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Composição química de folhas de oliveira (Olea europaea L.) da região de Caçapava do Sul, RS

Chemical composition of olive leaves (Olea europaea L.) from the region of Caçapava do Sul, RS, Brazil

Resumos

A oliveira (Olea europaea L.) é uma planta característica da região Mediterrânea que teve seu cultivo disseminado para diversos países do mundo, devido ao grande interesse na produção de olivas e de seu azeite, ricos em ácidos graxos essenciais. As folhas da oliveira podem ser um importante subproduto gerado pela poda das árvores, pois apresentam quantidade significativa de compostos fenólicos e ácidos graxos benéficos à saúde. Tendo em vista a importância da constituição química das folhas de oliveira e o recente cultivo no sul do Brasil, este trabalho teve como objetivo fazer um estudo exploratório sobre a composição centesimal, compostos fenólicos totais, ácidos graxos e minerais presentes nas folhas da cultivar 'Arbequina', cultivada em Caçapava do Sul, RS. Os resultados encontrados mostraram que as folhas possuem 8,14±0,24% de lipídios totais, sendo que os ácidos graxos poli-insaturados representaram mais da metade do teor total de ácidos graxos, com elevada concentração de ácido linolênico (18:3n3, 46,7%) que está presente no azeite, normalmente em concentrações próximas a 1%. A concentração de compostos fenólicos totais foi de 30,21±0,31mg GAE g-1 e os minerais predominantes nas folhas foram Ca, K, Mg, P e S (entre 1153 e 11448µg g-1). A concentração de sódio encontrada foi baixa (65,4±5,20µg g-1). Esses resultados demonstram que as folhas de oliveira cultivadas na região de Caçapava do Sul apresentam grande potencial de uso para suplementação da dieta tanto humana quanto de animais, por serem ricas em nutrientes

arbequina; ácidos graxos; minerais; compostos fenólicos


The olive tree (Olea europaea L.) is a plant characteristic of the Mediterranean region that is cultivated in various countries of the world due to the great interest in the production of olives and their oil, which is rich in essential fatty acids. The leaves of the olive tree are an important by-product generated by pruning of trees that have significant amount of phenolic and fatty acids important to health. Given the importance of compounds present in olive leaves and the recent crop in southern Brazil, this study aimed to perform an exploratory study on the proximate composition, total phenolic compounds, fatty acids and minerals present in the leaves of the 'Arbequina' variety from Caçapava do Sul, RS, Brazil. The results showed that the leaves had 8.14±0.24% of total lipids, with an amount of polyunsaturated fatty acids more than half of the total content of fatty acids, in special linolenic acid (18:3n3, 46,7%), which is present in the olive oil in general close to the concentration of 1%. The concentration of total phenolics was 30.21±0.31mg GAE g-1 and the predominant minerals in the leaves were Ca, K, Mg, P and S (between 1153 and 11448mg g-1). The sodium concentration was considered low (65.4±5.20mg g-1). These results demonstrate that the leaves from olive trees cultivated in the region of Caçapava do Sul have great potential for use in dietary supplementation both human and animal because are rich in nutrients

arbequina; fatty acids; mineral elements; total phenolic compounds


INTRODUÇÃO:

A oliveira (Olea europaea L.) é uma árvore característica da região mediterrânea, conhecida mundialmente pela produção de azeitonas e de azeite de oliva. Essa região é responsável atualmente por 98% do total de área cultivada de oliveiras em todo o mundo (EL &amp; KARAKAYA, 2009EL, S.N.; KARAKAYA, S. Olive tree (Olea europaea) leaves: potential beneficial effects on human health. Nutrition Reviews, v.67, n.11, p.632-638, 2009. Disponível em: <http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/19906250>. Acesso em: 24 jun. 2013. doi:10.1111/j.1753-4887.2009.00248.x.
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) e fornece a maioria do azeite de oliva consumido no mercado internacional. O Brasil é um grande importador de azeite de oliva, posicionando-se entre os 10 países de maior consumo de azeite no mundo (OLIVA, 2013OLIVA. Associação Brasileira de produtores, importadores e Comerciantes de azeite de oliva. Conhecendo melhor o azeite de oliva - História e Origem do Azeite. Disponível em: <http://www.oliva.org.br/conhecendo-o-azeite.php>. Acesso em: 28 maio. 2013.
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). Considerando a importância que as oliveiras e seus produtos representam para o mercado brasileiro, entidades governamentais incentivaram o seu cultivo por pequenos produtores no país, que já apresenta área cultivada equivalente a 400 ha apenas na Região Sul do Brasil (TERAMOTO et al., 2010TERAMOTO, J.R.S et al. Histórico da introdução da cultura da oliveira no Brasil. Infobibos-Organização de Eventos Científicos, Cursos e Treinamentos, 2010. Online. Artigo em Hypertexto. Disponível em: <http://www.infobibos.com/Artigos/2010_4/HistoricoOliveira/index.htm>. Acesso em: 28 maio, 2013.
http://www.infobibos.com/Artigos/2010_4/...
).

A importância econômica da oliveira tem origem no seu fruto, a azeitona, que contém substâncias importantes do ponto de vista nutricional, tais como ácidos graxos insaturados, vitaminas e compostos fenólicos. Esses compostos também estão presentes no azeite de oliva (RIACHY et al., 2011RIACHY, M.E. et al. Hydrophilic antioxidants of virgin olive oil. Part 1: Hydrophilic phenols: A key factor for virgin olive oil quality. European Journal of Lipid Science and Technology, v.113, p.678-691, 2011. Disponível em: <http://onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1002/ejlt.201000400/pdf>. Acesso em: 28 maio, 2013. doi: 10.1002/ejlt.201000400.
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) e os benefícios da sua ingestão diária à saúde têm sido relatados por diversos pesquisadores, como, por exemplo, na prevenção de doenças cardiovasculares (CANELA, 2011CANELA, M.R.; GONZÁLEZ, M.A.M. Olive oil in the primary prevention of cardiovascular disease. Maturitas, v.68, n.3, p.245-250, 2011. Disponível em: <http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/21216542>. Acesso em: 28 maio, 2013. doi: 10.1016/j.maturitas.2010.12.002.
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), na manutenção do equilíbrio saudável entre os dois tipos de colesterol -HDL e LDL (FITO et al., 2000FITO, M. et al. Protective effect of olive oil and its phenolic compounds against low density lipoprotein oxidation. Lipids, v.35, n.6, p.633-641, 2000. Disponível em: <http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/10901425>. Acesso em: dez. 2013. doi: 10.1007/s11745-000-0567-1.
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), e na prevenção de doenças crônicas e certos tipos de câncer (GARCIA et al., 2000GARCIA, O.B. et al. Antioxidant activity of phenolics extracted from Olea europaea L. leaves. Food Chemistry, v.68, n.4, p.457-462, 2000. Disponível em: <http://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S0308814699002216>. Acesso em: dez. 2013. doi: 10.1016/S0308-8146(99)00221-6.
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). Essas doenças estão relacionadas com a presença de radicais livres e de outros agentes oxidantes produzidos pelo organismo (ATOUI et al., 2005ATOUI, A.K. et al. Tea and herbal infusions: Their antioxidant activity and phenolic profile. Food Chemistry, v.89, n.1, p.27-36; 2005. Disponível em: <http://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S0308814604001670>. Acesso em: 27 maio, 2013. doi: 10.1016/j.foodchem.2004.01.075.
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) e que podem ter sua concentração diminuída através da ingestão de produtos que sejam fontes de agentes antioxidantes, tais como as olivas, o azeite e até mesmo as folhas de oliveira.

Dessa forma, diversos estudos estão disponíveis na literatura acerca da caracterização dos compostos fenólicos e determinação da atividade antioxidante de extratos das folhas oliveiras (ABAZA et al., 2011ABAZA, L. et al. Chétoui olive leaf extracts: influence of the solvent type on phenolics and antioxidant activities. Grasas y Aceites, v.62, n.1, p.96-104, 2011. Disponível em: <http://grasasyaceites.revistas.csic.es/index.php/grasasyaceites/article/view/1305/1303>. Acesso em: 27 maio, 2013. doi: 10.3989/gya.044710.
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; BOUDHRIOUA et al., 2009BOUDHRIOUA, N. et al. Comparison on the total phenol contents and the color of fresh and infrared dried olive leaves. Industrial Crops and Products, v.29, n.2-3, p.412-419, 2009. Disponível em: <http://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S0926669008001805>. Acesso em: 27 maio, 2013. doi: 10.1016/j.indcrop.2008.08.001.
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; ERBAY &amp; ICIER, 2009ERBAY, Z.; ICIER, F. Optimization of hot air drying of olive leaves using response surface methodology. Journal of Food Engineering, v.91, p.533-541, 2009. Disponível em: <http://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S0260877408004949>. Acesso em: 18 maio, 2013. doi: 10.1016/j.jfoodeng.2008.10.004.
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), entretanto, pouca atenção têm sido dada a outros compostos, tais como os elementos minerais e os ácidos graxos essenciais presentes nessas folhas (PACETTA, 2007PACETTA, C.F. Oliveira, a árvore da vida: estudo avançado sobre as folhas da oliveira na modulação da saúde: o antibiótico da mãe natureza. Mogi Guaçu, SP: Cosmo F. Pacetta, 2007. 05p.). Tendo em vista o recente cultivo da oliveira na região sul do Brasil e que não há estudo sobre a composição química das folhas de oliveiras cultivadas nessa região, este trabalho teve como objetivo fazer um estudo exploratório sobre a composição química da variedade Arbequina, cultivada no Município de Caçapava do Sul- RS. Nesse sentido, a presença de compostos de interesse nutricional (p. ex., ácidos graxos, elementos minerais) foram investigados, visando a identificar o potencial de uso desse subproduto gerado durante o cultivo de oliveiras.

MATERIAL E MÉTODOS:

Reagentes e amostras

Todos os reagentes utilizados foram de grau analítico. Água destilada-deionizada (Milli-Q, 18,2 MΩcm, Millipore, Billerica, MA, EUA) foi utilizada para o preparo das amostras e padrões. Na determinação de ácidos graxos, foi utilizada a mistura de padrões autênticos de ésteres metílicos de ácidos graxos (FAME) Mix-37, P/N 47885-U (SUPELCO, PA, EUA). As folhas de oliveira da cultivar 'Arbequina' foram coletadas no município de Caçapava do Sul/RS (30º 22' e 14'' de latitude Sul, 53º 23' e 4'' de longitude Oeste com altitude de 142 metros), em agosto de 2011. Após a coleta, as folhas foram secas em estufa com circulação de ar em temperatura de 45ºC±5°C, durante 48h. Em seguida, as folhas foram moídas em moinho de facas móveis e fixas (Marconi, MA-340, Brasil), e armazenadas sob abrigo da luz em temperatura de -20ºC até a realização das análises.

Determinação de compostos fenólicos totais

A extração de compostos fenólicos foi realizada de acordo com o método proposto por MYLONAKI et al. (2008)MYLONAKI, S. et al. Optimisation of the extraction of olive (Olea europaea) leaf phenolics using water/ethanol-based solvent systems and response surface methodology. Analytical and Bioanalytical Chemistry, n.392, p.977-985, 2008. Disponível em: <http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/18762919>. Acesso em: 28 maio, 2013. doi: 10.1007/s00216-008-2353-9.
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, em triplicata. A determinação de compostos fenólicos totais foi realizada pelo método de Folin-Ciocalteau, de acordo com SINGLETON &amp; ROSSI (1965)SINGLETON, V.L.; ROSSI, J.A. Colorimetry of total phenolics with phosphomolybdic-phosphotungstic acid reagents. American Journal of Enology and Viticulture. v.16, p.144-158, 1965. Disponível em: <http://ajevonline.org/content/16/3/144.abstract?s id=305a0a51-c2df-4a69a28bdccda02f4ad7>. Acesso em: 28 maio, 2013.
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. A absorvância de cada extrato foi determinada em espectrofotômetro (Jenway 6300, Reino Unido) em 765nm. A quantidade total de compostos fenólicos foi expressa em miligramas equivalentes de ácido gálico por grama de amostra seca (mg GAE g-1).

Determinação da composição centesimal

A determinação da composição centesimal foi realizada de acordo com os procedimentos descritos pela Association of Official Analytical Chemists (AOAC, 1995 AOAC (ASSOCIATION OF OFFICIAL ANALYTICAL CHEMISTS). Official Methods of Analysis. 16.ed. Arlington, 1995, p.3-1.) em triplicata, sendo o teor de carboidratos calculado por diferença (100 - umidade - cinzas - proteínas - lipídios). A extração dos lipídios foi efetuada de acordo com o método de BLIGH-DYER (1959)BLIGH, E.G.; DYER, W.J. A rapid method of total lipid extraction and purification. Canadian Journal of Biochemistry Physiology, v.37, n.8, p.911-917, 1959. Disponível em: <http://www.nrcresearchpress.com/doi/abs/10.1139/o59-099#.UaUMuNL6WrF>. Acesso em: 27 maio, 2013. doi: 10.1139/059-099.
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.

Determinação de ácidos graxos

Para a determinação dos ácidos graxos, os lipídios extraídos pelo método de Bligh-Dyer foram metilados utilizando os procedimentos sugeridos por HARTMAN &amp; LAGO (1973)HARTMAN, L.; LAGO, B.C.A. Rapid preparation of fatty acid methyl esters from lipids. Laboratory Pratice, v.22, p.475-477, 1973. Disponível em: <http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/4727126>. Acesso em: 27 maio, 2013.
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, com algumas modificações, utilizando solução de KOH 4mol L-1 e ácido sulfúrico 1mol L-1 em metanol. Os FAME foram dissolvidos em 2mL de hexano e foram determinados em cromatógrafo a gás (GC, modelo Varian Star 3400 CX(r)) acoplado a um detector de ionização em chama (FID), com coluna capilar polar, ZBFFAP (60m×0,25mm×0,25µm). O volume injetado na coluna foi de 1µL. Para a separação dos ácidos graxos, utilizou-se uma rampa de aquecimento que iniciou em 50°C com 1min de permanência, seguida de uma taxa de 40°C min-1 até 180°C; após, subiu-se a temperatura até 220°C com taxa de aquecimento de 1°C min-1, então elevou-se até 230°C, subindo a 20°C min-1, permanecendo em isoterma por 2min. O gás carreador utilizado foi o hidrogênio em pressão constante de 40psi e vazão inicial de 3mL min-1 e razão de split de 1:50. O tempo total de corrida foi de 46,75min.

Determinação de minerais

Os minerais foram determinados por espectrometria de emissão atômica com plasma indutivamente acoplado (ICP OES, Spectro Ciros CCD, Spectro Analytical Instruments, Kleve, Alemanha), utilizando a metodologia proposta por BIZZI et al. (2011). As amostras foram digeridas em um forno micro-ondas (Multiwave 3000, Anton Paar, Graz, Austria), equipado com oito frascos de quartzo de alta pressão (80 bar), utilizando 0,5g de amostra e 6mL de solução de ácido nítrico 4mol L-1. Uma pressão de 5 bar de oxigênio, durante 1min, foi aplicada em cada frasco antes da digestão. Após a decomposição das amostras, os digeridos foram aferidos a 50mL com água.

RESULTADOS E DISCUSSÃO:GALANAKIS et al., 2010 MUSTAFA &amp; TURNER, 2011 TSIPLAKOU &amp; ZERVAS (2008) MELLO &amp; PINHEIRO, 2012 CANELA &amp; GONZÁLEZ, 2011 MARTINS et al. (2009) FERNÁNDEZ-ESCOBAR et al.(1999) CHATZISTATHIS et al. (2010) MOLINA-ALCAIDE &amp; YANEZ-RUIZ., 2008 FAO/OMS, 2001 SANS-PANELLA et al., 2013

Os resultados da composição centesimal da cultivar 'Arbequina' são mostrados na tabela 1, juntamente com os valores de outras variedades cultivadas na Tunísia (BOUDHRIOUA et al., 2009BOUDHRIOUA, N. et al. Comparison on the total phenol contents and the color of fresh and infrared dried olive leaves. Industrial Crops and Products, v.29, n.2-3, p.412-419, 2009. Disponível em: <http://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S0926669008001805>. Acesso em: 27 maio, 2013. doi: 10.1016/j.indcrop.2008.08.001.
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) para melhor comparação, pois não foram encontradas informações sobre as folhas cultivadas na região estudada. A variedade Arbequina de Caçapava do Sul apresentou o maior teor de umidade, proteína e lipídios, quando comparada com as demais variedades (Chemlali, Chetoui, Chemchali e Zarrazi) da Tunísia. Já para cinzas, a variedade Arbequina apresentou uma quantidade menor somente em relação à variedade Chemlali, o que indica que a variedade cultivada no Sul do Brasil apresenta uma composição química interessante frente àquelas apresentadas por variedades cultivadas em outros países. Os altos teores de lipídios e proteínas encontrados e a menor concentração de carboidratos totais, possivelmente não digeríveis, sugerem que as folhas de oliveira cultivadas em Caçapava podem servir de suplemento para a alimentação animal.

Tabela 1
: Composição centesimal de diferentes variedades de folhas de oliveira. Resultados expressos como média e desvio padrão (%) em massa seca, n=3.
-1 -1
Tabela 2
: Composição percentual de ácidos graxos presentes nas folhas de oliveira e no azeite de oliva da variedade Arbequina.

Tabela 3
: Elementos determinados nas folhas de oliveira da variedade Arbequina. Resultados reportados como média ± desvio padrão em µg g-1 de massa seca, n=3.

CONCLUSÃO:

As folhas de oliveira da cultivar analisada apresentaram um elevado teor de compostos químicos de interesse funcional, quando comparadas com variedades cultivadas em outros países, expressos por ácidos graxos essenciais, compostos fenólicos e elementos minerais. Destacaram-se os expressivos teores de lipídios, proteínas e de ácido graxo linolênico. A baixa razão n6/n3 indicou uma composição apropriada de ácidos graxos. Assim, os resultados indicam que as folhas de oliveira cultivadas na região de Caçapava do Sul podem ser consideradas como uma fonte desses compostos, com possível uso para alimentação animal ou até mesmo humana, e que maiores estudos tornam-se necessários para investigar essa utilização, bem como as melhores condições de cultivo e época de coleta.

Datas de Publicação

  • Publicação nesta coleção
    Out 2014

Histórico

  • Recebido
    25 Ago 2013
  • Aceito
    18 Fev 2014
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