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Editorial

EDITORIAL

Pesquisa Odontológica e Qualidade de Vida

Fernando Ricardo Xavier da Silveira

Presidente do Conselho Diretor - SBPqO

O foco atual de grande parte das discussões em torno do tema i pesquisa dontológica tem sido dirigido à qualidade da produção acadêmica, em seus diversos aspectos: qualificação dos periódicos, que abrange desde a sua classificação quanto à circulação (JCR), catalogação em bases (Medline, IPA, INI, Cinahal, TDB, ERIC, SciELO, Lilacs, Embase, Excerpta Médica, PsycLIT, entre vários outros), ao índice de impacto (a partir da mediana dos índices de impacto dos periódicos específicos de cada área), à excelência de corpo editorial, à publicação em língua estrangeira (espanhol, inglês). Toda essa gama de indicadores e classificações passou a ser importante baliza, tanto para a avaliação de programas de pós-graduação, quanto para a concessão de auxílios pelas instituições de fomento no âmbito federal ou estadual (para bolsas acadêmicas, para o desenvolvimento de projetos de pesquisa, para a realização de reuniões científicas, etc.). Em função da somatória desses indicadores de qualidade de produção científica, mudanças de rumos são implementadas, objetivando, cada vez mais, inserir nossa produção acadêmica e nossos mais expressivos periódicos no cenário internacional, sendo inegável, nesse contexto, a contribuição da produção científica da universidade pública. Ao refletirmos, entretanto, sobre toda essa problemática, nos voltam à mente alguns dados do relatório publicado pelo IBGE em agosto do ano de 2000, ainda no final do século recém-findo, que apresentava resultados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD), levada a efeito em 1998: 29,6 milhões de brasileiros (mais de 18% da população) nunca haviam ido ao dentista, subindo essa porcentagem para cerca de 32% na área rural. Ao avançarmos, agora pelos inícios do século 21, supomos que os índices devam continuar nos mesmos patamares, se é que não se agravaram, dadas as dificuldades econômicas que o país atravessa. Isso nos leva a pensar na pertinência de se criar um indicador que pudesse avaliar o impacto da produção acadêmica na melhoria da saúde bucal e, em decorrência, da saúde geral de nossa população. Fica a sugestão: pesquisa odontológica e qualidade de vida!

Datas de Publicação

  • Publicação nesta coleção
    16 Dez 2003
  • Data do Fascículo
    Set 2003
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