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Análise clínica e evolução de 70 casos de lesões podais infectadas em pacientes diabéticos

O presente trabalho tem como objetivo analisar 70 pacientes diabéticos portadores de lesões podais infectadas, internados para tratamento no Hospital Escola da Faculdade Federal de Medicina do Triângulo Mineiro no período compreendido entre 1989 e 1998. As lesões foram analisadas considerando-se o tipo de diabetes mellitus (DM) apresentado pelo paciente, tempo decorrido entre o diagnóstico de DM e a internação, agentes etiológicos mais freqüentemente encontrados nas culturas das secreções, tipo de tratamento requerido e evolução clínica dos pacientes. A maioria dos pacientes estudados (87%) era portadora de DM tipo 2. Não se observou diferença estatística quanto ao sexo, com predomínio nas 6ª e 7ª décadas de vida. As lesões foram mais freqüentes nos pacientes com mais de 5 anos de diagnóstico de DM. As bactérias mais comumente encontradas nas culturas das secreções foram Proteus mirabilis e Staphylococcus sp. Os pacientes receberam terapia antibiótica específica, curativos diários e desbridamentos, quando necessários. Sessenta e um por cento dos pacientes requererem amputação e 15,7% foram a óbito por septicemia. As internações foram prolongadas, com duração média de 38 dias. As lesões podais em pacientes diabéticos são um grande problema de saúde pública. O tratamento é prolongado, podendo trazer mudanças drásticas na qualidade de vida dos pacientes. A prevenção ainda é a melhor maneira de combatermos este problema.

Diabetes mellitus; Lesões Podais; "Pé diabético"; Amputação; Infecção


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