Este artigo procura compreender como a Irmandade de Nossa Senhora do Rosário e São Benedito de Florianópolis (Santa Catarina) cultuava seus mortos, os preparativos para o além-morte, as rezas pelas almas e os sentidos de cortejar dignamente irmãos e irmãs associados. O cuidado com os mortos existe em todas as sociedades, e cada uma a seu modo, em cada tempo. Como as práticas africanas na diáspora, com suas interações com o mundo católico, existentes na irmandade, manifestaram seus rituais de morte a partir das investidas do catolicismo romanizado em fins do século XIX e primeiras décadas do XX? Essa indagação norteia nossas reflexões sobre as práticas funerárias existentes na irmandade.
História; irmandade; afrodescendente; experiência; morte