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Resistência à pressão intra-ocular e aspectos histopatológicos em ferimentos perfurantes corneanos colados com fibrina - estudo experimental* * Do Laboratório de Investigação Médica nº 33 - Oftalmologia

Resistance to intraocular pressure and histopathological findings in fibrin-glued experimental corneal perforations

RESUMO

Estudou-se em córneas de cães perfuradas e tamponadas com fibrina, a pressão intra-ocular suportada nos períodos pós-operatórios: 2 horas e 3,7,10,14 e 28 dias. Para este estudo foram selecionados 50 olhos de 56 cães, que após a trepanação de córnea com diâmetro de 3 mm e a colagem do orifício resultante com fibrina, evoluíram com câmara anterior profunda, sem sinéquia anterior e sem infecção. A pressão intra-ocular minima suportada foi de 11 mmHg, com ruptura da região colada, no período pós-operatório de 2 horas. A pressão máxima suportada foi maior que480 mmHg, limite de medição do equipamento. A pressão intra-ocular suportada pelas córneas, seguida de ruptura, aumentou progressiva e linearmente entre 2h e 10 dias de pós-operatório (p≤0,05). O estudo histopatológico demonstrou epitelização sobre o orifício tamponado com fibrina no 3º dia pós-operatório. Ao longo dos 28 dias pós-operatórios, o estudo histopatológico demonstrou progressiva substituição da cola de fibrina por cicatriz na região correspondente ao estroma corneano. A pressão intra-ocular suportada por perfuração corneana colada por fibrina aumentou ao longo do tempo, à medida que a fibrina foi substituída por cicatriz.

Palavras-chave:
Fibrina; Córnea; Cola orgânica; Perfuração corneana; Resistência; Histopatologia

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