O trabalho verifica e analisa hiperuricemia em nove mulheres obesas, com índice de massa corporal (IMC) >35kg/m², sob dieta altamente restritiva (DAR, 400-600kcal/dia) durante 6 semanas. As primeiras duas semanas foram para o diagnóstico clínico e adaptação dietética. Semanalmente foram medidas cetonúria e uricemia e na 4ª. semana foi também determinada a excreção urinária de ácido úrico. A média (±dp) do IMC foi de 54±12 e 49±11kg/m², respectivamente na admissão e alta hospitalar, correspondendo a uma perda de peso de 14±2kg (p<0,05). Das pacientes, 78% apresentavam hiperuricemia assintomática, com níveis >5,7mg/dl, atingindo, durante o estudo, o valor máximo de 12mg/dl. Duas pacientes, com níveis de uricemia >10mg/dl, receberam alopurinol. A uricosúria, na 4ª. semana, foi de 770±262mg/24 hs. 33% das pacientes excretaram entre 300-700mg, considerados valores normais, e 67% excretaram mais do que 700mg. Nenhuma foi considerada hipoexcretora. Sugere-se que pacientes obesos submetidos à DAR tenham, além de uricemia, os valores de uricosúria monitorizados. Quando ocorrer hiperuricemia, a introdução de fármacos que inibem a síntese de ácido úrico estaria indicada.
Obesidade; Ácido úrico; Nutrição; Metabolismo; Dieta altamente restritiva; Dieta