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O uso das pastilhas de paraformaldeído pelas instituições de saúde do Brasil: parte I

The use of parafolmaldehyde tablets by Brazilian health institutions: part I

Resumos

Um levantamento nacional foi realizado junto às 6907 Instituições de Saúde, por meio de um questionário com o objetivo de reconhecer e descrever o uso das pastilhas de Paraformaldeído como agente microbicida. Houve um retorno de 443 (6,41%) correspondências das quais 253 (57,89%) afirmaram fazer uso deste agente químico. Vários artigos de uso médico-hospitalares com indicação de esterilização por autoclavação, são processados por meio das pastilhas de Paraformaldeído nas Instituições pesquisadas, demonstrando critérios norteadores inadequados na escolha do processo. Considerando-se a baixa difusibilidade do gás em questão, um outro uso inadequado detectado das pastilhas de Paraformaldeído foi no processamento de artigos com lúmens e os de densidade. A percepção das enfermeiras quanto às perspectivas do uso das pastilhas de Paraformaldeído, como agente químico esterilizante, em condições ambientais é de desuso, apontando para uma busca de tecnologias mais seguras.

Pastilhas de Paraformaldeído; Esterilização química; Desinfecção; Central de Material e Esterilização


A national survey was accomplished next to 6907 health Institutions through a questionnaire to explore and to describe the use of Parafolmaldehyde Tablets as microbicide agent. There was a return of 443 (6.41%) correspondences which 253 (57,89%) affirmed to apply this chemical agent. Several articles of medical-hospitable use with indication to sterilization through autoclaves, are processed by Parafolmaldehyde Tablets in the researched Institutions, demonstrating inadequate criteria in choosing the process. Another detected inadequate use of Parafolmaldehyde Tablets was in the processing of articles with lumens and the density materials due to the low penetrability of the gas. The nurses' perception with reference to the perspectives of Parafolmaldehyde Tablets's use as sterilizing chemical agent, in environmental conditions is of disuse, pointing for a search of safer technologies.

Paraformaldehyde tablets; Chemical sterilization; Higt level of desinfectant activity; Central supply


ARTIGOS ORIGINAIS

O uso das pastilhas de paraformaldeído pelas instituições de saúde do Brasil-parte I

The use of parafolmaldehyde tablets by Brazilian health institutions - part I* * Artigo extraído de GRAZIANO, K.U. Avaliação "in vitro" da atividade antimicrobiana das Pastilhas de Paraformaldeído, segundo a metodologia da AOAC, reproduzindo as condições de uso nas Instituições de Saúde do Brasil: São Paulo, 1999. 104 p. Tese (Livre Docência) - Escola de Enfermagem, Universidade de São Paulo.

Kazuko Uchikawa Graziano

Enfermeira. Professor Associado do Departamento de Enfermagem Módico-Cirúrgica da Escola de Enfermagem da Universidade de São Paulo (e-mail: rwgraziano@uol.com.br)

RESUMO

Um levantamento nacional foi realizado junto às 6907 Instituições de Saúde, por meio de um questionário com o objetivo de reconhecer e descrever o uso das pastilhas de Paraformaldeído como agente microbicida. Houve um retorno de 443 (6,41%) correspondências das quais 253 (57,89%) afirmaram fazer uso deste agente químico. Vários artigos de uso médico-hospitalares com indicação de esterilização por autoclavação, são processados por meio das pastilhas de Paraformaldeído nas Instituições pesquisadas, demonstrando critérios norteadores inadequados na escolha do processo. Considerando-se a baixa difusibilidade do gás em questão, um outro uso inadequado detectado das pastilhas de Paraformaldeído foi no processamento de artigos com lúmens e os de densidade. A percepção das enfermeiras quanto às perspectivas do uso das pastilhas de Paraformaldeído, como agente químico esterilizante, em condições ambientais é de desuso, apontando para uma busca de tecnologias mais seguras.

Palavras-chave: Pastilhas de Paraformaldeído. Esterilização química. Desinfecção. Central de Material e Esterilização.

ABSTRACT

A national survey was accomplished next to 6907 health Institutions through a questionnaire to explore and to describe the use of Parafolmaldehyde Tablets as microbicide agent. There was a return of 443 (6.41%) correspondences which 253 (57,89%) affirmed to apply this chemical agent. Several articles of medical-hospitable use with indication to sterilization through autoclaves, are processed by Parafolmaldehyde Tablets in the researched Institutions, demonstrating inadequate criteria in choosing the process. Another detected inadequate use of Parafolmaldehyde Tablets was in the processing of articles with lumens and the density materials due to the low penetrability of the gas. The nurses' perception with reference to the perspectives of Parafolmaldehyde Tablets's use as sterilizing chemical agent, in environmental conditions is of disuse, pointing for a search of safer technologies.

Keywords: Paraformaldehyde tablets. Chemical sterilization. Higt level of desinfectant activity. Central supply.

1 INTRODUÇÃO

O processamento seguro dos artigos odonto-médico-hospitalares vem merecendo um destaque crescente, à medida que as Infecções Hospitalares são causas alarmantes de alta morbidade e mortalidade no cenário mundial.

Os métodos de esterilização dos artigos críticos' odonto-médico-hospitalares termorresistentes estão bem definidos, porquanto a autoclavação com alto vácuo e pulsátil reúne vantagens insuperáveis quanto à segurança, rapidez, custo e praticidade. Juntamente com esta nova tecnologia, tem-se hoje disponíveis indicadores biológicos de rápida leitura que, de uma a três horas de incubação, mostram o resultado da eficácia da esterilização pelo calor úmido sob pressão, podendo-se aguardar a negatividade dos resultados dos indicadores para a liberação da carga esterilizada (RUTALA; JONES;WEBER, 1996; GRAZIANO; SILVA; BIANCHI, 2000; PRATICAS RECOMENDADAS DA SOBECC, 2000; RECOMENDAÇÕES PRÁTICAS EM PROCESSOS DE ESTERILIZAÇÃO EM ESTABELECIMENTO DE SAÚDE, 2000).

A mesma tranqüilidade não ocorre com a esteri--lização dos artigos críticos termossensiveis. Ela sempre apresentou e ainda apresenta dificuldades e desafios dentro da prática de esterilização nas Instituições de Saúde. E, cada vez mais, o avanço da tecnologia na área odonto-médico-hospitalar, na constante busca de inovações e progressos, tem produzido, como resultado, múltiplos produtos termossensíveis utilizados em materiais de prótese, de cateterismo e de endoscopia, além dos componentes elétricos.

O gás óxido de etileno ainda ocupa uma posição de destaque como método de escolha para a esterilização de artigos termossensíveis, porém, com vários inconvenientes. Destacam-se entre eles a absorção e a adsorção do gás residual nos materiais e a sua toxicidade ambiental, sendo o processo condenado dentro do ambiente hospitalar (BRASIL, 1999). Indiscutivelmente, o óxido de etileno é hoje reconhecido como extremamente perigoso, pelo seu caráter mutagênico, que afeta a segurança dos trabalhadores e cujos riscos não devem ser subestimados.

Novas tecnologias mais adequadas ao processamento de artigos termossensíveis vêm sendo desenvolvidas nas últimas décadas, como esterilizadores por plasma de peróxido de hidrogênio (Sterrad®), bem difundidos em nosso meio, autoclave de vapor de baixa temperatura e formaldeído, esterilizadores à base de ácido peracético (Steris®) e o sistema combinado vapor de ácido peracético e gás plasma (AbTox Plazlyte®) (GRAZIANO; SILVA; BIANCHI, 2000).

O Brasil, indiscutivelmente um país de muitas desigualdades e contrastes, apresenta grande heterogeneidade no que se refere aos recursos disponíveis para a esterilização. Algumas vezes, hospitais que executam técnicas cirúrgicas sofisticadas, como por exemplo artroplastia total de quadril, convivem com a total falta de condições seguras para a esterilização dos artigos termossensíveis.

É neste cenário que surgem as pastilhas de Paraformaldeído como agente químico esterilizante, que apesar dos muitos problemas no seu uso quando comparadas a outros métodos, algumas vezes são o único recurso disponível.

Outras vezes, o seu uso nas Instituições de Saúde está desvinculado da disponibilidade de métodos mais seguros de esterilização, sendo o fator "melhor conservação do artigo" o critério norteador desse uso, o que é errado. Em uma enquete realizada por uma empresa fabricante2 de endoscópios urológicos, durante um congresso da área na cidade de Blumenau - SC em 1997, 70% dos médicos urologistas que responderam ao questionário do levantamento, citaram as pastilhas de Paraformaldeído como tendo sido o agente químico esterilizante utilizado.

Trabalhos nacionais como os de CUNHA; ALMEIDA; MIMICA (1988), LIMA et al (1988), MEDEIROS; TINOCO; UZEDA, (1990) e de outros de países em desenvolvimento como Costa Rica, Nepal, China e Africa do Sul (QUESADA; MONTOYA, 1985; BISSETT, 1994; FENG; LI; CHEN,1997; LIN; CAI,1997; LUBBE; HENTON, 1997) mostram que as pastilhas de Paraformaldeído utilizadas como microbicida não estão abandonadas apesar de muitos problemas relacionados ao seu uso.

As atividades de pesquisa, ensino e extensão devem estar pautadas em bases concretas. Há a necessidade de continuar investindo nas superadas pastilhas de Paraformaldeído, porque é uma realidade nacional? Para responder a esta questão, viabilizou-se o presente estudo.

2 OBJETIVO

Identificar o uso das pastilhas de Parafor-maldeído como agente químico esterilizante nas Instituições de Saúde do Brasil, de acordo com os Estados.

3 CASUÍSTICA E MÉTODO

Tipo de pesquisa

O estudo caracterizou-se como sendo explora-tório, descritivo, de campo, transversal, com abordagem quantitativa.

População do estudo

A população alvo deste estudo constituiu-se de todas as instituições de Saúde do Brasil, cadastradas pelo IBGE/92 (versão mais atualizada na ocasião da coleta de dados) excluindo as clínicas particulares e casas de repouso, totalizando 6907 instituições. A população de acesso constituída pelas Instituições de Saúde que responderam ao questionário, é apresentada de acordo com sua distribuição geográfica no Quadro 1.


Conforme o Quadro 1, a população de acesso desta pesquisa constituiu-se de 419 hospitais brasileiros e 24 instituições não exclusivamente hospitalares: Unidades mistas, Centros, Postos e minipostos de Saúde.

Procedimento de coleta de dados

Como instrumento de coleta de dados, foi eleito o questionário (ANEXO ANEXO ) contemplando os seguintes aspectos:

• uso atual ou passado das pastilhas de Paraformaldeído como agente químico esterilizante na Instituição contatada, com citação dos respectivos setores de uso como central de material, centro cirúrgico, ambulatório, pronto socorro e outros;

• artigos odonto-médico-hospitalares que são submetidos a este processo com a visão do Enfermeiro respondente quanto às perspectivas do uso das pastilhas de Paraformaldeído como agente químico esterilizante.

O questionário foi acompanhado por uma carta de apresentação com o título e a finalidade da pesquisa e dirigida à enfermeira da Divisão de Enfermagem com solicitação da resposta do questionário, num prazo de 15 dias (ANEXO ANEXO ). O retorno dos questionários respondidos foi considerado como os sujeitos da pesquisa terem consentido em participar do mesmo de uma forma livre e esclarecida.

O período da coleta de dados foi de setembro de 1997 a janeiro de 1999 sendo que o envio dos questionários encerrou-se em novembro de 1998.

As respostas recebidas após 31/01/1999 não foram consideradas na tabulação dos dados do presente estudo.

A ordem dos Estados brasileiros a serem conta-tados foi definida por meio de sorteio.

As respostas dos questionários foram organi-zadas e sintetizadas em forma de Tabelas e Quadros por meio de números absolutos e percentuais.

4 RESULTADOS

O panorama quanto à freqüência de uso das esterilizante pelas Instituições de Saúde brasileiras pastilhas de Paraformaldeído como agente químico está apresentado no Quadro 2.


Conforme mostra o Quadro 2, das 443 Insti-tuições que responderam o questionário, 253 (57,11%) Instituições afirmaram usar as pastilhas de Paraformaldeído. Ressalta-se que o retorno das respostas foi muito baixo, da ordem de 6,41% (6907 correspondências enviadas, 443 retornadas). Os Centros e Postos de Saúde que normalmente são desprovidos de recursos tecnológicos para a esterilização de artigos críticos praticamente não fazem uso das pastilhas de Paraformaldeído. Das 30 Instituições não hospitalares que responderam ao instrumento de coleta de dados, apenas 3 (10,00%) responderam afirmativamente quanto ao uso das pastilhas de Paraformaldeído.

Do universo das Instituições de Saúde do Brasil quenão fazem uso atual das pastilhas de Paraformal-deído, a informação de já terem ou não utilizado o agente químicoem questão está sintetizada no

Quadro 3.


Nas Instituições hospitalares, houve um predo-mínio da situação de ter abandonado o uso das pasti.

Nas instituições hospitalares, houve um predomínio da situação de ter abandonado o uso das pastilhas de Paraformaldeído (44,8%), ao passo que em Centros de Saúde e similares, a situação de "nunca terem usado" prevaleceu (51,9%). Uma das razões para esta constatação pode ser o fato de poucos artigos críticos termossensíveis serem reprocessados em Centros de Saúde e similares, o que faz com que autoclaves a vapor atendam ás suas necessidades.

Em relação às unidades onde se utilizam as pastilhas de Paraformaldeído, como agente químico esterilizante, o Centro Cirúrgico foi a local mais citado (38,97%), seguido pela Central de Material e Esterilização (33,83%), Ambulatório (17,40%), Pronto Socorro (7,35%) e outras unidades (2,45%).

Quanto à variedade de artigos odonto-médico-hospitalares processados utilizando as pastilhas de Paraformaldeído, a falta de critérios norteadores na escolha deste processo pode ser observada na Tabela 1. Para facilitar a apresentação dos dados, os artigos citados nos questionários foram agrupados como "autoclaváveis" por pertencerem à categoria termorresistente e portanto inadequados para serem processados por pastilhas de Paraformaldeído; "necessária a esterilizacão?" por não serem artigos críticos; "indicado com restrições" nas situações admissíveis onde não é possível esterilizar os artigos termossensíveis por outros processos mais seguros como com o gás óxido de etileno, Sterrado, autoclave de vapor de baixa temperatura e formaldeído; e em "não se aplica" pela contra-indicação em processar pelo formaldeído.

Como perspectivas do uso das pastilhas de Paraformaldeído dentre os procedimentos antimi- crobianos, na prática da esterilização em Instituições de Saúde, as percepções das Enfermeiras que responderam ao questionário são apresentados à Tabela 2. As respostas foram agrupadas em aspectos favoráveis e desfavoráveis.

Quanto às vantagens e desvantagens apontadas pelas respondentes no uso das pastilhas de Parafor--maldeído, como agente químico esterilizante, as Tabelas 3 e 4 apresentam, respectivamente, os dados que seguem:

Taleba 3 -Clique para ampliar

Tabela 4 - Clique para ampliar

5 DISCUSSÃO

A Enfermeira da Central de Material e Esteri-lização, como responsável direta na decisão dos métodos mais adequados para o reprocessamento dos artigos odonto-médico-hospitalares enfrenta, na maioria das vezes, um conflito entre o melhor método de escolha e o que é possível fazer dentro das condições concretas de disponibilidade de recursos que as instituições oferecem.

Conforme vão surgindo novas tecnologias paraa esterilização, mais desigualdade de condições detrabalho vão se delineando nas Instituições de Saúde brasileiras. O perfil atual de uma Central de Material ágil e competente, é aquele onde diferentes tecnologias para a esterilização convivem num mesmo espaço comopossibilidades, especialmente para artigos críticostermossensíveis.

O grupo de artigos submetidos à esterilização pelo gás formaldeído apresentado nesta pesquisa, traz aconstatação da diversidade e a inadequabilidadeconforme mostra a Tabela 1, reforçando os dados de pesquisa de LIMA et al (1988). Dentre os processos de esterilização disponíveis nas instituições hospitalares,o uso dos métodos físicos deve ser priorizado, pelasegurança que oferecem. Assim, artigos termorresistentes devem ser autoclavados. As pastilhas de Paraformaldeído têm indicação apenas para materiais termossensíveis eque não sejam compatíveis com a imersão em meiolíquido pois, soluções químicas como o glutaraldeído a 2% e o ácido peracético a 0,2% oferecem maior segurançaquanto ao controle das variáveis que interferem noprocesso de esterilização a frio. A esterilização por meio do gás óxido de etileno é o processo de escolha para artigos termossensíveis, porém, é um processo demorado devido à necessidade de aeração do resíduo tóxico do gás, requerendo no mínimo 24 horas quando os artigos são submetidos à aeração forçada com gás de arraste que pode ser o ar filtrado ou nitrogênio para tornar o material disponível, além do seu aspecto polêmico de toxicidade e agressão ao meio ambiente pelo seu diluenteclorofluorcarbono (CFC). Outras tecnologias para esterilização gasosa a baixa temperatura devem seracessadas.

A utilização do Paraformaldeído como agente químico esterilizante deverá ser criteriosa e restringir-se como sendo o último recurso para a esterilização de artigos termossensíveis. E não utilizá-lo por ser de fácil acesso, por "recomendação médica", por facili-dade de manuseio, por ser econômico; vantagens estas citadas na presente investigação.

O gás formaldeído apresenta como caracte-rística uma baixa difusibilidade, o que o contra-indica para artigos dotados de lúmens ou com conformações complexas como sondas, endoscópios e materiais de densidade.

Os depoimentos das enfermeiras respondentes quanto ao futuro do uso das pastilhas de Parafor-maldeído em condições ambientais de esterilização, mostra uma tendência de abandono. O fortalecimento das responsáveis pelas Centrais de Materiais e Esterilização em reivindicarem tecnologias seguras como equipamentos Sterrad®, Autoclave de vapor a baixa temperatura e formaldeído, Steris®, AbTox Plazlyte® será sem dúvida o futuro para o processamento seguro dos artigos críticos médico-hospitalares termossensíveis.

6 CONCLUSÕES

O presente estudo permitiu chegar às seguintes conclusões:

• das 443 Instituições de Saúde que constituíram a população de acesso, 253 (57,11%) usam as pastilhas de Paraformaldeído no processamento de artigos médico-hospitalares;

• as 190 Instituições que não fazem uso atual das pastilhas de Paraformaldeído, 74 (38,94%) nunca usaram, 81 (42,63%) abandonaram o uso e 35 (18,42%) não souberam informar;

• dentre as unidades das Instituições de Saúde onde ocorre o uso das pastilhas de Paraformaldeído, o centro cirúrgico foi a mais citada (38,97%), seguida pela central de material (33,83%), ambulatório (17,40%), pronto socorro (7,35%) e outros.

• vários artigos com indicação de esterilização por autoclavação são processados por meio de pastilhas de Paraformaldeído, nas Instituições pesquisadas, demonstrando critérios norteadores inadequados na escolha do processo. Outro uso inadequado das pastilhas de Paraformaldeído é no processamento de artigos com lúmens e os de densidade, considerando-se a baixa difusibilidade do gás em questão;

• quanto às perspectivas do uso das pastilhas de Paraformaldeído, os posicionamentos favoráveis destacaram como sendo um bom método, eficaz que não danifica o material e os desfavoráveis conside-raram um método inseguro e em desuso que deve ser substituído por tecnologias mais seguras e por artigos termossensíveis autoclaváveis;

Artigo recebido em 30/01/01

Artigo aprovado em 18/12/01

Anexo - Clique para ampliar ANEXO

  • BISSETT,I.P. A simple method of formalin sterilization. Trop Doct 1994; 24:135.
  • Brasil. Ministério da Saúde e do Trabalho e Emprego. Portaria Intrministerial 482 de 16 de abril de 1999. Diário Oficial da União, Brasília, 19 ago. 1999. Seção I, p.15.
  • CUNHA, M.C.; ALMEIDA, G.V.; MIMICA, I.M. Uso do paraformaldeído como método de esterilizaçăo. Arq Bras Oftal 1988; 5:178-80.
  • FENG, Y.R.; LI,M.Y.;CHEN,S.L. The sterilization effect of formaldehide fumigating on the catheter place vertically. Chung Hua Hu Li Tsa Chih 1997; 32:373-5.
  • GRAZIANO, K.U.; SILVA, A.; BIANCHI, E.R.F. Métodos de proteçăo anti-infecciosa. In: FERNANDES, A.T. Infecçăo hospi-talar e suas interfaces na área da saúde. Săo Paulo, Atheneu, 2000. p266-308
  • LIMA, M.E.C.A.P; BIER, M.H.R.; MACIEL, M.B.DE T.; LISBOA, R.T.; FRASSON, S.L.A. Formalina: quem usa conhece? Estudo do conhecimento de enfermeiros sobre formaldeído. Rev Gaúcha Enf 1988; 9:29-35.
  • LIN, Y.L.; CAI,J.H. The influence of formaldehyde, ethylene oxide, high pressure on the tension of silk sutures. Chung Hua Hu Li Tsa Chih 1997; 32:259-60.
  • LUBBE, A.M.; HENTON, M.M. Sterilization of surgical instruments with formaldehyde gas. Vet Rec 1997;140:450-3.
  • MEDEIROS, P.J.; TINOCO, E.; UZEDA, M.de. Avaliaçăo de quatro métodos para esterilizaçăo de instrumentos de odontologia. Rev Bras. Odontol 1990; 47:30-2.
  • Práticas recomendadas da SOBECC. São Paulo: SOBECC; 2000.
  • QUESADA, C.H.;MONTOYA,C.F. La esterilización gaseosa de placas de Petri plásticas usando gas formaldehido obtenido a partir de P-Formaldehido. Rev Med Costa Rica 1985; 52:37-9.
  • Recomendações práticas em processos de esterilização em estabelecimento de saúde, parte I: esterilização a calor. Campinas: Komedi; 2000.
  • RUTALA, WA.; JONES, S.M.; WEBER, D.J. Comparison of a rapid redont biological indicator for steam sterilization with four conventional biological indicators and five chemicalindicators. Infect Control Hosp Epidemiol 1996; 17:423-8.

ANEXO

  • *
    Artigo extraído de GRAZIANO, K.U.
    Avaliação "in vitro" da atividade antimicrobiana das Pastilhas de Paraformaldeído, segundo a metodologia da AOAC, reproduzindo as condições de uso nas Instituições de Saúde do Brasil: São Paulo, 1999. 104 p. Tese (Livre Docência) - Escola de Enfermagem, Universidade de São Paulo.
  • Datas de Publicação

    • Publicação nesta coleção
      15 Dez 2008
    • Data do Fascículo
      Jun 2001

    Histórico

    • Aceito
      18 Dez 2001
    • Recebido
      30 Jan 2001
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