Composição química, digestibilidade e disponibilidade de capim-elefante cv. Napier manejado sob pastejo rotativo

Chemical composition, in vitro dry matter digestibility and forage mass of elephantgrass cv. Napier pasture managed in a rotational grazing system

PRODUÇÃO ANIMAL

Composição química, digestibilidade e disponibilidade de capim-elefante cv. Napier manejado sob pastejo rotativo¹

Chemical composition, in vitro dry matter digestibility and forage mass of elephantgrass cv. Napier pasture managed in a rotational grazing system

Fermino Deresz^I; Matheus Linhares Paim-Costa^II; Antônio Carlos Cóser^I; Carlos Eugênio Martins^I; João Batista Rodrigues de Abreu^III

^IEmbrapa Gado de Leite, Rua Eugênio do Nascimento, 610, CEP: 36038-330, Juiz de Fora, MG, Brasil

^IIMestre em Zootecnia da UFRRJ, Antiga Rodovia Rio São Paulo, km 47, CEP: 23851-970, Seropédica, RJ, Brasil

^IIIUFRRJ, Antiga Rodovia Rio São Paulo, km 47, CEP: 23851-970, Seropédica, RJ, Brasil

RESUMO

O trabalho foi realizado com o objetivo de avaliar a composição química, a digestibilidade in vitro da matéria seca (DIVMS), a disponibilidade de forragem de capim-elefante cv. Napier e a produção de leite (PL). As estimativas de disponibilidade de MS foram realizadas mensalmente, um dia antes da entrada dos animais nos piquetes, por meio da técnica do pastejo simulado. As amostras de forragem foram colhidas observando-se a altura do resíduo pós-pastejo do ciclo anterior. Foram colhidas seis amostras por tratamento de touceiras classificadas como de alturas alta, média e baixa. As amostras foram pesadas, obtendo-se a média de forragem das três touceiras em cada tratamento em cada ciclo de pastejo. Subamostras foram retiradas para determinação da composição química (MS, PB, FDN e FDA) e da DIVMS. A pastagem foi manejada sob pastejo rotativo, com três dias de ocupação e 30 dias de intervalo de desfolha, com duas repetições de área, utilizando-se vacas Holandês x Zebu, conforme os seguintes tratamentos: pastagem, sem suplementação (T₀), suplementação com concentrado durante 60 dias (T₆₀) e/ou 120 dias de lactação (T₁₂₀). Foi fornecido nos tratamentos T₆₀ e T₁₂₀ 1 kg de concentrado (20% de PB e 70% de NDT) para cada 2 kg de leite produzido acima de 10 kg. A pastagem foi adubada com 1.000 kg/ha/ano da fórmula 20:05:20. Não houve diferença na composição química e na DIVMS entre os tratamentos, cujos valores médios foram de 13,6; 69,1; 39,5 e 63,8% para PB, FDN, FDA e DIVMS, respectivamente. A disponibilidade de MS também não foi afetada pelos tratamentos, tanto por área (kg/ha de MS) quanto por vaca (kg/dia), obtendo-se médias de 1.480; 1.760 e 1.870 e 12,4; 14,7 e 15,6 kg/vaca/dia, para T₀, T₆₀ e T₁₂₀, respectivamente. A PL não diferiu entre os tratamentos, com média de 11,65 kg/vaca/dia, porém com diferenças entre as médias nos estádios de lactação: 15,1; 11,6 e 8,2 kg/vaca/dia de 1 a 60 dias, de 60 a 120 dias e acima de 120 dias. Nas condições deste experimento, os tratamentos não afetaram as variáveis estudadas.

Palavras-chave: forragem disponível, gramíneas tropicais, qualidade de forragem, vacas em lactação

ABSTRACT

One experiment was run to study the chemical composition, in vitro dry matter digestibility and the dry matter mass of elephantgrass pasture cv. Napier. Estimates of forage mass were accomplished monthly according to the hand plucking technique with samples being taken one day before the cows were turned into the paddocks. Forage samples were taken observing the stubble height of the pasture in the former grazing cycle. Six samples per treatment were collected from high, medium and low representative tuffs in the sampled paddocks. Samples were weighted in order to obtain the average forage yield per treatment on each grazing cycle. Forage subsamples were analyzed for chemical composition (DM, CP, NDF e ADF) and in vitro dry matter digestibility (IVDMD). Pasture was managed in a rotational grazing system of 33 days grazing cycle with three days grazing period and 30 days rest period. There were two replication units per treatment. Twenty four crossbred Holstein x Zebu cows were used, there being eight per treatment. The following treatments were studied: Elephantgrass pasture with no concentrate (T₀); Elephantgrass supplemented with concentrate during the first 60 days of lactation (T₆₀) and a 120 days of lactation (T₁₂₀). Cows on treatments T₆₀ and T₁₂₀ received 1 kg of concentrate (20% CP and 70% TDN) for each 2 kg of milk above 10 kg, daily. Pasture was fertilized with 1,000 kg/ha/year of a 20:05:20 formula. There was no treatment effect on the forage chemical composition and IVDMD figures. Mean values for CP, NDF, ADF and IVDMD were: 13.6, 69.1, 39.5, and 63.8% for CP, NDF, ADF and IVDMD, respectively. There was no treatment effect on forage mass (1,480; 1,760 and 1,870 kg DM/ha) and daily forage allowance per cow (12.4; 14.7 and 15.6 kg DM/day). There was no treatment effect for milk yield averaging 11.65 kg/cow/day. However there was treatment effect for stage of lactation, which averaged 15.1, 11.6, and 8.2 kg/cow/day for 1 to 60, 60 to 120 and over 120 days, respectively.

Key Words: available forage, tropical grasses, forage quality, lactating cows

Introdução

Nas principais regiões produtoras de leite do Brasil, nota-se aumento na implantação de sistemas intensivos de produção de leite em pastagens, buscando maior eficiência no uso de insumos e recursos forrageiros (Aroeira et al., 2004; Deresz, 2001). Conseqüentemente, são necessárias maiores informações sobre espécies forrageiras de alta produtividade e qualidade para alimentação destes rebanhos.

O manejo adequado de forrageiras está intimamente ligado às avaliações freqüentes na pastagem e aos ajustes na taxa de lotação, de modo que se evite o sub ou superpastejo. Estas avaliações podem ser feitas de diferentes formas, mas o método utilizado deve representar a realidade das pastagens, sem, contudo, se tornar excessivamente trabalhoso e dispendioso.

O elevado potencial de produção do capim-elefante evidencia a importância desta espécie para a produção animal. No entanto, sua alta produtividade na estação chuvosa e a redução do crescimento na época seca podem resultar em grandes variações nas características morfológicas e nos teores de MS na planta, impondo sérias dificuldades à utilização dos métodos de amostragem, que devem ser sensíveis em ambas as situações – crescimento rápido e lento das plantas (O' Rourke, 1984). Além disso, o hábito de crescimento do capim-elefante e sua desuniformidade na cobertura do solo também limitam a acurácia dos avaliadores, por não possibilitar bom domínio da cobertura e distribuição espacial da pastagem como um todo.

A determinação da quantidade de forragem disponível é importante, pois possibilita estimar o desempenho animal, o consumo e suas perdas. Portanto, o peso da forragem consiste em importante medida de crescimento, por permitir calcular a taxa de lotação e interpretar o rendimento da produtividade animal (Estrada et al., 1991). Todavia, a estimativa da forragem disponível em experimentos em pastejo é freqüentemente associada a alto erro experimental, podendo variar significativamente entre os métodos usados para essa finalidade (Aiken & Bransby, 1992).

Por outro lado, a técnica do pastejo simulado para estimativa da forragem potencialmente consumível em pastagens de capim-elefante (Aroeira et al.,1999) é recente e tem sido intensamente utilizada nos experimentos de pastejo envolvendo avaliações dessa forrageira.

Outro fator relevante que pode ser utilizado como variável de qualidade é a composição química. Contudo, deve-se considerar que essa composição é dependente da idade da planta e de aspectos genético e ambiental.

Os principais constituintes químicos das plantas forrageiras podem ser divididos em duas grandes categorias: os de menor digestibilidade no processo de digestão, constituído pela estrutura da parede celular, e os que possuem alta digestibilidade no conteúdo celular, que envolvem substâncias solúveis ou levemente solúveis em água, como amido, lipídios e algumas proteínas digeridas por enzimas de microrganismos (Costa et al., 2005).

Este trabalho foi conduzido com o objetivo de avaliar a disponibilidade de forragem de capim-elefante cv. Napier, a composição química, a digestibilidade in vitro da matéria seca e a produção de leite durante a época chuvosa.

Material e Métodos

O experimento foi conduzido no município de Valença, RJ, durante o período de outubro de 2000 a junho de 2001.

A região apresenta precipitação pluviométrica anual de 1.225 mm (média dos últimos dez anos), temperatura média anual de 23ºC, com média das máximas de 30ºC e média das mínimas de 17ºC, e umidade relativa do ar de 72%. O clima da região, segundo a classificação de Koppen é do tipo Cwa, tropical de altitude. Na Tabela 1 são apresentados os dados climáticos durante o período experimental registrados em estação metereológica localizada a 1.000 m do experimento.

A área do experimento era composta por 66 piquetes de 909 m², totalizando seis hectares formados com capim-elefante cultivar Napier (Pennisetum purpureum Schumacher). Foram avaliados os seguintes tratamentos: pastagem de capim-elefante, sem suplementação com concentrado aos animais (T₀); pastagem e suplementação com concentrado às vacas até 60 dias pós-parto (T₆₀); e pastagem e suplementação com concentrado até 120 dias pós-parto (T₁₂₀). O concentrado nos tratamentos T₆₀ e T₁₂₀ foi fornecido individualmente, na proporção de 1 kg de concentrado (20% de PB e 70% de NDT) para cada 2 kg de leite produzido acima de 10 kg/vaca/dia.

Foram utilizadas 24 vacas Holandês x Zebu de diferentes grupos genéticos, oito por tratamento, distribuídas em blocos ao acaso, com base nos seguintes critérios: produção de leite da lactação anterior, peso vivo, data de parto e grau de sangue. A maioria das parições ocorreu entre outubro e novembro de 2000.

A taxa de lotação foi de 4 vacas/ha e o período de ocupação dos piquetes foi de três dias, com 30 dias de intervalo de desfolha, perfazendo um total de 11 piquetes por tratamento, com duas repetições de área.

A área experimental vem sendo fertilizada anualmente desde 1999 com 1.000 kg/ha da fórmula 20:05:20, em três aplicações de um terço cada uma, nos meses de novembro, janeiro e março.

A técnica do pastejo simulado preconizada por Aroeira et al. (1999) foi empregada para seleção de três touceiras de capim-elefante, representando as produções de forragem alta, média e baixa existentes na pastagem antes da entrada dos animais em cada um dos seis piquetes avaliados, observando-se a altura do resíduo pós-pastejo do ciclo anterior. De cada uma dessas touceiras foram removidos manualmente folhas e colmos, simulando pastejo. As amostras foram secas em estufa, para determinação da porcentagem de MS. Após a saída dos animais, o número de touceiras existentes em 49 m² de cada piquete foi contado. A produção de MS de cada amostra, em cada piquete, em cada época de amostragem, multiplicada pelo número de touceiras por piquete, resultou na estimativa da produção de matéria seca (kg/ha).

Subamostras de forragem foram retiradas para determinação da composição química (MS, PB, FDN e FDA) e da digestibilidade in vitro da matéria seca (DIVMS), analisadas conforme metodologia descrita por Silva (1998). A análise de nitrogênio foi realizada pelo método de Kjeldahl e o resultado foi multiplicado por 6,25, para obtenção do teor de PB. As análises de fibra em detergente neutro (FDN) e fibra em detergente ácido (FDA) foram feitas pelo método de Van Soest (1967).

Foram realizadas as análises de variância pelo método de quadrados mínimos, considerando-se o delineamento em blocos completamente ao acaso, por meio do programa SAS (2001), versão 8.1.

Resultados e Discussão

Os teores médios de MS nas amostras de capim-elefante cv. Napier são descritos na Tabela 2.

Embora nenhuma diferença (P<0,05) tenha sido observada entre os tratamentos, houve diferença (P>0,05) entre os meses estudados.

Os teores médios de matéria seca foram de 21,1; 22,2 e 21,2% para os tratamentos T₀, T₆₀ e T₁₂₀, respectivamente. A maior média mensal ocorreu no mês de maio (26,8%) e a menor, no mês de dezembro (17,1%), provavelmente em razão da dinâmica na população de perfilhos aéreos entre os ciclos de pastejo e/ou da maior ou menor precipitação pluviométrica (Tabela 1). Outro fator que pode explicar os maiores valores em maio e junho é o fato de que, neste período, o capim-elefante inicia a fase de florescimento, acarretando aumento significativo no teor de MS. Os teores de MS obtidos neste trabalho foram aparentemente superiores aos encontrados por Lucci et al. (1969, 1972) e Deresz (1994). Contudo, Erbesdobler et al. (2002) reportou valores semelhantes aos descritos neste trabalho.

A quantidade de matéria seca disponível por área (t/ha) foi avaliada a cada ciclo e a produção média no período avaliado é apresentada na Tabela 3.

Não houve diferença (P<0,05) para disponibilidade média de matéria seca entre os tratamentos, entretanto, constataram-se diferenças (P<0,01) entre as médias mensais, observando-se declínio da disponibilidade de MS à medida que os dias se tornaram mais curtos.

As disponibilidades médias de MS do capim-elefante estimadas antes da entrada dos animais nos piquetes foram de 1.480, 1.760 e 1.870 kg/ha, respectivamente, para os tratamentos T₀, T₆₀ e T₁₂₀. A maior disponibilidade média de forragem foi observada no mês de janeiro de 2001 (2.530 kg/ha) e a menor, no mês de maio de 2001 (440 kg/ha), quando, além de dias mais curtos, foram registradas temperaturas menores e redução severa das precipitações pluviométricas (Tabela 1).

Considerando-se que o período das chuvas se inicia no mês de outubro, atingindo seu ápice entre os meses de dezembro e janeiro e finalizando em meados do mês de maio, pode-se atribuir a este fato a variação da disponibilidade de forragem observada neste estudo.

Não houve efeito (P>0,05) de tratamentos sobre a disponibilidade de forragem quando se utilizou suplementação com concentradado, provavelmente em decorrência da pequena quantidade de concentrado fornecido, além do curto período de suplementação, especialmente no tratamento T₆₀.

Há dúvidas, no entanto, se o efeito é substitutivo – sobrando mais forragem para os tratamentos com suplementação (T₆₀ e T₁₂₀), o que facilitaria a rebrota, em decorrência da maior quantidade de material fotossinteticamente ativo – ou se o concentrado promove aumento do consumo de forragem, podendo estimular maior perfilhamento, com reflexos sobre a produção de forragem.

A disponibilidade média de forragem neste trabalho pode ser considerada representativa para uma pastagem de capim-elefante adubada com 200 kg/ha/ano de N e de K₂O, visto que produções inferiores foram apresentadas por Erbesdobler et al. (2002) e Andrade & Gomide (1971). Andrade et al. (2000) e Cóser et al. (1998), por sua vez, reportaram resultados superiores e Cóser et al. (2001), resultados semelhantes aos deste estudo.

Consta na Tabela 4 a quantidade MS disponível/vaca/dia, avaliada a cada ciclo de pastejo, a partir da disponibilidade de matéria seca por área.

Não houve diferença (P>0,05) na disponibilidade média de MS/vaca/dia entre os tratamentos, porém, as médias mensais apresentaram diferenças (P<0,05).

A disponibilidade de MS por vaca por dia variou conforme a disponibilidade por área, de modo que os valores absolutos de disponibilidade foram semelhantes entre os tratamentos T₆₀ e T₁₂₀ até os primeiros 60 dias de experimento, quando o tratamento T₁₂₀ apresentou maior disponibilidade. As disponibilidades de MS/vaca/dia foram de 12,4; 14,7 e 15,6 kg/vaca/dia para os tratamentos T₀, T₆₀, T₁₂₀, respectivamente. A maior média foi obtida no mês de fevereiro (20,7 kg/vaca/dia) e a menor, no mês de maio (3,6 kg/vaca/dia).

Não houve diferença (P>0,05) entre os tratamentos quanto à disponibilidade média de MS/vaca/dia. Durante os meses de dezembro de 2000, janeiro, fevereiro e março de 2001, os valores médios de disponibilidade de MS/vaca/dia não limitaram o consumo de MS dos animais em nenhum dos tratamentos. Resultados inferiores foram encontrados por Deresz (2001).

A produção média de leite foi de 11,65 kg/vaca/dia. A ausência de resposta (P<0,05) na produção de leite entre os tratamentos nas estratégias de suplementação com concentrado pode ser atribuída à oferta suficiente de nutrientes provenientes da forragem ou ao fato de os animais utilizados não apresentarem potencial genético para atingir produções de leite mais elevadas (Tabelas 5 e 6). Deresz (2001) concluiu que vacas mestiças Holandês x Zebu com potencial de produção de leite de até 15 kg/dia no início da lactação, podem ser manejadas em pastagem de capim-elefante com taxa de lotação de 4,5 vacas/ha, sem suplementação concentrada durante o período das chuvas.

Nas análises bromatológicas da forragem estudada, não foram encontradas diferenças (P>0,05) entre os tratamentos para os teores de PB, FDN, FDA e DIVMS, porém houve diferenças (P<0,05) entre todas as variáveis nas médias dos meses observados (Tabela 7).

O maior teor de PB foi de 17,11% e o menor, de 10,81%, nos meses de abril de 2001 e novembro de 2000, respectivamente. Este fato pode ser atribuído à dinâmica de perfilhamento, registrando-se ciclos com maior número de perfilhos com menor idade e, conseqüentemente, com maior teor de PB.

O teor médio de PB encontrado durante o experimento foi de 13,58%, abaixo dos valores esperados para o capim-elefante adubado com 200 kg/ha de N e manejado com 30 dias de descanso. Os teores de PB determinados neste experimento para o capim-elefante estão acima do valor limitante ao consumo voluntário, que é de 7%, segundo Milford & Minson (1966).

Valores semelhantes foram relatados por Deresz (2001) e Gomide et al. (1969), enquanto Deresz (1994) e Gomide et al. (1969) observaram valores superiores e Aroeira et al. (1999), valores inferiores aos deste trabalho.

O teor médio de FDN encontrado neste trabalho foi de 69,14%, variando entre 74,08% (fevereiro) e 62,33% (abril).

Não se observou a relação entre os teores de PB e FDN esperada nos meses experimentais. Esta relação ocorreu apenas no mês de abril, quando o maior teor de PB correspondeu ao menor de FDN.

Erbesdobler et al. (2002), Deresz (1994) e Soares et al. (1998) encontraram valores inferiores, enquanto Soares et al.(1998) e Aroeira et al. (1999), valores semelhantes ao deste trabalho.

O teor médio de FDA foi de 39,47%, variando de 37,34 a 41,99% nos meses de dezembro e fevereiro, respectivamente.

Valores semelhantes foram obtidos por Deresz (1994) e Soares et al. (1998). Teores superiores foram descritos por Deresz (1994) e Aroeira et al. (1999), ao passo que Soares et al. (1998) e Silveira et al. (1973) relataram valores abaixo dos obtidos neste trabalho.

O valor médio de DIVMS foi de 63,77%, variando entre 59,06% (mês de fevereiro) e 68,74% (mês de dezembro).

Em virtude de problemas ocorridos nas análises bromatológicas, não foram relatados os teores médios de DIVMS nos meses de janeiro e março, o que impede a avaliação desta variável na gramínea estudada.

Hillesheim (1987) e Cóser et al. (2001) encontraram valores semelhantes aos descritos neste trabalho, ao passo que Deresz (1994) e Cóser et al. (1999) reportaram valores mais elevados.

Conclusões

O capim-elefante cv. Napier apresentou variação na composição química, na digestibilidade e na disponibilidade de forragem durante os meses de pastejo.

A disponibilidade de matéria seca por área (kg/ha), a composição química e a digestibilidade da forragem de capim-elefante cv. Napier durante o período das chuvas foram suficientes para atender às necessidades de mantença e produção média de 12 kg/vaca/dia de leite durante a lactação.

Literatura Citada

Recebido: 29/03/05

Aprovado: 26/10/05

Correspondências devem ser enviadas para: [e-mail]

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1

Parte do trabalho de dissertação de Mestrado do segundo autor, desenvolvida pelo Programa de Pós-Graduação em Zootecnia da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro - UFRRJ

Datas de Publicação

• Publicação nesta coleção
  25 Jul 2006
• Data do Fascículo
  Jun 2006

Histórico

• Aceito
  26 Out 2005
• Recebido
  29 Mar 2005