussões negativas(1515 Ceron MD da S. Serviço hospitalar de limpeza e acidentes de trabalho: contribuições da enfermagem [dissertação]. Santa Maria: Universidade Federal de Santa Maria – UFSM; 2013 [acesso em 12 jul 2019]. Disponível em: http://repositorio.ufsm.br/handle/1/7408.
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). Além disso, a terceirização favorece a precarização do trabalho, haja visto maior flexibilidade nos contratos e menor garantia do cumprimento dos direitos do trabalhador, reforçando a lógica capitalista e da competitividade, gerando sofrimento psicológico(1616 Silva G de N e. (Re)conhecendo o estresse no trabalho: uma visão crítica. Gerais, Rev Interinst Psicol. [Internet]. 2019 [acesso em 17 jul 2019]; 12(1). Disponível em: http://dx.doi.org/10.36298/gerais2019120105.
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).

Em se tratando dos fatores de risco para a saúde e o controle sobre eles, Karasek (1979) inclui os recursos da organização para envolver o trabalhador na tomada de decisão, planejamento e execução do trabalho, sendo estes aspectos importantes a serem considerados, pois reforçam a capacidade para intervir e resolver as demandas do trabalho(1616 Silva G de N e. (Re)conhecendo o estresse no trabalho: uma visão crítica. Gerais, Rev Interinst Psicol. [Internet]. 2019 [acesso em 17 jul 2019]; 12(1). Disponível em: http://dx.doi.org/10.36298/gerais2019120105.
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). O maior controle (maior autonomia), segundo este modelo, contribui para amortecer a alta demanda psicológica. Essa maior autonomia acontece quando o trabalhador pode realizar escolhas sobre o seu cotidiano(55 Karasekjr RA. Job demands, job decision latitude, and mental strain: implications for job redesign. Adm Sci Q. [Internet]. 1979 [acesso em 16 out 2018]; 24(2). Disponível em: https://doi.org/10.2307/2392498.
https://doi.org/10.2307/2392498...
).

A enfermagem, em comparação com os demais trabalhadores desta pesquisa, apresentou maior controle, embora grande parte da equipe não considere que o tenha. Esse fato pode ser compreendido pelo número maior de técnicos de enfermagem entrevistados, visto que devem seguir as prescrições dos enfermeiros no cuidado.

No contexto hospitalar, os profissionais do SHL, embora atuando frente a condições de grande complexidade, geralmente não contam com preparo técnico e teórico para lidar com essa realidade, visto que, entre as equipes, apresentam menor concordância em relação a aprender coisas novas, além do limitado uso da criatividade, o que envolve a autonomia e/ou autoaprendizado(1717 Jacinto A, Tolfo S da R. Fatores psicossociais de risco no trabalho e transtorno mental comum: uma revisão sistemática de estudos que utilizaram os instrumentos JCQ, JSS e SRQ-20. Rev Psicol IMED. [Internet]. 2017 [acesso em 19 jun 2019]; 9(2). Disponível em: http://dx.doi.org/10.18256/2175-5027.2017.v9i2.1432.
https://doi.org/10.18256/2175-5027.2017....
-1818 Lima MJV, Cavalcante CM. O cuidado em saúde: a experiência dos trabalhadores de limpeza na unidade de oncologia pediátrica. Estud Pesqui Psicol. [Internet]. 2016 [acesso em 22 jul 2019];16(1). Disponível em: http://pepsic.bvsalud.org/pdf/epp/v16n1/v16n1a08.pdf.
http://pepsic.bvsalud.org/pdf/epp/v16n1/...
). Reconhece-se, portanto, que é preciso maior visibilidade, investimento e reconhecimento do potencial desta categoria profissional, além valorizar a função e direcionar atenção para todos os atores, pois, mesmo não atuando na assistência direta, esse trabalhador é parte integrante do processo de gestão do cuidado(1717 Jacinto A, Tolfo S da R. Fatores psicossociais de risco no trabalho e transtorno mental comum: uma revisão sistemática de estudos que utilizaram os instrumentos JCQ, JSS e SRQ-20. Rev Psicol IMED. [Internet]. 2017 [acesso em 19 jun 2019]; 9(2). Disponível em: http://dx.doi.org/10.18256/2175-5027.2017.v9i2.1432.
https://doi.org/10.18256/2175-5027.2017....
-1818 Lima MJV, Cavalcante CM. O cuidado em saúde: a experiência dos trabalhadores de limpeza na unidade de oncologia pediátrica. Estud Pesqui Psicol. [Internet]. 2016 [acesso em 22 jul 2019];16(1). Disponível em: http://pepsic.bvsalud.org/pdf/epp/v16n1/v16n1a08.pdf.
http://pepsic.bvsalud.org/pdf/epp/v16n1/...
).

No quesito demanda, embora não tenham sido encontradas diferenças significativas entre as três categorias, observa-se que os profissionais estudados manifestam principalmente a presença de conflito no trabalho e o excesso de esforço físico. Essas situações estão intimamente ligadas aos aspectos psicossociais do trabalho, ou seja, as interações existentes entre condições de trabalho e o ambiente que, quando associados ao baixo controle sobre as atividades laborais, ocasionam absenteísmo e rotatividade, além do surgimento de TMCs(1919 Spadari GF, Primi T de CN. Criatividade no contexto organizacional: revisão de pesquisas. Revista Sul Americana de Psicologia. [Internet]. 2015 [acesso em 22 jul 2019];3(2). Disponível em: https://www.researchgate.net/publication/316276852_Criatividade_no_contexto_organizacional_Revisao_de_pesquisas.
https://www.researchgate.net/publication...
).

Foi observado que o trabalho ativo (alta demanda e alto controle) está associado à maior exaustão emocional se comparado ao trabalho passivo (baixa demanda e baixo controle). Os mesmos autores indicam que trabalho de alta demanda poderia bloquear os esforços provenientes do alto controle, uma vez que demandas elevadas aumentam o esforço de resposta. O baixo controle e a alta demanda (trabalho de alta exigência), identificados principalmente entre os trabalhadores do SHL, são fatores de risco à saúde, podendo ocasionar falta de interesse, perda de aptidões e redução gradual das habilidades(2020 Shimabuku RH, Mendonça H, Fidelis A. Presenteísmo: contribuições do Modelo Demanda-Controle para a compreensão do fenômeno. Cad Psicol Soc Trab. [Internet]. 2017 [acesso em 21 fev 2019]; 20(1). Disponível em: http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1516-37172017000100006&lng=pt&nrm=iso.
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-2121 Moura DCA de, Greco RM, Paschoalin HC, Portela LF, Arreguy-Sena C, Chaoubah A. Demandas psicológicas e controle do processo de trabalho de servidores de uma universidade pública. Ciênc Saúde Colet. [Internet]. 2018 [acesso em 22 jul 2019]; 23(2). Disponível em: https://doi.org/10.1590/1413-81232018232.13892015.
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).

Quanto ao apoio social(55 Karasekjr RA. Job demands, job decision latitude, and mental strain: implications for job redesign. Adm Sci Q. [Internet]. 1979 [acesso em 16 out 2018]; 24(2). Disponível em: https://doi.org/10.2307/2392498.
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), quando é baixo, o risco de situações de tensão é maior, pois sua função é aumentar a habilidade de enfrentamento dos estressores. Dentre as três categorias estudadas, a equipe que apresentou segundo maior índice de suporte social foi a do SHL. Portanto, embora o trabalho do SHL se caracterize como alto desgaste (ou alta exigência), o suporte social pode se constituir como uma proteção ao adoecimento psíquico.

O presente estudo tem como limitação o fato de se ter sido realizado em apenas uma instituição. Além disso, dadas as diferenças das condições de vida e saúde dos trabalhadores do SHL em relação às demais categorias analisadas, e que tais profissionais também contam com contratos de trabalho diferenciado (terceirizados), novos estudos tornam-se necessários para aprofundar o conhecimento sobre a realidade dessas pessoas.

CONCLUSÃO

A presente investigação permitiu identificar que, dentre as três categorias, os profissionais do SHL são aqueles que apresentam piores condições sociais de vida em relação a escolaridade, renda, classe socioeconômica, e são predominantemente da cor negra ou parda. Além disso, apresentam maior risco para desencadear agravos à saúde, decorrentes de maiores cargas psicológicas e físicas presentes no ambiente laboral, embora estejam mais protegidos em relação ao suporte social quando comparados com os profissionais do serviço de nutrição. Porém, é preciso considerar que entre todas as categorias se encontram importantes características das condições de trabalho que podem interferir na sua saúde e bem-estar.

Desta forma, esta investigação revela a precariedade das condições de trabalho, presente especialmente entre os profissionais do SHL, e contribui para alertar as instituições de saúde sobre o cenário de trabalho ao qual os colaboradores estão expostos, para que possam criar estratégias para minimizar o estresse e o adoecimento, propiciando melhora das condições gerais de trabalho.

COMO REFERENCIAR ESTE ARTIGO

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Editado por

Editora associada: Susanne Elero Betiolli

Datas de Publicação

  • Publicação nesta coleção
    22 Nov 2021
  • Data do Fascículo
    2021

Histórico

  • Recebido
    25 Abr 2020
  • Aceito
    27 Maio 2021
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