As contribuições de médicos brasileiros ao conhecimento sobre doenças causadas por vermes parasitas, na segunda metade do século XIX, produziram efeitos distintos em três comunidades epistêmicas: a anatomoclínica brasileira; a geografia médica francesa; e a emergente parasitologia médica. Admitindo a heterogeneidade dos regimes de legitimação dos fatos científicos e das práticas epistemológicas, descreve-se cartografia específica do conhecimento médico da época, revelando as linhas de força dos três campos disciplinares. O foco na circulação, no controle e na validação do conhecimento médico revela controvérsias e complicadas negociações entre distintas comunidades epistêmicas.
geografia médica; circulação de fatos científicos; história das ciências biomédicas; Brasil