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Estudos sôbre Ascia monuste orseis (GODART, 1818) (Lep., Pierididae)

Resumos

A biologia de Ascia monuste orseis (Godart, 1818) (Lep., Pierididae) foi estudada. O material utilizado foi coligido em Campinas e Piracicaba (Estado de São Paulo), durante os meses de dezembro de 1951 e janeiro de 1952 e constituiu-se principalmente de posturas do inseto. O número máximo de ovos, obtido de uma fêmea, em condições de laboratório, foi de 202, sendo registradas algumas observações sobre o comportamento da borboleta durante a oviposição na natureza. Os ovos e as posturas são descritos. A incubação exigiu cerca de 4 dias. Durante a vida larvária, a espécie passa por 5 estádios, sofrendo, portanto, 4 ecdises. São descritas as lagartas em tôdas essas idades. O ciclo completo, de ôvo a imago, andou ao redor de 22 dias. O 5º. estádio larval mostrou-se, de todos, o mais longo, consumindo 3 até 6 dias. O período de crisálida abrangeu 6 a 7 dias. Os adultos viveram, em insetário, 5 a 9 dias, quer em presença ou em ausência de uma mecha de algodão hidrófilo em-bebida de uma mistura de água e mel. Unicamente um caso de parasitismo foi verificado, os Autores concluindo que, nestas regiões de São Paulo, na época em que as observações foram feitas, a espécie é muito pouco perseguida por agentes naturais de controle. O parasito foi identificado pelo Professor Luis De Santis, da Universidade de La Plata (Rep. Argentina), como Pteromalus caridei Brèthes, 1913, interessante Hymenoptera da família Pteromalidae. Os Autores procuraram esclarecer a ação do pardal - Passer domesticus domesticus (L.) - com relação às lagartas de A. m. orseis, uma vez que há, entre olericultures, a crença de que o referido Ploceidae constitui inimigo do Lepidoptera em estudo. As observações colhidas não permitiram uma conclusão, sendo, contudo, de molde a negar a ação do pássaro como devorador das lagartas.


This paper includes a study of the biology of Ascia monuste orseis (Godart, 1818) (Lep., PieHdidae) which was carried out in Campinas and Piracicaba (State of São Paulo, Brasil), during the months of december (1951) and January (1952). References to the eggs and the posture, the behaviour of the female during the oviposition, the larval stages, the chrysalid, the capacity of oviposition of the female and the natural enemies of the species have been made.


IEscola Superior de Agricultura "Luiz de Queiroz" da Universidade de São Paulo

IIInstituto Agronômico do Estado de São Paulo

RESUMO

A biologia de Ascia monuste orseis (Godart, 1818) (Lep., Pierididae) foi estudada. O material utilizado foi coligido em Campinas e Piracicaba (Estado de São Paulo), durante os meses de dezembro de 1951 e janeiro de 1952 e constituiu-se principalmente de posturas do inseto.

O número máximo de ovos, obtido de uma fêmea, em condições de laboratório, foi de 202, sendo registradas algumas observações sobre o comportamento da borboleta durante a oviposição na natureza.

Os ovos e as posturas são descritos. A incubação exigiu cerca de 4 dias.

Durante a vida larvária, a espécie passa por 5 estádios, sofrendo, portanto, 4 ecdises. São descritas as lagartas em tôdas essas idades.

O ciclo completo, de ôvo a imago, andou ao redor de 22 dias. O 5º. estádio larval mostrou-se, de todos, o mais longo, consumindo 3 até 6 dias. O período de crisálida abrangeu 6 a 7 dias.

Os adultos viveram, em insetário, 5 a 9 dias, quer em presença ou em ausência de uma mecha de algodão hidrófilo em-bebida de uma mistura de água e mel.

Unicamente um caso de parasitismo foi verificado, os Autores concluindo que, nestas regiões de São Paulo, na época em que as observações foram feitas, a espécie é muito pouco perseguida por agentes naturais de controle. O parasito foi identificado pelo Professor Luis De Santis, da Universidade de La Plata (Rep. Argentina), como Pteromalus caridei Brèthes, 1913, interessante Hymenoptera da família Pteromalidae.

Os Autores procuraram esclarecer a ação do pardal - Passer domesticus domesticus (L.) - com relação às lagartas de A. m. orseis, uma vez que há, entre olericultures, a crença de que o referido Ploceidae constitui inimigo do Lepidoptera em estudo. As observações colhidas não permitiram uma conclusão, sendo, contudo, de molde a negar a ação do pássaro como devorador das lagartas.

ABSTRACT

This paper includes a study of the biology of Ascia monuste orseis (Godart, 1818) (Lep., PieHdidae) which was carried out in Campinas and Piracicaba (State of São Paulo, Brasil), during the months of december (1951) and January (1952).

References to the eggs and the posture, the behaviour of the female during the oviposition, the larval stages, the chrysalid, the capacity of oviposition of the female and the natural enemies of the species have been made.

Texto completo disponível apenas em PDF.

Full text available only in PDF format.

AGRADECIMENTOS

Agradecemos penhoradamente ao entomólogo Prof. Dr. Luis De Santis, da Universidade de La Plata (Rep. Argentina), pelo auxílio que nos prestou, identificando os parasitos do Lepidoptera cm estudo, obtidos durante as observações.

LITERATURA CITADA

  • COSTA LIMA, A. da, 1948 - Entomófagos Sul Americanos (Parasites e Predadores) de Insetos Nocivos à Agricultura. Bol. Soc. Bras. Agron. (Rio de Janeiro), 11 (1): 1-82.
  • D'ALMEIDA, R. Ferreira, 1922 - Mélanges Lépidoptérologiques (Études sur les Lépidoptères du Brésil), 208 pp. Berlim.
  • KALMBACH, E. R., 1940 - Economic Status of the English Sparrow in the United States. Tech. Bull, of the U: S. Dep. of Agric. 711: 1-66, fig. 1-7, est. 1-3.
  • SAUER, H. F. G., 1946 - Constatação de Himenópteros e Dípteros Entomófagos no Estado de São Paulo. Bol. Fitos. (Rio de Janeiro) ,3 (1): 7-23.
  • Estudos sôbre Ascia monuste orseis (GODART, 1818) (Lep., Pierididae)

    Luiz Gonzaga E. LordelloI; Rubens Alves RodriguesII
  • Datas de Publicação

    • Publicação nesta coleção
      06 Nov 2012
    • Data do Fascículo
      1952
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