RESUMO
O autor relata sua experiência (1968-1988) a respeito da prevenção dos defeitos inestéticos e deformidades observadas nas cavidades anoftálmicas.
Levando em consideração o que é considerado um resultado quase perfeito (cavidade com um olho inestético coberto por uma lente escleral pintada), as eviscerações e enucleações são realizadas substituindo o volume orbitário perdido com um implante primário, a fim de obter os mesmos resultados.
Observados durante um longo follow-up, os pacientes não apresentaram nenhuma das deformidades relacionadas, especialmente a retração da cavidade.
O autor usa o implante esférico coberto pela esclera preservada, completamente sepultado na cápsula de Tenon e fixado aos 4 músculos retos. Estes implantes fornecem uma substituição de volume adequada, principalmente quando a tónica escleral inclui a córnea. A preservação da córnea - quando possível - é provavelmente uma contribuição original. Uma grande satisfação é obtida por causa dos resultados cosméticos excelentes, conseguidos às custas da reconstrução das relações normais que devem existir entre as diversas estruturas orbitárias e sobretudo da manutenção das suas funções.
Os resultados estudados e observados durante estes 20 anos têm provado que esta técnica preenche seus propósitos em mais de 93% dos casos.
Palavras-Chaves:
Implante Escleral; Evisceração; Enucleação; Cavidade anoftálmica