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Monitorizando a terapia de reposição estrogênica (TRE) na menopausa

Acompanhamos 62 mulheres pós-menopausadas, previamente sintomáticas, mensalmente, durante 3 meses após início de terapia de reposição estrogênica (TRE) com 17-beta estradiol em gel percutâneo, na dose de 0,75 a 3,0 mg/dia (meia a duas réguas). Nas com útero, associou-se progesterone natural micronizada, 100 a 200 mg/dia cíclica ou contínua, ou acetato de medroxiprogesterona, 5 mg/dia cíclico. Durante tratamento, todas as pacientes com fogachos ou secura vaginal apresentaram níveis de E2 sérico <53 pg/ml; todas as com mastalgia, edema ou desconforto em membros inferiores apresentaram valores >193 pg/ml. Os sintomas correlacionaram-se significantemente com as dosagens plamáticas de estradiol (p=0,0001) e FSH (p=0,001) mas não de LH. As pacientes assintomáticas mostraram dosagens muito variáveis, com sobreposição de valores em relação aos grupos com hipo e hiperestrogenismo clínico; tal fato demonstra a necessidade da verificação laboratorial de suplementação estrogênica adequada em pacientes assintomáticas durante TRE. Em um subgrupo de 22 mulheres, analisaram-se também variações da relação cintura-quadril (RCQ) e do índice de massa corporal (IMC) a cada mês, correlacionando-as ao estado clínico e laboratorial das pacientes. A RCQ caiu significativamente já no primeiro mês de TRE (p=0,0008); houve flutuação no segundo mês e estabilização no terceiro. Sua variação não foi capaz de indicar o estado clínico da paciente. O IMC não variou significativamente no período.

Menopausa; Reposição hormonal; Estradiol; FSH; Relação cintura-quadril


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