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O Sistema CRISPR/Cas9 e a Possibilidade de Edição Genômica para a Cardiologia

Palavras-chave:
Doenças Cardiovasculares / mortalidade; Morbidade; Fatores de Risco; Prevenção e Controle; Biologia Molecular; Genômica

Introdução

As doenças cardiovasculares (DCV) e suas patologias associadas encontram-se entre as maiores causas de morbidade e mortalidade, acarretando cerca de 17,3 milhões de mortes por ano.11 Laslett LJ, Alagona P Jr, Clark BA 3rd, Drozda JP Jr, Saldivar F, Wilson SR, et al. The worldwide environment of cardiovascular disease: prevalence, diagnosis, therapy, and policy issues: a report from the American College of Cardiology. J Am Coll Cardiol. 2012;60(25 Suppl):S1-49. Como um todo, essa classe patológica apresenta etiologia multifatorial. Seus possíveis prognósticos levam a problemas de saúde pública, estando sua incidência relacionada a fatores de risco comportamentais, metabólicos e genéticos.22 Gus I, Ribeiro RA, Kato S, Bastos J, Medina C, Zazlavsky C, et al. Variations in the prevalence of risk factors for coronary artery disease in Rio Grande do Sul-Brazil: a comparative analysis between 2002 and 2014. Arq Bras Cardiol. 2015;105(6):573-9. Apesar dos tratamentos preconizados para as DCV e seus possíveis prognósticos diminuírem o ritmo de progressão da doença, cresce a necessidade de se desenvolver abordagens terapêuticas capazes de reverter a patologia e suas complicações.

Os avanços no campo da biologia molecular e celular vêm possibilitando a elucidação de vias moleculares e causas genéticas envolvidas no estabelecimento e progressão das DCV, traçando um novo ponto de vista sobre a prevenção, tratamento e possíveis desfechos dessa classe patológica. Recentes descobertas, tanto experimentais quanto obtidas por ferramentas de bioinformática, a respeito das bases moleculares das disfunções cardiovasculares, vêm apontando alvos terapêuticos consideráveis.33 Sarajlić A, Janjić V, Stojković N, Radak D, Pržulj N. Network topology reveals key cardiovascular disease genes. PLoS One. 2013;8(8):e71537. Entretanto, a maioria destes alvos não pode ser farmacologicamente manipulada, o que os torna candidatos potenciais para a terapia gênica, como é o caso dos fatores envolvidos, por exemplo, com angiogênese, apoptose e disfunção endotelial.44 Lavu M, Gundewar S, Lefer DJ. Gene therapy for ischemic heart disease. J Mol Cel Cardiol. 2011;50(5):742-50. Dentro desse contexto, a manipulação de genes pode auxiliar na supressão de fatores genéticos relacionados à incidência das DCV, bem como na minimização das complicações clínicas causadas por eventos isquêmicos e oclusivos. Assim, o desenvolvimento e o aprimoramento de ferramentas de edição de genomas possibilitam o surgimento de terapias focadas nos fatores de risco genéticos ao dano cardiovascular e nos problemas morfofisiológicos fundamentais causados pelas DCV. Nesse contexto, o sistema formado por repetições palindrômicas curtas, interespaçadas e regularmente agrupadas (do inglês, Clustered Regularly Interspaced Short Palindromic Repeats, CRISPR), e sua proteína associada-9 (do inglês, CRISPR associated protein-9, Cas9), destaca-se devido ao seu fácil uso, alta especificidade, fácil manipulação in vitro e in vivo, além da possibilidade da edição de múltiplos alvos simultaneamente. Considerando-se a complexidade genômica que intervém nas DCV, indicaremos aqui algumas possibilidades de aplicação da ferramenta CRISPR/Cas9 no âmbito da Cardiologia.

Desvendando o sistema CRISPR/Cas9

Desenvolvido a partir de mecanismos moleculares do sistema imunológico bacteriano, o sistema CRISPR possibilita a edição do genoma através de clivagem do DNA por uma endonuclease (Cas9), guiada a partir de uma sequência de RNA, que é capaz de se parear com as bases de uma sequência-alvo (Figura 1).55 Sander JD, Joung JK. CRISPR-Cas systems for editing, regulation and targeting genomes. Nature Biotechnol. 2014;32(4):347-55. A estrutura genética do CRISPR, no sistema bacteriano, é constituída de repetições palindrômicas curtas, agrupadas e regularmente interespaçadas. As repetições e os espaçadores (que podem conter sequências virais intercalantes), quando transcritos, formam o RNA transativador (ou RNA guia), que serve para direcionar a enzima Cas9, uma nucleasse, ao alvo (neste caso, a sequência do vírus parasita). Aproveitando-se desta estratégia, tanto a proteína Cas9 quanto o RNA guia, podem ser introduzidos in vitro em outras células e direcionados a locais específicos do genoma, para que provoquem quebras na fita dupla. Após esta clivagem, a maquinaria molecular intrínseca do organismo, responsável pela correção de erros no genoma, é utilizada para alterar a sequência de DNA, adotando a modificação. Desta forma, o sistema pode ser utilizado tanto para reparar mutações (restaurando a função gênica) quanto para introduzir mutações novas (causando o "nocaute" gênico). Assim, conciliando sofisticadas técnicas moleculares e biotecnológicas, o sistema CRISPR/Cas9 foi proposto para aplicação em edição genômica e hoje já se encontra comercialmente disponível para milhares de alvos.66 Richter H, Randau L, Plagens A. Exploiting CRISPR/Cas: interference mechanisms and applications. Int J Mol Sci. 2013;14(7):14518-31. Ambos, RNA guia e proteína Cas9, produzidos in vitro, podem ser entregues às células usando diferentes mecanismos, tais como uso de vetores ou agentes químicos.

Figura 1
Sistema CRISPR/Cas9 - mecanismo de reconhecimento do alvo. O RNA guia é projetado para reconhecer a sequência-alvo a ser modificada no DNA e introduzir modificações. Quando o pareamento de bases nitrogenadas ocorre (em função do anelamento da sequência-alvo com a região do protoespaçador do RNA guia), algumas modificações são adicionadas (aqui, representadas pelo círculo) e a enzima Cas9 é acionada, causando quebras na dupla-fita de DNA (onde há falhas de pareamento em razão das mutações introduzidas). As quebras ativam os sistemas de reparo intracelulares que refazem a dupla-fita, aceitando as modificações oriundas do RNA guia. As novas mutações, de forma geral, causam falhas na sequência e geram proteínas não-funcionais. Mas o mecanismo pode ser utilizado também para corrigir mutações originalmente presentes no DNA e gerar proteínas funcionais.

A aplicabilidade mais simples do sistema CRISPR está relacionada à modificação de únicas ou poucas bases em genes com relação alélica bem definida. É importante salientar que esta relação de dominância mendeliana deve ser considerada para que se atinja a função gênica, tanto para ativá-la quanto para inibi-la. Entretanto, modificações bialélicas também têm sido obtidas com sucesso.77 Jao LE, Wente SR, Chen W. Efficient multiplex biallelic zebrafish genome editing using a CRISPR nuclease system. Proc Natl Acad Sci USA. 2013;110(34):13904-9. Além disso, o uso do CRISPR/Cas9 também tem sido proposto para estágio embrionário em modelos animais, onde a progênie pode gerar organismos "fundadores" (por recombinação), contendo mutações alélicas que levam ao efeito "nocaute" ou de expressão diminuída.88 Tu Z, Yang W, Yan S, Guo X, Li XJ. CRISPR/Cas9: a powerful genetic engineering tool for establishing large animal models of neurodegenerative diseases. Mol Neurodegener. 2015;10:35. Nesse contexto, o sistema CRISPR/Cas9 está sendo rapidamente adotado para a edição e modificação de genomas em vários tipos celulares, incluindo células-tronco,99 Kim HS, Bernitz JM, Lee DF, Lemischka IR. Genomic editing tools to model human diseases with isogenic pluripotent stem cells. Stem Cells Dev. 2014;23(22):2673-86. e mostrando bons resultados na edição de genes humanos.1010 Osborn MJ, Gabriel R, Webber BR, DeFeo AP, McElroy AN, Jarjour J, et al. Fanconi anemia gene editing by the CRISPR/Cas9 system. Hum Gene Ther. 2015; 26(2):114-26. Recentemente, a imprensa reportou que pesquisadores da Universidade da Pensilvânia receberam aprovação do Food and Drug Administration (FDA) para conduzir um estudo clínico a ser iniciado em 2017, tendo como alvo 3 genes envolvidos em câncer. Assim, surge o questionamento sobre a possibilidade de aplicação do sistema CRISPR/Cas9 para uma situação tão biologicamente complexa como a da doença cardiovascular.

Como utilizar o sistema CRISPR/Cas9 na Cardiologia

O primeiro passo para se sugerir o uso do sistema CRISPR/Cas9 para uma determinada DCV deve basear-se em um estudo aprofundado sobre os potenciais alvos moleculares envolvidos com a doença. Neste cenário, a utilização de ferramentas de bioinformática e bancos de sequências gênicas disponíveis na internet (como o National Center for Biotechnology Information, NCBI; e DNA Data Bank of Japan, DBDJ) e de proteínas preditas (como o Universal Protein Resource, UniProt, alocado no European Molecular Biology Laboratory, EMBL), além de bancos de polimorfismos únicos, SNP (http://www.ncbi.nlm.nih.gov/snp), podem auxiliar no processo. Uma vez que os alvos tenham sido escolhidos, uma análise detalhada sobre a função dos exons (sequências codificadoras dos genes) também deverá ser realizada. De posse de todas as informações necessárias, os RNA guia podem ser projetados e adquiridos comercialmente. Atualmente, já existem muitos laboratórios de pesquisa que estão utilizando a ferramenta CRISPR/Cas9 para editar genes envolvidos com DCV e testando em sistemas celulares, realizando ensaios pré-clínicos e projetando estudos clínicos. Embora o contexto cardiovascular seja complexo, algumas patologias estão mais ou menos relacionadas a determinados produtos gênicos, cuja interação com outras moléculas já é conhecida, conforme descrito a seguir, facilitando a viabilidade de utilização do sistema CRISPR/Cas9.

Um dos grandes problemas na manutenção da doença arterial coronariana (DAC) é a elevação dos níveis de LDL, em que a intervenção farmacológica busca sua redução através do uso de estatinas. Uma vez que alguns pacientes são intolerantes ou refratários a este fármaco, estão sendo conduzidas muitas pesquisas com foco na inibição da pró-proteína convertase subtilisina tipo 9 (PCSK9), que auxilia na degradação de receptores do LDL, o que causa aumento do nível da lipoproteína na corrente sanguínea. Através do sistema CRISPR/Cas9, Ding e colaboradores (2014) introduziram perda de função para o gene da PCSK9 no fígado de camundongos, utilizando adenovírus como "veículos", e mostraram diminuição dos níveis de colesterol em mais de 40%.1111 Ding Q, Strong A, Patel KM, Ng SL, Gosis BS, Regan SN, et al. Permanent alteration of PCSK9 with in vivo CRISPR-Cas9 genome editing. Circ Res. 2014;115(5):488-92. Em um estudo com coelhos, também focado na diminuição da progressão da placa aterosclerótica, foram desenvolvidos animais "nocautes", por edição genômica, através da inibição de diversos genes, como a Apolipoproteína E (ApoE), CD36, o receptor de LDL, leptina, o receptor rianodínico tipo 2 (RyR2), entre outros.1212 Yang D, Xu J, Zhu T, Fan J, Lai L, Zhang J, et al. Effective gene targeting in rabbits using RNA-guided Cas9 nucleases. J Mol Cell Biol. 2014; 6(1):97-9. Estes estudos apontam que o sistema CRISPR/Cas9 é viável para alterar a função de genes relacionados a DCV. Isto favorece a exploração do uso da ferramenta molecular para outros mecanismos que concernem à DCV.

Um bom alvo de estudo para possível utilização do CRISPR/Cas9 é o sistema β-adrenérgico, um dos responsáveis pela vasoconstrição/vasodilatação e manutenção da pressão arterial e do ritmo cardíaco. Somado a isto, o sistema renina-angiotensina-aldosterona também possui papel primordial na manutenção da estabilidade hemodinâmica. Ambos os sistemas são regulados por uma extensa rede de efetores, como hormônios e peptídeos, receptores, proteínas quinases e outras enzimas, tanto atuantes no meio extracelular como no interior das células. Neste sentido, seria muito interessante testar e avaliar a ferramenta de edição genômica para auxiliar no tratamento da hipertensão arterial sistêmica.

Nosso grupo, em concomitância à aplicação de terapias alternativas, como a celular e gênica, para tratamento de DCV, desenvolveu o primeiro estudo clínico do país para promoção de angiogênese, por expressão exógena, através da administração de um plasmídeo contendo o cDNA relativo ao gene do fator de crescimento endotelial vascular (VEGF) em pacientes portadores de angina refratária, mostrando que a técnica é segura e melhora a fração de ejeção ventricular.1313 Kalil RA, Salles FB, Giusti II, Rodrigues CG, Han SW, Sant'Anna RT, et al. VEGF gene therapy for angiogenesis in refractory angina: phase I/II clinical trial. Rev Bras Cir Cardiovasc. 2010;25(3):311-21. Atualmente, temos concentrado nossos esforços no entendimento de mecanismos que possam auxiliar nas intervenções (cirúrgicas, farmacológicas, dietéticas, etc.) para DCV, principalmente para cardiomiopatia dilatada (CMD) e cardiopatias isquêmicas.1414 Schaun MI, Eibel B, Kristocheck M, Sausen G, Machado L, Koche A, et al. Cell therapy in ischemic heart disease: interventions that modulate cardiac regeneration. Stem Cells Int. 2016;2016:2171035. Em colaboração com pesquisadores do Instituto do Câncer, estamos utilizando o sistema CRISPR/Cas9 para alcançar a inativação da função de uma MAP quinase tecido-específica, codificada pelo gene TNNI3K, que interage com a troponina I cardíaca e, quando exacerbada, causa progressão da CMD levando à insuficiência cardíaca e aumentando o risco de morte.1515 Wheeler FC, Tang H, Marks OA, Hadnott TN, Chu PL, Mao L, et al. Tnni3k modifies disease progression in murine models of cardiomyopathy. PLoS Genet. 2009;5(9):e1000647.

Não apenas o contexto inibitório, mas a possibilidade de edição para ativação de genes de maneira a estimular funções relacionadas, por exemplo, à sobrevivência de cardiomiócitos no pós-infarto, indução de homing (migração, proliferação e diferenciação de células-tronco), aumento do nível de citocinas anti-inflamatórias e de proteínas inibidoras de metaloproteinases (que levam ao remodelamento ventricular patológico), além de outros mecanismos, pode vir a ser explorada no âmbito das DCV. Entretanto, devido às condições multifatoriais atribuídas à etiologia e prognóstico dessa classe de patologias, a transposição clínica de resultados obtidos por análises moleculares em sistemas celulares in vitro ou em modelos animais, assim como ocorre para outras abordagens mais inovadoras, ainda é um desafio.

Na maioria dos casos, fatores genéticos, ambientais e comportamentais atuam em conjunto para o estabelecimento de DCV. Embora, em alguns casos, sejam observados prováveis fatores preditores dos desfechos, ainda não é possível prever com exatidão a influência da ativação/inativação de genes em relação aos quadros clínicos. Finalmente, como para qualquer nova tecnologia, os riscos, as adaptações fisiológicas, as implicações com a resposta imune, a manutenção da homeostasia, que venham a ser modulados pelo sistema CRISPR/Cas9, precisam ser muito bem avaliados. Mas a possibilidade de uso da nova ferramenta molecular na Cardiologia pode ser vislumbrada e talvez, em um futuro próximo, vir a beneficiar a saúde da população.

  • Vinculação acadêmica
    M. M. M. é professora e orientadora junto ao Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde - Cardiologia do IC/FUC.

References

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Datas de Publicação

  • Publicação nesta coleção
    Jan 2017

Histórico

  • Recebido
    15 Jul 2016
  • Revisado
    13 Out 2016
  • Aceito
    13 Out 2016
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