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Desenvolvimento moral: vertentes pró-social e pró-ambiental

Moral development: pro-social and pro-environmental approaches

Resumos

Objetivou-se conhecer as vertentes pró-social e pró-ambiental do desenvolvimento moral na área da Psicologia. Realizou-se um levantamento bibliográfico (2005-2010) em uma base de dados internacional referenciada (PsycINFO). Constatou-se que a vertente pró-social aborda o desenvolvimento moral em quase todo o ciclo vital humano, analisando a aquisição de virtudes e julgamentos morais. A vertente pró-ambiental foca na idade adulta, buscando correlações entre variáveis psicossociais e a emissão do comportamento desejado. As vertentes se assemelham quando consideram as motivações altruístas para o comportamento moral. Discutiu-se o quanto a vertente pró-ambiental se beneficiaria do olhar investigativo da vertente pró-social em seus estudos.

desenvolvimento moral; comportamento pró-social; comportamento pró-ambiental


This study aimed to investigate the pro-social and pro-environmental approaches of the moral development in Psychology. Therefore, a literature review (2005-2010) from studies found in a worldwide referenced database (PsycINFO) was performed. The pro-social approach discussed the moral development in almost the whole human life cycle, analyzing acquisition of virtues and moral judgments. In contrast, the pro-environmental approach focused on adult age, searching for relations between psychosocial variables and the occurrence of a desired behavior. Both approaches are similar in considering altruistic motivations for moral behavior. It was discussed how the pro-environmental approach would benefit from the investigative view of the pro-social approach.

moral development; pro-social behavior; pro-environmental behavior


Desenvolvimento moral: vertentes pró-social e pró-ambiental

Moral development: pro-social and pro-environmental approaches

Luana Santos Raymundo; Maíra Longhinotti Felippe; Ariane Kuhnen

Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, SC, Brasil

Endereço para correspondência Endereço para correspondência: Universidade Federal de Santa Catarina. Laboratório de Psicologia Ambiental - Trindade. Florianópolis, SC – Brasil. CEP: 88040970. E-mail: lua_sr@yahoo.com.br, mairafelippe@gmail.com, ariane@cfh.ufsc.br

RESUMO

Objetivou-se conhecer as vertentes pró-social e pró-ambiental do desenvolvimento moral na área da Psicologia. Realizou-se um levantamento bibliográfico (2005-2010) em uma base de dados internacional referenciada (PsycINFO). Constatou-se que a vertente pró-social aborda o desenvolvimento moral em quase todo o ciclo vital humano, analisando a aquisição de virtudes e julgamentos morais. A vertente pró-ambiental foca na idade adulta, buscando correlações entre variáveis psicossociais e a emissão do comportamento desejado. As vertentes se assemelham quando consideram as motivações altruístas para o comportamento moral. Discutiu-se o quanto a vertente pró-ambiental se beneficiaria do olhar investigativo da vertente pró-social em seus estudos.

Palavras-chave: desenvolvimento moral; comportamento pró-social; comportamento pró-ambiental.

ABSTRACT

This study aimed to investigate the pro-social and pro-environmental approaches of the moral development in Psychology. Therefore, a literature review (2005-2010) from studies found in a worldwide referenced database (PsycINFO) was performed. The pro-social approach discussed the moral development in almost the whole human life cycle, analyzing acquisition of virtues and moral judgments. In contrast, the pro-environmental approach focused on adult age, searching for relations between psychosocial variables and the occurrence of a desired behavior. Both approaches are similar in considering altruistic motivations for moral behavior. It was discussed how the pro-environmental approach would benefit from the investigative view of the pro-social approach.

Keywords: moral development; pro-social behavior; pro-environmental behavior.

INTRODUÇÃO

Quase que simultaneamente são divulgadas, nos meios de comunicação, notícias de violência, corrupção, poluição dos rios, desmatamento das florestas, entre outras. Também da mesma forma, identificam-se, mesmo que em menor medida, notícias de solidariedade entre as pessoas, de trabalhos voluntários, de reflorestamento e reciclagem. A coexistência de egoísmo, solidariedade, destruição e preocupação com a natureza, no decorrer da história humana, aponta para questionamentos fundamentais sobre a formação do sujeito. Por exemplo: que influências sofridas pela humanidade fazem com que a mesma apresente comportamentos e atitudes ora individualistas e de destruição, ora solidários e de preservação? Os diversos fatores que interferem no desenvolvimento moral humano justificariam essas diferenças?

A ausência de princípios morais, normas pessoais e sociais que norteiem as ações humanas parece sugerir que o investimento no desenvolvimento moral dos indivíduos vem sendo deixado em segundo plano, em algumas culturas, pelos agentes socializadores. Segundo Gomide (2010), alguns princípios morais foram abandonados pela educação familiar ocidental, por estarem em desacordo com os objetivos de sucesso almejados pela geração atual, pelo desafio da competitividade do mercado de trabalho, pela conquista de bons resultados, pela busca do progresso, independentemente dos princípios éticos e morais a eles ligados. Entretanto, segundo esta mesma autora, o comportamento moral, as virtudes, os valores, deveriam ser entendidos como importantes alternativas à disposição da sociedade, capazes de recolocarem a humanidade em um caminho onde a preservação da cultura, do planeta, e das gerações futuras seja o foco.

A ciência psicológica já percorreu um considerável caminho em torno da investigação do desenvolvimento moral humano e suas vertentes. Esta ciência buscou e ainda busca construir modelos teóricos explicativos que possam dar conta da complexidade deste fenômeno (VASCONCELOS et al., 2010). Uma vertente teórica que se destacou nesse campo do desenvolvimento moral buscou identificar o que chamou de moral pró-social. Nessa vertente, destacam-se os estudos de Nancy Eisenberg et al. (2005) sobre a evolução dos raciocínios de crianças e adolescentes expostos a dilemas morais que envolvem ações pró-sociais, como no caso do comportamento de ajuda. Este modelo teórico procura identificar o desenvolvimento moral pró-social através das intenções, ações ou expressões verbais do raciocínio construído sobre um dilema proposto, pois se considera que o desenvolvimento moral pró-social é um processo de mudanças nos julgamentos e comportamentos de ajuda dirigidos a outros indivíduos, ou seja, corresponde a ações voluntárias emitidas pelos indivíduos no decorrer do ciclo de vida, avaliadas conforme suas consequências (KOLLER; BERNARDES, 1997). Vale ressaltar que esses comportamentos e raciocínios devem levar em consideração o bem-estar do outro em detrimento do próprio bem-estar (VASCONCELOS et al., 2010). Somado a essa compreensão, Koller e Bernardes (1997) reforçam que os estudos nessa temática, buscam identificar como os atos e pensamentos pró-sociais se modificam no decorrer da vida relacionando as mudanças aos muitos fatores de influência ao longo do processo.

Outra vertente teórica promissora no campo do desenvolvimento moral discute a relação homem-natureza em termos do raciocínio ecológico-moral. Propõe a existência de um raciocínio ecológico-moral buscando estabelecer, para além da justiça, do cuidado e da virtude, uma ética da conservação ambiental (proteger e respeitar o meio ambiente) pelos sujeitos (KAHN; LOURENCO, 2002). Por exemplo, tenta-se desenvolver ligações, bem ancoradas na literatura e empiricamente fundamentadas, entre o pensamento infantil e adolescente sobre a natureza e as teorias de Piaget (1994[1932]), e entre aquele e a teoria do desenvolvimento moral de Kohlberg (1992). Assim, nos estudos do desenvolvimento da relação humana com a natureza se destaca a obra de Peter Kahn (HOWE; KAHN; FRIEDMAN, 1996; KAHN, 1997; KAHN; LOURENCO, 2002).

Objetivando analisar como e quando surge nas crianças a ideia de respeito ao meio ambiente como um imperativo moral, assim como evidenciar os raciocínios a partir dos quais ele se estabelece, os autores da vertente pró-ambiental (HOWE; KAHN; FRIEDMAN, 1996; KAHN, 1997; KAHN; LOURENCO, 2002) realizaram estudos transversais e transculturais (Brasil, Portugal, EUA) por meio de entrevistas baseadas nos conflitos morais propostos por Kohlberg (1992), modificadas para atenderem as peculiaridades da problemática ambiental, com crianças e adolescentes. Questionaram seus participantes sobre o meio ambiente em geral e mais particularmente sobre o contexto mais próximo, perguntando a eles, por exemplo, se é permitido jogar lixo no rio que passa pela cidade. Seus resultados apontaram que a grande maioria das crianças demonstrou uma preocupação pelas questões ambientais, além disso, considerou moralmente obrigatório não jogar lixo nos rios. Os autores concluíram que, já no início do ensino fundamental, aproximadamente aos seis anos, muitas crianças já parecem convencidas de que temos uma obrigação moral para com o meio ambiente, ainda que esteja baseada inicialmente em raciocínios antropocêntricos ou em uma visão pouco elaborada do prejuízo à natureza. E que apesar de haver aspectos da própria natureza, do contexto, que ajudam a dar origem ao raciocínio moral ambiental nas crianças, os estudos constataram que em diferentes culturas o raciocínio moral biocêntrico (aquele que considera o valor intrínseco da natureza ou seus direitos) surge de fato (ou mais plenamente) apenas em adolescentes e adultos.

Em vista dos argumentos apresentados, pode-se hipotetizar que, ao longo do ciclo de vida, os indivíduos desenvolvem um importante conjunto de valores pelos quais se guiarão na vida e que tem a ver tanto com a divisão justa, com a solidariedade na relação com outras pessoas, quanto com a relação do indivíduo com a natureza (PALACIOS; GONZALEZ; PADILLA, 2004). Sendo assim, é social e cientificamente relevante investigar as semelhanças entre as duas vertentes do desenvolvimento moral, a vertente pró-social e a vertente pró-ambiental, a fim de buscar identificar as variáveis envolvidas, os mecanismos psicológicos e os fatores situacionais na construção do sujeito moral. Acreditamos que a vertente pró-ambiental, por ser mais recente, por estar ainda em crescente processo de construção do seu conhecimento pode se nutrir dos avanços científicos já obtidos com os estudos da vertente pró-social, a fim de identificar suas próprias variáveis.

MÉTODO

Objetiva-se identificar como a Psicologia vem atualmente investigando o desenvolvimento moral e suas vertentes pró-social e pró-ambiental, para constatar as semelhanças estabelecidas entre elas. Sendo assim, propôs-se, neste trabalho, iniciar um primeiro contato com a problemática, verificando nas pesquisas recém-publicadas na área, a forma como a pró-sociabilidade e o comportamento pró-ambiental estão sendo abordados. Para atingir este objetivo, um levantamento bibliográfico na base de dados PsycINFO foi realizado pelo primeiro autor. A PsycINFO é uma base de dados internacional de textos completos referenciada na área de Psicologia. As terminologias utilizada na busca foram "moral development"; "prosocial behavior" e "pro-environmental behavior", localizadas através do campo das "keywords". Também foi atribuído aos resultados o seguinte critério de inclusão: serem artigos publicados em periódicos entre 2005 e 2010.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

Foram encontrados 20 artigos para a composição dos termos "moral development AND prosocial behavior", e 28 artigos para o termo "pro-environmental behavior". Não foi encontrado nenhum resultado para a associação dos termos "moral development AND pro-environmental behavior" entre 2005 e 2010. Observou-se que apesar de se estar neste estudo considerando a questão pró-ambiental como uma vertente dos estudos de desenvolvimento moral, conforme sugere Palácios, Gonzalez e Padilla (2004) ao citar as obras de Kahn (1997), não foram encontradas associações entre o desenvolvimento moral e a questão pró-ambiental no campo das palavras-chave dos estudos. Ou seja: a aquisição de um comportamento pró-ambiental relacionado ao desenvolvimento moral, como uma problemática a ser investigada, tendo surgido na área de Psicologia, no final do século XX, parece não ter se consolidado enquanto temática de estudo nos anos que se sucederam.

É possível que a falta de consolidação dessa temática se deva a uma diferença de cunho epistemológico entre as áreas de estudo do desenvolvimento moral e do comportamento pró-ambiental. Tais diferenças interessariam especialmente nas questões metodológicas e ontológicas. Tradicionalmente, a pesquisa em desenvolvimento moral privilegia estudos de caráter exploratório-qualitativo. A investigação do comportamento pró-ambiental, em contrapartida, tende a focar na realização de surveys quantitativos. Além disso, a existência de um juízo de valor ligado à natureza como um todo ― e não apenas ao ser humano, como tradicionalmente tem sido investigado pelos estudos do desenvolvimento moral ― recebeu maior destaque apenas a partir da recente discussão ética sobre os direitos do meio ambiente e sobre o valor intrínseco da vida em todas as suas formas.

Os artigos foram categorizados em eixos temáticos, definidos com base nos temas abordados nas pesquisas encontradas. Identificaram-se quatro eixos temáticos para cada vertente pesquisada. Para a pró-social foram eles: 1) estudos que relacionam aspectos da dimensão afetiva e/ou cognitiva do desenvolvimento moral e o comportamento pró-social; 2) estudos que medem e/ou comparam a evolução do desenvolvimento moral pró-social durante o ciclo vital; 3) estudos de revisão ou discussão de modelos teóricos explicativos do desenvolvimento moral pró-social; 4) estudos que avaliam fatores situacionais e sua relação com o desenvolvimento moral pró-social. Para a vertente pró-ambiental, foram eles: 1) estudos que relacionam variáveis psicossociais e o comportamento pró-ambiental; 2) estudos que buscam identificar os fatores preditivos de um comportamento pró-ambiental específico; 3) estudos que discutem a aplicação de modelos teóricos explicativos para o comportamento pró-ambiental; 4) estudos que comparam atitude e/ou comportamento pró-ambiental de populações específicas.

A quantidade de artigos encontrados em cada eixo temático, os principais métodos utilizados por estes, bem como as principais populações investigadas, podem ser observados nos Quadros 1 e 2.



DESENVOLVIMENTO MORAL: A VERTENTE PRÓ-SOCIAL

Considerando a ampla gama de estudos do desenvolvimento moral e da vertente pró-social, optou-se por delimitar a busca através da associação entre os termos (palavras-chave) nos artigos publicados. O Quadro 1 sintetiza a recente produção do conhecimento sobre o desenvolvimento moral pró-social.

Ao analisar esses resultados, constatou-se que não há uma tendência temática específica para se estudar o desenvolvimento moral pró-social. Entretanto, a maioria são estudos empíricos que realizam uma análise quantitativa dos resultados. Dentre os estudos do primeiro eixo temático, caracterizado por pesquisas que relacionam a dimensão afetiva e/ou cognitiva do desenvolvimento moral e o comportamento pró-social, identificaram-se relações causais entre as virtudes morais, como a bondade (HARDY; CARLO, 2005) e a generosidade (LA TAILLE, 2006), a capacidade empática (JORDAN, 2007), emoções agressivas (MALTI; GASSER; BUCHMANN, 2009) e a simpatia (MALTI et al., 2009; CARLO et al., 2010), como fatores preditivos relacionados com a conduta pró-social, no decorrer do desenvolvimento moral

No segundo eixo temático da vertente pró-social, caracterizado por pesquisas que medem e/ou comparam a evolução do desenvolvimento moral pró-social durante o ciclo vital, Zhu e Li (2005) mediram o estágio do raciocínio moral de adolescentes em Xangai e identificaram diferenças significativas entre meninos e meninas, mas não identificaram correlações significativas entre os estágios evolutivos dos raciocínios morais e a conduta pró-social. Eisenberg et al. (2005) também mediram o estágio do raciocínio moral numa amostra composta por adolescentes e adultos, objetivando identificar a evolução das respostas correspondentes ao raciocínio moral pró-social em diferentes faixas etárias. De maneira geral, os estudos pertencentes a esse eixo temático reafirmam que o desenvolvimento moral é limitado pelo nível de complexidade da cognição do indivíduo com relação ao fenômeno social, ou seja, crianças pequenas são incapazes de expressar altos níveis de raciocínio moral pró-social.

No terceiro eixo temático, identificaram-se estudos de revisão ou discussão de modelos teóricos explicativos do desenvolvimento moral pró-social, discutindo-se as vantagens e as limitações dos modelos (BERGMAN, 2006; GIBBS, 2006; NARVAEZ, 2006; SIU; CHENG; LEUNG, 2006) ou ainda propondo discussões teóricas em torno da evolução da agressividade na espécie humana (NAZARETYAN, 2009).

No quarto e último eixo temático, identificaram-se estudos que avaliaram fatores situacionais, como as pressões externas, os eventos, os contextos sociais que se constituem como reguladores das reações pró-sociais, como a educação escolar (REIMAN; DOTGER, 2008), as práticas e estilos parentais (MINZI, 2009; SPINRAD; EISENBERG; BERNT, 2007), as configurações familiares (MARÍN; GARCÍA; CURREA, 2007) e as normas sociais (SAGE; KAVUSSANU, 2007; BOARDLEY; KAVUSSANU, 2009).

Enfim, as pesquisas na vertente pró-social têm verificado aspectos evolutivos da pró-sociabilidade, destacando-se por investigar as mudanças ocorridas durante quase todo o ciclo vital humano (infância, adolescência e idade adulta). Observou-se também que os estudos seguem uma tendência de delimitação do desenvolvimento da aquisição de virtudes morais como a generosidade e o cuidado, para além de apenas identificar correlações e avaliar as predisposições dos sujeitos para a emissão do comportamento desejado.

DESENVOLVIMENTO MORAL: A VERTENTE PRÓ-AMBIENTAL

Como já foi anteriormente mencionado, para a vertente pró-ambiental não foi possível identificar, nos registros pesquisados (palavras-chave), sua relação com o desenvolvimento moral, ou seja, não se obteve nenhum resultado para a associação entre estes termos. Então, optou-se por conhecer a vertente pró-ambiental através dos estudos a ela relacionados, buscando fazer a discussão da relação com o desenvolvimento moral, através dos indicadores contidos nas temáticas dos estudos. O Quadro 2 sintetiza a recente produção do conhecimento sobre a vertente pró-ambiental, publicada na base de dados PsycINFO, no período de 2005 a 2010.

Ao se analisar os resultados no Quadro 2, percebeu-se que há uma considerável tendência temática, na atualidade, para se estudar o comportamento pró-ambiental. Muitos dos estudos identificados são trabalhos empíricos que realizam uma análise quantitativa dos resultados com enfoque na idade adulta e na relação entre variáveis psicossociais e o comportamento pró-ambiental.

No primeiro eixo temático da vertente pró-ambiental, identificaram-se, por exemplo, relações entre comportamento pró-ambiental e atitudes (CLEVELAND; KALAMAS; LAROCHE, 2005; FUJII, 2006), crenças e valores (PAHL et al., 2005; GÖCKERITZ et al., 2009; GROOT; STEG, 2010; SPARKS et al., 2010), identidade pró-ambiental (CORNELISSEN et al., 2007; JACOB; JOVIC; BRINKERHOFF, 2009; DONO; WEBB; RICHARDSON, 2010; WELSCH; KÜHLING, 2010; WHITMARSH; O'NEILL, 2010) apego ao lugar (HALPENNY, 2010; SCANNELL; GIFFORD, 2010), e normas sociais (LOKHORST; VAN DIJK; STAATS, 2009; LAVERGNE et al., 2010), ou seja, fatores preditivos tradicionalmente relacionados com a conduta pró-ambiental nos estudos de Psicologia Ambiental.

Bamberg e Möser (2007) realizaram uma meta-análise e síntese das pesquisas já realizadas sobre o comportamento ambiental responsável. Com base nas informações de um total de 57 estudos da correlação entre variáveis psicossociais e comportamentos pró-ambientais, os resultados confirmaram que a intenção pró-ambiental é mediadora no impacto de todas as outras variáveis psicossociais sobre o comportamento pró-ambiental. Os resultados também discutem que as normas morais pessoais são preditoras diretas da intenção pró-ambiental enquanto que a consciência do problema é um fator determinante apenas de forma indireta, pois seu impacto é mediado por normas morais e sociais.

Miranda Coelho, Gouveia e Milfont (2006), por exemplo, realizaram uma pesquisa brasileira com o objetivo de investigar valores humanos preditivos de atitudes e comportamentos pró-ambientais em jovens universitários. Participaram do estudo 208 estudantes, a maioria de instituição privada, do sexo feminino, com idade média de 28 anos. Através de aplicação de um questionário de valores e um escala de atitudes, os resultados confirmaram que os valores de autotranscendência, aqueles de orientação universalista, foram significativos na predição de atitudes e comportamentos pró-ambientais.

Através de investigações empíricas por meio de três procedimentos básicos – análise de documentos oficiais de consumo, observação direta e autorrelato por meio de entrevistas, realizados principalmente com a população adulta – estes estudos sinalizam que o comportamento pró-ambiental, seja ele qual for, não pode ser explicado apenas pela quantidade de informação ambiental disponibilizada aos sujeitos, resultado do investimento da educação ambiental formal, por exemplo, pois esse conhecimento e informação estarão sempre mediados pelo desenvolvimento de certos processos evolutivos humanos, tanto nos aspectos cognitivos, quanto nos afetivos. Estes estudos concluem que a delimitação dos fatores preditivos que explicam a conduta humana deve ser o pilar para determinar a eficácia de programas de intervenção que busquem promover a responsabilidade ambiental nos sujeitos.

Poucos foram os estudos que fizeram uma associação com os fatores preditivos situacionais como as normas sociais (LOKHORST; VAN DIJK; STAATS, 2009; LAVERGNE et al., 2010) e nenhum deles refletiu sobre a conduta pró-ambiental como produto do juízo moral, ou seja, aquele identificado através de normas pessoais, observado quando o altruísmo determina a ação ecológica do sujeito. Para Suárez (2000), o modelo da motivação altruísta se refere à intenção ou ao propósito de beneficiar outra pessoa como uma expressão de valores internos, sem considerar para isso a existência de reforços sociais e materiais subjacentes. Corresponde a um processo de decisões no qual possuem papel central os fatores cognitivos (SUÁREZ, 2000). Apesar de tradicionalmente a Psicologia ter demonstrado que a conduta pró-ambiental é consideravelmente influenciada pelas normas pessoais, cujo efeito é mediado pela consciência das consequências e pela atribuição de responsabilidade da própria conduta pessoal (BAMBERG; MÖSER, 2007), esta temática não foi identificada no período de busca deste trabalho nas publicações de 2005 a 2010. Sendo assim, além da constatação primeira de que os estudos em Psicologia não estão se dedicando a associação entre o desenvolvimento moral e o comportamento pró-ambiental, como já anteriormente citado, a ausência de estudos investigando as normas pessoais como preditoras do comportamento pró-ambiental, também confirma certa falta de interesse na área pela questão da moralidade.

No segundo eixo temático, identificaram-se estudos que focaram na investigação de um comportamento pró-ambiental específico, como o consumo de energia (PICHERT; KATSIKOPOULOS, 2008; VACCARO; ECHEVERRI, 2010), triagem de resíduos (TILIKIDOU; DELISTAVROU, 2008) e consumo de produtos ecológicos (PICKETT-BAKER; OZAKI, 2008). Entendem por comportamento pró-ambiental, toda atividade humana cuja intenção é contribuir para a proteção dos recursos naturais, ou ao menos, para a redução dos danos a estes. Portanto, o comportamento pró-ambiental engloba uma série de ações individuais específicas, relativas essencialmente a economia de recursos, consumo e reciclagem de produtos, contaminação e redução de resíduos. Nestes estudos, defende-se que diante da complexidade e da natureza multidimensional da conduta pró-ambiental, não é possível falar em um único fator explicativo que sustente todo o comportamento pró-ambiental. Portanto, optam por delimitar um único contexto, definir os domínios de análise e os fatores subjacentes capazes de explicar os componentes de uma situação específica.

No terceiro eixo temático, identificaram-se alguns teóricos que discutem a aplicação de modelos explicativos da conduta ecológica (HOMBURG; STOLBERG, 2006). Os investigadores da área vêm defendendo a necessidade de modelos teóricos mais integradores e robustos das relações entre os fatores preditivos e a conduta pró-ambiental, buscando um enquadramento geral para que as pesquisas nessa temática possam se retroalimentar. Buscando corresponder a essa necessidade da área, os modelos teóricos sobre normas e valores, mesmo que de maneira discreta, ganham destaque no cenário de discussões sobre o comportamento pró-ambiental. Harland, Staats e Wilke (2007) relataram dois estudos em que as normas pessoais possuíram um impacto significativo sobre o comportamento pró-ambiental através da aplicabilidade da Teoria da Ativação da Norma de Schwatz (1977 apud HARLAND; STAATS; WILKE, 2007). Esta teoria busca explicar os mecanismos que levam uma pessoa a agir de maneira altruísta, pois se acredita que o comportamento altruísta depende da ativação de normas pessoais (obrigação moral) e esta ativação depende de valores do próprio indivíduo.

Por fim, no quarto eixo temático, identificaram-se estudos que compararam atitude e/ou comportamento pró-ambiental de populações específicas, ou seja, que correlacionaram as diferenças entre contextos (rural e urbano) na formação de valores ambientais dos sujeitos (BERENGUER; CORRALIZA; MARTÍN, 2005), as diferenças na preocupação ambiental de diferentes classes sociais em um país específico (NE'EMAN-AVRAMOVICH; KATZ-GERRO, 2007) e as questões de gênero relacionadas a preocupação e participação ambiental (GRONHOJ; OLANDER, 2007).

Na busca por descobrir principalmente quais características pessoais e quais condições situacionais colaboram para a construção de um sujeito ecológico, o comportamento pró-ambiental tem sido um dos objetos de estudo de maior interesse dentro da Psicologia Ambiental nos últimos tempos (CORRAL-VERDUGO; PINHEIRO, 1999), limitando-se a investigar um único momento do ciclo de vida humano.

A maioria dos estudos publicados mostrou que há correlações entre variáveis psicossociais e a emissão do comportamento desejado. Os sujeitos mais propensos a cuidarem do meio ambiente são aqueles que, ao tomarem uma decisão ou ao se comportarem de uma determinada maneira, fazendo suas escolhas, estão sob a influência tanto de mecanismos racionais (cognitivos) quanto emocionais (afetivos), e que a relação estabelecida entre as duas dimensões e a ação são tanto de ordem direta quanto indireta. Entretanto, ainda é preciso conhecer mais sobre a origem desses mecanismos racionais e emocionais que caracterizam a formação do sujeito ecológico, ou seja, teoricamente e empiricamente, faltam estudos do desenvolvimento humano que busquem identificar e testar de que forma o sujeito ecológico constitui-se, a fim de que os fatores preditivos encontrem ressonância. Por exemplo, para que a informação noticiada sobre os agravos ambientais e o papel do homem nessa problemática seja assimilada pelo sujeito, este precisa estar predisposto, possuir uma "sensibilidade ambiental" para a emissão do comportamento desejado socialmente. Nesse sentido, parece ser relevante considerar que o produto da evolução humana, os mecanismos psicológicos, precisam vivenciar experiências de vida significativas, ainda muito por investigar, para que se constitua no sujeito o compromisso para com os outros e o meio ambiente (CHAWLA, 2007).

Enfim, há uma variedade na forma de pensar e investigar as relações da humanidade com a natureza, parecendo ser consenso a variedade de influências preditivas do comportamento. Entretanto, estes estudos também parecem ser consensuais quanto à população pesquisada (idade adulta principalmente), deixando em descoberto outros momentos evolutivos humanos. Nesse sentido, a vertente pró-ambiental se beneficiaria do olhar da vertente pró-social na condução dos seus estudos em alguns aspectos. Por exemplo, ela carece de estudos que identifiquem as dimensões cognitivas e afetivas em conjunto, no processo de desenvolvimento do sujeito ecológico. Também se beneficiaria de mais estudos evolutivos sobre o desenvolvimento da relação humana com a natureza, como os propostos por Peter Kahn et al. (HOWE; KAHN; FRIEDMAN, 1996; KAHN, 1997; KAHN; LOURENCO, 2002), ampliando a discussão através da identificação da evolução das respostas correspondentes ao raciocínio moral pró-ambiental ao longo de todo o ciclo vital, como também o fez Eisenberg et al. (2005) com a conduta pró-social em diferentes faixas etárias.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Ao se identificar como as investigações abordam as vertentes pró-social e pró-ambiental do desenvolvimento moral em seus estudos, observou-se que, num primeiro momento, ambas incluem em suas compreensões os aspectos disposicionais (mecanismos psicológicos) e demográficos dos sujeitos estudados, mas também, resgatam os fatores situacionais envolvidos. Buscando os indicadores de uma práxis unificadora nos relatos de pesquisas, pode-se constatar também que a pró-sociabilidade vem avançando nos seus estudos ao ampliar sua compreensão do desenvolvimento moral, agregando as dimensões cognitivas e afetivas da conduta pró-social mediadas pelas condições situacionais. A vertente pró-ambiental, por sua vez, vem reconhecendo principalmente que a cultura, enquanto uma variável situacional, tem peso significativo na história comportamental do sujeito, e que antes mesmo de se pretender explicar o comportamento de uma comunidade é preciso estudar o grupo humano e seu histórico.

Ambas vertentes concordam também que as motivações altruístas resultam num fator empiricamente relevante na explicação do comportamento moral. Tanto o comportamento pró-ambiental, quanto o pró-social tornam-se prováveis quando o sujeito mostra-se consciente das consequências nocivas dos seus atos e quando ele atribui a si próprio a responsabilidade de mudar tais condições indesejáveis. Enfim, o sujeito, diante dessas circunstâncias, sente-se obrigado moralmente a evitar as consequências nocivas ao outro e a natureza.

Conclui-se que abordar as condutas pró-ambientais, seguindo os passos da abordagem pró-social, resgataria não apenas relações causais entre os fatores preditivos e o comportamento em si, mas ofereceria ferramentas teóricas e metodológicas para identificar a origem dessa conduta. Viu-se que as teorias psicológicas evolutivas contribuem para a compreensão dos fatores envolvidos no desenvolvimento humano durante todo o ciclo de vida. Fatores estes que, para os estudiosos do desenvolvimento, subsidiam uma melhor compreensão da construção do raciocínio sobre o meio ambiente. Portanto, estes estudos psicológicos chamam a atenção para uma intervenção ambiental que inclua uma reflexão teórica sob uma perspectiva do tipo desenvolvimentista, ou seja, que leve em consideração que as concepções e valores ambientais dos sujeitos refletem formas organizadas e generalizadas de pensamento ecológico-moral, construídas pela sua contínua interação com o meio social.

Dessa forma, sugere-se que através da compreensão do desenvolvimento humano integral seja possível pensar em atividades e programas educacionais através dos agentes socializadores, voltados para a formação de sujeitos ecológicos, promovendo competência nas crianças e jovens, mas também em adultos e idosos, participantes ativos nas tomadas de decisão relativas aos problemas da humanidade (sociais e ambientais).

Recebido em: 17 de março de 2011

Aceito em: 27 de novembro de 2013

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  • Endereço para correspondência:

    Universidade Federal de Santa Catarina.
    Laboratório de Psicologia Ambiental - Trindade.
    Florianópolis, SC – Brasil. CEP: 88040970.
    E-mail:
  • Datas de Publicação

    • Publicação nesta coleção
      20 Maio 2014
    • Data do Fascículo
      Abr 2014

    Histórico

    • Aceito
      27 Nov 2013
    • Recebido
      17 Mar 2011
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