O presente artigo pretende observar o sentido do orí, a cabeça, entre os yorùbá da África Ocidental, dando conta do complexo problema de natureza teológica subjacente à pluridimensionalidade discursiva dentro de um quadro cultural descrito como yorùbá, quadro esse que compreende a diáspora afro-brasileira com o Candomblé. Tal pluridimensionalidade - em matéria de predestinação, fabricação e natureza do orí e, bem assim, pela diversidade de entidades religiosas para as quais o bọrí, o ritual de alimento à cabeça mítica, se realiza - se inscreve na dimensão proposta por Berliner e Sarró de aprendizado e transmissão religiosas.
orí; predestinação; yorùbá; Candomblé; complexidade teológica