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Sem bulha nem matinada construiremos uma grande revista

EDITORIAL

Sem bulha nem matinada construiremos uma grande revista

A Revista Brasileira de Cirurgia Plástica, dirigida em particular àqueles que desempenham a função de cirurgião plástico no Brasil, estando atenta a sua relevância social e seu impacto no sistema de informação da especialidade, deseja atingir a qualificação internacional e assim se tornar uma revista lida e respeitada mundialmente. Entretanto, para chegar a seu intento, tem que contextualizar qual a busca do conhecimento certo em Cirurgia Plástica e, para encontrarmos o alter ego, é preciso posicionar nossa revista no front das mais conceituadas no mundo. Estamos propondo mudanças e iniciaremos abrigando os grandes temas estruturais, das diversas aplicações da Cirurgia Plástica, na discussão das especialidades médicas que possuem interface ou afinidade histórica com a Cirurgia Plástica, como cirurgia geral, cirurgia crânio-maxilo-facial, cirurgia de cabeça e pescoço, ortopedia, dermatologia, oncologia cutânea, anestesiologia, cirurgia do trauma, radiologia, cirurgia experimental, queimaduras, além de anatomia, biologia molecular, histologia, etc.

Os epistemólogos expressam que é dever da base científica conhecer para reconhecer. A Revista Brasileira de Cirurgia Plástica possui sua existência muito voltada para o que Santo Agostinho propusera em sua cidade de Deus, com a denominação de cogito, que é "a consciência de si como ser pensante e que pode enunciar suas hipóteses para o aprendizado científico". Como poderemos alimentar esse cogito e, também, instituir que o mundo exterior das especialidades e do conhecimento médico pode suscitar novas revelações que poderão fomentar o aparecimento de novas descobertas, que, por si só, beneficiarão o crescimento das informações em cirurgia plástica?

Como combinar os conhecimentos das diversas especialidades médicas, estudos experimentais com a cirurgia plástica? Por meio da abertura de nossa revista para outros ramos do conhecimento médico, com a definição de um grupo de temas prioritários para a publicação dos artigos, que serão, evidentemente, centrados nas melhores evidências científicas disponíveis, podendo ser, com base no tema, vinculada a metanálises, estudos randomizados aos não-randomizados, ou até por convite, que partirá do Conselho Editorial, para autores ou sociedades de especialidades com referência importante na temática escolhida para a discussão.

O desafio posto a todos os cirurgiões plásticos e ao Conselho Editorial da Revista Brasileira de Cirurgia Plástica tem a responsabilidade de conduzir a evolução do conhecimento da Cirurgia Plástica, levando em consideração sua qualidade e seguindo uma estratégia para agregar nossa revista a outras especialidades, com o objetivo de aumentar a oferta do conhecimento médico aos membros da SBCP e especialidades colaboradoras.

Fernando Antônio Gomes de Andrade

Professor doutor da Universidade Federal de Alagoas

Membro do Conselho Editorial da Revista Brasileira de Cirurgia Plástica

Datas de Publicação

  • Publicação nesta coleção
    22 Mar 2012
  • Data do Fascículo
    Dez 2011
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