Acessibilidade / Reportar erro

DA BRANQUIDADE DO ESTADO NA OCUPAÇÃO DA CIDADE* * Agradeço a Joaze Bernardino-Costa em especial, a Hugo Ciavatta e Antonádia Borges, aos pareceristas anônimos da RBCS e a Fapesp e CNPq, pelos recursos à pesquisa, origem deste artigo, e sua continuidade.

STATE WHITENESS IN THE DEVELOPMENT OF THE CITY

BLANCHITUDE D’ÉTAT DANS L’OCCUPATION DE LA VILLE

O artigo busca argumentar como a branquidade do Estado operou e opera na ocupação da cidade de São Paulo, a partir de experiências etnográficas com movimentos de luta por moradia. Por branquidade do Estado entendo os vínculos entre os diferentes tipos de racismo presentes em algumas práticas e concepções estatais, especialmente no que diz respeito à política urbana e à repressão policial. A branquidade do Estado, enquanto modo de funcionamento, vincula-se à heteroclassificação racial realizada pelo próprio Estado, atrelada à propagação do não reconhecimento das relações sociais como racializadas. Não obstante, a branquidade do Estado é constantemente desafiada e confrontada por pessoas e grupos não brancos e seus modos de ocupar as cidades, como o footing, as ocupações de prédios e os rolezinhos.

Branquidade; Racismo; Relações raciais; Antropologia urbana; Antropologia da política


Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Ciências Sociais - ANPOCS Av. Prof. Luciano Gualberto, 315 - sala 116, 05508-900 São Paulo SP Brazil, Tel.: +55 11 3091-4664, Fax: +55 11 3091-5043 - São Paulo - SP - Brazil
E-mail: anpocs@anpocs.org.br