Este é um estudo descritivo-exploratório, que objetivou conhecer as concepções, atitudes e comportamentos relacionados ao trabalho, de 16 indivíduos portadores de insuficiência renal crônica (IRC) e seus familiares. Os dados foram coletados no período de abril a agosto de 2000, por meio de entrevista semi-estruturada. Os resultados revelaram que o trabalho é valorizado por todas as famílias como fonte de saúde e de provimento financeiro, além de ser importante na formação do caráter do indivíduo; e que a maioria dos indivíduos com IRC não desenvolvem atividade remunerada, e, quando o fazem, contam com a ajuda e compreensão do patrão e familiares. Conclui-se que IRC e seu tratamento não constituem impedimento direto e absoluto à realização desse tipo de atividade, mas trazem limitações importantes. Considera-se necessário os profissionais de saúde se aliarem na busca de apoio por parte de familiares e sociedade, para que esses indivíduos possam ser inseridos no mercado de trabalho quando o desejarem e tiverem condições para tal.
trabalho; insuficiência renal crônica; família