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Estudo comparativo cefalométrico dos padrões dentofaciais de indivíduos portadores de oclusão normal e de más oclusões de Angle

Resumos

OBJETIVO: avaliar os padrões dentofaciais de pacientes portadores de oclusão normal e más oclusões de Angle quanto a possíveis diferenças entre as grandezas estudadas, em relação ao sexo, dentro de cada grupo e entre os grupos. MÉTODOS: a amostra constou de 200 telerradiografias cefalométricas laterais obtidas de jovens brasileiros, de ambos os sexos, na faixa etária de 11 anos e 2 meses a 19 anos e 10 meses, apresentando dentição permanente. O material foi dividido, quanto ao tipo de oclusão, em cinco grupos: um de pacientes portadores de oclusão normal, e quatro de pacientes portadores de más oclusões de Angle, sendo cada grupo dividido igualmente quanto ao sexo. Foram avaliadas grandezas cefalométricas angulares e lineares. RESULTADOS: na grande maioria das grandezas, os sexos masculino e feminino não diferiram; entre os grupos, a posição da maxila não mostrou diferença significativa, o retrognatismo mandibular foi marcante nos grupos de Classe II divisões 1ª e 2ª e foram observados alguns desequilíbrios verticais com diferenças significativas; o padrão foi hipodivergente para os grupos de oclusão normal e Classe II, divisão 2ª, e neutro para os grupos de Classe I; Classe II, divisão 1ª; e Classe III; a compensação dentoalveolar foi evidente nos grupos de Classe III e de Classe II, divisão 2ª; o grupo de oclusão normal apresentou perfil mais convexo que os padrões americanos. CONCLUSÃO: foi possível configurar, de forma geral, algumas características da morfologia facial para alguns tipos de más oclusões. Entretanto, existe a necessidade de avaliar a face individualmente, pois algumas características permeiam entre os diferentes tipos de oclusão.

Cefalometria; Má oclusão; Crescimento


OBJECTIVE: To determine the dentofacial patterns in patients presenting normal occlusion and Angle malocclusions, evaluating the possible differences in the studied measurements, considering the gender, the differences within each group and the differences among the groups. METHODS: The sample comprised 200 lateral cephamometric radiographs of young Brazilian subjects, from both genders, with average age between 11 years and 2 months and 19 years and 10 months. The sample was classified according to the type of occlusion into five groups: one group with subjects presenting normal malocclusions, and four groups with subjects presenting Angle malocclusions. Each group was equally divided according to the gender of subjects. Angular and linear measurements were evaluated in this study. RESULTS: For most measurements, males and females did not differ; among the groups, the position of the maxilla did not show a significant difference, mandibular retrognathia was notable in the groups with Class II division 1 and 2, with a few vertical imbalances with significant differences were observed; the pattern was hypodivergent for the groups with normal occlusion and Class II division 1; and neutral for Class I, Class II division 1 and Class III groups; dentoalveolar compensation was evident in Class III and Class II division 2 groups; the normal occlusion group had a more convex profile than American standards. CONCLUSION: It was possible to generally construct a few characteristics of facial morphology for some types of malocclusion. However, there is the need to individually evaluate each face, as some characteristics prevail among the different occlusion types.

Cephalometrics; Malocclusion; Growth


ARTIGO INÉDITO

Estudo comparativo cefalométrico dos padrões dentofaciais de indivíduos portadores de oclusão normal e de más oclusões de Angle

Julio César Mota PereiraI; Henrique Manoel LedermanII; Hélio Kiitiro YamashitaIII; Dayliz Quinto PereiraIV; Luís Antônio de Arruda AidarV

IProfessor Doutor Adjunto da Disciplina de Odontopediatria III do Curso de Odontologia da Universidade Estadual de Feira de Santana (UEFS)

IIProfessor Titular do Departamento de Diagnóstico por Imagem da Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP-EPM)

IIIProfessor Doutor do Departamento de Diagnóstico por Imagem da Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP-EPM)

IVProfessora Mestre Assistente da Disciplina de Cirurgia do Curso de Odontologia da Universidade Estadual de Feira de Santana (UEFS)

VProfessor Doutor responsável pela disciplina de Ortodontia da Faculdade de Odontologia da Universidade Santa Cecília (UNISANTA)

Endereço para correspondência Endereço para correspondência Júlio César Mota Pereira BR 116 Km 6 - Campus da UEFS CEP: 44.100-000 - Feira de Santana / BA E-mail: juliomotta55@hotmail.com

RESUMO

OBJETIVO: avaliar os padrões dentofaciais de pacientes portadores de oclusão normal e más oclusões de Angle quanto a possíveis diferenças entre as grandezas estudadas, em relação ao sexo, dentro de cada grupo e entre os grupos.

MÉTODOS: a amostra constou de 200 telerradiografias cefalométricas laterais obtidas de jovens brasileiros, de ambos os sexos, na faixa etária de 11 anos e 2 meses a 19 anos e 10 meses, apresentando dentição permanente. O material foi dividido, quanto ao tipo de oclusão, em cinco grupos: um de pacientes portadores de oclusão normal, e quatro de pacientes portadores de más oclusões de Angle, sendo cada grupo dividido igualmente quanto ao sexo. Foram avaliadas grandezas cefalométricas angulares e lineares.

RESULTADOS: na grande maioria das grandezas, os sexos masculino e feminino não diferiram; entre os grupos, a posição da maxila não mostrou diferença significativa, o retrognatismo mandibular foi marcante nos grupos de Classe II divisões 1ª e 2ª e foram observados alguns desequilíbrios verticais com diferenças significativas; o padrão foi hipodivergente para os grupos de oclusão normal e Classe II, divisão 2ª, e neutro para os grupos de Classe I; Classe II, divisão 1ª; e Classe III; a compensação dentoalveolar foi evidente nos grupos de Classe III e de Classe II, divisão 2ª; o grupo de oclusão normal apresentou perfil mais convexo que os padrões americanos.

CONCLUSÃO: foi possível configurar, de forma geral, algumas características da morfologia facial para alguns tipos de más oclusões. Entretanto, existe a necessidade de avaliar a face individualmente, pois algumas características permeiam entre os diferentes tipos de oclusão.

Palavras-chave: Cefalometria. Má oclusão. Crescimento.

INTRODUÇÃO

É sabido que a influência da Ortodontia americana, inclusive determinando padrões de normalidade e referências, hoje não é compatível com a população brasileira, principalmente em razão da miscigenação racial característica do povo23.

Não raro, o comprometimento do perfil facial ocorria em razão da pouca ou nenhuma importância que se dava à análise dos tecidos moles. Na Ortodontia contemporânea, a atenção com os tecidos moles da face passou a ser soberana a qualquer tipo de exame complementar. Com a classificação dos padrões faciais em I, II e III8,26, de acordo com as características faciais de cada paciente, os dados para diagnóstico enriqueceram-se ainda mais, quando somados às inúmeras análises5,15,18,22,23,24,27,28, que serviram de subsídio para o entendimento dos componentes dentofaciais e para a relação com as más oclusões.

Com isso em mente, é compreensível que o conhecimento dos padrões de crescimento facial advindo de algumas análises cefalométricas27,28 possa, ainda, ser muito útil para a elaboração do diagnóstico, para o plano de tratamento e para o prognóstico dos resultados do tratamento ortodôntico. Entender como as variáveis do complexo craniofacial contribuem para a formação da má oclusão, e que as diversas combinações entre as partes do conjunto crânio/face (consideradas individualmente normais) podem formar, no conjunto, um arranjo indesejável, possibilita conhecer o papel e a integração de cada variável na morfologia facial9. O objetivo deste trabalho foi verificar nos cinco grupos estudados se há diferença estatisticamente significativa entre as grandezas avaliadas, quanto ao sexo, para indivíduos com oclusão normal e com más oclusões de Angle; quais os padrões de crescimento facial; no sentido sagital, quais os componentes esqueléticos que mais contribuíram na caracterização das más oclusões Classe II, divisão 1ª; Classe II, divisão 2ª; e Classe III; no sentido vertical, quais as possíveis alterações ocorridas; qual a participação das compensações dentoalveolares; quais as características do perfil facial.

MATERIAL E MÉTODOS

Amostra

Fizeram parte dessa amostra 200 telerradiografias cefalométricas obtidas de jovens brasileiros, não tratados ortodonticamente, apresentando dentição permanente, alunos de colégios da cidade de São Paulo, região do ABC e de Santos, de ambos os sexos, leucodermas, filhos de brasileiros descendentes de mediterrâneos. A amostra foi dividida, quanto ao tipo de oclusão, em cinco grupos: um de indivíduos portadores de oclusão normal e quatro de indivíduos portadores de más oclusões, segundo os conceitos de Angle2, sendo cada grupo dividido igualmente quanto ao sexo. O Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Federal de São Paulo/ Hospital São Paulo analisou e aprovou o projeto de pesquisa referenciado (CEP 0094/08).

Os indivíduos com oclusão normal foram selecionados mediante um exame clínico realizado em 7.500 escolares da região do ABC (SP).

» Grupo 1 (Oclusão Normal): 40 indivíduos (20 masculinos e 20 femininos), com média de idade de 15 anos e 9 meses (desvio-padrão ±1 ano e 7 meses). O ângulo ANB apresentou média geral de 2,01±1,90º. Na seleção da amostra, durante o exame clínico, os dentes foram avaliados quanto à sua higidez, forma, tamanho, posição, presença de cáries, restaurações satisfatórias e saúde dos tecidos peribucais. Nos modelos, foram observadas a relação anteroposterior das arcadas dentárias; as relações de oclusão dos incisivos, pré-molares e molares; as relações de sulcos e cúspides; as inclinações axiais de dentes e o aspecto da curva de Spee. Na região anterior, foram medidas a sobressaliência e a sobremordida, aceitando-se como variação do normal de 0,5mm a 4,0mm. Numa vista oclusal dos modelos, foram observados pontos de contato, posições corretas dos dentes, giroversões e formas das arcadas dentárias. Os tecidos moles faciais apresentavam-se em equilíbrio e os lábios permaneciam em contato quando em repouso.

» Grupo 2 (Classe I de Angle): 40 indivíduos (20 masculinos e 20 femininos), com idade média de 14 anos e 5 meses (desvio-padrão ±2 anos). O ângulo ANB apresentou média geral de 3,0±1,70º.

» Grupo 3 (Classe II, divisão 1ª, de Angle): 40 indivíduos (20 masculinos e 20 femininos), com idade média de 14 anos e 5 meses (desvio-padrão ±1 ano e 11 meses). O ângulo ANB apresentou média geral de 5,39±2,33º.

» Grupo 4 (Classe II, divisão 2ª, de Angle): 40 indivíduos (20 masculinos e 20 femininos), com idade média de 15 anos e 3 meses (desvio-padrão ±2 anos e 6 meses). O ângulo ANB apresentou média geral de 4,56±1,80º.

» Grupo 5 (Classe III de Angle): 40 indivíduos (20 masculinos e 20 femininos), com idade média de 15 anos e 5 meses (desvio-padrão ±3 anos). O ângulo ANB apresentou média geral de -2,44±2,53º.

Método

Todas as telerradiografias cefalométricas foram adquiridas em norma lateral direita e com oclusão cêntrica. Nas telerradiografias foram traçados cefalogramas, em folhas de acetato, com detalhes anatômicos de interesse para esse estudo. Para medição das grandezas cefalométricas, foram utilizados lápis, transferidor com subdivisão de 0,5°, esquadro e régua com subdivisão de 0,5mm.

Desenho anatômico, pontos, linhas e planos cefalométricos foram obtidos e as seguintes grandezas cefalométricas avaliadas: S-N, S-Ar, Ar-Goc, Goc-Me, S-Goc, N-Me, S-Gnc, N-Goc, ENA-ENP, FHR, Co-A, Co-Gn, ENA-Me, SNA, SNB, ANB, H-Nariz, H-NB, 1.PP, IMPA, Linha E-Li (Fig. 1, 2, 3, 4).





Método estatístico

Foi aplicado, inicialmente, o teste de Kolmogorov-Smirnov e os resultados mostraram distribuição normal. Por essa razão, empregou-se o teste paramétrico de análise de variância (ANOVA). Foi utilizado o teste de hipótese para avaliar se existia diferença estatisticamente significativa entre os sexos masculino e feminino. Posteriormente, foi aplicado o teste de Tukey. O nível de significância usado foi p<0,05.

Erro do método

Para avaliar a precisão do método utilizado, foram selecionadas, ao acaso, telerradiografias de 40 pacientes provenientes da amostra estudada (n=200). Todas as telerradiografias foram traçadas e medidas novamente, por um único operador, após o período de um mês do traçado inicial. Foi aplicado, então, o teste t pareado para avaliação do erro sistemático. Com a diferença entre a primeira e a segunda mensuração de cada telerradiografia, aplicou-se a fórmula de Dahlberg para estimar o erro casual.

RESULTADOS

O erro sistemático e o erro casual estão apresentados na Tabela 3. Não foram encontradas diferenças estatisticamente significativas entre os sexos na grande maioria das grandezas estudadas (exceção para H-Nariz e Linha E-Li em Classe II, divisão 1ª). Não foi encontrada diferença estatisticamente significativa na comparação entre os grupos para a variável SNA.

Na avaliação das variáveis entre os cinco grupos estudados, foram encontradas diferenças significativas nas seguintes comparações: S-N (G1xG2, G1xG5, G2xG5, G3xG5 e G4xG5); S-Ar (G1xG5 e G4xG5); Ar-Goc (G1xG2, G1xG3, G1xG4, G3xG5); Goc-Me (G1xG2, G1xG3, G1xG4, G2xG5, G3xG5, G4xG5); S-Goc (G1xG3, G1xG5); N-Me (G1xG4, G2xG4, G3xG4, G4xG5); S-Gnc (G1xG3, G1xG4, G2xG3, G2xG4, G2xG5, G3xG5, G4xG5); N-Goc (G1xG3, G1xG5, G2xG5, G3xG5, G4xG5); ENA-ENP (G1xG5, G2xG5, G3xG5, G4xG5); FHR (G1xG2; G1xG3, G1xG5, G2xG4, G3xG4, G4xG5); Co-A (G1xG2, G1xG5, G3xG5, G4xG5); Co-Gn (G1xG3, G1xG4, G2xG3, G2xG4, G2xG5, G3xG5, G4xG5); ENA-Me (G1xG4, G2xG4, G3xG4, G3xG5, G4xG5), SNB (G1xG2, G1xG3, G1xG4, G1xG5, G2xG5, G3xG5, G4xG5); ANB (G1xG3, G1xG4, G1xG5, G2xG3, G2xG4, G2xG5, G3xG5, G4xG5); H-Nariz (G1xG3, G1xG5, G2xG3, G2xG5, G3xG4, G3xG5, G4xG5); H.NB (G1xG3, G1xG5, G2xG5, G3xG4, G3xG5, G4xG5), 1.PP (G1xG4, G2xG4, G3xG4, G4xG5), IMPA (G1xG5, G2xG5, G3xG5, G4xG5), E-Li (G1xG3, G1xG4, G2xG4, G2xG5, G3xG4, G3xG5). As médias das grandezas cefalométricas (feminino, masculino e total) e os respectivos desvios-padrão dos grupos 1, 2, 3, 4 e 5 estão apresentados nas Tabelas 1 e 2.

DISCUSSÃO

Com o objetivo de facilitar a leitura, as grandezas cefalométricas serão discutidas divididas em tópicos. Em razão de não terem sido encontradas diferenças estatisticamente significativas entre os sexos na grande maioria das grandezas estudadas (exceção para H-Nariz e Linha E-Li em Classe II, divisão 1ª), organizou-se a discussão nos valores da média geral de cada grandeza, para todos os cinco grupos estudados.

Avaliação sagital das bases ósseas

Uma das validades dos estudos cefalométricos é quantificar erros de amostras discrepantes, comparando-os com valores normativos que serão determinados no estudo dessa amostra26. É observado, entretanto, que da mesma forma que faces equilibradas, denominadas Padrão I, podem apresentar qualquer tipo de má oclusão, a oclusão normal pode ser observada em faces Padrões II, III, Faces Longa ou Curta com discrepâncias moderadas, passíveis de compensações dentárias naturais ou ortodônticas8. No presente estudo, as características oclusais avaliadas para caracterizar o grupo de oclusão normal (grupo 1) estavam de acordo com os conceitos de Angle2. Os valores médios do ângulo ANB para o sexo feminino foram de 2,13º e para o sexo masculino foram de 1,90º. Em uma análise facial qualitativa, todos os indivíduos desse grupo apresentaram equilíbrio dos tecidos moles faciais com os lábios em contato em postura de repouso, embora não tenha sido levado em consideração o tipo de padrão8. Analisando os valores compostos (Padrões Normais de McNamara), encontraram-se em 5 pacientes femininos (n=20) e em 5 pacientes masculinos (n=20) boa proporção entre Co-A, Co-Gn e ENA-Me (25% da amostra), embora, na média, as grandezas cefalométricas tenham mostrado boa relação anteroposterior das bases ósseas. Não foi encontrada diferença estatisticamente significativa na posição sagital da maxila entre os 5 grupos estudados. Outras investigações7,30 confirmam esses resultados em pacientes com Classe II, divisões 1ª e 2ª.

No grupo 5 (Classe III), a maxila avaliada pelo plano palatino e pela distância Co-A apresentou as menores médias com relação aos grupos estudados. Um estudo29 com jovens xantodermas, com má oclusão de Classe III, mostrou diferenças significativas para os valores de ANB e para o comprimento efetivo da maxila (Co-A) entre os grupos de Classes III e I, determinando uma retrusão maxilar esquelética no grupo Classe III. Embora a amostra aqui usada seja de leucodermas, os resultados desse estudo29 estão em concordância com os do presente estudo.

Caso se reporte ao crescimento craniofacial, coincidentemente com o crescimento da base anterior do crânio, a maxila migra para frente em uma medida muito semelhante, mantendo, dessa forma, o ângulo SNA relativamente constante15. Conforme descrito na literatura12, há um aumento progressivo e significativo em todas as dimensões da base do crânio no grupo de Classe III, passando pelo grupo de Classe I até os grupos de Classe II, estando em concordância com os resultados desse estudo. Da mesma forma, a base anterior do crânio é reduzida nos pacientes Classe III, quando comparada com aqueles com oclusão normal13. Sendo assim, a utilização da base anterior do crânio como referência é passível de desconfiança, já que pode alterar a leitura dos ângulos SNA, SNB e ANB.

A posição da mandíbula (SNB) no grupo 2 (Classe I) apresentou-se ligeiramente retruída, com o ângulo ANB mostrando diferença estatística com os grupos 3 e 4 (Classe II, divisões 1ª e 2ª) e grupo 5 (Classe III). O comprimento efetivo da mandíbula (Co-Gn) e a distância Goc-Me no grupo 3 (Classe II, divisão 1ª) apresentaram-se bem diminuídos, com diferenças estatísticas em relação ao grupo 1 (oclusão normal), resultado encontrado em outros estudos19,20. A mandíbula apresentou acentuada retrusão, muito semelhante à dos pacientes do grupo 4 (Classe II, divisão 2ª). Como consequência, ocorreu discrepância sagital entre as bases ósseas, aumentando o ângulo ANB3,4. Esses achados corroboram os resultados de investigações14,22 que, estudando uma população clínica portadora de má oclusão de Classe II, verificaram que, em média, a maxila estava numa posição neutra e, quando não, estava mais numa posição retrusiva do que protrusiva, afirmando, ainda, que a retrusão mandibular esquelética foi a característica mais comum na amostra de Classe II. Resultados de um estudo6 também mostraram maior comprimento mandibular no grupo de oclusão normal, comparado com o grupo de Classe II, divisão 1ª. A longitude facial (S-Gnc) apresentou-se reduzida em razão da pequena dimensão da mandíbula nos grupos 3 e 4 (Classe II), diferindo esses grupos dos outros. A profundidade facial (N-Goc) mostrou, no grupo 4 (Classe II, divisão 2ª), valores similares aos do grupo 1 (oclusão normal), provavelmente em razão de esses dois grupos apresentarem padrão de crescimento facial hipodivergente.

Nos pacientes do grupo 5 (Classe III), as distâncias Co-Gn e Goc-Me apresentaram diferenças significativas em relação a todos os grupos estudados, com exceção do grupo 1 (oclusão normal). No sentido sagital, a mandíbula mostrou-se protruída (SNB) e, mais uma vez, vale lembrar que o encurtamento da base anterior do crânio, frequentemente presente nos pacientes portadores de Classe III, pode alterar a leitura do ângulo SNB. A longitude facial (S-Gnc) também se apresentou maior no grupo 5 (Classe III), quando comparado aos outros grupos, e a profundidade facial (N-Goc) mostrou a menor média, provavelmente pela possível retrusão do ponto Násio.

Avaliação vertical das bases ósseas

O grupo 1 (oclusão normal) apresentou, na média, crescimento facial hipodivergente, com rotação no sentido anti-horário28: o sexo feminino, com 14 pacientes com padrões hipodivergentes e 6 neutros (n=20), com média de 64,99% (mínimo 59,44% e máximo 73,5%); e o sexo masculino, com 16 hipodivergentes, 3 neutros e 1 hiperdivergente (n=20), com média de 67,45% (mínimo 58,8% e máximo 76,89%). As distâncias S-Ar e Ar-Goc apresentaram as maiores médias gerais. Cada vez que a relação entre a base posterior do crânio e a altura do ramo da mandíbula se aproxima de 1:1, constata-se a presença de um ramo curto15. A relação entre as distâncias S-Ar e Ar-Goc nesse grupo foi de 1:1,34, caracterizando um aumento da altura do ramo e da rotação no sentido anti-horário da mandíbula, favorecendo um padrão hipodivergente.

Avaliando o Quociente de Jarabak, os pacientes do grupo 2 (Classe I) apresentaram padrão de crescimento facial neutro, de acordo com estudos prévios1,5,28. Com relação à altura facial anterior (N-Me), algumas investigações9,16 têm mostrado que os indivíduos do sexo masculino apresentam essa dimensão geralmente maior que os do sexo feminino, corroborando os achados do presente estudo. Quando ocorrem alterações nas proporções faciais anteriores, a dimensão da altura facial inferior (ENA-Me) é a que contribui mais com essas modificações11,17, e a altura facial superior permanece com poucas modificações.

No grupo 3 (Classe II, divisão 1ª), a altura facial posterior (S-Goc) apresentou a menor média dos grupos estudados. Avaliando-se o Quociente de Jarabak, o grupo 3 (Classe II, divisão 1ª) apresentou padrão de crescimento facial neutro, corroborando os achados de Siriwat e Jarabak28.

No grupo 4 (Classe II, divisão 2ª), maxila e mandíbula apresentaram discrepância anteroposterior das bases ósseas, que foi mascarada não só pela marcante diminuição da altura facial anteroinferior (AFAI), mas também pela reduzida altura facial anterior (N-Me). Essas duas grandezas mostraram diferenças estatisticamente significativas, com o grupo 4 (Classe II, divisão 2ª) apresentando as menores médias em relação aos grupos estudados.

O comprimento da base posterior do crânio, representado pela grandeza S-Ar, mostrou-se aumentado, similar aos valores do grupo 1 (oclusão normal); e a altura do ramo (Ar-Goc) apresentou diferença estatística em relação ao mesmo grupo. A combinação entre as alturas faciais posterior e anterior resultou em um padrão de crescimento facial hipodivergente28 nesse grupo de má oclusão. Pelos resultados encontrados, parece que a rotação anti-horária da mandíbula está mais associada à reduzida altura facial anterior do que a uma excessiva altura facial posterior. O grupo 4 (Classe II, divisão 2ª) tem como característica uma pequena altura facial anterior, acompanhada de uma excessiva sobremordida18. Os resultados do presente estudo estão em concordância com os de outras investigações1,7,25,28 que também encontraram hipodivergência nesse grupo de má oclusão. Por outro lado, uma pesquisa mostrou que, em indivíduos Classe II, divisões 1ª e 2ª, encontram-se ambos os padrões, hipo e hiperdivergente24. Os autores24 concluíram que, exceto pela posição dos incisivos superiores, não existe qualquer diferença básica na morfologia dentoesquelética entre as más oclusões de Classe II, divisão 1ª, e Classe II, divisão 2ª. Na presente amostra, encontrou-se 33 de 40 indivíduos (82,5%) do grupo 4 (Classe II, divisão 2ª) com padrão de crescimento hipodivergente e apenas 7 (17,5%) com padrão neutro. O grupo 3 (Classe II, divisão 1ª) apresentou 19 de 40 indivíduos (47,5%) com padrão hipodivergente, 13 (32,5%) com o neutro e 8 (20%) com o hiperdivergente. Os resultados atuais não confirmam os achados de Pancherz et al.24, levando-se em consideração que na presente amostra não houve casos de hiperdivergência no grupo 4 (Classe II, divisão 2ª). Outro aspecto importante a ser considerado é o tamanho da amostra desse estudo24, que foi de 347 más oclusões de Classe II, divisão 1ª, e 156 de Classe II, divisão 2ª. O presente estudo utilizou 40 Classe II, divisão 1ª, e 40 Classe II, divisão 2ª. Sendo assim, alguns autores18 definem as tipologias da Classe II, divisão 2ª, em dois tipos: "fácil", com ramo mandibular longo ou tipologia mandibular braquifacial; e"difícil", com ramo mandibular curto ou tipologia mandibular dolicofacial.

No grupo 5 (Classe III), a altura facial anterior (N-Me) apresentou diferença estatística apenas em relação ao grupo 4 (Classe II, divisão 2ª). O comprimento da base posterior do crânio (S-Ar) apresentou valores reduzidos em relação a todos os grupos estudados. A combinação das alturas faciais posterior (S-Goc) e anterior (N-Me) resultou em um padrão de crescimento facial neutro. Conflitando com os resultados da presente pesquisa, Siriwat e Jarabak28 encontraram um padrão de crescimento hipodivergente nos pacientes Classe III.

Posicionamento dentoalveolar

No grupo 1 (oclusão normal), avaliando o posicionamento dos incisivos superiores, encontrou-se na grandeza 1.PP no sexo feminino a média de 112,60º (mínimo 103º e máximo 127º); e no masculino, 113,90º (mínimo 100º e máximo 128º).

Avaliando o posicionamento dos incisivos inferiores, o IMPA apresentou para o sexo feminino média de 92,5º (mínimo de 86º e máximo de 99º); e para o masculino, 94,67º (mínimo 79º e máximo 107º). A posição dos incisivos é mais bem avaliada com relação às suas bases ósseas por meio dos ângulos entre o incisivo superior e o plano palatino, e entre o incisivo inferior e o plano mandibular. Essas medidas evitam que erros sagitais nas bases ósseas comprometam a avaliação das posições dentárias26. Na presente pesquisa, obteve-se a média geral para 1.PP (113,25º) maior que a preconizada por Schwartz (110º), em concordância com os achados de Reis et al.26 (115,2º), embora os autores tenham avaliado uma casuística de indivíduos com Padrão I (indivíduo normal com má oclusão), porém sem discrepância esquelética8. Os resultados da amostra em estudo mostraram a inclinação dos incisivos inferiores (média geral 93,58º) em concordância com resultados encontrados na literatura21,26. A média geral para o ângulo ANB foi de 2,01º (variando de -2º a 5,5º) e as discrepâncias esqueléticas, presentes em alguns casos, foram compensadas pela posição dos incisivos superiores e inferiores, na busca do equilíbrio facial.

Em relação aos grupos de más oclusões, o que chama mais a atenção são as compensações dentárias nos grupos 4 e 5 (Classe II, divisão 2ª; e Classe III). Os resultados do grupo 4 (Classe II, divisão 2ª) confirmam investigações prévias7,24 que também encontraram os incisivos superiores retroinclinados. No grupo 5 (Classe III), a compensação dentoalveolar mostrou-se presente, principalmente, quando avaliados os incisivos superiores em relação ao plano palatino (1.PP aumentado), embora só tenha mostrado diferença estatística em relação ao grupo 4 (Classe II, divisão 2ª). Por outro lado, os incisivos inferiores, em relação ao plano mandibular (IMPA), apresentaram o valor diminuído e diferente estatisticamente em relação a todos os outros grupos. Como se pode observar, a compensação dentária foi mais à custa dos incisivos inferiores, em relação aos superiores. O grupo 3 (Classe II, divisão 1ª) apresentou a maior protrusão dentária, comparada com a dos outros grupos.

Perfil facial

No grupo 1 (oclusão normal), quando avaliadas as grandezas H-Nariz (média: 5,73mm) e H.NB (média: 12,26º), observou-se tendência ao perfil mais convexo, pela maior protrusão. Com relação à distância do lábio inferior ao plano estético de Ricketts, encontrou-se a média de 1,4mm (15 anos e 9 meses). Essa distância aumenta 0,2mm por ano, e aos 8 anos e 6 meses deve ser de 2mm27. Segundo Ricketts, aos 12 anos deveria medir -2,8mm, -3mm aos 13 anos e -3,2mm aos 14 anos. Coincidindo com os resultados do presente estudo, Nobuyasu et al.23 também encontraram o lábio inferior posicionado mais anteriormente em comparação ao padrão preconizado por Ricketts. Isso em razão da maior protrusão das amostras estudadas, provavelmente devido à maior miscigenação nos leucodermas brasileiros23.

Os grupos 3 e 4 (Classe II, divisões 1ª e 2ª) apresentaram retrusão mandibular, como já foi mencionado anteriormente. O grupo 3 (Classe II, divisão 1ª) apresentou o perfil mais convexo, quando comparado com os outros grupos. No grupo 4 (Classe II, divisão 2ª), o perfil facial foi com valores similares aos do grupo 1 (oclusão normal) pelo fato da reduzida altura facial anterior, que provocou rotação mandibular no sentido anti-horário e mascarou a deficiência mandibular. Uma avaliação da influência da posição mandibular na estética facial determinou que o perfil mais agradável foi o de portadores de má oclusão de Classe I com padrão vertical normal10. O grupo 5 (Classe III) apresentou o perfil mais côncavo em razão da discrepância sagital das bases ósseas (excesso mandibular, deficiência maxilar ou combinação de ambos os fatores).

CONCLUSÕES

1) Os grupos de oclusão normal e má oclusão de Classe II, divisão 2ª, apresentaram padrão de crescimento hipodivergente, enquanto os grupos de más oclusões de Classe I, Classe II, divisão 1ª, e Classe III apresentaram padrão de crescimento neutro (segundo Siriwat e Jarabak).

2) No sentido sagital, o retrognatismo mandibular foi a característica mais comum nos grupos de más oclusões de Classe II, divisões 1ª e 2ª. No grupo de má oclusão de Classe III, em razão do encurtamento da base anterior do crânio, a avaliação sagital, por meio dos ângulos SNB e SNA, ficou comprometida, embora o tamanho da maxila estivesse diminuído pelas grandezas estudadas (Co-A e ENA-ENP).

3) As maiores compensações dentárias ocorreram na Classe III e na Classe II, divisão 2ª.

4) O perfil facial no grupo de má oclusão de Classe II, divisão 1ª, apresentou-se mais convexo e o lábio inferior ultrapassou a linha E de Rickets. O grupo de oclusão normal mostrou perfil mais convexo que os padrões norte-americanos.

Enviado em: 29 de fevereiro de 2008

Revisado e aceito: 26 de dezembro de 2009

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  • Endereço para correspondência
    Júlio César Mota Pereira
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  • Datas de Publicação

    • Publicação nesta coleção
      03 Jan 2012
    • Data do Fascículo
      Out 2011

    Histórico

    • Recebido
      29 Fev 2008
    • Aceito
      26 Dez 2009
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