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Diagnóstico Laboratorial da Síndrome de Cushing

A suspeita clínica de síndrome de Cushing leva obrigatoriamente a uma avaliação laboratorial, baseada nas dosagens de cortisol e de ACTH. Entretanto as dosagens basais destes hormônios não são suficientes para confirmar o diagnóstico, sendo necessários testes dinâmicos que estimulem ou inibam o eixo hipotálamo-hipófise-adrenal (HHA). A adequada interpretação das dosagens requer o conhecimento dos princípios básicos da regulação do eixo HHA, o meio e a forma (ligada ou livre) onde o hormônio será quantificado, além das características dos ensaios empregados. Numa primeira fase do diagnóstico laboratorial, é feita a documentação do hipercortisolismo endógeno, através de dosagens salivares, urinárias ou séricas de cortisol, em amostras coletadas em horários apropriados e/ou após uso de dexametasona em doses baixas (1 mg). Numa segunda fase procede-se ao diagnóstico etiológico da síndrome de Cushing empregando-se basicamente dosagens de ACTH e de cortisol após uso de doses maiores de dexametasona. Muitas vezes a complexidade da patologia exige o uso de testes funcionais mais sofisticados, como o emprego de CRH, chegando até à necessidade de cateterismo do seio petroso inferior com coleta de amostras para a dosagem de ACTH. Apresentamos também o esquema utilizado na Divisão de Endocrinologia e Metabologia da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto para a confirmação da existência de síndrome de Cushing e determinação de sua etiologia.

Síndrome de Cushing; Doença de Cushing; Cortisol sérico; Cortisol livre urinário; Cortisol salivar; ACTH


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