Resumos
Na família Euphorbiaceae o gênero Manihot destaca-se, principalmente, pela complexidade taxonômica. Trata-se de um gênero neotropical, com 98 espécies distribuídas do Texas até a Argentina. No Brasil, a região do Planalto Central, em especial os Estados de Goiás e Minas Gerais, e o da Bahia no Nordeste podem ser considerados os centros de diversidade do táxon. O objetivo do presente trabalho foi elaborar a monografia do gênero Manihot no Estado de São Paulo. Foram encontradas dez espécies do gênero Manihot: Manihot anomala Pohl, M. caerulescens Pohl, M. fruticulosa Pohl, M. gracilis Pohl, M. grahamii Hook., M. inflata Müll. Arg., M. jolyana Cruz, M. pilosa Pohl, M. procumbens Müll. Arg. e M. tripartita (Spreng.) Müll. Arg. Neste trabalho propõe-se que M. jolyana Cruz e M. handroana Cruz sejam tratadas como uma única espécie, sendo, portanto, proposta a sinonimização.
distribuição geográfica; florística; taxonomia
Among Euphorbiaceae, the genus Manihot stands out primarily by its taxonomic complexity. It is a Neotropical genus with 98 species distributed from Texas to Argentina. In Brazil, the region of Planalto Central, especially the states of Minas Gerais and Goiás,and the state of Bahia in the Northeast region can be considered the centers of diversity forthe taxon. The aim of this study was to prepare a monograph of the genus Manihot in São Paulo State. Ten species of the genus Manihot were found: Manihot anomala Pohl, M. caerulescens Pohl, M. fruticulosa Pohl, M. gracilis Pohl, M. grahamii Hook., M. inflata Müll. Arg., M. jolyana Cruz, M. pilosa Pohl, M. procumbens Müll. Arg., and M. tripartita (Spreng.) Müll. Arg. In this synopsis, it is proposed that M. jolyana Cruz and M. handroana Cruz would be treated as a single species, therefore,we propose the synonymization.
floristic; geographical distribution; taxonomy
ARTIGOS
Sinopse do gênero Manihot Mill. (Euphorbiaceae) no Estado de São Paulo, Brasil
Synopsis of the genus Manihot Mill. (Euphorbiaceae) in São Paulo State, Brazil
Priscila OrlandiniI, * * Autor para correspondência: priscilaorlandini@gmail.com ; Letícia Ribes de LimaII
IUniversidade Federal de São Carlos, Centro de Ciências Agrárias, Av. Anhaquera, km 174, SP 330, 13600-970 Araras, SP, Brasil
IIUniversidade Federal de Alagoas/ICBS, Campus A.C. Simões, Av. Lourival Melo Mota, s/n, Cidade Universitária, 57072-900 Maceió, AL, Brasil
RESUMO
Na família Euphorbiaceae o gênero Manihot destaca-se, principalmente, pela complexidade taxonômica. Trata-se de um gênero neotropical, com 98 espécies distribuídas do Texas até a Argentina. No Brasil, a região do Planalto Central, em especial os Estados de Goiás e Minas Gerais, e o da Bahia no Nordeste podem ser considerados os centros de diversidade do táxon. O objetivo do presente trabalho foi elaborar a monografia do gênero Manihot no Estado de São Paulo. Foram encontradas dez espécies do gênero Manihot: Manihot anomala Pohl, M. caerulescens Pohl, M. fruticulosa Pohl, M. gracilis Pohl, M. grahamii Hook., M. inflata Müll. Arg., M. jolyana Cruz, M. pilosa Pohl, M. procumbens Müll. Arg. e M. tripartita (Spreng.) Müll. Arg. Neste trabalho propõe-se que M. jolyana Cruz e M. handroana Cruz sejam tratadas como uma única espécie, sendo, portanto, proposta a sinonimização.
Palavras-chave: distribuição geográfica, florística, taxonomia.
ABSTRACT
Among Euphorbiaceae, the genus Manihot stands out primarily by its taxonomic complexity. It is a Neotropical genus with 98 species distributed from Texas to Argentina. In Brazil, the region of Planalto Central, especially the states of Minas Gerais and Goiás,and the state of Bahia in the Northeast region can be considered the centers of diversity forthe taxon. The aim of this study was to prepare a monograph of the genus Manihot in São Paulo State. Ten species of the genus Manihot were found: Manihot anomala Pohl, M. caerulescens Pohl, M. fruticulosa Pohl, M. gracilis Pohl, M. grahamii Hook., M. inflata Müll. Arg., M. jolyana Cruz, M. pilosa Pohl, M. procumbens Müll. Arg., and M. tripartita (Spreng.) Müll. Arg. In this synopsis, it is proposed that M. jolyana Cruz and M. handroana Cruz would be treated as a single species, therefore,we propose the synonymization.
Keywords: floristic, geographical distribution, taxonomy.
Introdução
Euphorbiaceae é uma das mais diversificadas e complexas famílias de Angiospermas e a maior da ordem Malpighiales (Wurdack & Davis 2009), compreendendo cerca de 246 gêneros e aproximadamente 6.300 espécies (Govaerts et al. 2000, Radcliffe-Smith 2001). Representantes da família podem ser encontrados no mundo todo, com exceção das regiões polares. O centro de diversidade de Euphorbiaceae encontra-se na região indomalaia, mas a região dos trópicos do Novo Mundo constitui uma área onde também ocorrem muitas espécies (Caruzo & Cordeiro 2007).
No Brasil, são encontrados cerca de 63 gêneros e 910 espécies (Cordeiro et al. 2013), estando entre as principais famílias da flora nacional. Dentre os gêneros mais diversos pode-se destacar: Croton (300 spp.), Manihot (98 spp.), Dalechampia (50 spp.) e Acalypha (40 spp.). No Estado de São Paulo a família está representada por aproximadamente 35 gêneros e 150 espécies (Caruzo & Cordeiro 2007).
Euphorbiaceae também está entre as famílias de maior importância econômica das Angiospermas, tendo como principais produtos a borracha e alguns óleos, empregados mundialmente. Algumas espécies da família são utilizadas na alimentação humana, como a mandioca (Manihot esculenta Crantz) e na medicina popular, como o "óleo-de-rícino", extraído das sementes da mamona (Ricinus communis L.) e utilizado como laxante. Este mesmo óleo é também utilizado na indústria aeronáutica para lubrificação de motores de avião e, mais recentemente, tem sido utilizado, no Brasil, para produção de biodiesel. Na família também ocorrem plantas utilizadas como ornamentais, entre elas a coroa-de-cristo (Euphorbia milli L.) e o bico-de-papagaio (Euphorbia pulcherrima Willd.).
Os membros da família apresentam hábito herbáceo, arbustivo, arbóreo ou escandente (lianas e trepadeiras volúveis). Suas folhas são alternas, raramente opostas ou verticiladas, simples ou, menos frequentemente, compostas (digitadas), em geral, estipuladas. As inflorescências, terminais ou axilares, podem ser tirsos, panículas ou pseudantos, sendo este último tipo encontrado no gênero Dalechampia L., circundada por um par de brácteas alternas, denominada ciátio no gênero Euphorbia L. Suas flores são sempre diclinas e actinomorfas, raro zigomorfas, monoclamídeas, diclamídeas ou aclamídeas. Os frutos são, em geral, do tipo cápsula septicida-loculicida, com carpóforo persistente (Judd et al. 2009).
Manihot é um gênero neotropical com cerca de 98 espécies distribuídas desde o Texas, nos Estados Unidos, até a Argentina. De acordo com Radcliffe-Smith (2001), o gênero apresenta um grande número de espécies representadas no Brasil; o levantamento mais recente aponta para a ocorrência de 78 espécies, das quais 67 são nativas (Cordeiro et al. 2013). Espécies do gênero estão distribuídas por todo o país, mas os Estados da Bahia, Goiás e Minas Gerais e, especialmente o Planalto Central, podem ser considerados os centros de diversidade de Manihot no Brasil. De acordo com Duputié & Mckey (2011), o gênero apresenta dois centros de endemismos: o sudoeste mexicano (com 18 espécies reconhecidas) e o Cerrado do Brasil Central (com 41 espécies descritas para os Estados de Goiás e o Distrito Federal).
Pax (1910) publicou o mais completo estudo sobre Manihot, no qual foram listadas 128 espécies, distribuídas em 11 seções. Outros trabalhos que tratam da taxonomia do gênero e que merecem destaque são os de Pohl (1827), Baillon (1858), Mueller (1866, 1873), Croizat (1942) e Cruz (1965, 1967, 1968). Rogers & Appan (1973) publicaram a monografia de Manihot na obra "Flora Neotropica", mas embora este trabalho tenha abrangido todas as espécies neotropicais do gênero, muitos táxons ainda permanecem duvidosos, especialmente os que ocorrem no Brasil. Merecem destaque também os estudos de Allem (1993, 1999, 2002), com estudo palinológico de Manihot, com a publicação de novas espécies, e sobre a origem e a taxonomia de Manihot esculenta. Recentemente, Martins et al. (2011) publicaram uma nova espécie de Manihot ocorrente no Estado de Sergipe: Manihot breviloba. Também, nesse mesmo ano, Duputié & Mckey (2011) publicaram um estudo filogenético do gênero.
Manihot apresenta hábito variando de subarbustivo a arbóreo, ou até mesmo lianescente, com látex sempre presente, todavia produzido em diferentes quantidades (Rodrigues 2007), embora haja autores que citem que a produção de látex nem sempre esteja presente no gênero (Rogers & Appan 1973). É característica no gênero a presença de glicosídeos cianogênicos que podem variar em concentração, de poucas até 500 partes por milhão (Rogers & Appan 1973). As folhas são simples, raro compostas, alternas, subsésseis a longo-pecioladas, às vezes peltadas, inteiras, palmado-lobadas a lobadas, com lobos variando em número e profundidade, ou raramente trifolioladas; as estípulas estão presentes e podem ser cedo caducas ou persistentes na planta madura. As inflorescências são terminais, raramente axilares, em geral monóicas, raramente dióicas e podem ser do tipo racemo ou panícula, com as flores pistiladas, em geral ocupando a região proximal do pedúnculo; as brácteas são geralmente foliáceas, caducas ou persistentes e podem apresentar a margem não inteira (serreada, serrilhada, laciniada, etc.); tanto as flores estaminadas quanto as pistiladas possuem perianto com um único verticilo com peças livres ou unidas. As flores estaminadas são urceoladas, campanuladas ou infundibuliformes e apresentam cinco sépalas unidas por aproximadamente metade do comprimento; o disco nectarífero está sempre presente e pode ser inteiro ou segmentado; os estames são insertos, didínamos, em número de 10 ou mais, raramente oito, e estão distribuídos em dois verticilos, inseridos nos lobos do disco nectarífero; os filetes são livres e as anteras dorsifixas com deiscência longitudinal; os grãos de pólen são esféricos, periporados, do tipo crotonóide; o pistilódio, quando presente, é pequeno e trífido. As flores pistiladas também apresentam cinco sépalas que podem ser livres ou completamente unidas; o disco nectarífero está sempre presente e é, em geral, carnoso, amarelo, vermelho ou alaranjado, inteiro ou lobado; o ovário é súpero, em geral imerso no disco nectarífero, sincárpico, tricarpelar e trilocular, alado ou sem alas, com um óvulo por lóculo; o estigma é trilobado, séssil ou subséssil; o óvulo é anátropo. Os frutos são do tipo cápsula com deiscência septicida, frequentemente também com deiscência loculicida ou indeiscentes (Oliveira 2009), variam de ovóides a elipsóides e podem ou não apresentar alas longitudinais; as sementes são características da família Euphorbiaceae, ou seja, apresentam uma carúncula pouco ou muito desenvolvida na região da micrópila, endosperma abundante e embrião com cotilédones finos e planos.
No Brasil são encontradas 78 espécies de acordo com Cordeiro et al. (2013), das quais 67 são endêmicas do país. Na região do Planalto Central, em especial no Estado de Goiás e no Distrito Federal, Duputié & Mckey (2011), encontraram 41 espécies e destacaram que uma das espécies ali presentes, Manihot brachyloba Müll. Arg., ocorre tanto na América do Sul quanto na América do Norte, sendo encontrada também numa pequena área da Costa Rica. De acordo com estudos filogenéticos envolvendo o gênero, Manihot é um grupo monofilético, todavia a sua reconstrução ainda está repleta de politomias (Duputié & Mckey 2011), o que mostra a necessidade de mais estudos filogenéticos do gênero.
No Estado de São Paulo são encontradas 10 espécies de Manihot, das quais uma não estava citada na monografia de Rogers & Appan (1973) e nem na Lista de Espécies da Flora do Brasil (Cordeiro et al. 2013): Manihot fruticulosa Pohl. Essas espécies podem ser distinguidas, principalmente, pelo tipo, forma e tamanho das folhas, presença ou não de indumento, número de lobos foliares e margem das estípulas.
O objetivo deste trabalho foi elaborar a monografia do gênero Manihot para o Estado de São Paulo e, com isso, verificar quais as espécies do gênero que ocorrem no Estado, auxiliando o término da monografia da família Euphorbiaceae.
Material e métodos
Área de abrangência - O Estado de São Paulo localiza-se entre as latitudes 19°47'-25°19'S e as longitudes 53º06'-44°10'W, abrangendo uma área total de 248.256 km², sendo cortado pelo Trópico de Capricórnio (Wanderley et al. 2005). Varia, em altitude, desde o nível do mar até 2.770 m no seu ponto mais alto, a Pedra da Mina, na Serra da Mantiqueira (Wanderley et al. 2005). O clima é caracterizado por estações úmidas e secas bem definidas, na maior parte do Estado, exceto nas encostas da Serra do Mar, próximo à costa, onde a estação seca é muito curta e, embora o clima seja basicamente tropical, geadas esporádicas podem ocorrer durante o inverno (junho-agosto) em regiões de baixa altitude do Centro-Oeste e, regularmente, nas montanhas acima de 1.200 m de altitude (Wanderley et al. 2005).
Foram analisadas coleções do gênero Manihot depositadas nos principais herbários paulistas: SP, SPF, UEC, ESA, IAC e HRCB (acrônimos de acordo com Holmgren et al. 1990).
As ilustrações foram elaboradas utilizando-se fotografias e exsicatas do hábito de algumas espécies. Para ilustrar características das flores e dos frutos, esses foram reidratados e observados sob estereomicroscópio com câmara-clara acoplada.
Resultados e Discussão
No Estado de São Paulo são encontradas 10 espécies de Manihot: M. anomala Pohl, M. caerulescens Pohl, M. fruticulosa Pohl, M. gracilis Pohl, M. grahamii Hook., M. inflata Müll. Arg., M. jolyana Cruz, M. pilosa Pohl, M. procumbens Müll. Arg. e M. tripartita (Spreng.) Müll. Arg.
De acordo com a "Lista de Espécies da Flora do Brasil" (Cordeiro et al. 2013), no Estado de São Paulo são encontradas 12 espécies, além de seis subespécies de Manihot. As subespécies ocorrentes no Estado são: M. anomala Pohl subsp. anomala, M. caerulescens Pohl subsp. caerulescens, M. tripartita (Spreng.) Müll. Arg. subsp. tripartita, M. tripartita subsp. humilis (Müll. Arg.) D.J. Rogers & Appan, M. gracilis Pohl subsp. gracilis e M. gracilis subsp. varians (Pohl) D. J. Rogers & Appan. Todavia, por serem táxons que possuem muitos caracteres que se sobrepõem, e cuja diferenciação, na grande maioria, está baseada na densidade do indumento foliar, optou-se, neste trabalho, por tratar os táxons no nível de espécie; entretanto, a ocorrência de subespécies está devidamente indicada nos comentários sobre os táxons. Outras duas espécies (M. pentaphylla Pohl e M. tenella Müll. Arg.) foram citadas na "Lista de Espécies da Flora do Brasil" (Cordeiro et al. 2013) como ocorrentes no Estado de São Paulo e não foram incluídas neste trabalho pois, mesmo analisando criteriosamente todas as coleções depositadas nos herbários, não foram encontrados materiais destes táxons; assim talvez seja necessária uma revisão do checklist apresentado na obra supracitada. Manihot pentaphylla, por exemplo, não é citada como um táxon de ocorrência natural no Estado de São Paulo na monografia de Rogers & Appan (1973), e sim dos Estados do Pará, Goiás e Minas Gerais no Brasil, além do Paraguai. A citação de M. pentaphylla na "Lista de Espécies da Flora do Brasil" como ocorrente no Estado de São Paulo pode ser atribuída a um erro de identificação, tendo em vista que essa espécie é bastante semelhante a M. fruticulosa, táxon encontrado na região de Pedregulho, cidade que faz divisa com o Estado de Minas Gerais. Vale ressaltar que na monografia de Rogers & Appan (1973) os autores já ressaltam a semelhança morfológica entre essas duas espécies, já que ambas apresentam os lobos foliares com formato semelhante e hábito idêntico. No caso de M. tenella Müll. Arg., embora a coleção-tipo seja do Estado de São Paulo, este material não se encontra disponível nos herbários do Estado para ser observado, e os únicos materiais localizados não foram coletados no Brasil, e sim no Paraguai, e estando depositados no "The Missouri Botanical Garden's Herbarium" (MO). Outro táxon citado na "Lista de Espécies da Flora do Brasil" (Cordeiro et al. 2013) - M. handroana Cruz - está sendo tratado neste manuscrito como sinônimo de M. jolyana Cruz, sendo proposta aqui a sinonimização formal, pois a análise de todos os materiais disponíveis, bem como das obras princeps não mostraram diferenças significativas para tratar esses dois nomes como espécies distintas.
Manihot esculenta Crantz é outra espécie do gênero não citada para o Estado de São Paulo na "Lista de Espécies da Flora do Brasil" (Cordeiro et al. 2013), mas apenas para o Nordeste brasileiro, para os domínios fitogeográficos da Amazônia e do Cerrado. Essa espécie é conhecida, popularmente, como "mandioca", "aipim", "macaxeira", dentre outros nomes e trata-se de uma espécie de extrema importância econômica devido ao acúmulo de amido em suas raízes, o que a torna a base da alimentação de muitos povos, sendo, por isso, amplamente cultivada e consumida no mundo todo. Em alguns dos materiais analisados a espécie foi coletada em locais de formações naturais, com condições de Cerrado, todavia não será tratada no escopo deste trabalho por não haver a devida certeza se a espécie está de fato ocorrendo naturalmente nestas formações fitogeográficas ou se foi, de algum modo, ali introduzida. De qualquer modo, a espécie foi aqui ilustrada (figura 1G).
Chave para as espécies de Manihot do Estado de São Paulo
1. Margem das folhas variando de laciniada a profundamente recortada ................................................................................................ 9. M. procumbens
1. Margem das folhas inteira, revoluta, levemente revoluta a sinuosa
2. Face adaxial das folhas tomentosa
3. Folhas palmatipartidas; junção entre os lobos foliares ausente ou com no máximo 0,3 cm compr.; brácteas das flores femininas e masculinas com margem laciniada; ovário tomentoso .................................................................................... 10. M. tripartita
3. Folhas palmatissectas; junção entre os lobos foliares igual ou superior a 1 cm compr.; brácteas das flores femininas e masculinas com margem inteira; ovário glabro ....................................... 7. M. jolyana
2. Face adaxial das folhas glabra a glabrescente
4.Lobos foliares lineares, reflexos; filetes com até 0,3 cm compr.
5. Lobos foliares com 0,3-0,5 cm larg.; estípulas com margem inteira; brácteas inconspícuas, 0,1-0,3 cm compr., com margem inteira; sépalas das flores masculinas elípticas a estreitamente elípticas .................................................................................................... 3. M. fruticulosa
5. Lobos foliares com mais de 0,5 cm larg.; estípulas com margem laciniada; brácteas conspícuas, 0,3-1 cm compr., com margem laciniada; sépalas das flores masculinas
obtruladas a obtriangulares .................................................................................................... 4. M. gracilis
4.Lobos foliares com formatos variados, nunca lineares, nem reflexos; filetes sempre maiores que 0,4 cm compr.
6. Folhas lobadas, palmatipartidas, algumas vezes inteiras
7. Ápice das folhas ou dos lobos foliares obtuso, apículo sempre presente; estames 10, 5 maiores e 5 menores; frutos indeiscentes .................................................................. 2. M. caerulescens
7. Ápice das folhas ou dos lobos foliares agudo, raro aristado, cuspidado a caudado; estames 10, todos de mesmo tamanho; frutos deiscentes ................................................. 1. M. anomala
6. Folhas lobadas, palmatissectas, nunca inteiras
8. Botões das flores masculinas bifusiformes e constritos na base ........................................... 8. M. pilosa
8. Botões das flores masculinas não bifusiformes e não constritos na base
9. Folhas com 7-13 lobos; estames 10, iguais entre si; frutos indeiscentes ...................... 5. M. grahamii
9. Folhas com (3)5-6(7) lobos; estames 10, 5 maiores e 5 menores; frutos deiscentes
10. Lobos da base das folhas sempre muito menores do que os demais; estípulas filiformes, 0,7-1,1 cm compr.; brácteas das flores femininas filiformes, ca. 0,5 cm compr............................................................................................... 6. M. inflata
10. Lobos da base das folhas semelhantes aos demais, raro menores em algumas folhas; estípulas filiformes até 0,4 cm compr.; brácteas das flores femininas lanceoladas a ovais, 0,7-1 cm compr. .......................................................................................... 7. M. jolyana
1. Manihot anomala Pohl, Pl. Bras. Icon. Descr. 1: 27, pl. 21. 1827.
Nomes populares: mandioca-de-veado, mandioquinha-do-campo
Trata-se de uma das espécies de Manihot mais amplamente distribuídas, podendo ser encontrada, além do Brasil, no Paraguai, Peru, Bolívia e Argentina (Rogers & Appan 1973). No Brasil ocorre nas regiões Norte (PA), Centro-Oeste (MT e GO) e Sudeste (MG e SP) (Cordeiro et al. 2013). No Estado de São Paulo, tem como hábitat preferencial as regiões de Cerrado sensu stricto, mas também pode ser encontrada em bordas de mata de galeria, especialmente em solos areno-argilosos, com afloramentos de calcário (Rodrigues 2007). Apresenta uma subespécie que é descrita para o Estado de São Paulo: M. anomala Pohl subsp. anomala.
Material selecionado: BRASIL. SÃO PAULO: Bauru, I-1997, M.H.O. Pinheiro 261 (HRCB); Itararé, IV-1995, sem coletor, s.n. (SP299975); Itirapina, XII-1994, K.D. Barreto 3353 (ESA); Magda, IX-1994, L.C. Bernacci et al. 883 (SP); Paulo de Faria, X-1994, V.C. Souza 12287 (ESA); Pindorama, XII-1938, O.T. Mendes s.n. (SP43923); Pirassununga, I-2000, J.P. Souza 3037 (ESA); Sales, XII-2008, B.M. Locardi et al. 31 (ESA).
2. Manihot caerulescens Pohl, Pl. Bras. Icon. Descr. 1: 56. 1827.
Ocorre nos domínios fitogeográficos da Amazônia, Caatinga, Cerrado e Mata Atlântica (Cordeiro et al. 2013), abrangendo os Estados do Amapá, Pará, Bahia, Ceará, Maranhão, Pernambuco, Piauí, Goiás, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Minas Gerais, São Paulo e Rio de Janeiro. Em São Paulo ocorre, principalmente, em regiões de Cerrado sensu stricto. Apresenta uma subespécie descrita para o Estado de São Paulo: M. caerulescens Pohl subsp. caerulescens.
Material selecionado: BRASIL. SÃO PAULO: Águas de Santa Bárbara, IV-1990, J.A.A. Meira Neto 551 (UEC); Angatuba, IV-1985, E.V. Franceschinelli 17126 (UEC); Anhembi, XII-1994, K.D. Barreto 3428 (ESA); Bauru, XI-1996, M.H.O. Pinheiro 190 (UEC); Campinas, IX-1943, A.S. Lima s.n. (ESA2549); Mogi-Guaçu, V-1957, M. Kuhlmann 4187 (SP); Paraguaçu Paulista, II-1996, V.C. Souza & J.P. Souza 10858 (ESA); Pindorama, XII-1938, O.T. Mendes 4718 (ESA); Presidente Bernardes, III-1996, P.M. Silva 3099 (SPF); Santa Rita do Passa Quatro, II-1997, M.A. Batalha 1694 (SP).
3. Manihot fruticulosa (Pax) D.J. Rogers & Appan, Flora Neotropica 13: 149. 1973.
Nome popular: disciplina
Trata-se de uma espécie nativa e endêmica do Brasil, ocorrendo no Sudeste (MG e SP) e Centro-Oeste (GO) (Cordeiro et al. 2013). De acordo com a "Lista de Espécies da Flora do Brasil" (Cordeiro et al. 2013), M. fruticulosa Pohl é um táxon que não ocorre no Estado de São Paulo. Para tais autores, trata-se de uma espécie encontrada apenas nas regiões de cerrado dos Estados de Minas Gerais e de Goiás. Entretanto, analisando-se as coleções dos herbários visitados, foi possível identificar alguns exemplares dessa espécie coletados no Estado de São Paulo. Deste modo, é citada aqui, de forma inédita, a ocorrência de M. fruticulosa no Estado de São Paulo, onde foi coletada apenas, até o momento, no município de Pedregulho; ocorre, frequentemente, em afloramentos rochosos e áreas com solo pedregoso. Não possui subespécies no Estado de São Paulo.
Material selecionado: BRASIL. SÃO PAULO: Pedregulho, XI-1994, W. Marcondes-Ferreira 974 (UEC).
4. Manihot gracilis Pohl, Pl. Bras. Icon. Descr. 1: 23, pl. 16. 1827.
É uma espécie nativa e endêmica do Brasil, ocorrendo exclusivamente em áreas de Cerrado, nos Estados do Pará, Goiás, Minas Gerais e São Paulo (Cordeiro et al. 2013), simpátrica com M. fruticulosa (Rodrigues 2007). No Estado de São Paulo pode ser encontrada em áreas de Cerrado sensu stricto e campo rupestre. Apresenta duas subespécies descritas para o Estado: M. gracilis Pohl subsp. gracilis e M. gracilis subsp. varians (Pohl) D.J. Rogers & Appan.
Material selecionado: BRASIL. SÃO PAULO: Pedregulho, IX-2003, D. Sasaki 773 (SPF); Santa Rita do Passa Quatro, XII-1995, M.A. Batalha 918 (SP).
5. Manihot grahamii Hook., Icon. Pl. 6, pl. 530. 1843.
É uma espécie nativa do Brasil, porém não endêmica, já que ocorre no nordeste da Argentina, Uruguai e Paraguai (Rogers & Appan 1973). No Brasil ocorre nos Estados de Santa Catarina, Paraná, Rio Grande do Sul e São Paulo. Em São Paulo tem como hábitats preferenciais terrenos úmidos e bordas de florestas, mas também pode ser encontrada, com menos frequência, em regiões de Cerrado e em afloramentos rochosos com rochas calcárias. Esta espécie não apresenta subespécies para o Estado de São Paulo.
Material selecionado: BRASIL. SÃO PAULO: Bom Sucesso do Itararé, XII-1997, S.I. Elias et al. 152 (ESA); Bragança Paulista, XI-1979, H.F. Leitão Filho 10984 (UEC); Cascata, XI-1940, A.S. Costa s.n. (ESA1202); Eldorado, IX-1995, V.C. Souza et al. 8998 (ESA); Iperó, XII-1998, A.M.G.A. Tozzi, 98182 (UEC); Itapetininga, X-1976, P.E. Gibbs 3249 (UEC); São José do Barreiro, IV-2000, A. Costa et al. 740 (SP); São Paulo, XII-1965, M.S. Laboriau 187 (SP); Sete Barras, sem data, V.C. Souza et al. 29277 (ESA).
6. Manihot inflata Müll. Arg., Fl. Br. 11(2): 450. 1874.
Nome popular: mandioca-da-serra (Rogers & Appan 1973)
Manihot inflata é uma espécie nativa e endêmica do Brasil, ocorrendo, exclusivamente, nos Estados de São Paulo, Minas Gerais e Paraná, sendo encontrada somente no domínio fitogeográfico da Mata Atlântica (Cordeiro et al. 2013), razão pela qual Rogers & Appan (1973) citam "mandioca-da-serra" como um dos nomes populares dessa espécie. No Estado de São Paulo tem como hábitat preferencial as regiões de floresta ombrófila densa, todavia foi também coletada em áreas de Cerrado. Esta espécie não apresenta subespécies para o Estado de São Paulo.
Material selecionado: BRASIL. SÃO PAULO: Guarujá, XII-1940, M. Kuhlmann 44810 (SP); São Carlos, I-1940, E. Normanha 2533 (ESA).
7. Manihot jolyana Cruz, Bragantia 24: 359. 1965.
Espécie nativa e endêmica do Brasil, ocorrendo, exclusivamente, no domínio fitogeográfico da Mata Atlântica, sendo encontrada apenas no Estado de São Paulo (Cordeiro et al. 2013). De acordo com Cruz (1965), essa espécie deve ter se adaptado a um tipo de vegetação denominado capoeira, mais aberta e mais baixa que uma floresta propriamente dita, já que a espécie não é encontrada nas regiões de mata, a poucos metros do local em que a primeira coleta do material foi realizada, em Campos do Jordão. Cruz (1967) descreveu M. handroana, espécie com morfologia extremamente semelhante a M. jolyana Cruz, porém, segundo a pesquisadora, perfeitamente distinguível desta espécie. Considerando-se que ambos os táxons habitam a mesma formação fitogeográfica (Mata Atlântica), apresentam o mesmo número cromossômico (2n = 36, obtido a partir de observações citológicas em tecido somático) e possuem características morfológicas que não permitem sua segura distinção, as plantas analisadas e descritas com as características típicas desses táxons foram aqui consideradas M. jolyana. Manihot jolyana é encontrada, predominantemente, em beiras de estradas e regiões reflorestadas com Pinus sp. Esta espécie não apresenta subespécies para o Estado de São Paulo.
Material selecionado: BRASIL. SÃO PAULO: Campos do Jordão, Reserva do Instituto Florestal, XII-1975, N.D. Cruz 130 (UEC); Joanópolis, XI-1980, A.B. Vanucci 12309 (UEC).
8. Manihot pilosa Pohl, Pl. Bras. Ic. Descr. 1: 55. 1827.
Nomes populares: mandioqueira-brava, mandioca-brava
Espécie nativa e endêmica do Brasil, ocorrendo no domínio fitogeográfico da Mata Atlântica, sendo encontrada em todo o Nordeste, e em alguns Estados do Sudeste, como Minas Gerais, São Paulo e Rio de Janeiro (Cordeiro et al. 2013). Segundo Rogers & Appan (1973), é encontrada, mais frequentemente, em florestas secundárias, com solos arenosos. No Estado de São Paulo, ocorre em floresta estacional semidecidual e em floresta ombrófila densa, principalmente, na borda de matas ciliares e beiras de estradas. Esta espécie não apresenta subespécies para o Estado de São Paulo.
Material selecionado: BRASIL. SÃO PAULO: Águas da Prata, Reserva Estadual de Águas da Prata, XI-1990, D.V. Toledo & J.E.A. Bertoni 25951 (UEC); Areias, VI-2008, H. Serafim 47 (SPF); Cássia dos Coqueiros, XI-1994, L.S. Kinoshita & A. Sciamarelli 94 (UEC); Cunha, XI-1938, C.A. Krug s.n. (SP42139); Franco da Rocha, Parque Estadual do Juquery, IV-2008, F.A.R.D.P. Arzolla et al. 1286 (UEC); Itapira, I-1994, K.D. Barreto et al. 1792 (ESA); Matão, I-1995, A. Rozza 176 (UEC); Monteiro Lobato, I-1995, N.D. Cruz 105 (SP); São Pedro, XI-1991, S. Gandolfi s.n. (SP292071); Ubatuba, VI-1989, J.E.L.S. Ribeiro et al. 606 (SP).
9. Manihot procumbens Müll. Arg., Linnaea 34: 206.1865.
Espécie nativa do Brasil, ocorrendo nos Estados de Minas Gerais e São Paulo (Cordeiro et al. 2013), todavia não é endêmica do território nacional, podendo ser encontrada também no Paraguai (Rogers & Appan 1973). No Estado de São Paulo ocorre nas áreas de Cerrado, preferencialmente em ladeiras de arenito (Rogers & Appan 1973). Os materiais examinados pertencem à coleção da Comissão Geográfica e Geológica de São Paulo, depositados no Herbário SP. Não foram encontradas subespécies descritas para o Estado de São Paulo.
Material selecionado: BRASIL. São Paulo: Franca, I-1993, A. Löfgren s.n. (SP2084); Paranapanema, XI-1999, A. Löfgren s.n. (SP31447).
10. Manihot tripartita (Spreng.) Müll. Arg., Prodr. 15(2): 1068. 1866.
Nomes populares: mandioca-brava, mandioquinha-do-campo
Espécie nativa e endêmica do Brasil, com distribuição geográfica abrangendo os domínios fitogeográficos da Amazônia, Caatinga e Cerrado, ocorrendo nos Estados do Pará, Amazonas, Rondônia, Bahia, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás, Minas Gerais, Rio de Janeiro e São Paulo (Cordeiro et al. 2013). Manihot tripartita é uma espécie que, no Estado de São Paulo, ocorre em fisionomias campestres de cerrado, cerrado típico e, eventualmente, em cerradão (Durigan et al. 2004). Esta espécie apresenta duas subespécies descritas para o Estado de São Paulo: M. tripartita (Spreng.) Müll. Arg. subsp. tripartita e M. tripartita subsp. humilis (Müll.Arg.) D.J. Rogers & Appan.
Material selecionado: BRASIL. SÃO PAULO: Botucatu, II-1986, L.R.H. Bicudo et al. 528 (SP); Itirapina, I-1966, N.D. Cruz 123 (SP); Jales, I-1950, W. Hoehne s.n. (ESA98248); Matão, I-1976, H.M. Souza s.n. (UEC4829); Marília, XII-1976, G.J. Shepherd et al. s.n. (UEC4826); Mogi Guaçu, 22º10'-22º20'S, 47º-47º15'W, sem data, A. Custodio Filho 348 (SP); Paraguaçu Paulista, 22º34'57,4"'S, 50º29'46,4"'W, sem data, V.C. Souza & J.P. Souza 10852 (ESA); Pirassununga, 21º57'20,4"'S, 47º22'52,4"'W, I-2000, J.P. Souza et al. 3080 (ESA).
Agradecimentos
À Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP), pela bolsa de Iniciação Científica concedida (processo no 2010/08016-5); ao Herbário da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz, na pessoa do Curador Prof. Dr. Vinícius de Castro Souza, por todo o apoio e estrutura concedidos para a realização desse trabalho; à Dra. Inês Cordeiro, pesquisadora do Instituto de Botânica, pela disponibilidade e atenção; e à ilustradora Samira Rolim, pela confecção das ilustrações e da arte final.
Literatura citada
Recebido: 16.04.2012
Aceito: 26.09.2013
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Datas de Publicação
-
Publicação nesta coleção
10 Abr 2014 -
Data do Fascículo
Mar 2014
Histórico
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Aceito
26 Set 2013 -
Recebido
16 Abr 2012