Neste artigo, os autores exploram duas faces do intenso movimento de mercantilização do trabalho feminino ocorrido no Brasil durante as últimas cinco décadas: sua face visível, expressa nos números oficiais, e sua face invisível, que se esconde nas entrelinhas das definições das categorias estatísticas. Para melhor entender tal movimento, analisam-se as tendências expressas nos dados dos cinco últimos recenseamentos brasileiros (de 1960 a 2010), em diálogo com interpretações que se mostraram seminais ao seu tempo, produzidas tanto pela literatura sociodemográfica a respeito do mercado brasileiro de trabalho, como pelos estudos de gênero e feministas.
Mercado de trabalho; Gênero; Trabalho feminino; Brasil, Censos