Open-access Registro de Leptocybe invasa no estado de Goiás

Record of the Leptocybe invasa in the state Goiás, Brazil

Resumos

Registra-se a primeira ocorrência de Leptocybe invasa Fisher & La Salle (Hymenoptera: Eulophidae) no estado de Goiás em Eucalyptus grandis Hill ex Maiden. A detecção ocorreu no município de Goiânia.

vespa-de-galha; praga florestal; Eucalyptus spp.


The first occurrence record of Leptocybe invasa Fisher & La Salle (Hymenoptera: Eulophidae) in Goias state in Eucalyptus grandis Hill ex Maiden. The detection occurred in the county of Goiânia, Brazil.

gall wasp; forestry pest; Eucalyptus spp.


A vespa-de-galha Leptocybe invasa Fisher & La Salle (Hymenoptera: Eulophidae), nativa da Austrália, foi detectada na bacia do Mediterrâneo e no Oriente Médio em 2000 (MENDEL et al., 2004). Nos últimos anos, estabeleceu-se rapidamente por todos os continentes e atualmente é encontrada na África do Sul, Argélia, Camboja, Espanha, França, Grécia, Índia, Irã, Iraque, Israel, Itália, Jordânia, Líbano, Marrocos, Portugal, Quênia, Síria, Tailândia, Tanzânia, Turquia, Uganda, Vietnã (FAO, 2007), Brasil (COSTA et al., 2008), Estados Unidos (WILEY & SKELLEY, 2008), Tunísia (DHAHRI & BEM JAMAA, 2010), Sri Lanka (KARUNARATNE et al., 2010), China (JI et al., 2011), Argentina (AQUINO et al., 2011), Etiópia (GILIOMEE, 2011) e Moçambique (EPPO, 2012).

As fêmeas de L. invasa apresentam de 1,1 a 1,4mm de comprimento, coloração castanha e brilho metálico azulado. São caracterizadas por possuir cabeça frágil, áreas profundas e sensíveis circundantes às suturas ocelares, antenas com escapo ligeiramente expandido ventralmente, depressão espiracular fechada na margem anterior do propódeo, pronoto curto, prescuto sem linha mediana, sulco malar curvado e dorselo grande (MENDEL et al., 2004). Os machos são similares às fêmeas, sendo raramente encontrados (KARUNARATNE et al., 2010). O período de desenvolvimento da oviposição até a emergência é de 132,6 dias, e a longevidade dos adultos de 6,5 dias (MENDEL et al., 2004).

Os danos ocasionados pela vespa-de-galha são decorrentes da oviposição da fêmea em nervuras, pecíolos e caules jovens. A formação das galhas ocorre após a eclosão e desenvolvimento das larvas. Posteriormente, observa-se a deformação de ramos, senescência precoce de folhas e, em casos extremos, a morte de plantas (MENDEL et al., 2004). Mudas em viveiros e plantios novos (1 a 3 anos) são frequentemente atacados. As mudas tornam-se inapropriadas ao plantio e plantas jovens apresentam retardo no crescimento, prejudicando a produtividade (MENDEL et al., 2004; THU et al., 2009, FANG-LI et al., 2012).

Este estudo relata a ocorrência de L . invasa no estado de Goiás. As observações foram realizadas em junho de 2011 em duas árvores isoladas de Eucalyptus grandis Hill ex Maiden da arborização da Escola de Agronomia - UFG, Goiânia (16° 35'49'' S; 49° 16'45'' O; 808m altitude). Nestas árvores, que possuem aproximadamente 30 anos, foi visualizada, em brotações jovens, a presença de galhas em nervuras, pecíolos e ramos com orifícios de emergência dos adultos (Figura 1). Algumas folhas apresentavam encarquilhamento e necrose.

Figura 1
: Leptocybe invasa: A e B - galhas em brotações de E. grandis; C - orifícios de emergência e D - fêmea adulta.

-1L. invasa-1)CorymbiapolycarpaE. botryoidesE. bridgesianaE. camaldulensisE. coolabahE. dunniiE. exsertaE. globulusE. gunii, E. grandisE. microcorysE. moluccanaE. pellitaE. propinquaE. robustaE. salignaE. smithiiE. tereticornisE. viminalisE. urophyllaE. urograndisE. camaldulensisE. urophyllaE. camaldulensisE. nitensE. grandisE. grandisE. camaldulensisE. grandisE. nitensE. urophyllaE. grandisE. salignaE. urophylla L. invasa L. invasa Quadrasticus mendeliSeletrichodes kryceriSeletrichodesneseriAprostocetusgala EulophidaeMegastigmus TorymidaeL. invasaL. invasa

Referências bibliográficas

Datas de Publicação

  • Publicação nesta coleção
    Out 2014

Histórico

  • Recebido
    10 Fev 2013
  • Aceito
    26 Fev 2014
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